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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Cientistas brasileiros sugerem usar o açafrão contra o mosquito da dengue

Açafrão (Foto: Leon Botão/G1)
Condimento misturado à água eliminou larvas em experimento realizado. Propriedades fotodinâmicas naturais induzem reações tóxicas no mosquito
 
O corante extraído da raiz da cúrcuma, também conhecida como açafrão da Índia, pode ajudar a eliminar as larvas do mosquito transmissor da dengue, Aedes Aegypti, nos criadouros, concluiu uma pesquisa conduzida por cientistas brasileiros.
 
Os pesquisadores descobriram que o extrato possui propriedades fotodinâmicas naturais capazes de elevar a vulnerabilidade das larvas à luz e eliminá-las.
 
A investigação foi divulgada nesta semana pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), entidade pública que financiou o projeto.
 
O composto extraído da cúrcuma (Curcuma longa L.) foi testado com sucesso para eliminar as larvas do Aedes Aegypti em um experimento em São Carlos (SP) pelos especialistas do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (Cenop).
 
"A curcumina, uma das substâncias que conferem a cor alaranjada ao açafrão da Índia, possui propriedades fotodinâmicas naturais que permitem que, com a exposição à luz, induzam a produção de espécies reativas de oxigênio, que são altamente tóxicas", explicou Vanderlei Bagnato, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do projeto.
 
Larvas sensíveis
O especialista explicou que as larvas do mosquito são muito sensíveis aos efeitos fotodinâmicos e que o corante se acumula no intestino do inseto após ser ingerido com a água onde o mosquito se reproduz. Quando a substância é ativada pela luz, induz à produção de moléculas que prejudicam de forma fatal os tecidos do aparelho digestivo dos mosquitos.
 
Os pesquisadores também avaliam com a empresa PDT Pharma a eficácia do corante de curcumina no combate aos fungos que provocam micoses de unha, descontaminação bucal e tratamento de úlceras venosas.
 
Os experimentos para provar a eficácia do extrato no combate à dengue até agora se limitaram ao laboratório. No entanto, o que já foi feito comprovou o efeito do tratamento fotodinâmico com o uso de luz solar, com o uso da luz branca comum e com luzes LED.
 
Luz solar contra o mosquito
A exposição à luz solar se mostrou até o momento a mais eficaz para o tratamento, já que 100% das larvas criadas em água com corante morreram ao serem expostas por duas horas ou mais à luz solar quando havia 15 microgramas de açafrão para cada mililitro de água.
 
O objetivo dos pesquisadores é determinar qual é a melhor concentração do extrato para o tratamento e se seu uso não tem impactos ambientais.
 
Até agora já foi comprovado que a exposição à luz solar por 24 horas degrada completamente o corante em derivados menores, cuja toxicidade ainda está sendo analisada, para garantir efeitos ambientais mínimos.
 
"Antes de levar a pesquisa para os criadouros naturais precisamos ter total certeza de que as substâncias resultantes da fragmentação fotoquímica são inofensivas a outros seres vivos, como algas, peixes, animais domésticos e humanos", segundo o pesquisador.
 
O açafrão de raiz ou açafrão da Índia é uma espécie amplamente utilizada na gastronomia do Oriente Médio e do Sul da Ásia, onde também a especiaria é conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias.
 
G1

Aprovado nos EUA medicamento genérico para esclerose múltipla

A gigante farmacêutica suíça Novartis anunciou nesta quinta-feira que a Sandoz, subsidiária dedicada a medicamentos genéricos, obteve o sinal verde das autoridades de saúde dos Estados Unidos para uma versão genérica de um tratamento para a esclerose múltipla
 
A agência norte-americana que regula os medicamentos (Food and Drug Administration, a FDA) aprovou um medicamento da Sandoz chamado Glatopa, uma versão genérica do Copaxone 20 mg, um tratamento desenvolvido pelo grupo israelense Teva, afirmou a Novartis em comunicado.
 
O Glatopa, desenvolvido com a empresa de biotecnologia norte-americana Momenta, é a primeira versão genérica deste tratamento aprovada para formas reincidentes de esclerose múltipla.
 
