Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sábado, 4 de outubro de 2014

Conheça chás preparados com rosas e saiba para que servem!

As rosas são consideradas as “rainhas das flores”, sendo símbolo de delicadeza e encanto! Não por acaso, ao oferecer flores, especialmente nos casos de apaixonados, ela é a favorita!

Elas, além de lindas, tem um perfume suave que é essência de diversos produtos cosméticos, desde sabonetes à cremes hidratantes! Além disso, elas também são muito usadas em clínicas estéticas e spas, no tratamento de aromaterapia, sendo preparados banhos de pétalas de rosas de diversas cores para relaxamento e cuidados da pele.

O banho de rosas também serve para tratar insônia, quem dispuser de uma banheira, pode prepará-lo em casa quando estiver ansiosa ou estressada: colocar as pétalas de 15 rosas de várias cores na água morna, quase quente, mais meio quilo de sal marinho bem misturado, deixando por alguns minutos e depois tomar um banho de imersão, por, mais ou menos quarenta minutos.

As pétalas dessa linda flor também podem ser usadas em saladas e chás medicinais.

Veja a aplicação de dois chás:

Chá de pétalas de rosas amarelas
Este chá serve para combater o estresse, então, tome o banho de imersão e  depois tome esse chá, o estresse vai para bem longe!

Preparo:
Ferva um litro de água, acrescente 8 pétalas de rosas amarelas bem lavadas e deixe ferver por mais cinco minutos. Adoce com mel a gosto e beba duas vezes ao dia, de preferência de tarde e à noite.

Chá de pétalas de rosas brancas
Este chá é especial quando o assunto é irritação dos olhos, seja por alergias, por contato de alguma coisa que causou a irritação ou por conjuntivite, que geralmente é muito incômoda!

Preparo:
Coloque para ferver: 2 copos de água com dez pétalas bem lavadas, por 10 minutos. Quando amornar, lave os olhos, ou faça compressas com algodão embebido nesse chá, a cada duas horas.
 

Banhos de assento: Para que servem e receitas

O banho  de assento é um procedimento bastante antigo e eficiente, fornece condicionamento preventivo e terapêutico para vários problemas de saúde, servindo para tratar ou complementar o tratamento de doenças que afetam a região íntima das mulheres ou dos homens
 
Para que servem os banhos de assento?
Os banhos de assento atuam sobre a circulação sanguínea e o metabolismo, favorecendo o regulamento da temperatura corporal; alivia sintomas de dor, trata hemorroidas, pode ser utilizado após procedimentos cirúrgicos, como a episiotomia; coceira vaginal, ardência ou corrimentos; cistite e infecção urinária, herpes genital e outros problemas de saúde.
 
Como fazer o banho de assento?
O banho de assento é muito fácil de fazer e pode ser feito na banheira ou em uma bacia grande. Para um bom banho de assento, é recomendado colocar os ingredientes necessários dentro da banheira ou bacia devidamente limpa com álcool e permanecer sentado(a) dentro desta bacia durante alguns minutos, em uma quantidade de água morna suficiente para cobrir a área afetada.
 
O banho de assento é aplicado na região pélvica, parte das coxas e baixo ventre. Dependendo daquilo que se pretende tratar, o banho de assento pode ser quente, frio ou alternado (quente e frio). Confira a seguir algumas receitas de banhos de assento, dependendo do problema de saúde a ser tratado.
 
Receitas de banhos de assento
 
Para coceira vaginal, ardência ou corrimentos
- Coloque 1 litro de água morna e 5 gotas de óleo essencial de melaleuca  numa bacia e sente-se dentro desta por cerca de 20 a 30 minutos
 
- Depois, se possível com a mesma água, faça uma lavagem vaginal
 
- Pode-se, ainda, adicionar 1 gota do óleo de melaleuca no absorvente interno e utilizá-lo durante 1 hora.
 
Para infecções de ovários, testículos, útero, bexiga, vagina, pênis e prisão de ventre
- É feito o banho de assento frio, com água fria a cerca de 10ºC.
 
- Deve ser um banho rápido, de não mais de 5 minutos e o enxágue deve ser imediato.
 
- Este tratamento deve ser feito pela manhã e ao deitar, durante 30 dias.
 
Para herpes genital
- Coloque 1 litro de água morna em uma bacia e adicione uma colher de sopa de sal.
 
- Misture bem e sente-se na bacia durante 15 minutos, de duas a três vezes ao dia.
 
