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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Confira 7 mitos e verdades relacionados aos exames de raios X

Você já deve ter ouvido aquele papo de que os exames de raios X são superperigosos e que podem nos levar a desenvolver vários problemas de saúde, incluindo o câncer. No entanto, até onde essas histórias não passam de mitos e até onde elas são verdadeiras?
 
Pois o especialista em radiologia Hugo Rosin nos enviou uma série de informações sobre o tema, que vão ajudar a tirar todas as suas dúvidas de uma vez por todas.
 
De acordo com Hugo, é comum que as pessoas sintam curiosidade pela radiologia, especialmente devido ao fato de os profissionais empregarem equipamentos que utilizam os raios X e raios gama para a produção de exames médicos. Quem descobriu essa “ferramenta” foi o físico alemão Wilhelm Röntgen, que, em 1895, produziu radiação eletromagnética nos mesmos comprimentos de onda que as emitidas pelos raios X pela primeira vez.
 
Funcionamento
Só para você entender melhor, de acordo com o pessoal do site how stuff works, basicamente, os aparelhos de raios X funcionam como máquinas fotográficas que, em vez de utilizar a luz para expor o filme, empregam os... raios X! Contudo, embora essa radiação também se apresente na forma de ondas magnéticas — como a luz —, ela é mais energética e, portanto, é capaz de penetrar vários materiais com diferente intensidade.
 
É por essa razão que é possível observar — e distinguir — diferentes estruturas que existem no nosso corpo, ou seja, porque os músculos, a gordura, os ossos e outros órgãos são capazes de absorver os raios X em níveis diferentes.
 
Evolução
Da descoberta dos raios X para cá, o uso desse tipo de radiação deixou de ser apenas uma forma de gerar imagens do corpo humano e se transformou em uma importante ferramenta. A tecnologia auxilia os profissionais da saúde a planejar as diferentes etapas e procedimentos para que os resultados finais dos tratamentos sejam mais rápidos e precisos.
 
Contudo, apesar da importância dos raios X, existe muito temor com respeito aos possíveis efeitos colaterais provocados pela exposição durante os exames, mesmo os de rotina. E é aqui que o Hugo entra em cena para nos ajudar a esclarecer algumas dúvidas comuns.
 
Confira:
 
1 – As salas de exame oferecem risco de contaminação aos pacientes?
Você já se perguntou se as salas onde os exames de raios X são realizados não absorvem parte da radiação, apresentando perigo de contaminação para quem entra lá? Afinal, como é que vamos saber se o ambiente não se torna carregado depois de tantos exames? Pois segundo Hugo, quando se trata de raios X de diagnóstico, esse risco não existe, já que o tipo de radiação produzida pelos equipamentos é a eletromagnética.
 
Isso significa que, depois que o aparelho é desligado da tomada, ele deixa de emitir radiação. Contudo, isso não pode ser dito de equipamentos de radioterapia e medicina nuclear, pois essas máquinas contam com elementos radioativos em seu interior.
 
2 – E se existirem espelhos na sala de exames, eles podem desviar os raios X?
De acordo com Hugo, apesar de os raios X terem comportamento de onda — assim como a luz — em determinadas situações, eles não podem ser refletidos por espelhos, já que esses objetos apenas refletem a luz visível, que é uma onda com comprimento superior à dos raios X.
 
3 – As grávidas realmente devem evitar os exames de raios X?
Existe a crença de que as gestantes não devem — em hipótese alguma — fazer radiografias, mesmo as realizadas rotineiramente por dentistas, já que o feto estaria suscetível à radiação. Pois, conforme explicou Hugo, as grávidas podem se submeter a radiografias, desde que a região do útero fique protegida adequadamente com uma daquelas vestimentas revestidas de chumbo para proteger o bebê.
 
Segundo disse, cabe ao médico ou dentista avaliar os riscos, ou seja, determinar se o risco de realizar o exame radiográfico é menor do que o risco de não diagnosticar corretamente qualquer problema que também possa comprometer a saúde da mãe e do bebê. Entretanto, Hugo salienta que a exposição aos raios X, mesmo quando necessária, é desaconselhada durante o primeiro trimestre de gravidez.
 
