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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Antimicrobianos: retenção de receita e escrituração no SNGPC

Reprodução
As drogarias e farmácias privadas passarão a reter a 2ª via da receita de medicamentos à base das substâncias inseridas e escriturar no SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados)
 
O sistema funciona de forma eletrônica e permite à Anvisa e às vigilâncias sanitárias acompanhar e fiscalizar a venda destes produtos em todo o país.
 
O objetivo da norma é reduzir os danos por conta do uso indevido ou sem orientação médica de antibióticos. O uso incorreto destes produtos leva ao aumento da resistência microbiana e a médio prazo torna os produtos menos efetivos, tornando mais difícil o tratamento de determinadas doenças.
 
Farmácias e Drogarias
Os estabelecimentos farmacêuticos devem estar atentos a entrada em vigor da norma. Os primeiros arquivos enviados ao SNGPC, devem conter dados de movimentação destas substâncias e dos medicamentos que as contenham relativos a todas as movimentações realizadas a partir da 00h do dia 16/12/2014 em diante, respeitando o intervalo máximo de transmissão, que pode ser de até 7 dias.

A entrada desses medicamentos no sistema deve ser realizada normalmente como a dos outros antimicrobianos presentes na lista, para isso é necessário que essa atualização seja comunicada ao suporte do sistema informatizado de cada estabelecimento para as adequações necessárias.

Orientação aos Prescritores
A prescrição de antibióticos deverá ser realizada em receituário privativo do prescritor (médico, odontólogo ou veterinário) ou do estabelecimento de saúde, não havendo, portanto, um modelo de receita específico.

A receita deve ser prescrita de forma legível, sem rasuras, em 2 (duas) vias e contendo os seguintes dados obrigatórios:

I - identificação do paciente: nome completo, idade e sexo;

II - nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dose ou concentração, forma farmacêutica, posologia e quantidade (em algarismos arábicos );

III - identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo); e

IV - data da emissão.
 
Todos estes dados devem ser preenchidos pelo profissional. Entretanto, nos casos em que a receita não contenha os dados de idade e sexo do paciente, estes poderão ser preenchidos pelo farmacêutico responsável pela dispensação.

Segundo o Art. 5º da RDC nº 20/2011, a prescrição deve apresentar a identificação do emitente (prescritor): identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo).

Não é necessário constar, obrigatoriamente, o endereço completo e telefone da instituição, uma vez que nem sempre o prescritor está vinculado a uma instituição.

A prescrição deve identificar quem é o responsável por ela, com seu nome, assinatura e informação do número de inscrição no seu respectivo Conselho Regional, sendo que estes dados não precisam ser apostos na receita na forma de carimbo, ou seja, podem ser dados já presentes em papel timbrado.
 
RESOLUÇÃO - RDC Nº 68, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2014
Dispõe sobre a atualização do Anexo I, Lista de Antimicrobianos Registrados na Anvisa, da Resolução - RDC nº 20, de 5 de maio de 2011 e dá outras providências.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe conferem os incisos III e IV, do art. 15, da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, inciso V e §§ 1º e 3º do art. 5º do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 650 da ANVISA, de 29 de maio de 2014, publicada no DOU de 02 de junho de 2014, tendo em vista o disposto nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da Lei nº 9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo de Regulamentação da Agência, instituído por Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião realizada em 20 de novembro de 2014, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente Substituto, determino a sua publicação.

Art. 1º Publicar a atualização do Anexo I, Listas de Antimicrobianos Registrados na Anvisa, da Resolução - RDC nº 20, de 5 de maio de 2011 publicada no Diário Oficial da União de 9 de maio de 2011.

Art. 2°. Esta Resolução entra em vigor no prazo de quinze (15) dias a partir da data de sua publicação.

IVO BUCARESKY  
 
LISTA DE ANTIMICROBIANOS REGISTRADOS NA ANVISA
(Não se aplica aos antimicrobianos de uso exclusivo hospitalar)
 