Cistite e infecção urinária
- Numa bacia, coloque três litros de água morna e duas colheres de sopa de vinagre de maçã.
 
- Misture bem e sente-se nela por 20 ou 30 minutos.
 

Dificuldade para largar o cigarro está ligada ao grau de dependência

Thinkstock: Cigarro mata 200 mil brasileiros por ano
Especialistas dão dicas de como abandonar o vício de uma vez por todas
 
Apesar de todos os males que o cigarro causa à saúde, 1,2 bilhão de pessoas no mundo ainda fuma, segundo estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde).
 
O tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, mas ainda mata 200 mil brasileiros por ano, de acordo com dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer).
 
Em cada tragada, o fumante inala 7.000 substâncias diferentes, sendo 4.700 delas conhecidas. A nicotina está entre elas, mas, ao contrário do que muitos acreditam, é a que menos faz mal à saúde, alerta o pneumologista José Roberto Jardim, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
 
— Seu grande problema é a dependência. Desse total de substâncias conhecidas, de 40 a 50 são cancerígenas, ou seja, em cada tragada, a pessoa inala essa totalidade de “poluentes” para o pulmão.


O tempo de tabagismo não é o principal obstáculo do fumante. Segundo o especialista, o grau de dependência à nicotina é um dos fatores determinantes para ele ter mais ou menos dificuldade na hora de abandonar o vício, avisa a cardiologista Jaqueline Issa, diretora do Programa de Tratamento de Tabagismo do Incor (Instituto do Coração).
 
— No grau mais moderado da dependência, por exemplo, a simples mudança na rotina e atividade física já ajudam a largar o vício. Já para quem está dependente em grau de moderado a elevado, o tratamento com medicação alivia muito o desconforto e aumenta a chance de abandonar o cigarro.
 
Entre as principais consequências do cigarro estão câncer de pulmão, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), doenças cardiovasculares, gastrite, menopausa precoce, osteoporose, infertilidade, perda dos dentes, entre outros.
 
Portanto, não hesite: deixar o cigarro melhora a “qualidade de vida, a redução do risco de desenvolver doenças associadas ao cigarro, a respiração, o fôlego, o cansaço e tudo mais”, garantem os médicos.
 
R7

Saiba como se proteger das alergias da primavera

Saiba como se proteger das alergias da primavera Charles Guerra/Agencia RBS
Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
Rinites e crises respiratórias são mais comuns na estação das flores
 
Quem sofre com alergias respiratórias provavelmente não tem vivido dias muito agradáveis desde o início da primavera, em 22 de setembro. Sintomas como coceira e irritação no nariz, coriza e muitos espirros são comuns nesta época do ano, principalmente entre as pessoas que têm rinite alérgica. A explosão de pólen, fenômeno típico da estação, é o gatilho para o início das reações.
 
— O pólen liberado pelas flores entra em contato com a mucosa respiratória e provoca crises. Os pacientes mais sensíveis podem até manifestar asma — explica o coordenador técnico do projeto Brasil Sem Alergia, o médico alergista Marcello Bossois.
 
Alguns cuidados podem ajudar a evitar os efeitos da chegada da primavera. Entre as medidas mais simples está forrar o colchão e o travesseiro com material impermeável para evitar o contato com outros causadores de alergias, como ácaros e mofos, que também estão presentes em carpetes, cortinas e brinquedos de pelúcia. O uso de produtos químicos de limpeza como amaciantes e desinfetantes também irrita a mucosa nasal e deve ser freado durante a estação – uma boa alternativa são os produtos biodegradáveis. Um aliado para a diminuição das alergias é o ar-condicionado, pois retém as partículas prejudiciais em seu filtro.
 
– O que não pode ser usado de forma alguma são os descongestionantes nasais. O paciente acaba desenvolvendo uma rinite medicamentosa, respira muito bem durante determinado tempo, mas o inchaço nasal aumenta. Isso provoca mais coriza, o que faz com que a pessoa faça mais aplicações. É um ciclo vicioso – alerta Bossois.
 
Mas o uso de soro fisiológico está liberado. Lavar o nariz várias vezes ao dia com o líquido diminui o efeito do pólen e da poeira nas vias respiratórias.
 
Incidência é alta na região Sul
As maneiras mais comuns para identificar se uma pessoa sofre de rinite alérgica são o exame de sangue e o teste de pele. No segundo método, um médico alergista faz um pequeno furo no braço do paciente e pinga uma gota de extrato de pólen para medir o nível de reação do tecido cutâneo.
 
