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sábado, 25 de outubro de 2014

Crianças que apanham ou ouvem gritos dos pais têm maior risco de câncer e doença cardíaca

Um estudo da Universidade de Plymouth, em Devon (Reino Unido) concluiu que pais que batem em ou gritam com seus filhos os colocam em maiores riscos de desenvolver câncer, doença cardíaca e asma
 
Segundo os pesquisadores, mesmo espancamentos e gritos não tão intensos podem ter as mesmas implicações para a saúde da criança a longo prazo do que abuso e trauma graves.
 
A suposição da equipe é que bater e gritar com as crianças causa estresse nelas. A ciência já provou que níveis elevados de estresse podem causar mudanças biológicas em um indivíduo, o que por sua vez podem levar a sérios problemas de saúde.
 
“Já é sabido que estresse precoce na forma de trauma e abuso cria mudanças de longo prazo que predispõem as pessoas a doenças mais tarde. Mas este estudo mostra que, em uma sociedade na qual o castigo corporal é considerado normal, seu uso é suficientemente estressante para ter os mesmos tipos de impacto a longo prazo”, explica o principal autor da pesquisa, Michael Hyland, do departamento de psicologia da Universidade.
 
O estudo
700 pessoas na Arábia Saudita participaram do estudo, sendo que 250 das quais eram saudáveis, e cada 150 restantes tinham câncer, asma ou doença cardíaca.
 
Os pesquisadores perguntaram se e quantas vezes elas tinham sido fisicamente ou verbalmente punidas como crianças.
 
O grupo com câncer era 1,7 vezes mais propenso a ter sido espancado quando criança, em comparação com o grupo saudável. O grupo com doenças cardíacas era 1,3 vezes mais propenso, e com o asma, 1,6 vezes mais propenso.
 
Castigo corporal
A forma de punição física é muito controversa. Há quem pense que as crianças podem receber castigos corporais, porque isso as educa, enquanto outros dizem que bater é um tipo de violência que só traz prejuízos (e que já foi ligado a diversos problemas comportamentais e de saúde mais tarde na vida) e na verdade não educa.
 
No mundo todo, os países divergem bastante quanto à legislação sobre esse ato. Por exemplo, na Suécia, a punição corporal foi banida em 1976. Desde então, quase 30 países fizeram legislação semelhante.
 
Já em outros países, como o Reino Unido, a punição corporal é proibida nas escolas, mas não em casa. Por fim, em outros locais, como os EUA, não há nenhuma proibição universal de punição corporal nem mesmo nas escolas.
 
Segundo uma pesquisa de 2010 realizada com 4.025 pessoas com mais de 16 anos em 11 capitais do Brasil, 70,5% dos brasileiros sofreram alguma forma de castigo físico quando jovens. Comparativamente, nos EUA, a porcentagem passa dos 90%, enquanto na Suécia fica em torno dos 10%.
 
Os cientistas do estudo atual afirmam que o uso de castigo corporal diminuiu globalmente, mas ainda é visto em 50% das crianças em todo o mundo.
 
MedicalXpress, DailyMail / Hypescience

A maioria dos cânceres da pandemia mundial são evitáveis: veja como

A Organização Mundial de Saúde já soou o alarme: o câncer está se tornando rapidamente uma pandemia global
 
No seu relatório World Cancer, a agência da ONU observa que a doença provoca uma em cada oito mortes no mundo. Estima-se que 14 milhões de pessoas foram diagnosticadas com câncer em 2012, e até 2032 esse número deve crescer ainda mais, chegando aos 22 milhões.
 
Os cânceres mais comumente diagnosticados em todo o mundo são o de pulmão, mama e cólon. Também em escala global, os que mais matam são de pulmão, fígado e estômago. Em certas áreas da África e da Ásia, o câncer cervical é a principal causa de morte em mulheres.
 
O envelhecimento e crescimento da população mundial estão no centro da razão do aumento no número de casos de câncer, bem como a disseminação de fatores de risco em países de baixa e média renda. Estes incluem o uso de tabaco, obesidade, falta de atividade física e má alimentação – que, no relatório, caracterizam “um estilo de vida industrializado”, causando aproximadamente metade das mortes por câncer nos Estados Unidos e Europa Ocidental.
 