1. Ácido clavulânico

2. Ácido fusídico

3. Ácido nalidíxico

4. Ácido oxolínico

5. Ácido pipemídico

6. Amicacina

7. Amoxicilina

8. Ampicilina

9. Axetilcefuroxima

10. Azitromicina

11. Aztreonam

12. Bacitracina

13. Besifloxacino

14. Brodimoprima

15. Capreomicina

16. Carbenicilina

17. Cefaclor

18. Cefadroxil

19. Cefalexina

20. Cefalotina

21. Cefazolina

22. Cefepima

23. Cefodizima

24. Cefoperazona

25. Cefotaxima

26. Cefoxitina

27. Cefpodoxima

28. Cefpiroma

29. Cefprozil

30. Ceftadizima

31. Ceftarolina fosamila

32. Ceftriaxona

33. Cefuroxima

34. Ciprofloxacina

35. Claritromicina

36. Clindamicina

37. Clofazimina

38. Clorfenesina

39. Cloranfenicol

40. Cloxacilina

41. Dactinomicina

42. Daptomicina

43. Dapsona

44. Dicloxacilina

45. Difenilsulfona

46. Diidroestreptomicina

47. Diritromicina

48. Doripenem

49. Doxiciclina

50. Eritromicina

51. Ertapenem

52. Espectinomicina

53. Espiramicina

54. Estreptomicina

55. Etambutol

56. Etionamida

57. Fosfomicina

58. Ftalilsulfatiazol

59. Gatifloxacina

60. Gemifloxacino

61. Gentamicina

62. Gramicidina

63. Imipenem

64. Isoniazida

65. Levofloxacina

66. Linezolida

67. Limeciclina

68. Lincomicina

69. Lomefloxacina

70. Loracarbef

71. Mandelamina

72. Meropenem

73. Metampicilina

74. Metronidazol

75. Minociclina

76. Miocamicina

77. Mitomicina

78. Moxifloxacino

79. Mupirocina

80. Neomicina

81. Netilmicina

82. Nitrofural

83. Nitrofurantoína

84. Nitroxolina

85. Norfloxacina

86. Ofloxacina

87. Oxacilina

88. Oxitetraciclina

89. Pefloxacina

90. Penicilina G

91. Penicilina V

92. Piperacilina

93. Pirazinamida

94. Polimixina B

95. Pristinamicina

96. Protionamida

97. Retapamulina

98. Rifabutina

99. Rifamicina

100. Rifampicina

101. Rifapentina

102. Rosoxacina

103. Roxitromicina

104. Sulbactam

105. Sulfacetamida

106. Sulfadiazina

107. Sulfadoxina

108. Sulfaguanidina

109. Sulfamerazina

110. Sulfanilamida

111. Sulfametizol

112. Sulfametoxazol

113. Sulfametoxipiridazina

114. Sulfametoxipirimidina

115. Sulfatiazol

116. Sultamicilina

117. Tazobactam

118. Teicoplanina

119. Telitromicina

120. Tetraciclina

121. Tianfenicol

122. Ticarcilina

123. Tigeciclina

124. Tirotricina

125. Tobramicina

126. Trimetoprima

127. Trovafloxacina

128. Vancomicina
 
PFarma

Suíços criam lentes de contato tecnológicas para amplificar a visão

Contact lens with a zoom function<i>(Image: Eric Tremblay and Joe Ford. Courtesy of EPFL)</i>
Image: Eric Tremblay and Joe Ford. Courtesy of EPFL
Contact lens with a zoom function
Pesquisadores suíços estão desenvolvendo lentes de contato que contêm pequenos telescópios para estimular e amplificar ou reduzir a visão com uma piscadela
 
A nova lente de contato, de 1,55 milímetros de espessura, contêm um telescópio refletor, extremamente fino, que é ativado por piscadelas.
 
Lançado pela primeira vez em 2013 e aprimorado desde então, o protótipo foi apresentado por Eric Tremblay, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, para a Associação Americana de Ciência Avançada (AAAS), em sua reunião anual na Califórnia.
 
As lentes vêm com películas inteligentes que respondem às piscadelas, mas não ao piscar normal de olhos, de modo que o usuário pode alterar quase sem esforço de uma visão normal para um ampliada, e vice-versa.
 
O usuário realiza uma piscadela com o olho direito para ativar o telescópio e com o esquerdo para desligá-lo.
 
"Acreditamos que essas lentes são promissoras para pessoas com pouca visão e pessoas com degeneração macular associada à idade", uma doença que afeta as pessoas mais velhas, disse Tremblay.
 
As lentes amplificam objetos até 2,8 vezes, o que permitiria aos pacientes com degeneração macular associada à idade ler mais facilmente e reconhecer mais claramente objetos e rostos com a sua ajuda.
 
Financiado pela DARPA, o principal braço de pesquisa do Pentágono, as lentes foram originalmente desenvolvidas para servir como uma forma de visão biônica para os soldados.
 
Tremblay foi muito cuidadoso ao enfatizar que o acessório ainda está em fase de testes, embora possa eventualmente tornar-se uma "opção real" para as pessoas com degeneração macular associada à idade.
 
Apesar de mais rígidas do que as lentes maleáveis utilizadas pela maioria das pessoas, essas são seguras e confortáveis, segundo Tremblay.
 
Várias peças plásticas cortadas com precisão, espelhos de alumínio e finas películas polarizadas compõem as lentes, juntamente com cola biologicamente segura.
 
Como o olho precisa de uma quantidade regular de oxigênio, os cientistas têm trabalhado para que as lentes facilitem a ventilação, usando pequenos canais de ar de cerca de 0,1 mm de largura entre as lentes.
 
A equipe de investigação, que inclui pesquisadores das Universidades da Califórnia e de San Diego, bem como especialistas do Paragon Vision Sciences, Innovega, Pacific Sciences and Engineering e Rockwell Collins, descreveu o produto como "um grande salto", em comparação com as lentes atualmente no mercado para pessoas com degeneração macular associada à idade e que têm telescópios incorporados, mas são volumosos e difíceis de usar.
 
Ao contrário dos modelos mais antigos, que exigem que a pessoa incline a cabeça e os olhos, o mais recente produto pode realmente acompanhar os movimentos do olho, facilitando seu uso.
 
Os cientistas também revelaram outras pesquisas na conferência da AAAS relacionadas com os últimos avanços em tratamentos para a visão, alguns dos quais poderiam ajudar as 285 milhões de pessoas em todo o mundo com algum tipo de problema visual.
 
Em um dos estudo, pesquisadores revelaram lentes com câmeras integradas para melhorar a visão de cegos e deficientes visuais.
 
Daniel Palanker, da Universidade de Stanford, na Califórnia, apresentou o projeto, em que as lentes incluem uma câmera que envia imagens para a retina através de centenas de nervos simulando células fotovoltaicas.
 