4 – E os exames de ressonância magnética e ultrassom, também emitem radiação?
Na verdade, nenhum dos dois exames emite radiação. A ressonância magnética permite a obtenção de imagens por meio da emissão de um forte campo magnético — não radioativo — que ativa as moléculas de hidrogênio presentes na água e posteriormente capta a energia magnética liberada por essas moléculas.
 
Já o ultrassom captura imagens através da reflexão de ondas acústicas — imperceptíveis ao ouvido humano — que são emitidas por um transdutor, ou seja, por aquela parte do aparelho que fica em contato com o paciente.
 
5 – A atividade de radiologistas e técnicos pode ser considerada de risco?
Muita gente acredita que o excesso de radiação pode causar infertilidade e estimular o surgimento de células cancerígenas, e que, portanto, os profissionais que atuam diretamente com equipamentos de radiologia estariam mais expostos aos riscos. Pois essa crença não está completamente equivocada, já que os efeitos da radiação são cumulativos sobre as células dos seres vivos, e muitas doenças podem surgir devido à exposição acima dos níveis tolerados.
 
No entanto, de acordo com Hugo, graças à evolução dos equipamentos de raios X e das técnicas de radioproteção, atualmente esse risco se tornou extremamente baixo. Além disso, o profissional da área conta com vantagens extras por conta dos riscos à sua saúde, como tempo de aposentadoria reduzido e benefícios salariais como insalubridade e periculosidade.
 
6 – E os exames realizados na região da cabeça, oferecem mais perigos?
Conforme explicou Hugo, toda exposição aos raios X oferece riscos, como o de desenvolvimento de algum tipo de câncer. Contudo, normalmente o benefício do diagnóstico é superior a qualquer dano provocado, justificando a realização do exame. Além disso, dependendo da intensidade e duração da exposição, os danos são reversíveis.
 
É verdade que a exposição prolongada aos raios X pode provocar vermelhidão na pele e queimaduras, assim como morte celular e mutações genéticas. Contudo, os exames odontológicos e de face empregam doses de radiação relativamente baixas e, conforme Hugo explicou anteriormente, se o benefício diagnóstico for maior, então não existem restrições nesse sentido.
 
7 – As máquinas de raios X dos aeroportos podem apagar ou danificar cartões de memória?
De acordo com Hugo, essa crença não passa de um mito. Segundo disse, os dados gravados em cartões de memória são mídias magnéticas e, portanto, não podem ser alteradas pelas ondas dos raios X.
 
Aliás, o pessoal do Tecmundo também derrubou esse mito em uma matéria que você pode conferir aqui, explicando que a intensidade da radiação emitida pelas máquinas de raios X dos aeroportos é tão pequena que não é suficiente para danificar equipamentos eletrônicos ou o conteúdo gravado em cartões de memória e discos rígidos.
 
*Hugo Rosin é diretor executivo da DVI Radiologia, cirurgião-dentista formado pela FORP-USP, especialista em radiologia pela FOP-UNICAMP e especialista em ortodontia pela FOAR-UNESP. Nós, da equipe do Mega Curioso, agradecemos pelas informações enviadas!

Mega Curioso

Conheça os alimentos aparentemente saudáveis que podem prejudicar sua saúde

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É importante a escolha das barras ricas em proteínas e
baixas em calorias
Você é daquele tipo de pessoa que busca sempre se alimentar de forma saudável? Pois saiba, que muitos alimentos considerados saudáveis, na verdade, não o são completamente
 
Confira aqui a lista feita pelo How Stuff Works, que traz quais são os alimentos erroneamente considerados saudáveis, confira:
 
1- Pão multigrãos
Alimentos considerados saudáveis podem acabar prejudicando a saúde das pessoas. Lista reúne alguns deles.
 
O pão integral é um dos mais utilizados nas dietas, mas se ele for constituído de farinha branca enriquecida, sua alimentação não é tão saudável quanto imagina.
 
As farinhas enriquecidas provocam aumento dos níveis de açúcar no sangue, podendo provocar sérios riscos em seu organismo. Portanto, o ideal é que a farinha seja 100% integral.
 
2- Barras de cereal
Ah, as barrinhas de cereal! Tao consumidas em uma dieta saudável… Mas é necessário atenção em seu rótulo, pois algumas são feitas com gorduras saturadas, açúcar e óleo hidrogenado.
 