Ao mesmo tempo, as taxas de morte por câncer diminuíram em cerca de 20% ao longo dos últimos 20 anos nos Estados Unidos e Europa Ocidental. Isto se deve, em grande parte, a campanhas de prevenção, especialmente à diminuição do tabagismo. O uso desta substância em países com menor renda faz o contrário: que as taxas de mortalidade por câncer aumentem. Outros hábitos que causam câncer comuns no Ocidente, como dietas nutricionalmente pobres e de alto teor calórico que promovem a obesidade, também estão aumentando em lugares com menos renda.
 
Esses países também têm infraestruturas inadequadas de médicos e saúde pública. Nos países economicamente em desenvolvimento, os cânceres são frequentemente diagnosticados numa fase tardia, quando eliminar a doença não é mais possível. Muitas vezes, as pessoas sofrem por causa de cuidados paliativos ruins. Narcóticos não estão disponíveis para tratamento da condição em mais vinte países, e são difíceis de obter em muitos outros.
 
O relatório ainda salienta que as organizações internacionais governamentais e não governamentais precisam focar em atividades de prevenção do câncer em países de renda baixa e média. Além disso, esforços de prevenção precisam ser re-enfatizados em países desenvolvidos, como os Estados Unidos.
 
Como prevenir
O câncer não tem de ser inevitável. Há muito que você pode fazer para reduzir o risco que você corre:
 
- Não use produtos de tabaco: Se você fuma, pare. Nunca é tarde demais para parar. Benefícios para a saúde podem ser vistos tão cedo quanto 24 horas após o último cigarro
 
- Fique em equilíbrio: Evite o excesso de ganho de peso em todas as idades. Para aqueles que estão com sobrepeso ou obesos, emagrecer, nem que seja só um pouco, tem benefícios para a saúde e é um bom lugar para começar. Limitar a ingestão de bebidas e alimentos altamente calóricos é uma das chaves para ajudar a manter um peso saudável, assim como ter uma dieta saudável, com ênfase em alimentos de origem vegetal e cuidar das quantidades ingeridas. Também limite as carnes vermelha e processada. Coma, pelo menos, 2,5 xícaras de frutas e legumes todos os dias. Escolha cereais integrais em vez de produtos de grãos refinados. Por fim, se você beber álcool, não abuse. No caso das mulheres, não é recomendável ultrapassar um drinque por dia; para os homens, o limite é de dois
 
- Faça atividade física regularmente: Os adultos devem se dedicar a pelo menos 150 minutos de exercícios de intensidade moderada ou 75 minutos de exercícios vigorosos por semana. As duas modalidades podem ser combinadas e o ideal é que as atividades físicas estejam distribuídas ao longo da semana. Já crianças e adolescentes precisam de ao menos uma hora de atividade de intensidade moderada ou vigorosa por dia, sendo que a atividade vigorosa deve estar presente em no mínimo três dias por semana. Evite o comportamento sedentário, como ficar sentado, deitado, assistindo TV ou outras formas de entretenimento que não requeiram que você se movimente
 
- Vacine-se: Várias das principais causas de câncer são causadas por infecções que podem ser controladas através de vacinação. A vacina contra a hepatite B é agora uma vacina padrão para crianças nos Estados Unidos e na Europa, os adultos que não foram vacinados deve considerar fazê-lo. No Brasil, pessoas com até 49 anos ou pertencentes ao grupo de risco, como manicures, doadores de sangue, prostitutas, trabalhadores da saúde, gestantes, podem receber a vacina gratuitamente pelo SUS. Já a vacina do papilomavírus humano (HPV) é comumente dada às meninas, preferencialmente antes do início da vida sexual, e previne a infecção com o vírus que causa a maioria dos cânceres cervicais. Há evidências crescentes de que ela também poderia prevenir alguns tipos de câncer de cabeça e pescoço, e alguns especialistas recomendam que meninos sejam vacinados também. A partir de março de 2014, meninas de 11 a 13 anos de idade passam a receber gratuitamente a vacina no Brasil e até 2016 a faixa etária será expandida para atendê-las a partir dos 9 anos
 
- Evite a exposição solar desnecessária: Use camisas de mangas compridas, calças compridas e chapéus de abas largas quando possível, e não esqueça do protetor solar quando a exposição ao sol é absolutamente necessária. Isto irá reduzir o seu risco de melanoma e outros tipos de câncer de pele.
 