Esses nervos poderiam converter a luz em impulsos elétricos e transmitir sinais para o cérebro, permitindo que o usuário "enxergue".
 
Palanker explicou que o produto está funcionando bem com animais, e que os pesquisadores conseguiram restaurar a visão de camundongos cegos pela metade do nível normal.
 
Ele espera começar os testes clínicos em 2016 na França, em colaboração com Pixium Vision.
 
AFP / Terra

Farmacêuticos devem destacar os riscos da automedicação

Segundo dados do ICTQ, de 1.480 pessoas 76,4% pratica a automedicação
 
Muitas pessoas praticam a automedicação, sem saber dos riscos que estão correndo, no que se refere a medicamentos ou a doses inadequadas. Tornando assim, uma doença que seria de fácil tratamento, em algo bem mais grave.
 
O Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), que atua nas áreas de Pesquisa e Pós-Graduação com foco no mercado farmacêutico, analisou 1.480 pessoas de 12 capitais brasileiras e constatou que deste total, 76,4% pratica a automedicação e que dentre este percentual, 32% têm hábito de aumentar a dose do medicamento, mesmo que tenha orientações médicas ou farmacêuticas.
 
No entanto, para melhor orientar os clientes das farmácias foi sancionada a Lei nº 13.021/14, conhecida por “Nova Lei da Farmácia”, que dentre um dos artigos, reitera a obrigatoriedade da presença permanente de um farmacêutico nas farmácias.
 
 
Guia da Farmácia

Danos à pele continuam três horas depois de sair da praia

Problema também afeta pessoas com tons de pele mais
 escuros, e não apenas loiras e ruivas
Estudo mostra que DNA das células da pele continua a sofrer mutações causadas por raios ultravioleta após o fim da exposição à radiação
 
Rio - A maior parte dos danos ao DNA das células da pele causados pelos raios ultravioleta do Sol ou de camas de bronzeamento, que podem levar ao desenvolvimento de câncer, acontece bem depois de a pessoa não estar mais exposta à radiação. E a responsável por isso é a própria melanina — considerada, até agora, uma ajuda para evitar este problema ao agir como um “protetor solar natural”. Mas a surpreendente descoberta, feita por cientistas da Universidade de Yale, nos EUA, e da USP, também abre caminho para a criação de loções ou outros produtos que interrompam este processo, ajudando a conter a incidência dessa que é uma das formas mais comuns de câncer no mundo.
 
No estudo, publicado na edição desta semana da revista “Science”, os pesquisadores liderados por Douglas Brash, professor de radiologia e dermatologia da Escola de Medicina de Yale, primeiro expuseram células produtoras de melanina, os chamados melanócitos, da pele de camundongos e humanos a raios ultravioleta. Como esperado, a radiação provocou quase de imediato danos genéticos conhecidos como dímeros de pirimidina ciclobutano (CPDs, na sigla em inglês), que colam e dobram duas das “letras” adjacentes do DNA das células e impedem que ele seja lido corretamente — erros cujo acúmulo é apontado como uma das principais causas de cânceres de pele.
 
Para surpresa dos cientistas, no entanto, eles verificaram que os CPDs continuaram a acontecer nos melanócitos durante mais de três horas depois de encerrada a exposição. Já em células albinas, sem melanina, os danos genéticos só ocorreram enquanto elas estavam submetidas à radiação.
 
A descoberta ganha ainda mais relevância diante do fato de que as células da pele podem conter dois tipos de melanina, a eumelanina, de cor amarronzada ou preta, e a feomelanina, rosácea ou amarelada. Até agora, acreditava-se que a eumelanina, mais comum em pessoas com tons de pele mais escuros, era apenas fotoprotetora, isto é, seu escurecimento protegeria os melanócitos e demais células da pele de boa parte da ação dos raios ultravioleta. Já a feomelanina, existente em maior proporção em pessoas de pele clara, seria fototóxica por liberar radicais livres capazes de danificar o DNA na sua formação, e por isso estas estariam mais sujeitas a ter câncer de pele. O estudo, porém, mostrou que ambas continuam a promover a ocorrência de CPDs após encerrada a exposição à radiação.
 
— Se você olhar no interior das células da pele de adultos, a melanina de fato protege contra os CPDs, agindo como um escudo, mas ela está fazendo tanto coisas boas quanto ruins — diz Brash.
 
Segundo os pesquisadores, isso acontece porque os raios ultravioleta ativam duas enzimas nos melanócitos, cuja ação combinada “excita” um elétron da molécula de melanina. A energia gerada neste processo — conhecido como quimioexcitação e que está por trás do brilho de animais e plantas bioluminescentes, como vaga-lumes — é então transferida para moléculas próximas, como o DNA, causando os CPDs mesmo na escuridão. Esta é a primeira vez que a quimioexcitação é observada em células humanas, mas os cientistas destacam que esse processo é tão lento que pode ser interrompido por produtos com compostos como vitamina E e sorbato de potássio, usados na preservação de alimentos.

O Globo

Logística em saúde ajuda a salvar vidas em grandes catástrofes

Diante de infraestruturas danificadas, a expedição de kits emergenciais de saúde requer agilidade e boa gestão
 
Uma das maiores catástrofes naturais de nossa época completou 10 anos em 2014. O tsunami do Oceano Índico afetou 15 países, entre eles Indonésia, Malásia, Índia e Tailândia, deixou mais de 170 mil mortos e 190 mil feridos.
 