É importante a escolha das barras ricas em proteínas e baixas em calorias.
 
3- Dieta vegetariana
Se sua alimentação é ausente de carne, é interessante que coma alimentos que possam substituir as vitaminas, proteínas e minerais presentes na carne.
 
Para os vegetarianos, o ideal é uma alimentação rica em verduras, frutas, legumes e grãos.
 
4- Alimentos sem gordura
Devemos tomar bastante cuidado com aqueles produtos que encontramos nos supermercados com o rótulo de “gordura zero”.
 
Na realidade, a falta da gordura é suprida aumentando-se os níveis de sódio, açúcar e outros componentes, fazendo com que, um alimento aparentemente saudável, se torne um vilão para a saúde.
 
Além disso, eliminar toda a gordura da alimentação não seria o mais correto, visto que o nosso organismo necessita de gordura para o seu funcionamento. Mas para isso, é de grande importância prestarmos atenção na qualidade e na quantidade de gordura que ingerimos.
 
5- Refrigerante diet
Alimentos dietéticos fazem parte da alimentação de pessoas com diabetes, e não devem ser consumidos de forma irregular.
 
Para que o refrigerante não fique sem doce, outros produtos são acrescentados como adoçantes sintéticos, por exemplo.
 
Uma pesquisa realizada, verificou que adoçantes podem levar ao aumento de peso em até mesmo ao desenvolvimento de algumas doenças, como o diabetes.
 
Por isso, é melhor evitar o consumo do refrigerante diet, tendo como alternativa a água e os sucos naturais.

Mega Curioso

Propaganda Médica – Chamar a atenção do médico, um clássico óbvio

Os médicos não têm tempo para recebê-lo? Infelizmente “Não” ,…é muitas vezes a resposta
 
Este lamento tem sido bastante familiar por parte de pacientes que desejam  obter uma consulta rápida. Mas certamente ouvimos também de pessoas de vendas que exercem a propaganda médica. O problema é maior hoje em dia do que no passado.
 
Médicos especialistas ou não, para compensar os baixos ganhos vindos dos planos de saúde, fazem mais procedimentos, assim como têm que atender mais consultas e ficam sem espaço em suas agendas. Não é de se admirar que os consultores comerciais da Indústria Farmacêutica ouvem dos médicos: “Estou muito ocupado para falar agora.”
 
A preocupação com o tempo é sempre expressa de várias formas. Ao observar as visitas, ouvimos médicos dizerem: “Seja breve” e “deixe as informações, a literatura e as amostras na mesa” ou “eu não posso deixar meu consultório, é por isso que fazemos encontros nos almoços, para poder receber as informações e aprender”. Sejam esses os comentários usuais ou semelhantes, sempre giram em torno do tempo (ou a falta dele).
 
Então, o que você, na posição de representante, faz? Pressiona o médico  e despeja características e benefícios de produtos  rapidamente?  Essa uma atitude ainda ainda vista em alguns setores e… raramente funciona. Sob essas condições, os médicos realmente não ouvem e ainda ficam pensando: “Quanto tempo isso vai levar e como posso abreviar essa conversa?” Em outras palavras, o representante que age dessa forma perdeu a atenção do médico e provavelmente reduziu suas chances de uma segunda conversa.
 
Mas e se os representantes de vendas utilizarem uma tática diferente e, em vez de ir imediatamente ao produto, eles perguntarem logo de cara…por um minuto de tempo do médico para compartilhar uma mensagem sobre um tema que eles saibam previamente que o médico tivesse interesse? Do ponto de vista do médico, é uma mensagem rápida e só vai levar um minuto – por isso é administrável. O mais importante é o momento que será dedicado e se o assunto é de interesse do médico, ao invés de discutir diretamente sobre o produto. Parece óbvio? Mas não é. Continuamos fazendo o mesmo, despejar o que ele não está afim de ouvir. E criamos ruídos em nossa comunicação.
 
A chave para essa abordagem é o representante de vendas não apenas estar consciente de tempo do médico, mas há uma segunda peça para a história – ter algo que deve ser  percebido como valor para compartilhar com o médico.  Eles estão sobrecarregados por isso é quase impossível para um médico se manter atualizado sobre tudo que é relevante para a sua prática junto a seus pacientes.
 
