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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Estudo liga falta de vitamina D a risco de desenvolver diabetes

Idosos têm mais dificuldade em absorver vitamina D vinda da luz do sol porque a pele fica mais fina na terceira idade
Idosos têm mais dificuldade em absorver vitamina D vinda
da luz do sol porque a pele fica mais fina na terceira idade
Carência da substância pode ser resolvida com exposição solar e, no caso de idosos, com suplemento específico
 
Mais de um bilhão de pessoas ao redor do mundo têm carência de vitamina D causada pela pouca exposição solar. A falta da substância parece causar um aumento do risco de desenvolver diabetes. É o que diz uma nova pesquisa publicada no periódico Clinical Endocrinology & Metabolism.
 
O estudo, que avaliou 148 pacientes em dois hospitais da Espanha, mostrou que pessoas obesas que não tinham alterações metabólicas glicêmicas apresentaram um nível mais alto de vitamina D do que aqueles que tinham diabetes. Da mesma forma, pacientes dentro do peso com diabetes ou com outros problemas metabólicos ligados à glicose tinham mais propensão a ter níveis baixos de vitamina D. Logo, os cientistas correlacionaram a carência de vitamina D com o aumento do diabetes.
 
Os resultados do estudo ajudam a entender a conexão entre vitamina D, obesidade e diabetes. De acordo com a Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos, estudos anteriores descobriram que pessoas que têm baixos níveis de vitamina D são mais propensas a serem obesas. A condição também permite uma propensão maior a desenvolver diabetes tipo 2, pré-diabetes e síndrome metabólica, em relação às pessoas que têm níveis normais de vitamina D.
 
“Nossa pesquisa indica que a vitamina D está mais associada a problemas do metabolismo glicêmico do que com a obesidade”, disse o autor do estudo, Manuel Macías-Gonzáles, do Virgen de la Victoria, Complexo Hospitalar de Málaga, na Espanha.
 
“O estudo sugere que deficiência em vitamina D e obesidade interagem sinergicamente aumentando o risco de diabetes e outros problemas metabólicos. Uma pessoa comum pode tentar reduzir o risco mantendo uma dieta saudável e exercícios físicos regulares”, disse.
 
A vitamina D ajuda o corpo a absorver cálcio e mantêm ossos e músculos saudáveis. A pele naturalmente produz essa substância depois da exposição à luz do sol.
 
"Sol em gotas"
O endocrinologista Sérgio Maeda, da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO), explica como o sol faz a vitamina D circular no sangue: “Na nossa pele há um precursor da vitamina D, um composto derivado do colesterol. Quando a luz do sol bate na pele, esse precursor se transforma na pré-vitamina D. Ela cai no sangue, passando por duas ativações: a primeira no fígado e a segunda nos rins. Depois disso, ela vira vitamina D ativa”, diz ele.
 
Os idosos têm mais dificuldade em absorver essa vitamina D vinda da luz do sol porque a pele na terceira idade fica mais fina, diminuindo esse composto derivado do colesterol que absorve os raios solares. Para eles, Maeda recomenda o “sol em gotas”, um suplemento “mastigado” que, quimicamente, é produzido como se já tivesse passado pela ativação do sol, caído na corrente sanguínea e também sido ativado pelo fígado.
 
“Só fica faltando o rim para o composto se transformar em vitamina D”, diz ele. E ele se transforma, repondo a carência nos idosos.
 
Para Maeda, serão necessários mais estudos para comprovar efetivamente a relação entre falta de vitamina D e diabetes.
 
“Este foi um estudo de associação, o melhor seria fazer um estudo clínico, randomizado e controlado. Pegar duas populações de diabéticos e dar vitamina D para uma e para a outra não, para ver se muda algo”, explica.
 
iG

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