Depois disso, tufões, tempestades, terremotos e enchentes continuaram a fazer vítimas no mundo todo. De acordo com a última edição do relatório Global Catastrophe, publicado em dezembro de 2013 e que analisa os desastres naturais que ocorreram em todo o mundo, os danos econômicos mundiais gerados pelas calamidades climáticas atingiram US$ 2,25 bilhões.
 
Além das perdas humanas e financeiras, esses eventos naturais exigem mobilização e abastecimento rápido de alimentos e de suprimentos de saúde, entre outros, para que os prejuízos possam ser estancados. É nesse momento que entram em cena os kits emergenciais de saúde, compostos por materiais como luvas, vacinas, injeções e medicamentos, que vão além dos primeiros socorros e permitem também o atendimento médico imediato em casos menos complexos.
 
Considerando que nem sempre é possível fazer um deslocamento de vítimas para hospitais, é fundamental que as nações estejam preparadas com esses kits, que precisam ser devidamente provisionados, identificados, separados e de rápida dispensação, levando em conta epidemiologia, perfil da população e padrão das doenças conforme a situação, entre outros fatores. Essas atividades dependem, essencialmente, de um processo logístico capaz de trazer informações e atender rapidamente às demandas, que surgem, muitas vezes, de forma inesperada.
 
Se não é possível prevenir todas as catástrofes naturais, faz-se necessário, ao menos, criar estratégias e investir em processos de redução de danos. Considerando a logística em saúde, a disponibilidade de suprimentos na hora certa pode salvar vidas.
 
Domingos Fonseca, Presidente da UniHealth Logística Hospitalar
 
Saúde Web

Hábitos alimentares pouco saudáveis lideram dietas ao redor mundo

Para o ano 2020, as projeções indicam que as doenças não
 contagiosas representarão 75 % de todas as mortes
Estudo da Universidade de Cambridge (Reino Unido) avaliou a qualidade da dieta em 187 países, cuja população soma quase 4.500 milhões de adultos
 
O consumo de alimentos pouco saudáveis, como carnes processadas e bebidas doces, superou nas últimas duas décadas o consumo de produtos saudáveis, como frutas e verduras, segundo um relatório publicado pela revista britânica “”The Lancet” Global Health”.
 
Uma equipe internacional de pesquisadores, dirigida por Fumiaki Imamura, da Universidade de Cambridge (Reino Unido), realizou um estudo para avaliar a qualidade da dieta em 187 países, cuja população soma quase 4.500 milhões de adultos.
 
Os autores da pesquisa destacaram que o estudo apresenta um “panorama preocupante” dado o aumento dos hábitos alimentares pouco saudáveis e asseguram que é “necessária uma ação conjunta para reverter esta tendência”.
 
As pessoas que vivem em algumas das regiões mais ricas do mundo, como os Estados Unidos, Canadá e Austrália, seguem as dietas mais pobres em qualidade devido a seu alto consumo de alimentos pouco saudáveis.
 
Mesmo assim, o estudo revelou que, entre os anos 1990 e 2010, algo melhorou na qualidade da dieta nos países mais ricos, com uma modesta redução no consumo de alimentos pouco saudáveis e um aumento no consumo de produtos saudáveis.
 
Em contraste, alguns países da África Subsaaariana e da Ásia, como China e Índia, não mostraram nenhuma melhora na qualidade de suas dietas nos últimos vinte anos.
 
Os  pesquisadores analisaram os dados sobre o consumo de 17 alimentos, sobre os nutrientes-chaves que se relacionam com a obesidade e as principais doenças não contagiosas, como o diabetes e as patologias cardiovasculares, assim como as mudanças na dieta das pessoas durante essas duas décadas.
 
O estudo observou que países com pouca riqueza como Mali, assim como regiões do Mediterrâneo como a Turquia e Grécia, consomem mais alimentos saudáveis, “possivelmente refletindo aspectos favoráveis da dieta mediterrânea”, ressalta o relatório.
 
Pelo contrário, alguns países do centro da Europa e as repúblicas da antiga União Soviética, como o Uzbequistão ou Turcomenistão, consomem menos alimentos saudáveis.
 
O estudo também mostrou que, em geral, os idosos e as mulheres possuem as melhores dietas, com alimentos mais saudáveis.
 
“Para o ano 2020, as projeções indicam que as doenças não contagiosas representarão 75 % de todas as mortes. Por isso, melhorar a dieta tem um papel crucial na redução desta porcentagem”, assinala Imamura no “”The Lancet” Global Health”.
 
Além disso, o pesquisador acrescentou que “os resultados deste estudo têm implicações para os governos e organismos internacionais no mundo todo. Estas tendências indicam a necessidade de compreender diferentes causas que levam a esta situação, como as práticas da indústria agrícola e alimentícia, assim como a política sanitária”.
 
Segundo os autores do estudo, as ações políticas “são essenciais” para ajudar as pessoas a seguirem uma dieta ótima, controlar a epidemia de obesidade e a reduzirem as doenças não contagiosas no mundo todo.
 
EFE Saúde

Doenças da infância: Rotaviroses

Crédito: ChameleonsEye/ Shutterstock.com
Crédito: ChameleonsEye/ Shutterstock.com
A rotavirose é uma doença diarreica aguda causada por um vírus do gênero Rotavírus. É uma das mais importantes causas de diarreia grave em crianças menores de 5 anos no mundo, particularmente nos países em desenvolvimento
 
A forma clássica da doença, principalmente na faixa de seis meses a dois anos, é caracterizada por diarreia que pode levar a desidratação grave, vômitos e febre alta, além de problemas respiratórios, como coriza e tosse. Podem ocorrer formas leves nos adultos e formas que não apresentam sintomas nos recém-nascidos e durante os quatro primeiros meses de vida.
 