Fornecer informações úteis e relevantes não só é a melhor maneira de ganhar a atenção do médico, como também ganhar credibilidade e, por vezes, o direito para uma conversa mais longa. Será que esta alternativa sempre funciona? Não, mas é sempre uma aposta melhor se você começar com o interesse do cliente do que apenas focar em seus produtos – hoje, no mundo da medicina, estas diferenças são particularmente reveladoras.
 
Artigo desenvolvido por Elison Broza, consultor de Marketing Farmacêutico e co-fundador da Cognin.

Cognin

Saiba por que o teste rápido de HIV/aids pode salvar vidas

Reprodução
No Brasil, cerca de 750 mil pessoas têm o vírus da aids, mas 150 mil ainda não sabem disso. A estimativa é do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e serve de alerta para que todos se previnam da doença no país
 
Um levantamento feito entre e março e dezembro de 2014 mostra que entre as pessoas que realizaram o teste rápido contra o HIV pelo Projeto Viva Melhor Sabendo, do Ministério da Saúde, 14 mil nunca tinham feito exame de aids na vida. Desse total, 27% além de nunca terem feito o exame, receberam o diagnostico de soropositivo após o teste rápido.
 
Esse também é o caso de um rapaz de 26 anos, morador de Brasília, que não quis ser identificado. Ele conta que fez o exame apenas por curiosidade durante uma ação do projeto em um bar de Brasília. "Foi a primeira vez e a única vez que fiz e foi por uma coisa banal, foi curiosidade. Digamos que salvou a minha vida. Eu fui contatado que eu era soropositivo, eu não sabia e não fazia a mínima ideia. Eles me indicaram e transferiram para o hospital mais próximo. Desde então, eu estou tomando o medicamento de imediato e definitivamente, salvou a minha vida. Se não fosse esse exame aqui, provavelmente não teria feito em nenhum outro lugar. Em princípio, não tenha medo, nem vergonha, isso é uma coisa que você precisa fazer e eu aconselho fazer, porque é necessário, muito necessário. Sou a prova viva disso. Eu acho que tem que ser apoiado porque muitas pessoas que estão aqui não têm a coragem de ir num ambiente mais reservado para fazer às vezes a pessoa está passando por aqui, vê todo mundo fazendo e cria coragem pra fazer", conta.
 
O Projeto Viva Melhor Sabendo é uma parceria entre o Ministério da Saúde e as organizações não governamentais ligadas ao público de risco, que são homens que fazem sexo com homens, gays, transexuais, travestis, profissionais do sexo e pessoas que usam drogas. Com treinamento e apoio do ministério, as ONGs desenvolvem ações em bares, boates e locais frequentados por essas pessoas.
 
De acordo com o diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Fabio Mesquita, o número de diagnósticos de soropositivos encontrados neste tipo de ação vem crescendo em todo o país. Para ele, o papel das ONGs é importante no momento da abordagem do público de risco. “Com menos de um ano a gente já testou mais de 14 mil pessoas e estamos achando uma taxa de soropositividade muito mais alta do que aquelas que a gente acha nos Centros de Testagens e Aconselhamento, onde as pessoas é que vão ao centro buscar o teste.
 
Chegar nessas populações nem sempre é fácil e o projeto Viva Melhor Sabendo é um projeto que utiliza organizações da sociedade civil, que já trabalham com essas populações e eles têm uma facilidade maior de se comunicar, porque eles tem aquilo que a gente chama de comunicação entre pares. É iguais falando para iguais.
 
O ministério financia essas organizações que tem penetração nesse grupo e essas organizações vão fazer diagnóstico de HIV, com teste muito simples, oral, que é produzido na Fiocruz, e esse teste oral dá o resultado em 15 minutos. E assim, a gente consegue resolver um problema importante da epidemia, que são as pessoas que precisam saber e ainda não sabem que têm o HIV", explica.
 
Em Brasília, o diretor da ONG Elos, Evaldo Amorim, aborda toda semana as pessoas que fazem parte da chamada população de risco. Para ele, o papel de encaminhar e acompanhar cada soropositivo durante os testes rápidos é fundamental."A gente vem para facilitar o teste, uma vez que os índices de contaminação estão aumentando entre a população LGBT, especificamente entre os jovens LGBT. E o recorte de espaço de público são as festas, os bares LGBT. Então, todo reagente aqui, a gente encaminha para o CTA, passa o formulário de encaminhamento, obviamente que a gente conversa com a pessoa e prepara essa pessoa para fazer uma retestagem. O mais relevante é a tentar conseguir alcançar a população nos espaços", destaca.
 
