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domingo, 29 de março de 2015

AVC e câncer: veja as doenças crônicas mais comuns no Brasil

AVC
Diabetes, asma e câncer também estão entre as principais doenças do País de acordo com o IBGE
 
Em 2013 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, divulgou os resultados da primeira edição da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em convênio com o Ministério da Saúde. Nela foi analisada a percepção do estado de saúde e do estilo de vida da população brasileira. Outro foco do trabalho foram as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que constituem o problema de maior magnitude nessa área no país e respondem por mais de 70% das causas de morte no Brasil.
 
De acordo com o documento, elas têm forte ligação com fatores de risco, como o consumo abusivo de álcool, o excesso de peso, os níveis elevados de colesterol, o tabagismo, o baixo consumo de frutas e verduras e o sedentarismo, o que, inclusive, já foi demonstrado por diversos estudos científicos. E, por isso, o monitoramento desses itens é primordial para a definição de políticas de saúde voltadas para a prevenção desses males. Além disso, as suas páginas contaram com um levantamento das 11 principais DCNT, que têm respondido por um número elevado de falecimentos antes dos 70 anos de idade e a perda da qualidade de vida de muitas pessoas. Veja quais são:

Hipertensão arterial
Conhecida também como pressão alta, ela á um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e é considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. A proporção de indivíduos maiores de 18 anos que relataram ter recebido esse diagnóstico durante a pesquisa foi de 21,4%, o que corresponde a 31,3 milhões de pessoas.
 
Diabetes
Trata-se de um transtorno metabólico provocado por hiperglicemia, em outras palavras, o excesso de açúcar no sangue, que acontece quando a insulina, hormônio responsável pela entrada da glicose nas células, é insuficiente (diabetes do tipo 1) ou tem sua ação dificultada pelo excesso de peso (diabetes do tipo 2). A Pesquisa Nacional de saúde estimou que 6,2% da população acima de 18 anos de idade ou mais sofrem com o problema, o equivalente a 9,1 milhões de pessoas.
 
Colesterol alto
Provocado principalmente por causa do consumo exagerado de gorduras, esse problema aumenta o risco do surgimento de doenças cardiovasculares. O levantamento apontou que 12,5% dos brasileiros maiores de idade, porcentagem que corresponde a 18,4 milhões de pessoas, já receberam o diagnóstico desse mal.
 
Asma
Caracteriza-se por uma inflamação crônica que afeta as vias aéreas e compromete também os pulmões. Ela provoca falta de ar, tosse seca e sensação de pressão no peito e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, ocupa o primeiro lugar na prevalência das doenças respiratórias crônicas no mundo. No Brasil 4,4% das pessoas com 18 anos ou mais afirmaram sofrer com o mal (6,3 milhões), de acordo com o IBGE.
 
Doenças cardiovasculares Elas são a principal causa de morte no Brasil e, apesar da mortalidade provocada por elas ter diminuído nos últimos anos, esses problemas, que têm como principais fatores de risco o tabagismo, o sedentarismo e o consumo abusivo de álcool e de alimentos riscos em gorduras e calorias, ainda geram os maiores custos relacionados a internações hospitalares. Na pesquisa, 4,2% da população adulta, o que corresponde a 6,1 milhões de pessoas, já haviam recebido esse diagnóstico.
 
Acidente vascular cerebral
Essa é uma das principais causas de mortes e incapacidade no mundo e é caracterizado por um entupimento ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, provocando dor de cabeça, perda de visão, instabilidade e paralisia, entre outros sintomas. De acordo com o levantamento feito pelo IBGE, 1,5% dos brasileiros maiores de idade, o que corresponde a 2,2 milhões de pessoas, referiu diagnóstico desse problema, que também é conhecido como AVC e derrame.
 
Problemas crônicos de coluna
As dores e os problemas muscoesqueléticos, tendo como foco mais comum a região lombar, acometem uma grande parcela da população e provocam um forte impacto econômico e na qualidade de vida dos pacientes. Aproximadamente 27 milhões de pessoas com 18 anos ou mais (18,5%) contaram que sofrem com esse tipo de quadro durante a pesquisa.
 
Distúrbios Osteomoleculares relacionados ao trabalho
Conhecidos como DORT, eles são caracterizados como quadros dolorosos e prejudiciais causados pelo uso excessivo de alguma parte do sistema musculoesquelético, geralmente resultante de atividades ligadas ao trabalho. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 2,4% dos brasileiros (3,5 milhões) maiores de idade relataram já ter recebido um diagnóstico desse problema.
 