CNN, Ministério da Saúde / Hypescience

Vigilância Epidemiológica alerta para risco de febre chikungunya no Rio

O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro (SES), Alexandre Chieppe, disse que  a população do estado do Rio de Janeiro enfrenta um cenário de risco em relação ao vírus da febre chikungunya
 
“Essa talvez seja a nossa grande preocupação para 2015, uma vez que é uma doença transmitida pelos mosquitos que transmitem a dengue”, disse em entrevista à Agência Brasil.
 
O superintendente explicou que a chikungunya pode acarretar epidemia maior do que a do vírus da dengue. “É diferente da dengue [cuja] velocidade de transmissão, eventualmente, se consegue diminuir. chikungunya tem uma capacidade de infectar mosquito muito maior do que o vírus da dengue”, disse.
 
Alexandre Chieppe disse que até o momento não foi identificada transmissão da chikungunya no território do Rio de Janeiro. Já foram anotados casos no Acre, na Bahia e em Minas Gerais. “No Rio de Janeiro todos os casos identificados até agora foram importados. Mas [o problema] vai se aproximando. Mosquitos [podem ser contaminados], vão infectar pessoas e o ciclo aí de inicia”, alertou.
 
De janeiro a outubro, a Superintendência Epidemiológica e Ambiental da SES anotou seis casos da doença no estado do Rio de Janeiro, todos diagnosticados em pessoas com registro de viagem internacional recente para países onde ocorre a transmissão.
 
Como medida preventiva, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro organizou esta semana cursos de capacitação de representantes da assistência e vigilância das secretarias municipais de saúde, que receberam informações sobre diagnóstico e tratamento de pacientes com a febre chikungunya. A partir do próximo mês, um outro treinamento itinerante será feito em todas as regiões fluminenses para fazer a capacitação de multiplicadores das informações diretamente nos municípios.
 
De acordo com a SES, o vírus que provoca a febre chikungunya é transmitido pela picada da fêmea de dois mosquitos, o Aedes aegypti, presente em áreas urbanas, e o Aedes albopictus, mais comum em áreas rurais. Este atua também como vetor da dengue e da febre amarela. Os sintomas surgem entre dois e 12 dias após a picada do mosquito contaminado com o vírus. O primeiro deles é uma febre repentina acima de 38,5 graus. A principal característica da doença é a forte dor nas articulações. Na fase mais aguda, durante a primeira semana, podem aparecer bolhas, descamação da pele, fadiga e, em alguns casos, conjuntivite. Ainda conforme a secretaria, os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças (até 2 anos de idade), gestantes e idosos. Pessoas com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença.
 
Quanto à dengue, Alexandre Chieppe disse que a secretaria recebeu os planos de contingência dos municípios contra a doença, que contêm todas as ações que serão desenvolvidas pelas cidades. “Isso vai servir para a organização da rede assistencial em casos de epidemia de dengue, para a utilização de larvicida nos mata-mosquitos e fumacês”, explicou.
 
Para ele, o fator mais importante para a ocorrência dos casos de dengue é a entrada de novo vírus da doença, que pode pegar parte da população suscetível e, em consequência, aumentar os registros. “A gente não está trabalhando com a hipótese de um número grande número de casos de dengue para 2015. Deve ficar muito semelhante a 2014”, comentou.
 