A rotavirose é transmitida pelo contato fecal-oral (fezes-boca), por contato pessoa a pessoa, através de água, alimentos e objetos contaminados. Há presença de alta concentração do vírus causador da doença nas fezes de crianças infectadas.
 
O tratamento é baseado na reidratação que pode ser feita com soro de reidratação oral (SRO), soro caseiro, água, chá, água-de-coco, sucos ou isotônicos. Além de reduzir as reservas de água do corpo, o vírus reduz os níveis de minerais importantes, como sódio e potássio. Não é recomendado o uso de medicamentos (antibióticos e antidiarreicos).
 
A prevenção passa por cuidados com a higiene e a vacinação. Por isso, deve-se seguir os cuidados com higiene pessoal e doméstica. Lavar sempre as mãos com água limpa e sabão antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular/preparar os alimentos, amamentar, manusear materiais/objetos sujos, tocar em animais. Higienizar e desinfetar as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos. Proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guarde os alimentos em recipientes fechados). Tratar a água para beber e não utilizar água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados. Principalmente para os recém-nascidos manter o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida. A partir dos seis meses, devem ser introduzidos alimentos saudáveis, e continuar com a amamentação até os dois anos ou mais, pois o leite materno aumenta a resistência das crianças contra as diarreias.
 
Outro ponto de extrema importância é a vacinação dos bebês para prevenir o vírus. A vacina VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) faz parte do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde e deve ser aplicada a primeira dose no segundo mês de vida da criança. E a segunda aplicação no quarto mês de vida.
 
 Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde

Importância de brincadeiras no tratamento da criança internada

Os resultados obtidos mostraram que o brincar, enquanto recurso terapêutico, possibilita a criança ocupar um papel mais ativo, com bem-estar, autonomia e participação (foto: Peter Ilicciev)
Foto: Peter Ilicciev
Os resultados obtidos mostraram que o brincar, enquanto
recurso terapêutico, possibilita a criança ocupar um papel
mais ativo, com bem-estar, autonomia e participação
Qual a importância do brincar como mecanismo promotor de saúde para as crianças internadas?
 
Para responder a essa questão, a aluna do mestrado em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Ligia Maria Rocha Rodrigues, buscou entender como o brincar auxilia no bem-estar dessas crianças, identificando resultados e mudanças que permitem à criança mais autonomia e participação durante a hospitalização, além de compreender como age sobre as interações sociais ocorridas entre elas, os profissionais de saúde e os acompanhantes, e analisar como pode vir a contribuir para uma ampliação do cuidado em saúde.
 
Durante três meses, Ligia acompanhou o trabalho realizado pelo Programa Saúde e Brincar, do hospital Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Os resultados obtidos mostraram que o brincar, enquanto recurso terapêutico, possibilita a criança ocupar um papel mais ativo, com bem-estar, autonomia e participação, agindo também sobre o fortalecimento das relações ocorridas entre os stakeholders e contribuindo para um tratamento que perpassa os limites físicos do adoecimento, fazendo com que a criança modifique suas percepções acerca das experiências vivenciadas dentro do hospital.
 
Para ela, pensar em promoção da saúde no ambiente hospitalar é extremamente pertinente, especialmente quando neste espaço existem crianças que permanecem internadas durante longos períodos ou que sofrem com internações seguidas ao longo de suas vidas. “O hospital, nesse caso, transforma-se no único ou no principal cenário onde transcorrem suas vidas e onde suas atividades diárias são realizadas.” Além disso, acrescenta Lígia, as brincadeiras contribuem para que ela saia da condição passiva de objeto de tratamento para ocupar um papel mais ativo perante a hospitalização.
 
 
Informe ENESP

Síndrome do Ovário Policístico

Crédito: Sciencepics
Crédito: Sciencepics
A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é um distúrbio hormonal que provoca formação de cistos nos ovários, o que fazem com que eles aumentem de tamanho
 
Ela atinge, principalmente, mulheres em idade reprodutiva e se caracteriza pela menstruação irregular, alta produção de testosterona (hormônio masculino) e presença de micro cistos nos ovários.
 
Sua causa ainda não é totalmente esclarecida. A hipótese é que tenha uma origem genética e estudos indicam uma possível ligação entre a doença e a resistência à ação da insulina no organismo, gerando um aumento do hormônio na corrente sanguínea que provocaria o desequilíbrio hormonal.
 
O excesso de testosterona faz algumas portadoras da síndrome apresentarem características masculinas, como excesso de pelos, além de aparecimento de acne. Ainda na adolescência, a menstruação pouco frequente ou ausente pode ser sinal da doença. Foram estes sinais que fizeram a jovem Hailenny Souza, de 19 anos, desconfiar que havia algo errado. “Descobri q tinha ovário policístico em dezembro de 2014. Tinha os sintomas desde que comecei a menstruar. Passava meses sem menstruar os médicos diziam que era normal, pois era muito nova e que com o tempo normalizaria o ciclo. Mas eu sempre desconfiei que tivesse algo errado. Eu era diferente das outras garotas, tinha muitos pelos pelo corpo e um grande apetite”, conta a estudante de enfermagem.
 