Depressão
É um distúrbio afetivo que tem como principal sintoma a tristeza profunda e prolongada, muitas vezes sem causa aparente. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a depressão é o principal item na carga global de doenças do mundo. Por aqui a estimativa é que ela acometa 7,6% das pessoas com 18 anos ou mais, o que representa 11,2 milhões.
 
Insuficiência renal crônica
Uma pessoa recebe esse diagnóstico quando sofre uma lesão nos rins ou uma redução na função desses órgãos por três meses ou mais, independente de qual tenha sido a causa do quadro. Cerca de 1,4% (2,05 milhões) dos brasileiros maiores de idade reportaram essa doença, que pode envolver dieta , medicamentos e hemodiálise no seu tratamento, durante o levantamento.
 
Esse é o nome dado para um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e os órgãos. Como se dividem rapidamente, elas tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, provocando problemas em várias partes do corpo e levando a formação de tumores malignos que podem ainda se espalhar por outras regiões do organismo. A estimativa da pesquisa é que 1,4% (2,7 milhões) dos brasileiros adultos já tenham ouvido esse diagnóstico.
 
Terra

App para celular indica se você está com mau hálito

Reprodução
Aparelho chamado Mint é capaz de detectar mau hálito e níveis de hidratação do corpo com uma simples assoprada
 
Se você vive com medo de não perceber que está com mau hálito, seus problemas estão com os dias contatos. Deve chegar em breve ao mercado um pequeno dispositivo portátil para ser acoplado a qualquer smartphone, capaz de detectar a halitose.
 
O aparelho, chamado Mint, está sendo desenvolvido pela empresa Breathometer que ganhou destaque na mídia há algum tempo por lançar outro dispositivo semelhante capaz de medir a quantidade de álcool presente no sangue do indivíduo.
 
No caso do Mint, a pessoa terá que conectá-lo ao aparelho celular e baixar um aplicativo (que funciona em Android e iOS). Feito isso, ela deverá respirar (assoprando) dentro do dispositivo que irá mandar as informações para o aplicativo analisá-las. Ainda será possível saber como está a hidratação do seu corpo e receber recomendações com base nos resultados.
 
O Mint está com previsão de lançamento para agosto desse ano e deve chegar ao mercado custando 90 dólares.
 
Confiável, mas não muito
Embora esse produto traga o benefício de se conseguir um rápido informativo sobre a qualidade do hálito, o dispositivo é visto com desconfiança por alguns profissionais.
 
“Já existem outros aparelhos portáteis no mercado que também funcionam como medidores de hálito que não são confiáveis, pois eles captam mais o mau  hálito momentâneo, adquirido pelo uso de bebidas alcoólicas ou a ingestão de alimentos com cheiro muito forte como alho e cebola, por exemplo”, diz Jacqueline Chaves Duarte, dentista especializada no diagnóstico e tratamento da halitose, da clínica Hálito Puro.
 
Para ela, um bom diagnóstico precisa de uma série de informações que vão além de uma simples assoprada em um dispositivo. “É necessário fazer uma pesquisa bem feita e um exame clínico preciso, alem da identificação de todas as causas do mau hálito para que o tratamento possa ser bem sucedido”, diz a especialista.
 
Para isso existem outros tipos de aparelhos, não portáteis e que só são manuseados por profissionais capacitados dentro dos consultórios, que medem a halitose com mais precisão, como é o caso do Halimeter e do Oral Chroma.
 
Superficialidade útil
Já para Romero Forato, também dentista especialista em halitose, se a pessoa entender que esse dispositivo não substitui uma consulta com um profissional, nem revela resultados completos, ele pode ter sua utilidade. “Se o paciente só estiver interessado em saber como está o seu hálito naquele momento porque vai entrar em uma reunião ou encontrar uma pessoa especial, esse Mint pode ajudar sim. Mas é preciso saber que seus resultados são meramente superficiais e sem validade médica”, diz o especialista.
 
Terra

Pesquisa colombiana descobre planta eficiente no tratamento da hipertensão

Um estudo feito pelo laboratório fitoterápico Aral Thel em parceria com a Universidade do Quindío indica que uma espécie de planta colombiana pode ser eficiente no tratamento da hipertensão
 
Há três anos, o Aral Thel, instalado na cidade de Calarcá, se juntou com a universidade para desenvolver a pesquisa, apoiada também pelo Departamento Administrativo de Ciência, Tecnologia e Inovação (Colciencias).
 