O superintendente informou que o estado enfrentou em 2012 e 2013 transmissão elevada pelo vírus dengue 4. Em 2012, a área mais atingida foi a capital do Rio de Janeiro e no ano seguinte o interior do estado e as regiões metropolitanas, com exceção do município do Rio. Ele acrescentou que, em 2014, o mesmo vírus circulou em razão de um número grande de pessoas que já tinham tido a doença em anos anteriores . O cenário então se tornou mais tranquilo. Em 2012 e 2013, segundo o superintendente, houve 250 mil casos de pessoas infectadas. “Noventa por cento desses casos se [inserem] entre os meses de fevereiro e de junho”, disse.
 
No município de Niterói, na região metropolitana do Rio, o Plano de Contingência da Dengue vai ser lançado no dia 3 de novembro. Inclui medidas preventivas como a intensificação das ações de fiscalização e de vigilância em saúde. Segundo a prefeitura, o Departamento de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses (Devic) vai realizar, nos sábados, mutirões contra a dengue em bairros do município.
 
Em Niterói, a identificação de focos de dengue com a mobilização de agentes de saúde no combate e controle da doença será feita em seis comitês regionais vinculados às Policlínicas Regionais de Itaipu, do Largo da Batalha, Policlínica Sérgio Arouca, Policlínica Guilherme March, Policlínica da Engenhoca e Policlínica Carlos Antônio da Silva.
 
O trabalho feito desde o ano passado permitiu manter o controle da doença: em 2013 não houve casos de morte por causa da dengue em Niterói.

 De acordo com a secretária de Saúde da cidade, Solange de Oliveira, a ideia é garantir um verão com menor incidência da doença para evitar o surto. Caberá à Secretaria de Educação desenvolver palestras e atividades em escolas para orientar pais e alunos na prevenção e no combate à doença. Haverá intensificação de recolhimento de carcaças nos bairros, para evitar que os locais se transformem em criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Segundo a secretaria, de 2013 até setembro deste ano, a Coordenadoria de Trânsito da Guarda Municipal de Niterói recolheu 209 carcaças de automóveis. Todas foram levadas ao depósito municipal para serem inutilizadas.
 
 
O secretário Marcus Jardim, indicou que as denúncias sobre veículos abandonados podem ser feitas por meio do e-mail  segurança@niteroi.rj.
gov.br.
 
Agência Brasil

Entenda o efeito de fofocas positivas e negativas sobre as pessoas

Foto: Jefferson Botega / Agencia RBS
Fofoca pode ajudar as pessoas a se adaptarem a um ambiente social, mostrar a forma como um indivíduo pode melhorar, ou revelar potenciais ameaças
 
Por que as pessoas se interessam em saber sobre o sucesso e o fracasso dos outros? Com essa pergunta em mente, cientistas da Universidade de Groningen, na Holanda, estudaram o efeito da fofoca positiva e negativa nos indivíduos.
 
Apesar de ter algumas consequências positivas, a fofoca é geralmente vista como algo destrutivo e negativo. No entanto, ela pode ajudar as pessoas a se adaptarem a um ambiente social, mostrar a forma como um indivíduo pode melhorar, ou revelar potenciais ameaças.
 
Na primeira fase do estudo, os participantes tiveram de recordar uma ocasião em que ouviram uma fofoca positiva ou negativa sobre alguma pessoa. Os integrantes da pesquisa foram, então, perguntados sobre auto aperfeiçoamento, autopromoção e valor de autoproteção. Os indivíduos que receberam a fofoca positiva aumentaram o valor de auto aperfeiçoamento. Já a fofoca negativa aumentou o valor de autopromoção e as preocupações com autoproteção.
 
— Ouvir histórias positivas sobre os outros pode ser informativo, porque eles sugerem maneiras de melhorar a si mesmo. Ouvir a fofoca negativa pode ser lisonjeiro, porque sugere que o alvo da fofocas pode ser pior que nós. Entretanto, fofocas negativas também podem ser uma ameaça para o ego, porque sugere um ambiente social maligno em que se pode facilmente ser vítima de tratamentos negativos — explica a pesquisadora Elena Martinescu.
 