"A Sandoz, com Momenta, se orgulha de ser a primeira empresa a receber aprovação da FDA para uma versão genérica substituível deste tratamento importante", disse Peter Goldschmidt, presidente da Sandoz EUA, em comunicado.
 
A esclerose múltipla é uma doença debilitante que afeta cerca de meio milhão de pessoas nos Estados Unidos, segundo a Novartis.
 
O Copaxone é o carro-chefe grupo israelense Teva, responsável sozinho por cerca de um quinto de sua receita.
 
O grupo israelense, conhecido como líder mundial em medicamentos genéricos, não poupou esforços para proteger a droga, centro de uma disputa legal com a Sandoz sobre a qual o Supremo Tribunal Federal dos Estados Unidos se pronunciou em janeiro.
 
Na Bolsa de Nova York, onde o grupo israelense é cotado, o título caiu 3,76%, a 63,49 dólares.
 
"A Teva reconheceu há algum tempo que uma versão genérica do nosso Copaxone 20 mg/mL poderia entrar no mercado e nós já trabalhávamos com isso", informou um porta-voz, procurado pela AFP.
 
O grupo lançou uma versão em 40mg, dizendo-se satisfeito com a aplicação e adoção pelos médicos.
 
AFP /UOL

Exames estão acabando com a medicina, reclamam médicos

Edson Lopes Jr./Divulgação
Mulher se submete a exame de mamografia em São Paulo, em foto de 2014
Outro dia, passei a tarde toda fazendo uma lista enorme de pedidos de exames; muito mais do que imaginei que os pacientes precisassem

Agora é isso que nós médicos fazemos no trabalho. As diretrizes exigem os exames, os pacientes esperam ser examinados; resultados anormais exigem mais medicamentos, e os medicamentos obrigam o paciente a fazer mais exames.

O resultado do dia: cinco horas, 14 pacientes razoavelmente saudáveis, 299 exames diferentes de exames funcionais e de sangue, três tomografias e um punhado de indicações a especialistas para a realização de ainda mais exames.

Os professores reclamam que a educação primária corre o risco de se transformar em um processo de educar para os exames. Eles protestam à medida que o conteúdo dos exames padronizados determina cada vez mais os conteúdos de sala de aula, fazendo com que o resultado desses exames seja usado para medir seu desempenho.

Nós entendemos sua dor: a medicina voltada para os exames é desalentadora.

Alguns exames médicos, como o de pressão sanguínea, são baratos e simples. Outros são caros e mais complicados, como mamografias e testes de várias moléculas do sangue que estão ligadas a uma série de doenças. Fazemos todos esses exames a intervalos regulares e, se deixamos de pedir algum, seja por acidente ou por escolha, os prontuários médicos eletrônicos nos cutucam impiedosamente a ponto de nos fazer desistir.

Como na educação, nosso comportamento voltado para os exames e seus resultados define cada vez mais nosso desempenho e, em um futuro próximo, é provável que nossa remuneração também dependa disso. Ainda assim, como todos os sistemas de controle de qualidade baseados em testes e exames, o nosso pode ser adulterado. Nossos exames também podem causar danos psicológicos desnecessários, além de danos físicos de tempos em tempos.

O mais preocupante é que pedir exames, procurar e interpretar os resultados e lidar com o ciclo infinito de exames repetidos para confirmar e esclarecer os resultados acaba por tomar boa parte do nosso tempo.

Tudo isso em nome de um tratamento igualitário e de boa qualidade, o que seria ótimo. Porém, quando você chega aos 50 anos de idade e eu não consigo convencer meus pacientes a fazerem colonoscopias ou mamografias indesejadas, isso significa que eu sou uma médica ruim? Se você chega aos 85 anos e eu consigo convencê-lo a tomar remédios para controlar a pressão, isso me torna uma médica boa?

Eu não sou a única que faz esse tipo de pergunta.