A planta foi descoberta pelo laboratório através de pesquisas sobre espécies nativas, realizadas há 25 anos e partir das quais a companhia desenvolveu remédios também à base de frutas e verduras.
 
Essa planta pode representar uma nova alternativa no tratamento da hipertensão, que mata 9,3 milhões de pessoas por ano no mundo. No entanto, a toxicidade da espécie ainda está sendo testada.
 
A empresa preferiu manter o nome da planta em sigilo até o final da pesquisa, a fim de preservar o segredo industrial.
 
"Inicialmente descobrimos que a planta tem uma ação importante contra a hipertensão e pode até superar os remédios mais usados no tratamento dessa doença", declarou à Agência Efe Lucena Bustamante, diretora-executiva do Aral Thel.
 
"Se os testes comprovarem que a planta não é tóxica, poderemos propor sua inclusão no vade mecum colombiano e avançar na obtenção do primeiro extrato natural contra a hipertensão", afirmou Lucena.

O laboratório produz extratos, geleias e xaropes para o tratamento de lúpus, psoríase, dores de cabeça, fibromialgia, artrose, cardiopatias, artrite, psicose, doenças autoimunes, infecções pulmonares, renais e circulatórias, entre outras doenças.
 
"A união bem sucedida entre uma empresa e uma universidade é possível. A riqueza da flora da Colômbia pode ser aproveitada com toda segurança, há uma quantidade enorme de elementos medicinais ainda desconhecidos", afirmou a diretora-executiva sobre a possibilidade de um resultado positivo da pesquisa.
 
Em 2009, o Aral Thel se tornou o segundo laboratório fitoterápico certificado pelo Instituto Nacional de Vigilância de Remédios e Alimentos (Invima). Atualmente, a empresa comercializa seus produtos em todo o país e, em 2014, fechou o ano com um faturamento de cerca de R$ 1,9 milhão.
 
Com capacidade de produção de 25 mil medicamentos mensais, a companhia prevê um plano de expansão para 2016, quando pretende iniciar as primeiras exportações para os países vizinhos.
 
A diretora-executiva disse ter interesse em exportar para o Peru, por exemplo, mas afirmou que a companhia ainda está se preparando para este passo, porque para isso, "é preciso ter segurança sobre a capacidade, disponibilidade e qualidade das matérias-primas".
 
Segundo Lucena, o principal objetivo da Aral Thel é investir em novas pesquisas que possibilitem o desenvolvimento de medicamentos eficientes no tratamento de doenças crônicas.
 
EFE / Terra

Grupo de médicos critica mercado internacional de leite materno na internet

Reprodução Fiocruz: Armazenamento de leite humano em
 banco no Brasil, onde a comercialização é proibida
Especialistas alertam para perigo de contaminação do alimento sem ficalização. No Brasil, a prática é proibida
 
Rio - A venda de leite materno pela internet apresenta riscos graves para a saúde infantil e precisa de urgente regulamentação, argumentam especialistas, em editorial publicado na terça-feira, no British Medical Journal. Endereços on-line atendem mães em países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. O famoso site "Only The Breast", que entrou no ar no início de 2010, tem hoje cerca de 7.500 mães cadastradas para vender ou comprar leite materno.
 
Há, inclusive, área para doação e também para venda para homens adultos, que acreditam que o leite materno ajuda a ganhar massa muscular de forma mais rápida.
 
— Apesar de aparecer como produtos saudáveis e benéficos, muitas mães e até mesmo alguns profissionais de saúde não estão conscientes de que este mercado é perigoso e coloca em risco a saúde da criança, porque não é regulamentado — argumenta Sarah Steele, da Universidade Queen Mary, de Londres, em editorial assinado no BMJ.
 
Os benefícios nutricionais do leite materno já foram amplamente documentados. Além da pressão social, muitas mães sofrem para amamentar ou não produzem leite em quantidade satisfatória. Por meio desses sites, elas encontram mães que produzem leite a mais do que precisam e que por isso congelam o excedente.
 
Assim, o mercado on-line cresce rapidamente, sobretudo nos Estados Unidos, onde 30 ml de leite materno pode custar até US$ 4.
 