Os participantes da segunda etapa do estudo tiveram de exercer o papel de um agente de vendas, imaginando que tinham escrito uma descrição sobre o trabalho de terceiros. Eles receberam fofocas positivas e negativas sobre o desempenho de outras pessoas em seus empregos para embasar suas avaliações. Neste cenário, havia duas condições para a conquista do objetivo: desempenho por metas ou por competência. Os funcionários com meta de desempenho se esforçam para alcançar o objetivo e superar outras pessoas. Já os que têm um objetivo por competência se esforçam para desenvolver competências através da aprendizagem de novos conhecimentos e habilidades.
 
Resultados:
— Fofoca negativa: provoca orgulho devido ao seu valor de autopromoção, pois estimula uma situação de comparação social. Também provoca medo e ansiedade devido ao aumento das preocupações de autoproteção, já que as pessoas podem se preocupar com o fato de sua reputação estar em risco se eles forem alvos de boatos negativos no futuro.
 
— Fofoca positiva: as pessoas que trabalham com metas de competência são mais propensas a aprender com a fofoca positiva. As que têm meta de desempenho se sentem ameaçadas pela fofoca positiva, porque o sucesso dos rivais se traduz em seu próprio fracasso.
 
Zero Hora

Descubra quantas horas de exercício você precisa para gastar as calorias ingeridas

Tatiana Cavagnolli/Agencia RBS
Para queimar alimentos como o X, é preciso suar a camiseta. Veja o quanto
 
Você sabe quantas horas precisa correr, caminhar ou gastar em supinos e abdominais na academia para queimar as calorias daquele X que degustou com fritas e refrigerante?

Recentemente, pesquisadores da escola Bloomberg Johns Hopkins, nos Estados Unidos, defenderam que se as pessoas tivessem essa informação disponível nos rótulos dos produtos, pensariam duas vezes antes de consumir determinado alimento.

A conclusão é fruto de uma pesquisa feita em seis lojas. Depois de fazer a conversão do valor calórico de um copo de refrigerante em minutos de exercício e apresentarem aos consumidores, muitos optaram pela compra de bebidas mais saudáveis.

Especialistas de Santa Maria corroboram a ideia de que, para manter a boa forma e a saúde em dia, é fundamental saber a quantidade de calorias diárias recomendadas e o gasto de energia que precisamos para queimá-las.

_ De uma forma geral, a necessidade calórica diária pode variar entre 30 e 50 calorias por quilo de peso corporal, segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. O que, para um homem de 60 quilos, pode variar entre 1.800 e 3.000 calorias _  explica Cristina Machado de Moraes, coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (Unifra).

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão responsável pela regulação das informações que um rótulo deve conter. Mas as nossas necessidades de energia e nutrientes diferem de acordo com o sexo, idade, altura, peso corporal e níveis de atividade.

Os valores diários utilizados nos rótulos das embalagens de alimentos brasileiros têm como referência uma dieta de 2 mil calorias. Uma hora de caminhada, por exemplo, queima em média 330 calorias, quase o mesmo que há em uma fatia de pizza calabresa. A regra para quem quer manter o equilíbrio segue a matemática: é preciso gastar mais e ingerir menos.
 
Tudo depende da pessoa
A professora do Centro de Educação Física e Desporte da UFSM e doutora em Ciência do Movimento, Luciane Sanchotene Etchepare Daronco, ressalta que a queima de calorias com exercícios depende da modalidade escolhida, da intensidade e do nível de condicionamento.

_ Receitas prontas, que trazem cálculos exatos e medidas esperadas, são sujeitos à interpretação de profissionais, de acordo com uma série de fatores. Não é porque uma pessoa "A" queima 400 calorias na hidroginástica que a pessoa "B" vai queimar o mesmo _ diz Luciane.

As diferenças biológicas, o ritmo circadiano e a aptidão motora e mental influenciam no gasto calórico. O tipo de exercício depende também do estilo de vida de cada pessoa. O ideal seria praticar exercícios diariamente, aeróbios, localizados e funcionais.

