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sexta-feira, 1 de maio de 2015

Aneurisma cerebral pode causar desde dor de cabeça até paralisia

Diagnóstico e tratamento precoces são a chave para evitar rompimento e sequelas
 
Por Dr. Andre Felicio Neurologista - CRM 109665/SP  
 
Os aneurismas cerebrais são dilatações normalmente saculares de troncos de artérias cerebrais ou seus segmentos mais distais, de natureza congênita, podendo permanecer assintomático durante toda vida do indivíduo ou apresentar sintomas decorrentes de seu crescimento ou de sua ruptura.                           
 
As sequelas de um aneurisma cerebral dependem primeiro do tamanho, mas especialmente da localização deste aneurisma. Cabe ressaltar, entretanto, que não são todos os aneurismas que cursam com sequela, uma vez que poderão ser tratados (cirurgicamente) em sua fase assintomática.
 
Aneurismas da circulação anterior e/ou posterior podem se manifestar com cefaleia (dor de cabeça) de forte intensidade e instalação súbita, alterações da consciência, rigidez de nuca e alterações da movimentação ocular. Existem casos mais graves nos quais pode ocorrer uma paralisia completa da movimentação voluntária do pescoço para baixo (membros superiores e inferiores). Paralisias de um lado do corpo, alterações visuais, de coordenação ou transtornos de linguagem também podem ocorrer.
 
Assim, percebe-se que a manifestação clínica e sequela decorrente de um aneurisma cerebral que rompeu podem ser significativas. O segredo nestes casos é suspeitar desta condição antes do rompimento do aneurisma, tratá-lo cirurgicamente, e, se necessário, seguir uma rotina de reabilitação multiprofissional.      
 
Hoje contamos com recursos bastante assertivos para o diagnóstico precoce de aneurismas cerebrais, pesquisados rotineiramente no contexto de doença renal policística, familiares com pelos menos duas gerações com aneurisma, em cefaleias de instalação súbita ou associadas ao exercício, além de outras situações específicas. Na dúvida, deve-se procurar o médico para melhor esclarecimento.
 
Minha Vida

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