Para quem mora na região Sul, a chance de apresentar o problema é ainda maior. Aqui, segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, cerca de 12% da população apresenta alergia a pólen na primavera – o que os médicos chamam de rinite sazonal. O clima da região é mais propício ao desenvolvimento das flores, aumentando a incidência das alergias.
 
— O número de atendimentos na primavera aumenta muito em função de problemas alérgicos. A variação de temperatura também contribui — afirma a farmacêutica Mariana Siqueira Santos, coordenadora de um estudo do Hospital de Clínicas sobre rinite e resfriados.
 
Se a doença for constatada, uma boa alternativa é a vacina contra o pólen. O tratamento é feito entre um e três anos com aplicações semanais e tem efeito durante uma década.
 
Como evitar o problema
— Forre colchão e travesseiro com material impermeável para evitar contato com outros causadores de alergia, como ácaro e mofo
 
— Evite tapetes, carpetes, cortinas e brinquedos de pelúcia no quarto
 
— Diminua o uso de produtos químicos para limpeza, como amaciantes e desinfetantes
 
— Deixe as janelas do quarto fechadas, preferindo o uso do ar-condicionado para a ventilação e a filtragem de partículas alérgicas
 
— Não deixe roupas por muito tempo secando no varal
 
— Lave o cabelo duas vezes por dia para tirar o excesso de pólen
 
— Use óculos escuros na rua, para evitar conjuntivite alérgica
 
— Lave o nariz com soro fisiológico diversas vezes ao dia
 
— Não utilize descongestionantes nasais, pois eles potencializam os efeitos da alergia
 
Zero Hora

Praticar esporte ouvindo música melhora o desempenho

Foto: Jean Pimentel / Agencia RBS
Estudos mostram que as melodias podem elevar o humor, dar mais disposição, distrair da dor e do cansaço, aumentar a resistência e reduzir a percepção do esforço
 
Faltam alguns minutos. As pernas começam a ficar cansadas, a respiração, cada vez mais ofegante, o corpo beira a exaustão. Mas eis que começa a tocar aquela música especial, com um ritmo agitado, e o trajeto parece ficar mais leve e fácil. Quando o atleta se dá conta, o exercício acabou. E com ânimo extra.

Para o publicitário e empreendedor de Santa Maria Diego Fantinel, 28 anos, é na batida acelerada da música eletrônica que ele encontra gás extra:

– O ritmo influencia na intensidade dos movimentos. Sempre corri escutando música, desde quando comecei, aos 14 anos. O meu pior problema é o cansaço mental. Quando faço um esporte por muito tempo, ele se torna chato. E a música ajuda que eu siga por mais tempo.

Há dois anos, ele levou para o tênis o hábito que já tinha na corrida. Foi uma forma de estar  sempre acompanhado.

– Quando não arranjo ninguém para jogar, fico batendo bola sozinho. Aí, é muito monótono. Por isso, pensei em levar o fone. Agora, consigo dar uma relaxada e nem vejo a hora passar – afirma o jovem, que usa um fone sem fio para praticar tênis.

O uso da música na atividade física é tão frequente que estimulou pesquisas científicas.

Aumenta a resistência
Estudos mostram que as melodias podem elevar o humor, dar mais disposição, distrair da dor e do cansaço, aumentar a resistência e reduzir a percepção do esforço.

– Os sons podem ser eficientes para produzir uma sincronização das ondas cerebrais e para a execução dos movimentos do corpo. Isso pode ser produtivo para o aumento do rendimento dos exercícios – explica o psicólogo Vinícius Ferreira, professor de neuropsicologia e integrante da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia (SBNp) e da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento (SBNeC).

Conforme o especialista, as melodias podem favorecer a liberação de noradrenalina, substância que prepara o corpo para o exercício, aumentando a capacidade respiratória e a frequência dos batimentos cardíacos.

– Há uma ligação direta com o sistema nervoso central por meio da audição. O efeito da sonoridade trabalha junto com a intensidade do exercício: quanto mais energia precisa, mais ritmo deve ter a música – diz Maria Amélia Roth, doutora em Ciências da Atividade Física e da Saúde e professora da Educação Física na UFSM.

De bem com a vida
Para o educador físico Clezio Gonçalves, doutor em Educação e Neurociências e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os efeitos da música nas atividades físicas são tão singulares que podem estimular ou comprometer o exercício. Ele explica que é preciso que a música atenda ao perfil e aos objetivos da pessoa:

– Daí a necessidade de se buscar as músicas adequadas ao estilo de vida do sujeito, tipo de atividade e objetivos.