Uma equipe da Faculdade de Medicina de Dartmouth se especializou na análise crítica de nossa abordagem baseada em testes para ajudar a melhorar o tratamento dos adultos. Se você não tem certeza se deve fazer a mamografia, a colonoscopia ou o exame de toque para o câncer de próstata, esses caras são alguns dos culpados: eles demonstraram em diversas ocasiões que esses e muitos outros exames não melhoram a saúde de uma pessoa saudável, assim como as provas padronizadas nas escolas não melhoram a capacidade intelectual das crianças.

O Dr. H. Gilbert Welch, médico de Vermont que faz parte do grupo da Faculdade de Medicina de Dartmouth, acaba de publicar um livro que pode se tornar uma espécie de bíblia apara os médicos que não acreditam em tantos exames. O título do livro, "Less Medicine, More Health" (Menos medicina, mais saúde, em tradução literal), resume seu discurso: uma crítica pontual aos tratamentos médicos baseados em exames e no controle de qualidade.

Na medicina, "é muito difícil mensurar a qualidade real", afirmou Welch. "O que é fácil mensurar são quantas coisas os médicos estão fazendo". Fazer pedidos de exames constantes só gera dados. Por outro lado, deixar os pacientes saudáveis em paz não gera nada de tangível; nenhum número, nenhum dinheiro que possa ser avaliado ao longo do tempo.

Welch destaca que médicos se tornam médicos porque sabem fazer provas e exames, o que significa que sabem como se comportar em um universo voltado para os exames. Se eles forem avaliados pelo número de exames que pedem para os pacientes, os médicos vão pedir muitos exames, até mais do que as diretrizes sugerem.

Eles vão ter bons resultados na avaliação de qualidade, mas os pacientes podem não se sair tão bem. Até mesmo os exames mais seguros e incapazes de causar danos podem, dependendo das circunstâncias, levar a uma catástrofe.
Sim, estou falando de tirar a pressão ali na esquina. A ligação entre pressão sanguínea alta e uma série de doenças é inegável, e os medicamentos utilizados para controlar a pressão estão entre os mais baratos e seguros do mercado.

Ainda assim, conforme Welch destacou durante uma conversa recente, os sistemas que avaliam os médicos de acordo com a forma como a pressão sanguínea de seus pacientes é controlada quase sempre causam problemas. Médicos que são premiados por realizar muitos tratamentos provavelmente vão continuar a fazer isso, mesmo quando os benefícios começam a dar lugar aos danos.

É isso que parece acontecer com os idosos; pelo menos entre aqueles que evitam as complicações da pressão alta e não deixam de tomar seus remédios. Um estudo recente revelou que os pacientes de um asilo que tomavam dois ou mais medicamentos para controlar a pressão sanguínea obtinham resultados consideravelmente piores, com índices de mortalidade duas vezes maiores que o de seus colegas que não tomavam os medicamentos. Outro estudo envolvendo pacientes com demência que tomavam corretamente seus remédios para a pressão sanguínea, revelou que suas mentes se deterioravam muito mais rapidamente.

Ainda assim, nenhum sistema de controle de qualidade que eu conheça aprova o médico por tirar os medicamentos de um paciente idoso e fragilizado. Pelo menos não por enquanto. Quem sabe no futuro, não pedir exames e não prescrever remédios serão marcas tão claras de um bom tratamento médico, como o excesso de pedidos é hoje.

As crianças vão à escola para estudar, mas por que os adultos vão ao médico? Se estiverem doentes, eles querem melhorar. Porém, no caso de pacientes felizes e saudáveis, sejamos honestos: ainda não entendemos o que você está fazendo na sala de espera. E, por isso, oferecemos uma lista interminável de exames em troca.

The New York Times / UOL

Por que ainda não existe a pílula anticoncepcional masculina?

Empresa indiana fez pesquisas com contraceptivo para homens, mas especialista diz que dificilmente produto seria em forma de pílula
 
Desde a década de 1960, com a popularização da pílula anticoncepcional, em plena revolução feminista, as mulheres ganharam mais liberdade sexual. Mais de 50 anos depois, a discussão é outra: essa responsabilidade é só da mulher? Quando vai surgir a "pílula masculina"?
 