O teste rápido para saber se a pessoa tem aids foi desenvolvido pela Fiocruz e utiliza fluido extraído da gengiva e da mucosa da bochecha com o auxílio da uma haste coletora, mas é bom lembrar que o vírus da aids não é transmitido pela saliva. Para saber mais sobre o Projeto Viva Melhor Sabendo , acesse o site do Ministério da Saúde. O endereço é www.saude.gov.br. 
 
Fonte: Diane Lourenço / Rádio Web Saúde

Fiocruz aposta em jogos virtuais para comunicação em saúde

O que pode parecer uma simples brincadeira de criança ou ser visto como um passatempo de algum nerd, cada vez mais se transforma em uma ferramenta que permite influir no aprendizado e no cuidado da saúde por crianças e adolescentes - os jogos virtuais voltados para a área de saúde
 
Primeira aproximação ao uso de jogos digitais para Comunicação e Saúde, o pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fiocruz, Marcelo de Vasconcellos, coordena o projeto voltado para jovens que aborda a vida de pessoas que convivem com a Aids, explorando como os diversos personagens lidavam com a realidade da doença.

“Partimos de uma pesquisa realizada no Icict que mostrava o descompasso entre os materiais oficiais de comunicação em saúde tratando da Aids e os jovens e adolescentes, que seriam alvo deste material. A pesquisa apontava a necessidade de se contextualizar o conteúdo de saúde para a realidade cotidiana do jovem, fugindo do formato clínico, tão comum nestes materiais. Com isto em mente, imaginamos um jogo formado pelas histórias de vida de pessoas tocadas pela Aids, explorando como os diversos personagens lidavam com a realidade da doença, colocando-a em um contexto mais humano”, explica o pesquisador.
 
O projeto produziu um protótipo com o cenário principal do jogo (uma praça típica da Zona Norte do Rio de Janeiro) e alguns personagens. “Entretanto, jogos digitais tridimensionais como este demandam muito tempo e recursos para sua finalização, e embora o protótipo seja funcional, ainda há muito trabalho a se fazer. Nosso próximo passo é buscar investimentos para dar continuidade ao projeto”, acrescenta.
 
Para o pesquisador, a presença dos jogos digitais em nossa sociedade é intensa e isso só tende a aumentar, o que torna relevante investigar esta mídia. “Nosso objetivo é tornar o Icict e a Fiocruz uma referência na pesquisa e desenvolvimento de jogos para a saúde no Brasil, assim como no seu emprego em favor da saúde da população”, ressalta.
 
Acesse a entrevista completa com Marcelo de Vasconcellos aqui.
 
Fonte: Icict

Não vacile. Use Camisinha!

Você sabe por que é importante utilizar a camisinha em qualquer tipo de relação sexual? O HIV, vírus causador da aids, está presente tanto no sangue quanto no sêmen e secreção vaginal. Desta forma, a doença pode ser transmitida pelo sexo vaginal, anal ou oral
 
Evitar a doença não é difícil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais. Esse é o método mais eficaz para se prevenir contra muitas doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, alguns tipos de hepatites e a sífilis, por exemplo. Além disso, evita uma gravidez não planejada. Por isso, use camisinha sempre.
 
Mas o preservativo não deve ser uma opção somente para quem não se infectou com o HIV. Além de evitar a transmissão de outras doenças, que podem prejudicar ainda mais o sistema imunológico, previne contra a reinfecção pelo vírus causador da aids, o que pode agravar ainda mais a saúde da pessoa.
 
Por que confiar na camisinha? A impermeabilidade é um dos fatores que mais preocupam as pessoas. Pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos esticaram e ampliaram 2 mil vezes o látex do preservativo masculino (utilizando-se de microscópio eletrônico) e não foi encontrado nenhum poro. Em outro estudo, foram examinadas as 40 marcas de camisinha mais utilizadas em todo o mundo. A borracha foi ampliada 30 mil vezes (nível de ampliação que possibilita a visão do HIV) e nenhum exemplar apresentou poros.
 