Mulheres com SOP geralmente apresentam infertilidade ou dificuldade para engravidar. A revisora Ana Paula Jumes de 24 anos passa por este problema. “Descobri ano passado a síndrome. Tenho excesso de peso, bastante pelo e acne. Por causa disso estou fazendo o tratamento no SUS. Quero muito engravidar, mas a SOP atrapalha bastante. Ainda tenho que me cuidar quando conseguir, pois tenho risco de aborto”.
 
O diagnóstico precoce ajudar a reduzir o risco de complicações. O tratamento para síndrome dos ovários policísticos geralmente trata os sintomas e complicações, tais como infertilidade, acne ou obesidade. Em casos mais graves pode ser necessário cirurgia.
 
Caso a mulher sinta alguns destes sintomas ela deve procurar um ginecologista que poderá encaminhar o tratamento mais adequado.
 

Aprovado registro de genéricos inéditos para coração e anestesia

A Anvisa aprovou, nesta quarta-feira (18/2), o registro de dois novos medicamentos genéricos cujas substâncias ainda não tinham concorrentes no mercado
 
Com a medida, pacientes e médicos terão novas opções de tratamento a custos mais acessíveis, já que os genéricos chegam ao mercado com um preço pelo menos 35% menor do que o preço de tabela dos medicamentos de referência.
 
O primeiro deles é o genérico da substância cloridrato de remifentanila, um analgésico indicado para induzir ou manter a anestesia durante cirurgias, incluindo a do coração, e para o alívio da dor logo após a operação. A substância também é indicada para analgesia e sedação em pacientes que respiram com ajuda de aparelhos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
 
O segundo genérico inédito aprovado pela Anvisa é a cópia da substância cloridrato de propafenona. Trata-se de um medicamento destinado ao tratamento das alterações do ritmo cardíaco, pois atua como estabilizador de membrana na célula muscular do coração.
 
A concessão dos registros significa que estes produtos são cópias intercambiáveis de seus medicamentos de referência e que possuem eficácia e segurança comprovadas.
 
ANVISA

Informe traz orientações para regularização de produtos à base de cloro ativo

Reprodução
A Gerência Geral de Saneantes (GGSAN) divulga o Informe Técnico de número 021 (INF-021), que trata da regularização de produtos contendo cloro ativo
 
O documento tem o objetivo de esclarecer as condições de registro ou notificação de produtos que contenham cloro ativo em suas formulações e cuja variação no teor desse componente ultrapasse os limites estabelecidos no Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada de número 59 publicada em 2010, a RDC nº 59/2010.
 
O informe INF-021 estabelece que uma variação maior no teor de cloro ativo que a preconizada na RDC 59/2010 pode ser aceita pela Anvisa, desde que seja comprovada a eficácia do produto ao final do prazo de validade proposto e que sejam obedecidos os requisitos de rotulagem apresentados neste informe.
 
A proposta permite a oferta de saneantes eficazes e com prazos de validade mais compatíveis com a cadeia de comercialização estabelecida no País.
 
O informe pode ser acessado no menu Informes Técnicos, disponível portal da Anvisa.
 
Informes Técnicos ANVISA

Pesquisadores desenvolvem chocolate antirrugas

Reprodução
Universidade de Cambridge desenvolveu chocolate que promete retardar o aparecimento de rugas e diminuir a flacidez da pele
 
Parece sonho, mas é verdade: comer chocolate sem culpa pode estar mais próximo do que se imaginava. Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, desenvolveram um chocolate que promete retardar o aparecimento de rugas e diminuir a flacidez da pele.
 
A ideia dos cientistas é que, com níveis de antioxidantes elevados, o Esthechoc aumente a circulação para evitar rugas e manter a pele com aparência jovem e suave.
 
Segundo os pesquisadores, 7,5 gramas do chocolate contêm a mesma quantidade de antioxidante que um filé de salmão. A pequena quantidade também tem os mesmos níveis de polifenóis do cacau em 100 gramas de chocolate comum.
 
O produto promete deixar a pele de uma pessoa que tem entre 50 e 60 anos com a aparência de que tenha 20 ou 30 anos. Os testes mostraram que, após quatro semanas comendo o chocolate todos os dias, os voluntários tinham menos incidência de inflamação no sangue, além do aumento da circulação sanguínea para o tecido da pele.
 
Como cada barra do chocolate contém apenas 38 calorias, os fabricantes afirmam que diabéticos também podem aderir ao tratamento. Sem preço divulgado, a guloseima deve chegar às lojas inglesas no próximo mês.
 
Zero Hora

Anvisa determina o recolhimento do medicamento Policlavumoxil

A Anvisa suspendeu a fabricação, distribuição, comercialização e uso do medicamento Policlavumoxil 250MG/5ML + 62,5MG/5ML pó para suspensão oral fabricado pela empresa EMS S/A.A medida se aplica a todos os lotes deste produto
 
A determinação está na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (18/2).
 
No último dia 4 de fevereiro a Agência já havia determinado uma medida semelhante para o medicamento genérico da EMS com esta mesma formulação.
 
Esta nova ação se deve a constatação de que o Policlavumoxil, que é o medicamento similar, possui a mesma fórmula do produto suspenso anteriormente e, portanto, as razões da medida são as mesmas .
 
A própria empresa deverá realizar o recolhimento dos produtos no mercado.
 