O médico Fernando Lorenzini, do Departamento de Reprodução Humana da Sociedade Brasileira de Urologia, explica que o funcionamento do sistema reprodutor masculino é completamente diferente do feminino, e uma comparação entre os dois não faz muito sentido – portanto, falar em "pílula masculina" é difícil:
 
– Uma pílula, ou qualquer tratamento via oral para homens, é muito improvável, porque os testículos produzem uma quantidade enorme de espermatozoides por dia. Portanto, zerar essa produção implica num tratamento muito rigoroso e com muitos efeitos colaterais indesejados. Na mulher, o bloqueio hormonal é diferente, mais simples – explica.
 
Quando se fala em anticoncepcional, o que vem à cabeça é a pílula, mas métodos anticoncepcionais existem muitos: camisinha, vasectomia e coito interrompido, para ficar só nos exclusivamente masculinos, são métodos difundidos para evitar a concepção. Mas, por enquanto, remédios que não permitam a produção de espermatozoides ainda não existem.
 
No entanto, há empresas ao redor do mundo que fazem pesquisas nesse sentido. A mais famosa delas é a Parsemus, uma fundação norte-americana sem fins lucrativos, que desenvolveu a Vasalgel, uma injeção que filtra o esperma na região dos testículos. A atuação da injeção no organismo seria através de polímeros que preenchem os canais deferentes, não permitindo que o esperma circule. Diferente de outros métodos, esse pode ser revertido com uma outra injeção, que libera os canais. A previsão é que o Vasalgel chegue ao mercado em 2017, mas o produto ainda está em fase de estudos – e os últimos resultados divulgados são de testes realizados há mais de 10 anos, de acordo com o Motherboard.
 
– É possível que uma injeção de longa ação, que tem a duração de três a seis meses, possa ser preferível para alguns homens e para os seus parceiros no longo prazo. Este tipo de contraceptivo hormonal masculino também está em desenvolvimento e os resultados desses tipos de injetáveis de ação longa parece muito promissor – disse a professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, Stephanie Page, em entrevista a ZH no final do ano passado.
 
Seja em 2017 ou num futuro mais distante, o medicamento contraceptivo masculino deve encarar o problema de uma maneira diferente da pílula feminina, já que anular a produção de espermatozoide requer um tratamento muito intenso. Enquanto isso, médicos recomendam diferentes tipos de métodos para evitar a gravidez:
 
– Depende de cada pessoa. Se o homem não deseja mais ter filhos, é possível fazer a vasectomia, que tem um pequeno índice de falha, e um índice de reversão que vai de 30% a 80%. Há a camisinha, que também é muito efetiva. O coito interrompido não é uma forma recomendada – avalia Lorenzini, citando as possíveis alternativas para contracepção masculina.
 
Zero Hora

HPV anal: tratamento envolve pomadas e cirurgia

Vírus HPV
Entenda a diferença deste para o acometimento genital e quais os cuidados

Por: Dr. João Ricardo Duda Coloproctologista - CRM 22961/PR
 
O Papiloma Vírus Humano (HPV) anal se manifesta por verrugas que acometem a região perianal, canal anal e região urogenital. A transmissão se dá por contato direto, seja por sexo oral, vaginal ou anal. Pode haver transmissão apenas por contato manual na região anal. A transmissibilidade é consideravelmente maior quando da presença das verrugas. Porém, há indivíduos com lesões subclínicas, as quais não são visíveis a olho nu, que também podem transmitir o vírus numa taxa de 25%. Compartilhamento de toalhas ou roupas íntimas podem também transmitir, porém, numa taxa infinitamente menor.
 
Além disso, o HPV vaginal ou peniano pode se tornar uma contaminação anal. A simples manipulação manual e com objetos podem "carregar" as lesões da região genital para a região anal, e vice-versa. Além disso, durante as relações sexuais há contato com secreções, objetos e mãos, podendo produzir esse tipo de transmissão.       
 