Em 1992, cientistas usaram microesferas semelhantes ao HIV em concentração 100 vezes maior que a quantidade encontrada no sêmen. Os resultados demonstraram que, mesmo nos casos em que a resistência dos preservativos mostrou-se menor, os vazamentos foram inferiores a 0,01% do volume total. Ou seja, mesmo nas piores condições, os preservativos oferecem 10 mil vezes mais proteção contra o vírus da aids do que a sua não utilização.
 
As camisinhas começaram a ser distribuídas pelo Ministério da Saúde em 1994. O preservativo masculino está disponível gratuitamente em toda a rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar, ligue para o Disque Saúde (136).
 
Guardar e manusear o preservativo é muito fácil. Treine antes, assim você não erra na hora. Nas preliminares, colocar a camisinha no(a) parceiro(a) pode se tornar um momento prazeroso. Só é preciso seguir o modo correto de uso. Mas atenção: nunca use duas camisinhas ao mesmo tempo, mesmo que seja uma feminina e uma masculina. Aí sim, elas podem se romper ou estourar.
 
A compra da maior parte de preservativos e géis lubrificantes disponíveis é feita pelo Ministério da Saúde. Aos governos estaduais e municipais cabe a compra e distribuição de, no mínimo, 10% do total de preservativos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e de 20% nas regiões Sudeste e Sul.
 
Veja a distribuição nos estados.
 
 

Amanhã eu faço! Saiba por que você procrastina e as consequências disso na sua vida

Saiba por que você procrastina e as consequências disso na sua vida Stock Images/Stock ImagesComportamento pode estar ligado geneticamente à impulsividade
 
Atire um balde de água no Cantareira quem nunca procrastinou. Se a solução para a seca em São Paulo dependesse disso, os paulistanos estariam fadados à sede. Ao pesquisar o adiamento não estratégico de tarefas no meio acadêmico, a psicóloga Gabriela Geara chegou ao índice de que 82% dos estudantes universitário procrastinaram suas atividades de modo geral. Se o tema ainda é pouco estudado no Brasil, nos Estados Unidos, na Universidade do Colorado, pesquisas avançam à indicação de que algumas pessoas tendem mais a esse tipo de comportamento do que outras, e de que procrastinar pode estar ligado geneticamente à impulsividade.
 
O professor da Universidade de Calgary, no Canadá, Piers Steel é especialista no tema e já apontava essa característica como desencadeadora do comportamento protelatório no livro A Equação de Deixar para Depois. Na obra, o autor discute os motivos pelos quais adiamos missões e como melhorar nosso planejamento de tarefas.
 
— Nos primórdios, era importante reagir rápido e mudar o foco de atenção para resolver problemas mais imediatos. Então, reagir sem pensar muito está relacionado à impulsividade — explica Gabriela, ao relacionar a facilidade de distração que existe no ato de procrastinar à impulsividade.
 
No estudo de Gabriela, os três motivos mais alegados pelos universitários que responderam à pesquisa foram preguiça, cansaço e falta de tempo. Além disso, a psicóloga apontou outros fatores que podem estar relacionados ao comportamento: temer o fracasso ou o sucesso, ser perfeccionista ao extremo e trabalhar apenas sob pressão, impulsionado pelo desafio.
 
— O pessoal mais perfeccionista se exige tanto que só quer entregar a tarefa quando atinge um grau de perfeição que garanta que o fracasso não vai chegar. Mas é um nível muitas vezes ilusório. E o medo do sucesso também pode ser causa para a procrastinação, porque aí as pessoas pensam: "Fui muito bem em uma tarefa, entreguei antes do prazo, agora vão querer sempre que eu faça isso". Esse receio é mais comum em pessoas que não conseguem impor limites — diz a psicóloga.
 
Mas o que significa exatamente procrastinar? Esse tipo de comportamento está dentro de um grupo maior, que é o do adiamento.
 
— Dentro desse grupo, a priorização é uma forma estratégica de adiar as coisas, quando a gente encontra algo mais importante para fazer. E aí a procrastinação pode ser vista como o contrário da priorização — afirma Gabriela.
 