Tendo claro as ressalvas de Cristina e Luciane, o Diário pediu que elas elaborassem uma tabela de referência que relaciona calorias com o gasto calórico em três tipos de exercícios: caminhada, musculação e corrida.  Faça um bom uso.
 
 
Zero Hora

Agência quer obrigar planos de saúde a divulgar taxa de cesárea de médicos

BBC: 25% dos óbitos neonatais no país estão relacionados
 à prematuridade, uma condição que pode vir ligada a uma
cesárea desnecessária
O índice de cesárea chega a 84% em hospitais privados, cuja maioria dos pacientes são de planos de saúde; porcentual recomendado pela Organização Mundial da Saúde é de 15%
 
Desde esta sexta-feira (25), grávidas, mães, pais, profissionais de saúde e qualquer outra pessoa interessada em partos podem opinar em uma consulta pública online realizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que pode ajudar a reduzir a "epidemia" de cesarianas realizadas na rede particular de saúde no Brasil.
 
Autoridades de saúde dizem que a realização de cesáreas aumenta os riscos para a mãe e o bebê. O índice desse tipo de parto chega a 84% em hospitais privados, que atendem majoritariamente pacientes com planos de saúde, enquanto que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde é de 15%.
 
A agência propôs duas resoluções para combater o problema. Uma prevê que a mulher receba um Cartão da Gestante, com dados sobre seu pré-natal para ser apresentado na maternidade, e um Partograma um documento que detalha a evolução do trabalho de parto e as condições da mãe e do bebê.
 
A outra é mais polêmica, já que prevê que os planos sejam obrigados a divulgar a porcentagem de cesáreas e partos normais de médicos e hospitais conveniados.
 
Assim, se a norma for aprovada, qualquer mulher, independentemente de estar grávida ou não, pode ligar para seu plano de saúde para saber que tipo de parto determinado médico ou hospital costumam fazer.
 
Melhor informada sobre o tipo de conduta que o obstetra costuma ter, a grávida teria uma ferramenta a mais para decidir se o que ela espera de seu parto é compatível com aquele profissional.
 
"Pela nossa proposta, as beneficiárias do plano entram em contato fazendo essa demanda e recebem um protocolo. Os planos terão então 30 dias para responder. Caso contrário, devem pagar uma multa de R$ 25 mil por protocolo não cumprido", explicou à BBC Brasil Karla Coelho, gerente de Assistência à Saúde da ANS.
 
BBC: O fato de o bebê estar sentado não significa que
 deverá nascer em um cesárea
De acordo com a agência, os interessados devem enviar sugestões via um formulário disponível site da ANS até 23 de novembro.
 
"Uma equipe vai receber e filtrar essas contribuições, que depois serão aprovadas pela diretoria. A expectativa é a de que isso ocorra até 15 de dezembro”, explica Coelho.
 
Em coletiva para anunciar as medidas, integrantes tanto da ANS quanto do Ministério da Saúde, ao qual a agência é vinculada, informaram que o objetivo não é "demonizar" a cesárea, já que em muitos casos ela salva vidas.
 
Mas lembraram que, sem indicação médica, ela traz problemas à saúde da mulher e do recém-nascido, como aumentar em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios no recém-nascido e triplicar o risco de morte materna.
 
Além disso, cerca de 25% dos óbitos neonatais no país estão relacionados à prematuridade, uma condição que pode vir ligada a uma cesárea desnecessária.
 
Ouvidos pela BBC Brasil, profissionais ligados à área de saúde concordam que é preciso tomar medidas para fazer o Brasil deixar a posição de número um em cesáreas de todo o mundo. Mesmo assim, as medidas da ANS causaram polêmica.
 
Defensoras dos direitos das mulheres e o Ministério Público, que moveu uma ação cobrando mais medidas da ANS para coibir cesáreas desnecessárias, elogiaram a divulgação da taxa de cesáreas, apesar de acharem que elas são apenas um primeiro passo.
 
Já um representante da classe médica disse que a medida "não deve surtir efeito" e "viola a autonomia médica".
 