Essas mães, no entanto, não conseguem pasteurizar nem elaborar testes para doenças. Também não há garantia alguma em relação à coleta, armazenamento e transporte.
 
Por isso o alerta de especialistas para a regulamentação. Eles afirmam que o leite materno deve passar por rastreamento para doenças, tais como hepatite B e C, HIV, sífilis e outras. Dizem ainda que o leite comprado on-line tem concentração de bactérias por causa da falta de pasteurização e também em função da precariedade no transporte e armazenamento.
 
Em seu artigo, Steele cita diversos estudos. Um deles que analisou 100 amostras de leite comprado por meio desses sites, dos quais apenas nove não apresentavam bactérias. Em outro, observado por Steele, revelou que 25% das amostras de leite foram entregues com mau acondicionamento, já descongelado e contaminado com drogas e outras substâncias.
 
— Leite comprado on-line está longe de ser uma alternativa ideal, a exposição das crianças e outros consumidores a agentes microbiológicos e químicos — escreveu a autora, que afirma ser urgente a regulamentação. — Para tornar este mercado mais seguro.
 
Steele acrescenta ainda que profissionais de saúde devem ser treinados sobre o mercado online para que possam auxiliar novas mães, oferecendo alternativas seguras, especialmente para aquelas que sofrem com a ausência de leite. Assim como devem explicar sobre a ordenha e armazenamento.
 
Venda é proibida no Brasil
No Brasil, de acordo com a legislação vigente, tecidos, órgãos e fluidos corporais – como leite, sangue e saliva – não podem ser comercializados.
 
— Diferentemente dos Estados Unidos, onde não há regulamentação nem a cultura da amamentação, no Brasil a venda do leite humano é proibido. O leite materno não é uma fonte de renda e não proporciona um emprego para as mulheres — observa Danielle Aparecida da Silva, gerente do Centro de Referência Nacional e Iberoamericano para Bancos de Leite Humano. — Nosso modelo é diferente da prática nos Estado Unidos, onde não há um critério único. Lá existem bancos de leite em que a mãe paga pelo serviço de coleta, por exemplo, e há bancos em que não se paga. Por isso, esses sites ganham importância e são perigosíssimos.
 
Segundo Danielle, o leite armazenado em casa não passa por pasteurização (para eliminar possíveis bactérias) nem por controle de doenças. Além disso, o armazenamento não é adequado.
 
— Não basta congelar. Se uma casa teve pico de energia ou o simples fato de abrir e fechar o congelador, pode comprometer o leite. Nos bancos de leite o controle da temperatura é feito no termômetro e o local é usado apenas para essa função.
 
Ela observa ainda que no Brasil os bancos de leite têm funções que vão além do armazenamento. O local é ainda uma casa de apoio ao alentamento materno. Em 2014, as 214 unidades espalhadas pelo país atenderam 1.776.485 mulheres (sendo 33.804 mulheres em grupo e 1.442.681 de forma individual), além de ter feito 236.438 visitas domiciliares. Foram coletados 163.584,3 litros de leite humano para 152.692 prematuros. O número de doadoras chegou a 144.681 mulheres.
 
Além disso, desde 1993, o Ministério da Saúde tem uma portaria que proíbe a chamada "amamentação cruzada", quando uma mãe dá de mamar para um recém-nascido que não seja seu.
 
No Brasil, caso uma mulher tenha dificuldades para alimentar o filho, deve buscar orientação nesses locais, onde o leite passa por um processo de seleção, classificação e pasteurização, para ser oferecido com segurança aos bebês.
 
G1

Empresa cria óculos que faz daltônicos enxergarem todas as cores pela primeira vez

Reprodução: Reação de uma das personagens do documentário
 ao enxergar as cores
Companhia americana de tintas fez um mini documentário para registrar a reação das pessoas
 
Rio -  O pôr do sol no Arpoador, na Zona Sul do Rio, é aplaudido todos os dias por cariocas e turistas que vão à pedra admirar o entardecer. Entretanto, um daltônico em visita ao local poderia não ter a mesma experiência pelo fato de não conseguir enxergar todas as cores. Pensando nas pessoas que são privadas diariamente de sensações como essa, por conta da deficiência na visão, uma empresa de tintas criou um óculos capaz de fazer com que daltônicos vejam todas as cores.
 