Aspectos culturais podem influenciar na protelação
Se os perfeccionistas são os mais atingidos pela ansiedade, quem é movido pelo desafio costuma sofrer menos, por achar que é uma questão de estilo, de apenas conseguir trabalhar sob pressão.
 
Algumas pessoas até têm a habilidade de saber o tempo mínimo que precisam para realizar a tarefa e quando devem começá-la, e não necessariamente se prejudicam em termos de resultado.
 
— Só que ocorrem consequências psicológicas como estresse, alterações no sono e na alimentação. Vemos abuso de café, de estimulantes — comenta Gabriela.
 
Mas, para além da genética, procrastinar também pode ser um comportamento aprendido.
 
— Às vezes, as pessoas aprendem a adiar tarefas. Elas ficam se premiando por isso. Ficam vendo televisão, mergulham na piscina. Chega o dia seguinte, não fizeram a tarefa, mas o professor relevou, os pais perdoaram. Então, quando não tem consequência, a pessoa continua não fazendo — diz a terapeuta comportamental e professora do institutos de Psicologia e de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) Maria Martha Costa Hübner.
 
Nesse ponto também entram aspectos culturais. O Brasil, por exemplo, é conhecido pela impontualidade. Como o atraso não é repreendido com frequência, a procrastinação pode ser mais recorrente em nosso país do que em lugares como a Alemanha.

Procrastinação pode impactar negativamente na vida social Stock Images/Stock ImagesProcrastinação pode impactar negativamente na vida social
Se recompensa a curto prazo, a procrastinação pode trazer prejuízos mais tarde. Gabriela Geara é mestranda no programa de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e segue estudando o assunto, agora sob a ótica dos impactos negativos na vida dos universitários que deixam para amanhã o que pode ser feito hoje:

— Há até mesmo os impactos financeiros. Os universitários que não conseguem revisar a dissertação a tempo e precisam pagar para alguém fazê-lo ou contratam alguém para traduzir o resumo da tese.
Ela também enumera os impactos sociais, mais relacionados à família e aos amigos, como alguém que adiou o estudo para as provas durante o semestre inteiro e, ao final do período, não pôde mais sair, ficar com a família, ter atividades de lazer. Uma das consequências pode ser uma grande carga de estresse em pouco tempo.

Para o procrastinador "malandro", segundo Maria Martha, professora da USP, a consequência social é a perda da admiração de pessoas que tinham implicações na tarefa, como os colegas de classe.

— Ao próprio indivíduo, fica esse estado latente de saber que não está fazendo. Tem também a questão da autoestima. Ninguém gosta de si quando sabe que está prejudicando outros ou fazendo coisas que são condenáveis — ressalta a terapeuta comportamental.

A vida amorosa e os relacionamentos interpessoais também não escapam. Segundo Gabriela, a literatura mostra que alguns casamentos falidos podem ser evidência de procrastinação:

— Muitas vezes, a gente vê brigas porque um parceiro prometeu para o outro que iria fazer tal coisa em um certo prazo e não cumpriu.

Comportamento não é doença
Sob a ótica comportamental, Maria Martha explica que a procrastinação está diretamente relacionada a uma escolha:

— Não tem nenhum terapeuta que não trabalhe com procrastinação. Faz parte da queixa de muitos clientes. O que é isso? É basicamente você adiar a realização de uma tarefa. E você só faz isso diante de um comportamento aversivo somado à recompensa por adiar. Embora ganhe imediatamente, você perde a longo prazo.

Isso quer dizer que, diante de uma tarefa que cause aversão, a pessoa vai escolher a recompensa — neste caso, adiar. Algumas tarefas são naturalmente aversivas. Ninguém gosta de ficar em uma fila de banco ou fazer um exame de sangue, por exemplo.

— Como você maneja? Depois de fazer essas coisas, você arruma um jeito de ter uma compensação — diz Maria Martha.

Mas a procrastinação também pode ser chamada de esquiva, um comportamento normalmente associado às fobias.

— Esquiva vem acompanhada de sentimentos de culpa. Pode desencadear transtorno obsessivo-compulsivo, rituais, resistência à mudança. Na esquiva, quando o estímulo é muito aversivo, a pessoa começa a criar uma série de rituais para evitar aquilo. Então, além de procrastinar, ela pode se tornar maníaca — ressalta a terapeuta comportamental.