Na maioria das vezes, o sistema imune consegue combater de maneira eficiente esta infecção alcançando a cura, com eliminação completa do vírus, principalmente entre as pessoas mais jovens. Porém, quando há presença das verrugas, deve-se lançar mão dos tratamentos tópicos e cirúrgico o mais breve possível, bem como voltar a buscar terapêutica logo que se observe qualquer recidiva. Deve-se acompanhar o paciente com consultas e exames periódicos até se ter certeza que o tratamento foi efetivo e não há mais verrugas.                           
 
O tratamento do HPV anal não é diferente daquele aplicado nas outras regiões íntimas quando há apenas o acometimento da margem anal (região perianal). Quando as lesões acometem o canal anal e o reto distal, a preferência é pelo tratamento cirúrgico com remoção e eletrocoagulação das lesões de maneira direcionada e criteriosa, a fim de não se produzir estenose (estreitamento) anal, bem como para reduzir o índice de recidivas.
 
Nos casos de acometimento apenas da região perianal (margem anal) há inúmeros tratamentos, como a aplicação local de podofilina e do ácido tricloroacético, cremes imunomoduladores (Imiquimode, Cidofovir), injeção local de interferon alfa, crioterapia, laser e eletrocoagulação. Quando há o acometimento do canal anal e reto distal tenho preferência pelo tratamento cirúrgico com o eletrocautério, método mais utilizado pela maioria dos coloproctologistas.
  • Podofilina e ácido tricloroacético: agentes químicos aplicados sobre as verrugas. Apenas para a área externa. Alto índice de recidiva
  • Imunoterapia: a injeção intra-lesional do interfenon-alfa. Possui baixa taxa de recidivas, mas tem alto custo
  • Crioterapia: provoca dor e costuma necessitar anestesia. Alta taxa de recidivas e pouca efetividade no canal anal
  • Laser: além de mais caro, não ha nenhum estudo consistente que demonstre ser mais efetivo que a eletrocoagulação
  • Eletrocoagulação e Excisão Cirúrgica: consiste no tratamento padrão ouro para as lesões do canal anal (internas). Necessária anestesia local com sedação ou anestesia loco-regional (raquianestesia). Apresenta a menor taxa de recidivas.
 
Após o tratamento, é necessário adotar algumas medidas para que o HPV não retorne. Deve-se obrigatoriamente examinar o parceiro sexual, a fim de tratar eventuais lesões e evitar retransmissão.
 
O uso do preservativo (camisinha) pode não evitar a transmissão, pois pode haver verrugas na bolsa escrotal, vulva, boca e pubis. Os exames periódicos pelo coloproctologista ajudam a detectar recidivas precoces. Apesar de muito menos frequente que no colo uterino, o HPV também pode causar câncer do ânus.
 
Há especulações de que o uso de imunomoduladores tópicos (Imiquimode) após o tratamento cirúrgico possa contribuir para se evitar as recorrências, porém, sem ainda evidência científica. O mesmo ocorre com a vacina, atualmente indicada com maior grau de evidência apenas para aqueles que ainda não entraram em contato com o HPV.
 
Minha Vida

Doenças Respiratórias Crônicas: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade com repercussões sistêmicas, prevenível e tratável, caracterizada por limitação do fluxo aéreo pulmonar, parcialmente reversível e geralmente progressiva. O tabagismo é responsável por 80 a 90% das causas determináveis da DPOC
 
A limitação é causada por um estreitamento dos pequenos brônquios, devido tanto pelo engrossamento das paredes quanto pela presença de secreção dentro dos brônquios (o que define o quadro de bronquite crônica). Além disso, há uma progressiva destruição do tecido pulmonar, que normalmente se parece como uma esponja densa e que, com a doença, se torna cada vez mais perfurado e aerado (quadro descrito como enfisema pulmonar). Estas duas alterações estão presentes em maior ou menor grau, variando de caso para caso.
 
A DOPC é suspeitada quando o indivíduo apresenta um quadro de tosse crônica e dispneia (“cansaço”), especialmente quando ele apresenta fatores de risco, como história de tabagismo. O diagnóstico é confirmado por exames que avaliam o fluxo de ar no pulmão.
 