A professora do Centro de Educação Física da UFSM Maria Amélia Roth tem outra opinião:

– A música não compromete a atividade em nenhum momento. Só depende do gosto de cada um. A ritimicidade é muito importante. É difícil seu corpo dançar samba se tocar valsa.
 

Melhora até o humor
As canções também podem induzir o cérebro a liberar diversos neurotransmissores relacionados ao bem-estar, como a serotonina e a dopamina. A partir daí, a relação é direta: tudo fica prazeroso com bom-humor.

– O que define qual a substãncia que o corpo vai liberar é o tipo de melodia (se é mais relaxante ou mais dinâmica) e a expectativa que a pessoa possui do efeito que a música terá sobre seu comportamento – explica o psicólogo Vinícius Ferreira.

Mas, para isso, é preciso saber escolher a sua trilha sonora.

– O papel da música é elevar a energia do corpo nas atividades mais intensas. Para as mais relaxantes, ela baixa a energia, trazendo tranquilidade. Tudo depende do estilo da música – afirma Maria Amélia Roth.

A escolha da playlist também está ligada a aspectos culturais.

– Um samba, por exemplo, faz os brasileiros se mexerem muito mais que os alemães_ afirma o neurocientista Ivan Izquierdo da PUC/RS.

O necessário (e difícil) retorno
A primavera nem bem dá as caras, e as academias lotam. Todo mundo em busca do corpo perfeito para o verão.

Se você faz parte deste grupo, a reportagem lhe ajudará jogar a preguiça de lado e pensar duas vezes antes de abandonar os exercícios nos próximo  inverno.

Engana-se quem pensa que aquela paradinha no meio do ano não terá grandes consequências.  Cada semana longe dos exercícios físicos representa redução do condicionamento, força e do fôlego e diminuição da capacidade de perder medidas.

– A pessoa não pode achar que consegue levantar o mesmo peso ou correr na mesma intensidade de antes de parar o exercício. Independentemente de ter experiência, o retorno é um trabalho árduo: são duas semanas de treino para compensar cada semana parada – afirma o diretor da assessoria de corrida Trainer, de São Paulo, Fabio Alonso.

Engana-se mais uma vez quem acha que os resultados no retorno virão mais rápido do que aqueles que começam do zero, alerta o doutor em adaptação humana e atividade física da Universidade São Judas Tadeu, de São Paulo, Aylton Figueira.

As mudanças adquiridas pelo corpo com os exercícios só continuarão existindo se a pessoa mantiver o estímulo físico, mesmo nesse intervalo.

– Ao parar, o estímulo deixa de existir, e os benefícios, especialmente de força muscular, acabam se perdendo ou não se sustentam. A única coisa que permanece é a experiência da pessoa com aquele exercício prévio – afirma Figueira.

Se você está retornando a uma atividade física, não deixe de ler o texto abaixo.
 

 
Zero Hora

SUS não cumpre lei que prevê início de tratamento contra câncer em 60 dias

64% de gestores entrevistados consideraram que não houve repasse de verbas para o cumprimento do prazo de tratamento
 
A lei 12.732/12 que está em vigor há quase um ano e meio prevê que o tratamento contra o câncer comece em até 60 dias após o diagnóstico do Sistema Único de Saúde (SUS). O cumprimento pleno dessa lei, no entanto, só ficou no papel. 
 
Segundo dados de uma pesquisa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), 64% dos gestores estaduais de saúde, hospitais e centros de tratamento do SUS em todas as regiões do Brasil admitiram que a Lei dos 60 dias não é cumprida com rigor por falta de repasse de verbas. 
 
A mastologista e presidente voluntária da Femama, Maira Caleffi, explica que, antes da aprovação da lei, a entidade reivindicava um prazo ainda menor, de 30 dias. "Em alguns tipos de câncer, como leucemias e câncer infantil, 60 dias significam a morte, é muito tempo", diz ela.
 
Mas nem os dois meses são respeitados. Dados do Sistema de Informação sobre o Câncer (SISCAN) até julho de 2014, mostram que 40% dos pacientes registrados no sistema não haviam sido tratados dentro do de 60 dias. O atraso no início do tratamento, evidentemente, reflete na mortalidade pelo câncer.
 