Confira:
 
Luciana Costa Pinho, procuradora federal e uma das responsáveis pela ação civil que cobra da ANS medidas que ajudariam na redução do número de cesarianas e promoção do parto humanizado. "As propostas são boas e devem ajudar bastante, mas são insuficientes para começar a mudar algo para valer". diz Luciana.
 
"Divulgar as taxas de cesáreas é ótimo, afinal, quanto mais dados, melhor para a gestante. Essa era nossa principal demanda, porque são muito comuns os casos de médicos que, ao longo da gestação, convencem a grávida que queria parto normal a fazer uma cesárea", ressalta a procuradora.
 
"Ela tem direito à informação, até como consumidora. Estou otimista quanto à aprovação das propostas. E será somente depois disso que o juiz vai dar a sentença na ação civil que cobra medidas da ANS", finaliza.
 
BBC: Para o MPF, partograma e cartão da gestante
devem ser obrigatórios
Ana Lucia Keunecke, advogada da Artemis, ONG que luta pela autonomia feminina e pela erradicação da violência contra a mulher. "As medidas propostas são o início do caminho da mudança. Ainda falta muita coisa, mas divulgar as taxas de cesáreas é ótimo porque a gestante terá uma informação clara e precisa do tipo de profissional que é aquele médico - e verá se ele é do tipo intervencionista ou 'cesarista', que faz poucos partos normais".
 
"Obstetras exercem uma prestação de serviço. E por isso o Código de Defesa do Consumidor determina que as informações precisam ser claras e precisas. A Artemis vai participar da consulta pública da ANS, sugerindo ideias sobre como aprimorar essas duas resoluções e algumas outras novas. A decisão da ANS de propôr essas normas é uma resposta a uma ação judicial, que cobrava da agência medidas para reduzir as cesarianas na rede privada", afirma a advogada.
 
"Em agosto, o juiz deu 60 dias para a ANS postular uma minuta para atender os objetivos da ação. Mas é preciso deixar claro que essa imposição judicial não tira o impacto positivo da iniciativa. Sobre as propostas serem um reflexo direto da ação civil, a  ANS afirmou que "faz um trabalho contínuo para a promoção do parto normal e a redução do número de cesarianas desnecessárias, no qual o Ministério Público e outros órgãos são parceiros, sendo que há iniciativas sendo tomadas desde 2004", ressalta.

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Mitos e verdades sobre o parto

 
Vera Sampaio, gerente de regulação de saúde da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde). "Já temos essas taxas em nossos arquivos, mas falta sistematizá-las. Ainda não sabemos como isso pode ser colocado em prática, operacionalmente falando, mas acho que não vai ser um custo grande para as operadoras".
 
"Mas seria melhor se fosse passado o número de cada tipo de parto e não a taxa. Assim, não haveria problema se um médico tiver poucos partos por determinado plano e justamente estes precisaram ser cesáreas. Não daria uma imagem errada do profissional", conta Vera.
 
"Mas, para reduzir mesmo o número de cesáreas, é preciso mudar todo o modelo de atendimento. E isso inclui ter uma equipe multidisciplinar, não focar apenas no médico, incluir o enfermeiro obstetra para casos sem complicações. Mas para isso é preciso mudar a cultura dos médicos, e há uma resistência em relação a isso", diz a gerente.
 
Dr. João Steibel, presidente da Comissão de Assistência ao Parto, Abortamento e Puerpério da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstretícia (Febrasgo). "Eu não vejo problema nessa proposta da ANS. É um direito da paciente saber o que quiser. Mas ela interfere na autonomia do médico, pois são dados específicos. De repente, o médico não quer dizer. E se meu índice de cesárea é 80% e eu não quero divulgar?", indaga.
 
"É uma medida fraquinha, que, acho eu, não vai diminuir o número de cesáreas. Alguns médicos indicam cesárea por convicção. E são os médicos mais jovens, e normalmente mulheres, que são os mais convictos. O que é preciso entender é que a cesárea em si não é um problema, é como uma rinoplastia", afirma.
 