Além do tabagismo, a poluição domiciliar, como fumaça de lenha e querosene, exposição a poeiras e produtos químicos, doenças genéticas, infecções respiratórias recorrentes e desnutrição na infância são fatores de risco para o desenvolvimento de DPOC.
 
A gravidade da doença pode ser avaliada quanto ao grau de obstrução ao fluxo respiratório ou quanto à intensidade dos sintomas que o indivíduo apresenta. O grau de obstrução ao fluxo aéreo é definido por exames específicos, enquanto a intensidade dos sintomas do indivíduo é avaliada pela falta de ar e diminuição de capacidade para a realização das atividades diárias segundo a tabela abaixo.
Índice de Dispneia MRC:


Fonte: Medical Research Council Dyspnea Index (Fletcher CM, Elmes PC, Fairbairn AS, Wood CH. The significance of respiratory symptoms and the diagnosis of chronic bronchitis in a working population. Br Med J. 1959;2(5147):257–266.)
 
O tratamento depende do grau de obstrução e da sintomatologia do indivíduo. Entretanto, para todas as pessoas com DPOC é fortemente recomendado:


• controle das causas da doença (especialmente parar de fumar),

• orientação adequada ao indivíduo sobre as características da doença e dos tratamentos indicados (incluindo o uso de broncodilatadores sempre que necessário) e

• vacinação segundo esquema específico recomendado a estes pacientes.
 
Com o tratamento realizado de forma adequada, o paciente tem mais chances de aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida, prevenir a progressão da doença, melhorar a tolerância a exercícios, prevenir e tratar exacerbações e reduzir a mortalidade.
 
Como até 90% dos casos de DPOC ocorrem em função do tabagismo, a medida preventiva e terapêutica isolada mais eficaz e de melhor custo-efetividade é a cessação do hábito de fumar. O controle da exposição à fumaça do tabaco, poeiras, poluentes domiciliares e ambientais são também metas importantes, tanto para prevenção do DPOC, quanto para diminuição da progressão de quadros já instalados.
 
Atividades físicas
Pessoas que tenham a DPOC devem realizar exercícios físicos regulares concomitantes com o tratamento farmacológico indicado pelo profissional de saúde. Todos os pacientes com DPOC devem ser encorajados a manter atividade física regular e um estilo de vida saudável.
 
Aqueles que têm dificuldade em manter uma atividade física por dispneia (falta de ar), apesar da otimização do tratamento medicamentoso, deve buscar o programa supervisionado de reabilitação, que compreende a realização de exercícios, apoio psicossocial, abordagem nutricional, educação sobre a doença e oxigenoterapia quando necessário. Os profissionais de saúde da Equipe Saúde de Família (ESF) e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) devem ser consultados para orientação quanto a forma correta de se realizar os exercícios.
 
Além das atividades físicas, a alimentação também é parte importante do tratamento. Cerca de 20 a 30% dos pacientes com DPOC têm peso abaixo do normal e 30 a 40% deles têm peso acima do normal. Ambas as situações podem ser prejudiciais para o paciente. A equipe ESF pode auxiliar a pessoa com dificuldades no controle do peso e, quando necessário, encaminhá-la ao nutricionista do NASF para acompanhamento.
 
Em caso de dúvidas, procure a sua Unidade Básica de Saúde. O diagnóstico correto e o tratamento adequado pela equipe de saúde são pontos cruciais para o controle dos sintomas. E lembre-se: parar de fumar é melhor ação para tratar e prevenir o DPOC. O tratamento para cessação do tabagismo está também disponível nas Unidades Básicas de Saúde. Cuide de você!
 

Saiba por que carne com gordura faz mal para a saúde

O garçom Alan Almeida adora comer carne vermelha gordurosa. Ele acredita que quanto mais gordura a carne tiver, mais saborosa a carne vai ficar
 
“Eu prefiro gorda, geralmente, se for churrasco mesmo, eu prefiro gorda, agora um bife eu como sem gordura. Acho que como churrasco umas três vezes no mês, sei que com a gordura faz mal, mas gosto de churrasco bem gordinho porque geralmente o churrasco que a gente faz é bem gordinho, na família todo mundo gosta de uma gordurinha no churrasco porque a carne fica mais saborosa, é melhor, pelo menos eu acho.”
 