Fonte: Anvisa

Enfermeiro do Samu se nega a atender idosa e mulher morre em Nova Lima

Profissional afirmou à polícia que não poderia deslocar até a casa da vítima, que mora em frente ao ponto de apoio da unidade, sem que recebesse o comando da "Central"
 
Um enfermeiro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi conduzido à delegacia na noite dessa quinta-feira (19) suspeito de omitir socorro a uma idosa de 67 anos em Nova Lima, na região metropolitana Belo Horizonte. Por falta de socorro, a dona de casa, que mora em frente ao ponto de apoio da unidade de atendimento, morreu.
 
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, policiais faziam patrulhamento de rotina na praça Bernardino de Lima, no centro da cidade, quando foram acionados por populares informando que, por causa de uma confusão em um imóvel, Aide das Graças Valadares estava passando mal.
 
Policiais deslocaram até a casa, na rua Benedito Valadares, e encontraram a mulher deitada queixando-se de falta de ar. A corporação começou a realizar os primeiros socorros. Nesse momento, uma viatura da Guarda Municipal também chegou ao local. Diante da situação da vítima, uma das guardas foi até o ponto de apoio do Samu e pediu que o enfermeiro de plantão deslocasse até a residência para fazer o atendimento. O profissional de 47 anos teria se negado sem informar o motivo.
 
A guarda voltou para casa de Aíde e, minutos depois, retornou à unidade, onde, mais uma vez, o profissional afirmou que não deslocaria até a residência sem que tivesse um chamado da Central do Samu. Dessa forma, para que o socorro fosse feito, seria necessário entrar em contato primeiro pelo telefone 192 e solicitar uma viatura.
 
Ainda conforme o boletim da polícia, o enfermeiro só foi ao imóvel após 30 minutos. O socorro foi prestado, a dona de casa foi encaminhada ao Hospital Nossa Senhora de Lourdes, mas não resistiu. A causa da morte ainda não foi divulgada.
 
Por causa da omissão, a guarda deu voz de prisão ao enfermeiro, que foi encaminhado à Central de Flagrantes I (Ceflan), em Belo Horizonte, para prestar esclarecimentos.
 
A reportagem de O TEMPO fez contato com a central do Samu, mas foi informada que apenas a assessoria de imprensa pode comentar o caso. Por sua vez, a assessoria não atendeu às ligações.
 
A reportagem também tentou verificar com a Polícia Militar e com a Guarda Municipal se a idosa não poderia ter sido encaminhada ao hospital na viatura de uma das corporações, mas nenhum responsável foi encontrado.
 
O Tempo

Substitutos vegetais para o leite

Reprodução: Leite de amêndoas
Para quem é alérgico ou tem restrições veganas, o produto da vaca dá lugar ao feito com sementes e cereais
 
O brasileiro consome em média, segundo levantamento do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), 172,6 litros de leite por ano. Apesar de esse número parecer alto, a Organização Mundial da Saúde (OMC) recomenda o consumo de 200 litros ano/habitante.
 
Na contramão desse consumo, estima-se que cerca de 80% dos brasileiros tenham algum nível de intolerância à lactose. Mesmo não tendo a restrição diagnosticada, é claro para uma grande parte da população que a restrição ao consumo de derivados do leite de vaca favorece a diminuição de cólicas e problemas estomacais e intestinais. “É interessante substituir o leite de vaca pelo leite vegetal, porque este não tem colesterol e gordura saturada. O balanço nutricional deste é mais interessante para a prevenção de doenças”, defende Eric Slywitch, nutrólogo e autor do livro “Emagreça sem Dúvida” (Editora Alaúde). Segundo ele, é interessante diminuir a quantidade de leite de vaca consumida.
 
Foi isso que fez o advogado Lucas Anjos, 28. Há mais de dois anos ele decidiu trocar o leite de vaca pelo de aveia, e não se arrependeu. Hoje em dia, Lucas só ingere o alimento em preparações, como bolos e queijos. “Eliminei porque sempre achei um pouco pesado, não me sentia muito bem quando tomava (e tomava diariamente, no café da manhã), e vi que vários perfis ‘fitness’ online começaram a eliminar o leite das respectivas dietas. Foi sem recomendação médica”, afirma.
 
Ele explica que, além de ser muito prático, o leite de aveia é barato e fácil de fazer. “Atualmente tomo o leite de aveia quase diariamente, por volta de um copo de 200 ml, no café da manhã. Misturo com frutas, granola e mel. Aveia em flocos é bem barato e se acha em qualquer lugar”, conta.
 
Comparado ao leite de vaca, ele avalia que é ainda mais gostoso. “Eu acho até mais agradável, para ser sincero. Leite hoje em dia é meio pesado, na minha opinião, inclusive pelo gosto. Se eu estou empolgado, fervo um pouco do leite de aveia com um pauzinho de canela. Fica com gosto ainda melhor”, ensina.
 
A professora de kundalini yoga Luciana Furbino, 40, também fez a troca e não se arrepende. Ela afirma que usava pouco leite de vaca e mudou para o de amêndoa durante uma dieta vegana sugerida pela sua médica Ayurveda. “Ela me recomendou para equilíbrio dos doshas, que é uma espécie de perfil biológico da pessoa. Passei alguns meses nessa dieta vegana/macrobiótica e depois disso meu organismo naturalmente desacostumou-se com os laticínios”, conta a professora, que, mesmo usando apenas leites vegetais, ainda não consome a bebida em grandes quantidades. “Uso um pouco no meu chá preto, pois não tomo café. E uso pra fazer vitaminas e o que chamamos de leite dourado, que é uma bebida de leite com cúrcuma e um pouquinho de óleo de amêndoas, excelente para a saúde”.
 