A empresa americana Valspar, uma das gigantes do setor de tintas, confeccionou o objeto em parceria com a EnChroma. O óculos desempenha a função de separar as cores e derivações do vermelho e do verde, que geralmente são percebidas como iguais pelos daltônicos, corrigindo a visão deficiente.
 

Com o mecanismo, os portadores da doença conseguem enxergar um espectro maior de cores.
 
Como parte da ação, a Valspar filmou um mini documentário para captar as reações das pessoas que enxergaram pela primeira vez, por exemplo, o pôr do sol com todas suas tonalidades. No vídeo, os participantes também interagem com instalações repletas de matizes.
 
“Quando ele desenha, eu vejo ele indo e voltando da caixa de giz de cera, umas 150 vezes, às vezes. E agora eu meio que sei o por quê. Tem muito mais cores aqui”, disse um dos personagens do documentário ao ver desenhos feitos pelo filho.

G1

Estudo mostra que nova vacina contra ebola testada na China é segura

EFE/Tamas Kovacs
EFE/Tamas Kovacs
A vacina experimental, denominada Ad5-EBOV, é a primeira baseada em uma cepa do vírus procedente do surto de ebola que atingiu a África Ocidental ano passado
 
A última série de vacinas contra o vírus do ebola testada em seres humanos na China é “segura e provoca uma resposta imunológica no organismo dos receptores”, indicou um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista médica britânica “Lancet”.
 
A vacina experimental, denominada Ad5-EBOV, é a primeira baseada em uma cepa do vírus procedente do surto de ebola que atingiu a África Ocidental ano passado.
 
“Até agora, todas as vacinas desenvolvidas experimentalmente contra o vírus do ebola estiveram baseadas na cepa do surto que surgiu no Zaire em 1976″, explicou Fengai Zhu, principal autor do estudo.
 
Zhu alertou que apesar da vacina ter alcançado uma resposta dos anticorpos dos pacientes, é preciso continuar a realizar testes para confirmar se o remédio protege mesmo contra o ebola.
 
A primeira fase deste teste experimental corroborou a segurança da vacina, que foi aplicada em 120 pessoas da província de Jiangsu (no centro da China), que receberam uma dose ou muito alta, ou muito baixa do medicamento, ou placebo, entre os meses de dezembro e janeiro.
 
Os pesquisadores monitoraram os receptores do fármaco durante 28 dias para observar possíveis efeitos secundários, e também para estudar a resposta imunológica do organismo.
 
Segundo o “Lancet”, não houve “efeitos colaterais significativos” durante o acompanhamento, mas se observou um “aumento considerável do volume de anticorpos” nos participantes do experimento.
 
Segundo Zhu, o estudo indicou que a nova vacina experimental representa uma “nova possibilidade”, com vantagens potenciais, embora não possa assegurar ainda que seja o remédio definitivo contra o ebola.
 
O vírus do ebola, cujos primeiros sintomas são febre, dores musculares, cansaço e dor de cabeça, matou mais de dez mil pessoas desde o começo da epidemia na África Ocidental, há um ano.

EFE Saúde

Pesquisadores identificam variante genética relacionada com o autismo

EFE/Divyakant Solanki
EFE/Divyakant Solanki
Os resultados do estudo “acrescentam novas evidências que um funcionamento sináptico anômalo pode estar na base das anomalias cognitivas no autismo”, segundo o diretor de departamento de neurociência da Johns Hopkins, Richard Huganir
 
Uma equipe de cientistas descobriu uma “variante genética rara” que afeta às sinapses dos neurônios e oferece uma nova compreensão sobre as principais causas do autismo, em um estudo que analisou famílias severamente afetadas por essa doença.
 
O estudo, publicado na revista “Nature” e realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, destaca o método de trabalho utilizado, focado em famílias gravemente afetadas por essa doença, que “pode ser usado para identificar outras causas genéticas do autismo e de outras doenças genéticas complexas”.
 
Os resultados do estudo “acrescentam novas evidências que um funcionamento sináptico anômalo pode estar na base das anomalias cognitivas no autismo”, segundo o diretor de departamento de neurociência da Johns Hopkins, Richard Huganir.
 
Os pesquisadores, dirigidos pelo professor Aravinda Chakravarti, analisaram e compararam a sequência genética de pacientes com autismo de 13 famílias com a de outras pessoas retiradas de uma base de dados e identificaram quatro genes potencialmente responsáveis pela doença.
 