De acordo com a diretora de Vigilância e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, o Alan está correndo riscos consumindo carne vermelha com excesso de gordura.“Além de predispor à obesidade, ao excesso de peso, todas as evidências apontam que o uso de carnes, exatamente, carne com gordura traz riscos à saúde, especialmente, em relação às doenças cardiovasculares, em relação ao diabetes e vários tipos de câncer.”
 
Dados da pesquisa Vigitel 2014, Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico , revela que 29% da população brasileira ainda consome carne gordurosa. A diretora de Vigilância e Promoção da Saúde, Deborah Malta , recomenda que a gordura da carne não deve ser consumida pela população. “Você deve recortar e não ingerir a gordura aparente da carne e também em relação à pele do frango e de outros animais, essa pele deve ser descartada de preferência ainda no preparo.”

Para incentivar o consumo de alimentos saudáveis, o Ministério da Saúde publicou o Guia Alimentar para a População Brasileira e o livro Alimentos Regionais Brasileiros. Essas publicações incentivam o consumo de frutas , legumes e verduras e mostram que a base da alimentação deve ser feita com alimentos frescos e minimamente processados .
 
Agência Saúde

O preocupante cenário da obesidade infantil

Crédito: Malyshev OlegA máxima antiga que dizia que criança gordinha é criança saudável já não é mais uma verdade. Enquanto os índices mostram a redução da desnutrição no Brasil, o número de crianças acima do peso vem aumentando
 
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, o último material realizado pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Já o déficit de altura (importante indicador de desnutrição) caiu de 29,3% (1974-75) em para 7,2% (2008-09).
 
O quadro atual de excesso de peso em todo o país preocupa. Mais de 50% da população adulta que vive no Brasil está com excesso de peso, de acordo com a pesquisa Vigitel, Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, realizada pelo Ministério da Saúde em 2014.
 
Para combater esta preocupante situação, o SUS dispõe de grupos multidisciplinares para incentivar a mudanças de hábitos alimentares e, por consequência, a perda de peso. Confira a matéria do Blog da Saúde.

Voltado especificamente para as crianças, o município de Marília (SP) tem se destacado com o Centro de Atendimento à Obesidade Infantil de Marília (Caoim). A Drª Luciana Pfeifer, que integra a equipe do Caoim, conta sobre a gravidade da situação no município “Fizemos uma pesquisa em 2014 com 7.300 crianças de 6 a 10 anos e destas 31% estão obesas. Atribuímos isso principalmente pelo ambiente alimentar de altíssimo risco que as famílias vivem hoje. O consumo de alimentos ultraprocessados é muito alto e falta de entendimento da qualidade nutricional de cada coisa. Desta forma a criança com sobrepeso já tem mostrado inclusive alteração nos exames de sangue, como em relação ao perfil lipídico (colesterol, triglicerídios)”, explica.
 
A criança que cresce com sobrepeso e obesidade não tratada tem uma grande possibilidade de ser um adulto doente. A obesidade gera doenças associadas como hipertensão, diabetes e várias cardiopatias. “Atendo em média de 160 a 180 de crianças por semestre. Tenho exemplos de crianças que aos 10 anos eram cardiopatas e faziam uso de remédio para hipertensão e que depois do programa deixou o uso do medicamento. Você encontrar uma criança tão nova nesta situação é muito triste”, exemplifica Luciana.
 