Ao contrário do advogado, Luciana compra o leite de amêndoas que utiliza. “Sinto meu corpo mais leve, meu nariz não tem mais os congestionamentos que eu tinha ocasionalmente quando usava laticínios, e a digestão também está melhor”, conclui a professora.
 
A nutricionista e chef de cozinha Pâmela Sarkis alerta, no entanto, que o leite de vaca possui alguns nutrientes que faltam nos vegetais. “O leite vegetal não tem quantidade significativa de proteínas e nem de cálcio. Eu só recomendo a substituição total para quem tem alergia à caseína e intolerância ao leite de vaca”, explica. Para suprir essa carência, o nutrólogo Slywitch recomenda o leite de gergelim como importante fonte de cálcio.
 
Pâmela é sócia da Saluteria, loja localizada no bairro Lourdes, em Belo Horizonte, e especializada em produtos orgânicos e funcionais. Na loja, a nutricionista diz que o leite de arroz com amêndoas é o que tem melhor aceitação. Especialista em criar novas receitas usando leites vegetais, Pâmela orienta que quem está começando a consumir deve dar preferência aos leites líquidos e em pó misturados, para dar mais textura. “Até a pessoa se adaptar, recomendo 200 ml de leite líquido misturado com 1 colher de sopa do mesmo leite em pó, pois o líquido é muito aguado”.
 
Sobre o hábito de fazer a bebida em casa, Slywitch afirma que não há problema algum, é até mais saudável. “Tem a diferença de não ter corantes e conservantes. A única vantagem dos industrializados é quando eles são fortificados com mais cálcio”.
 
Leite de amêndoas
 
Ingredientes: 1 xícara (chá) de amêndoas cruas in natura 7 xícaras (chá) de água filtrada 1 colher (sopa) de essência de baunilha
 
Modo de preparo
Coloque as amêndoas de molho em três xícaras de água. Deixe descansar por 12 horas. Descarte a água e bata as amêndoas com o restante da água. Use um pano de algodão sobre uma peneira para coar. Adicione a essência e leve à geladeira.
 
Dica
O “sumo” das amêndoas pode ser aproveitado para outras receitas.

O Tempo

SP tem 14 casos de leptospirose por semana; enchentes aumentam incidência

Contágio acontece por meio da água e da lama das enchentes ou de córregos, esgotos, fossas e até mesmo lagos e represas
 
Só no ano passado, segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foram confirmados 729 casos de leptospirose no Estado, o que representa média de 14 por semana.
A leptospirose é causada por bactérias e transmitida pelo contato acidental de humanos com a urina de roedores urbanos infectados, como ratos de telhado e ratazanas.
 
Normalmente, o contágio acontece por meio da água e da lama das enchentes ou, ainda, de córregos, esgotos, fossas e até mesmo de lagos e represas.  Após o contato, a doença pode demorar até 30 dias para se manifestar.
 
Na fase inicial da doença, o paciente apresenta febre aguda, dores de cabeça e no corpo, especialmente das panturrilhas (“batata” da perna), além de olhos amarelados e urina escura. Porém quando o diagnóstico e o início do tratamento não são feitos rapidamente, a doença traz outras complicações como icterícia (pele amarelada) e hemorragias no intestino, nos pulmões, no estômago e nas mucosas.
 
“A maioria dos casos de leptospirose é branda, mas entre 8% e 10% dos casos acabam evoluindo para um quadro grave, que exige internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com alto risco de mortalidade, caso não se estabeleça um diagnóstico rápido”, disse o médico infectologista do instituto Jean Gorinchteyn.
 
De acordo com Jean Gorinchteyn, apesar de não existir vacina contra a leptospirose, existem cuidados básicos importantes aos quais todos devem se atentar, especialmente no período de chuvas:
 
Dez cuidados para evitar a leptospirose:
 
1. Evite as poças d’água e enxurradas nas calçadas e nas ruas;
 
2. Se a chuva “apertar”, não se arrisque. Procure um local alto e seguro e tente esperar o nível da água abaixar;
 
3. Não atravesse enxurradas e não se exponha à água suja caso comece uma inundação;
 
4. Jamais permita que as crianças brinquem com as poças e canaletas de escoamento da água, muito menos com água de enchente;
 
5. Se for nadar em córregos, lagos ou represas, fique sempre atento à higiene do ambiente e evite os mergulhos caso haja lixo nas proximidades;
 
6. Se tiver contato com água de inundação, o ideal é procurar por atendimento em unidades de saúde;
 
7. Se não for possível ir ao médico, fique atento em relação aos possíveis sintomas e caso tenha algum deles, procure imediatamente um serviço de saúde e relate o que aconteceu;
 
8. Se sua casa (ou seu carro) for inundada (o), o ideal é deixá-la (lo) para trás até que a água saia por completo.
 
9. É fundamental utilizar luvas e botas de borracha para realizar uma higienização detalhada e completa, com água sanitária, de tudo o que teve contato com a água suja;
 
10. Alimentos e medicações que estão em ambientes de inundação devem ser descartados, mesmo que a embalagem não tenha sido violada.
 
 
iG