Essas 13 famílias foram selecionadas porque nelas havia mais de uma mulher afetada por uma doença pertencente ao espectro do autismo, já que, por motivos ainda desconhecidos, as meninas sofrem muito menos de autismo que os meninos, mas quando tem a doença, seus sintomas são mais graves.
 
Chakravarti teorizou que as mulheres com autismo, especialmente aquelas que em sua família há outra mulher também afetada, podem ter fortes variantes genéticas da doença.
 
Dos quatro genes potencialmente relacionados com o autismo identificados pelos especialistas, estes decidiram se concentrar no conhecido como CTNND2, porque se situa em uma região do genoma que é associada com outros problemas intelectuais, e descobriram que as mutações no mesmo alteram as sinapses neuronais.
 
Este resultado é “coerente com outros descobrimentos recentes que indicam que muitas mutações genéticas associadas com o autismo estão relacionadas com o desenvolvimento das sinapses”, segundo Huganir.
 
Apesar de os variantes que causam autismo no gene CTNND2 não serem muito comuns, Chakravati disse que o descobrimento abre uma janela para o conhecimento da biologia geral do autismo.
 
“Para elaborar novos tratamentos, necessitamos ter um bom entendimento de como se produz a doença em sua origem” e para isso a genética “é um caminho fundamental”.
 
A equipe liderada por Chakravarti trabalha na atualidade para encontrar as funções de outros três genes que podem estar associados ao autismo.
 
EFE Saúde

Conheça o alho negro, saudável e sem odor

Foto: shutterstock / Divulgação
Estudos comprovaram que o alimento é rico em propriedades nutricionais importantes para o combate a determinadas doenças
 
Alho sem cheiro e gosto de alho. Ficção? Nada disso. O alho negro, ainda pouco conhecido no Brasil, põe fim ao odor e sabor fortes que caracterizam o produto, motivos pelos quais muitas pessoas se recusam a consumi-lo.
 
O alho negro surgiu na Ásia – japoneses e coreanos disputam sua paternidade – e é resultado de um processo de fermentação do alimento. Fernando Kondo, engenheiro agrônomo e produtor do Alho Negro do Sítio, com sede no interior de São Paulo, explica que o tempero é colhido uma vez por ano.
 
– O alho é levado para uma estufa, onde é submetido a uma temperatura de 65°C e a um controle de umidade. Esse processo faz com que o cheiro e o gosto fortes desapareçam, dando lugar a um aroma suave e sabor adocicado – relata Fernando.
 
Além de ser mais suave que o alho comum, alguns estudos já comprovaram que o alimento é rico em propriedades nutricionais importantes para o combate a determinadas doenças. De acordo com estudos publicados pelas universidades de Cansai e Showa, do Japão, o nível de antioxidantes – que combatem os radicais livres do organismo – chega a ser 10 vezes maior em relação ao alho comum.
 
Uma publicação de março de 2014 do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos mostrou que o alho negro foi capaz de inibir a proliferação de células malignas em casos de câncer do cólon.
 
Para consumir sem nenhuma restrição
Em outro estudo realizado no Japão, os pesquisadores concluíram que o alimento é capaz de retardar o envelhecimento, combater o colesterol ruim e problemas cardíacos como a arteriosclerose, prevenir diabetes, combater prisão de ventre e gripes, reduzir dores de estômago, insônia e melhorar a circulação sanguínea.
 
– Não existe restrição ao alho negro. Sob o ponto de vista nutricional, as pessoas podem consumi-lo regularmente – declara Luísa Rihl Castro, professora do curso de nutrição da PUCRS.
 
Apesar de trazer tantos benefícios à saúde, o alho negro ainda é um produto pouco acessível. Por ser produzido em pequena escala no país – segundo Fernando Kondo, são aproximadamente cinco produtores – encontrá-lo no mercado pode ser uma tarefa difícil.

Zero Hora

Como controlar colesterol e triglicérides sem remédios

Aumentar o consumo de vegetais é fundamental para combater
 o colesterol alto
Em muitos casos, uma dieta saudável basta para manter os dois em níveis seguros
 
Apesar de serem vistos como vilões, o colesterol e os triglicérides são dois tipos de gorduras essenciais para o organismo.
 
O primeiro é necessário para a produção de novas células, sais biliares, vitamina D e de hormônios esteróides – como testosterona e progesterona. Já o segundo tem como principal função regular a reserva de energia.
 
O problema é que em excesso ambos trazem prejuízos à saúde.
 