"Ela traz uma vantagem para paciente, que é a praticidade. Já o parto normal, para a paciente, é melhor por causa da recuperação, que é mais rápida. Agora, para o bebê, depois de 39 semanas, não faz diferença (se é cesárea ou parto normal)", conta.
 
BBC: Partograma vai tornar mais difícil a realização de
 cesáreas desnecessárias
A taxa de problemas em uma cesariana não é mais alta do que em um parto normal. A ANS diz isso porque só usa os trabalhos que dizem que cesáreas são um problema. Isso não é uma verdade absoluta. Existem 30 trabalhos dizendo isso. Mas existem outros 30 dizendo o contrário. Não sei qual medida seria mais produtiva. Mas eu vou falar com o presidente (da Febrasgo) porque acho que é hora de a gente começar a se mexer (para diminuir estas taxas)", finaliza.
 
O Conselho Regional de Medicina (CFM) informou por meio de nota que tem desde 2010 uma comissão para discutir como reduzir o número de cesáreas e estimular o parto normal, mas que a comissão atualmente está em estado de espera. Informou ainda que o órgão está analisando as propostas da ANS e pretende se pronunciar em breve.
 
Cartão da Gestante
Fora a informação sobre a taxa de cesárea, a segunda proposta da ANS prevê que a mulher receba um Cartão da Gestante, com dados sobre seu pré-natal para ser apresentado na maternidade, e um Partograma um documento que detalha a evolução do trabalho de parto e as condições da mãe e do bebê.
 
A ideia é que o Partograma torne mais difícil a realização de cesáreas desnecessárias, já que a equipe médica ligada ao plano de saúde terá de detalhar o porquê de se ter escolhido esse tipo de parto, não mais podendo usar justificativas pouco específicas.

BBC Brasil / iG

Nova York ordena quarentena a pessoas vindas de países com surto de ebola

Medida é considerada pelo governo federal norte-americano, mas para ser aplicada somente aos profissionais de saúde; até agora, apenas suspeitos de contato com doentes eram isolados
 
Todas as pessoas vindas de países com surtos de ebola que entrem nos EUA por aeroportos dos estados de Nova York e Nova Jersey terão de ser colocadas em quarentena. A ordem foi dada pelos governadores das duas unidades federativas norte-americanas, Andrew M. Cuomo e Chris Christie, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (24). As informações são do New York Times.
 
"Uma quarentena voluntária relacionada ao ebola não é suficiente", disse Cuomo exatamente um dia depois da principal cidade de seu estado, Nova York, ter registrado o primeiro caso do vírus na região – um médico que trabalhou na Guiné e retornou ao país no início de outubro. "Esta é uma situação de saúde pública muito séria para isso."
 
Apesar do anúncio – que diz respeito a pessoas vindas de Guiné, Libéria e Serra Leoa que desembarquem nos aeroportos internacionais Kennedy International Airport e Newark Liberty International Airport –, os governantes não deixaram claro como farão o processo de triagem.
 
Nacional
Além dos dois estados, o governo dos EUA também está considerando quarentenas, mas somente para os trabalhadores de saúde que retornam de países da África Ocidental atingidos pelo ebola, disse uma autoridade nesta sexta-feira.
 
Em Washington, o presidente Barack Obama abraçou uma enfermeira de Dallas que sobreviveu ao vírus após cuidar de um paciente infectado.
 
A quarentena de profissionais de saúde que retornam aos EUA a partir de regiões devastadas pelo ebola está entre uma série de opções que estão sendo discutidas por autoridades, disse Tom Skinner, porta-voz do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).
 
As discussões conduzidas pelo centro começaram na quinta-feira (23), depois que o médico Craig Spencer testou positivo para a doença ao voltar para Nova York, vindo da África Ocidental.
 
Spencer, de 33 anos, infectado depois de tratar de pacientes com Ebola no oeste da África, tornou-se a quarta pessoa diagnosticada com a doença nos EUA e a primeira na maior cidade do país.
 
Ele está desperto e conversa com familiares e amigos por celular, informou a médica Mary Travis Bassett, comissária de saúde de Nova York, em uma coletiva de imprensa.
 
iG