E mesmo esse porcentual de 40% pode estar subnotifcado, uma vez que correspondem a apenas pouco mais de sete mil dos 576 mil novos casos de câncer previstos para 2014. Apesar de a lei prever que todo diagnóstico de câncer seja registrado, isso não acontece. 
 
"É muito pouca gente para dizer que a Lei dos 60 dias está funcionando em 60% dos pacientes. Esses dados não denunciam que o sistema não está funcionando e que a lei não está sendo cumprida", explica a médica.
 
Os problemas não são só prazos
Maira também aponta como entrave no tratamento de câncer no Brasil a falta de medicamentos mais novos disponíveis no SUS. "Existem medicamentos que são aprovados para quem tem plano de saúde, mas a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) não aprova, justificando que não há evidências científicas suficientes para comprovar a eficácia deles", indigna-se a médica.
 
Além disso, o Brasil fica para trás quando o assunto são estudos clínicos. "O CONEP atrasa muito para aprovar e liberar estudos no Brasil, temos dificuldades imensas para participar de estudos internacionais, que beneficiariam muito os pacientes. Aqui, demora de 12 a 14 meses para aprovar, o que demoraria de dois a três meses em outros países", compara.
 
iG

Ministério anuncia incorporação de novos medicamentos

Reprodução: Raltegravir, tratamento oral para crianças
 portadoras do HIV/aids
Entre as principais incorporações estão medicamentos para sintomas do autismo, esclerose múltipla e Doença Arterial Coronariana (DAC), principal causa de infartos
 
Com o objetivo de ampliar o acesso da população a novos medicamentos e tecnologias, o Ministério da Saúde anuncia nesta semana duas novas incorporações no Sistema Único de Saúde (SUS).

O Raltegravir, tratamento oral para crianças portadoras do HIV/aids e o Mesilato de Imatinibe, para o tratamento da Síndrome Hipereosinofílica (SHE), uma doença rara caracterizada pelo aumento persistente de eosinófilos, um tipo de célula presente no sangue. Nos últimos dois meses, o Ministério da Saúde, por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), já incorporou oito novas tecnologias ao SUS. A previsão é de que elas estejam disponíveis na rede pública de saúde no início de 2015.
 
Para incluir um medicamento no SUS, o Ministério da Saúde obedece às regras da Conitec, que garantem a proteção do cidadão quanto ao uso e eficácia do medicamento, por meio da comprovação da evidência clínica consolidada e o custo-efetividade dos produtos. Após a incorporação, o medicamento ou tecnologia pode levar até 180 dias para estar disponível ao paciente.
 
Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, o Ministério da Saúde realiza um trabalho permanente de avaliação e esforço para a ampliação de oferta de tratamentos. “Foram muitos os avanços na incorporação de novas tecnologias no SUS. Nossa política de incorporação tecnológica é muito mais ativa e esse trabalho triplicou a média anual de incorporações. Nos últimos dois anos e meio, o Ministério incorporou 114 novas tecnologias, sendo cerca de 70% de medicamentos”, avalia.
 
O Raltegravir será utilizado em crianças de 2 a 12 anos, com investimento de R$ 66 mil, no primeiro ano, e previsão de investimento de aproximadamente R$ 350 mil ao final de cinco anos. A AIDS é uma doença que pode ser transmitida pelo sangue, pelas relações sexuais desprotegidas ou da mãe portadora do HIV para o filho, maior causa de AIDS nesta faixa etária. “A incorporação do Raltegravir para crianças é mais um diferencial da resposta brasileira a epidemia de AIDS em relação a imensa maioria dos países do mundo, onde o tratamento de AIDS para crianças quando excepcionalmente é oferecido, não é em formulações e medicamentos apropriados para esta faixa etária”, explica o Diretor do Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais, Fábio Mesquita.
 
Em relação ao imatinibe, para a Síndrome Hipereosinofílica, a previsão do Ministério da Saúde é R$ 1,15 milhão para o tratamento em cinco anos no tratamento de 180 pessoas. A doença é mais comum entre pessoas de 25 a 55 anos e a taxa de incidência é de aproximadamente 0,035 por cada 100.000 mil habitantes. A Síndrome aumenta as células do sangue e pode prejudicar o funcionamento do coração, dos pulmões, da pele e do sistema nervoso.
 