De acordo com a nutricionista Joana Lucyk, da Clínica Saúde Ativa, de Brasília (DF), a primeira medida para barrar a evolução dessa dupla é modificar a dieta. “Essa é a forma preferencial de tratamento”, afirma.
 
A psicopedagoga Márcia Cristina da Silva Neves Luciano, 42 anos, de São Paulo, SP, é uma das que conseguiu reduzir as taxas de colesterol e triglicérides, que estavam no limite, só com a mudança de hábitos. “Optei por não tomar remédios. Por isso, passei a controlar a dieta fazer exercícios, como caminhada e Pilates”, diz.
 
Um dos principais desafios enfrentados por Márcia foi diminuir o consumo de massas – ela é fã confessa de pãezinhos e bolos. Para tornar o pecado mais saudável, ela trocou o pão francês tradicional por um feito com farinha integral e aveia. Nos pratos preparados em casa, também substituiu a farinha de trigo por sua versão integral. Com a ajuda de uma nutricionista ensinou a substituir o óleo de soja pelo azeite nas preparações, assim como a aumentar o consumo de frutas e legumes.
 
O café-da-manhã, que antes era feito às pressas, hoje é um momento sagrado para Márcia. “Aprendi que preciso fazer essa refeição em casa, tranquilamente. Assim não ataco a cesta de pães e as guloseimas servidas no trabalho pela manhã”, observa. Com esses pequenos ajustes, a psicopedagoga conseguiu, em aproximadamente 90 dias, fazer os índices de colesterol e triglicérides voltarem ao normal. Para seguir seu exemplo, aprenda mais sobre as duas substâncias e descubra quais alimentos são aliados na empreitada.
 
Colesterol
Enquanto uma parte dessa gordura é produzida pelo fígado, a outra chega por meio da alimentação. No sangue, ela circula ligada a proteínas, formando partículas – as que mais se destacam são a LDL e HDL. “A principal diferença entre elas é que a LDL carrega o colesterol para os tecidos do organismo, enquanto a HDL o despacha para o fígado, onde acontece sua eliminação sobre a forma de sais biliares”, conta a nutricionista Fernanda Serpa, membro da diretoria do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional (CBNF).
 
É daí que vem a má fama da LDL: quando aparece em grandes quantidades, ele contribui para a formação de placas de gordura (ateromas). Essas, por sua vez, podem obstruir a circulação de um órgão importante, como o coração, levando a eventos como o infarto. Segundo Joana, há casos em que a genética do paciente leva a desequilíbrios nos níveis de colesterol. Nos outros, a alimentação costuma ser o grande gatilho para o surgimento do problema.
 
Portanto, para não ter surpresas desagradáveis ao se submeter ao exame de sangue (que deve ser realizado anualmente), é bom ficar de olho naquilo que coloca no prato. Alimentos de origem animal, por exemplo, são campeões em colesterol. Por outro lado, há aqueles que são verdadeiros aliados, pois ajudam a reduzir as taxas dessa substância no sangue. Veja as orientações:
 
Carnes e embutidos pedem consumo moderado
Não exagere em...
 
Carnes, especialmente as gordurosas, vísceras (fígado, miolo, miúdos), embutidos, peles de aves e asa de frango

Laticínios (leite integral, queijos amarelos, creme de leite, molhos gordurosos)

Frutos do mar (camarão, lula, etc.)

Manteiga (bolos prontos, tortas, massa folheada, biscoitos amanteigados)

Banha de porco


Sorvete, biscoitos recheados, leite condensado, chocolate (o branco é o pior) fast food e salgados (principalmente os folheados)
 
Inclua na dieta
 
Aveia: ela contém uma fibra que auxilia na redução do colesterol LDL. Segundo a diretora da Nutconsult, estudos demonstraram que pacientes que consumiam 3 gramas dessa fibra conseguiram uma redução de 8 a 23% no colesterol total. Para consumir esse valor, é preciso comer cerca de duas colheres de sopa cheias de farelo de aveia. “É no farelo que encontramos a maior concentração dessa fibra”, explica Fernanda.
 
 
Soja: a agência reguladora de alimentos e medicamentos FDA (Food and Drug Administration) sugere o consumo de 25 gramas de proteína de soja ao dia para evitar o aparecimento de doenças do coração, já que auxilia na redução dos níveis de LDL e colesterol total.
 