Por exemplo, quem tem fobia social adiará ao máximo uma ida a um shopping. Para isso, ela vai fazer antes qualquer tarefa menos importante. Cabe ressaltar que esse adiamento não é, em si, uma doença.

— É um tipo de comportamento. Deprimidos e ansiosos procrastinam. Fobia social pode provocar procrastinação. É uma consequência do distúrbio — completa a professora.

Saiba como deixar de ser um procrastinador Inmagine Free/ReproduçãoSaiba como deixar de ser um procrastinador
A tecnologia pode ser apontada como uma das principais distrações de quem precisa realizar uma tarefa. Uma mensagem pisca no WhatsApp, o Facebook aponta um post aparentemente interessante, o Instagram mostra por onde andam as pessoas. Mas ela também pode ser uma aliada na organização da agenda. Um aplicativo chamado StickK é um dos mais extremistas e morde o bolso para que você cumpra objetivos em um prazo determinado. Confira essa e outras opções.

StickK
Você estabelece uma quantia em dinheiro e, se perder o prazo de um trabalho, esse valor fica bloqueado e é doado para uma instituição de caridade. Dá para selecionar opções que não envolvam grana na jogada, mas a ideia é mesmo forçar o comportamento.

stickk.com

Gratuito para iOS

21habit
Usuários fazem planos para 21 dias. Antes de começar, pagam US$ 21 ao site. A cada dia que cumprem o prometido, recebem US$ 1 de volta. No caso de falhas, perdem US$ 1 por dia. Se ficar três dias sem atualizar a planilha, o internauta também perde US$ 1. No final, todo o dinheiro "perdido" com as falhas é destinado à caridade.

21habit.com

Stay Focused
O app permite que você restrinja o uso de games, redes sociais e outros aplicativos. Uma vez atingido o tempo de uso definido, eles ficam inacessíveis pelo resto do dia.

Gratuito para Android

ToodleDo
Oferece um lugar para armazenar notas e listas de tarefas. Você pode colaborar com amigos, família ou colegas de trabalho.

toodledo.com

Disponível para iOS e Android

Gym Pact
O cadastrado recebe no mínimo US$ 5 quando você vai à academia, mas perde o mesmo valor se você faltar. O serviço funciona internacionalmente e, para comprovar que se está malhando, basta fazer um "check-in" dentro da academia com o GPS do aparelho.

Gratuito para iOS e Android

Como fugir do adiamento
— Faça um mapeamento para monitorar a sua distribuição do tempo. Em uma agenda, anote a hora em que acorda, a de dormir, e todas as tarefas feitas durante o dia. Faça de segunda a domingo. Escreva tudo que você fizer, como limpar a casa, lavar a roupa, assistir TV.

— Às vezes, as pessoas têm muitas tarefas e não as consideram no uso do tempo. Com a agenda, é possível observar melhor o que pode ser priorizado ou terceirizado.

— Aprenda a terceirizar as coisas, pedir ajuda, não tomar tudo pra si. Alegar falta de tempo pode estar relacionado a centralizar muito as atividades.

— Divida a execução de uma tarefa em etapas menores. Tente organizá-las no tempo, escolha metas mensuráveis, em que a evolução possa ser acompanhada.

— Pense em recompensas e faça intervalos. Em caso de tarefas longas, divida essa premiação em etapas.

— No caso de exames médicos, escolha uma época do ano para isso, que vai ser sempre a mesma.

— Cuide com a função soneca no despertador, dispositivo perfeito para procrastinar. Pense no tempo que realmente precisa para despertar, porque, normalmente, aqueles minutos invadem o tempo necessário para se arrumar e sair de casa sem atraso.

— Para dietas ou exercícios físicos, é importante pegar um papel, listar os benefícios e deixar à mão. Na academia, se você não conseguir motivação sozinho, pense em contratar um personal trainer, porque uma forma eficiente de não adiar tarefa é a pressão por outra pessoa.

— Tente se perdoar. Livrar-se totalmente da procrastinação não é viável. A culpa pode ser pior que a própria procrastinação.

Fontes: Gabriela Geara e Marco Antônio Teixeira, do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAE), da UFRGS, e Maria Martha Costa Hübner, terapeuta comportamental e professora dos institutos de Psicologia e de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP)

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