Outras Incorporações
Entre as principais incorporações recentes no SUS está a Risperidona, medicamento que auxilia na diminuição dos sintomas do autismo, como irritação, agressividade e agitação. Apesar da doença não ter cura, técnicas, terapias e medicamentos podem proporcionar qualidade de vida para os pacientes e suas famílias. Os principais sintomas do paciente é olhar pouco para as pessoas, não reconhecer nome e ter dificuldade de comunicação e interação com a sociedade. A previsão de investimento do Ministério da Saúde para a compra do medicamento é R$ 668,5 mil ao ano. No Brasil, a taxa de prevalência da doença é de 27,2 para cada 10 mil habitantes com idade entre 5 e 18 anos.
 
“O avanço na incorporação de tecnologias mostra o compromisso do Ministério da Saúde em garantir os princípios Constitucionais de Universalidade e Integralidade. É a tecnologia a serviço do acesso sempre seguindo a base científica e a análise das evidências para que os produtos e serviços incorporados beneficiem a saúde pública com o que há de mais avançado, efetivo e seguro para o cidadão”, informa o secretário Carlos Gadelha.
 
Também foi incluído, na rede pública, uma nova opção de tratamento para a Doença Arterial Coronariana (DAC), conhecida como a principal causa de infartos, o Stent farmacológico. O dispositivo é indicado principalmente para pacientes diabéticos ou com lesões em vasos finos e é responsável pelo entupimento de vasos sanguíneos que levam sangue e oxigênio ao coração. A expectativa é que a nova tecnologia beneficie cerca de 38 mil pacientes ao ano.
 
Outra novidade incorporada ao SUS é o fingolimode, primeiro tratamento oral para Esclerose Múltipla. A nova tecnologia oral é mais uma alternativa aos pacientes que não se adaptaram à medicação injetável já disponibilizada na rede pública. Para receber a indicação de uso, o paciente deve ter apresentado resistência ou não ter apresentado resposta aos tratamentos com o betainterferona e glatirâmer e a impossibilidade do uso de natalizumabe, além de não apresentar problemas adversos quanto ao uso de fingolimode.
 
A esclerose múltipla é uma doença autoimune crônica que atinge o sistema nervoso central com uma taxa de prevalência, no Brasil, de aproximadamente 15 casos por cada 100 mil habitantes ao ano.  Até então, todo o tratamento para a doença era realizado por meio de medicamentos injetáveis.
 
Ministério da Saúde

Inglaterra deve liberar pílula que diminui vontade de beber

Cápsula deve ser tomada quando paciente sentir necessidade de ingerir álcool. Pesquisas apontam que tratamento reduz consumo de bebida em 61%
 
Uma pílula que diminui a vontade de consumir bebida alcoólica deve chegar em breve às farmácias da Inglaterra e do País de Gales. O comprimido, indicado para ser tomado quando uma pessoa sente a necessidade de beber, bloqueia a região do cérebro responsável por dar a sensação de prazer ao ingerir álcool. Ou seja, esse tratamento é diferente dos disponíveis atualmente porque ajuda o paciente a beber menos, e não a cortar o álcool completamente.
 
Segundo o jornal The Guardian, o sinal verde foi dado nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional para Saúde e Cuidados de Excelência (Nice, sigla em inglês) da Grã-Bretanha. De acordo com o órgão, pesquisas mostraram que a pílula, chamada nalmefene, diminui o consumo de álcool em 61% ao longo de seis meses de uso.
 
Recomendações
Para que a aprovação da cápsula seja concluída, o Nice precisa divulgar as orientações completas do tratamento, o que deverá acontecer no próximo mês. No entanto, sabe-se que a pílula é indicada a homens que consomem pelo menos 7,5 doses de álcool por dia (o equivalente a dois terços de uma garrafa de vinho, por exemplo) e a mulheres que bebem no mínimo cinco doses diárias.
 
Estima-se que cada pílula custará 3 libras, ou cerca de 12 reais. Especialistas preveem que até 600 000 pessoas possam ser beneficiadas pela nalmefene e que o tratamento será capaz de salvar 1 854 vidas ao longo de cinco anos, além de prevenir 43 074 casos de doenças associadas ao consumo de álcool na Inglaterra e País de Gales.
 
“Nós estamos satisfeitos em poder oferecer o nalmefene para ajudar as pessoas que lutam contra a dependência em álcool”, disse, ao jornal britânico, Carole Longson, especialista do centro de avaliação de tecnologia do Nice.
 
Além da aprovação da pílula, o Nice adotará outras iniciativas para combater o alcoolismo na Grã-Bretanha. Ainda de acordo com o The Guardian, o órgão recomendará que médicos questionem todos os pacientes sobre o consumo de bebida alcoólica, independentemente do motivo da consulta.
 
Veja