Fitoesteróis: essas substâncias são encontradas nos vegetais (como semente de girassol) e também barram a absorção de gordura da dieta, o que favorece a redução do colesterol. “É preciso consumir 1,6 gramas de fitoesteróis diariamente para observar uma diminuição de 8 a 15% nas taxas de colesterol”, informa Fernanda. Como eles não são tão abundantes assim nos vegetais, a indústria alimentícia decidiu isolá-los. Sendo assim, podem ser encontrados em produtos como margarinas e iogurtes.
 
Antioxidantes: eles (e aqui se destacam os flavonóides) podem inibir a oxidação das partículas LDL, diminuindo seu poder de obstrução de vasos sanguíneos. Os flavonóides são encontrados principalmente em vegetais verde-escuros, frutas (como cereja, amora, uva, morango, jabuticaba e maçã), grãos (linhaça, soja, etc), sementes, castanhas, condimentos e ervas (cúrcuma, orégano, cravo e alecrim) e também em bebidas, como vinho, suco de uva e chás.
 
Triglicérides
A nutricionista de Brasília comenta que o consumo elevado de carboidratos simples e refinados e bebidas alcoólicas pode fazer as taxas de triglicérides irem às alturas. Quando isso acontece, além de complicações cardiovasculares e diabetes, a pessoa fica mais sujeita a desenvolver pancreatite e sofrer redução dos níveis de HDL, aquela partícula considerada benéfica por facilitar a eliminação do colesterol pelo organismo.
 
A boa notícia é que ao adotar uma dieta uma dieta equilibrada, os efeitos positivos sobre os níveis de triglicérides não demoram a aparecer. “A resposta à modificação alimentar é muito mais rápida e fácil nesses casos do que naqueles de colesterol elevado”, compara Fernanda Serpa.
 
Aprenda como montar o cardápio:
 
• Não exagere no açúcar: dependendo do caso, vale substituí-lo por adoçantes
 
• Limite a quantidade de carboidratos: não consuma em uma mesma refeição arroz, macarrão, batata e farofa. “Opte por apenas uma fonte de carboidrato e, se possível, em sua versão integral”, sugere a diretora da Nutconsult, do Rio de Janeiro.
 
• Controle a ingestão de doces em geral, como refrigerantes, sucos em caixa já adoçados, sobremesas, balas, etc.
 
Inclua na dieta
 
Alimentos ricos em ômega 3
Fernanda conta que essa substância auxilia no controle e redução dos triglicérides e, por isso, deve fazer parte da alimentação. Para obtê-la, basta apostar em peixes, como cavala, sardinha, salmão, atum, bacalhau e arenque.
 
A recomendação, segundo a nutricionista, é de 180 gramas do alimento durante a semana. “Pode-se optar também por cápsulas contendo óleo de peixe. Mas, nesse caso, é importante procurar por um nutricionista ou médico para prescrição do suplemento”, observa.
 
Mão na massa
Muitas pessoas têm dúvidas de como incluir os alimentos citados no dia-a-dia. Por isso, Fernanda Serpa, diretora da Nutconsult Consultoria Nutricional, preparou algumas dicas práticas.
 
Prefira o farelo de aveia, pois é nele que está concentrada a maior parte da fibra solúvel responsável pelos efeitos redutores da absorção da gordura da dieta. A dose? Duas colheres de sopa ao dia podem ser usadas em cima de frutas (como a banana picada), da salada de frutas ou com feijão (substituindo a farinha). Outra alternativa é misturar o farelo a vitaminas.

A soja pode ser utilizada como proteína texturizada de soja (PTS). Assim, é possível usá-la no lugar da carne moída, depois de hidratada e refogada, ou em conjunto com a carne bovina para fazer a carne moída.
 
A quantidade de peixe recomendada é de 180 gramas por semana, o que corresponde a três porções pequenas ou duas porções grandes de peixe (sardinha, anchova, arenque, salmão, atum, etc).
 
Os fitosteróis são encontrados em margarinas e iogurtes enriquecidos. Nesses casos, a recomendação é de 20 gramas de margarina (1 colher de sopa) ou um pote de iogurte.
 
Os antioxidantes devem ser adquiridos por meio do consumo de quatro frutas ao dia e de vegetais e legumes no almoço e jantar (várias cores para adquirir diferentes fitoquímicos). Além disso, vale apostar em chá verde, suco de uva integral e farelo de linhaça.
 
iG