Para contornar a situação e melhorar o futuro destas crianças, a equipe do Caiom estabelece um plano individual para cada uma. “Ela vem uma vez por semana sempre acompanhada de um maior responsável durante seis meses, pois não se muda os hábitos da criança sem mudar o da família. Quem faz a compra na casa, cozinha, oferece os alimentos para a criança é a própria família. Nós fazemos um plano de alimentação individualizado com objetivo da reeducação alimentar. Chamamos aqui de auto cuidado assistido. O foco não é apenas a perda de peso e a redução do IMC, pois ela é uma consequência da reeducação alimentar e da aquisição de novos hábitos para a qualidade de vida. Nos preocupamos muito com as taxas alteradas ainda na infância”, explica a Drª Luciana. Os resultados empolgam a equipe. Dos pacientes que completam os seis meses de atendimento, 50% têm resultados satisfatórios.
 
Quem tem criança em casa deve ficar atento não só à qualidade dos alimentos fornecidos, privilegiando alimentos in natura, como frutas, verduras e legumes, como com a quantidade de exercício feito por ela no dia a dia. Por exemplo, trocar uma ida ao shopping por um passeio no parque, incentivar atividades em grupo e brincadeiras como jogar bola e o famoso pique e pega e, acima de tudo, servir de exemplo para os pequenos. Afinal, se os pais não possuem hábitos saudáveis, a criança também não os terá.
 
Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde

SUS fornece tratamento para hemofílicos

Hoje é comemorado o Dia Mundial da Hemofilia (17 de abril). Atualmente, cerca de 12 mil pessoas convivem com esta condição genética no Brasil


A pessoa é dita hemofílica quando não produz um dos 13 fatores de coagulação sanguínea pelo corpo. Transmitida de forma hereditária e genética, a doença causa sangramentos e hemorragias constantes em seus portadores. Saiba mais na matéria do Blog da Saúde (http://www.blog.saude.gov.br/index.php/570-destaques/34850-hemofilia-conheca-mais-sobre-o-disturbio-genetico-que-afeta-a-coagulacao-do-sangue).
 
Os sintomas mais comuns são os sangramentos prolongados, sejam eles externos (em um corte) ou internos (dentro do corpo). Como a coagulação nessas pessoas é muito lenta, ocorre grande derramamento de sangue nessas regiões, o que provoca inchaço e dor.
 
A médica hematologista infantil Daniely Feitoza conta que o diagnóstico de coagulopatias (enfermidades do sangue) geralmente acontece ainda na infância. “Geralmente, nota-se ainda criança, já que ela começa a sangrar cedo. Dificilmente é diagnosticado na vida adulta, apenas em hemofílicos leves, o que pode acontecer entre os 10, 15 anos. A queixa aparece com algum tipo de sangramento, um corte que está sangrando muito, com um inchaço nas articulações ou até durante coletas de exames na própria maternidade, no umbigo que não parou de sangrar”, exemplifica. Mesmo sendo uma doença genética, nem sempre os pais têm ciência da possibilidade da hemofilia. “Às vezes, a própria família já desconfia por causa de casos próximos, mas em algumas situações é a primeira vez”.
 
Para atender a esse público, o SUS disponibiliza dois tipos de medicamentos. O fator VIII recombinante, inclusive, é considerado o que há de mais moderno no mundo para o tratamento da hemofilia tipo A por ser desenvolvido por meio de engenharia genética. Como sua produção é ilimitada, já que não depende do plasma humano, o medicamento possibilita a oferta do tratamento profilático (preventivo) para o distúrbio, antes praticamente restrito ao atendimento emergencial. “Desde que instituímos a profilaxia os avanços na qualidade de vida dos pacientes são muito significativos. Antes, o hemofílico adulto quase não tinha tratamento. Hoje, a criança recebe o fator específico para sua condição, leva para casa e aplica de acordo com a necessidade. Foi uma mudança muito grande. Agora, na medida do possível, os pacientes podem ter uma vida muito parecida com os dos colegas. Podem ir para escola, fazer exercícios físicos e, no futuro, namorar e trabalhar”, completa a médica.
 
Você sabia que mulheres também podem ser hemofílicas?
Por mais que a predominância da hemofilia seja masculina, mulheres também podem ser hemofílicas. “É muito mais raro, pois a coagulopatia é ligada ao cromossomo X. Como a mulher tem dois cromossomos x, ela precisa herdar os dois alterados, do pai e da mãe”, esclarece a hematologista.
 
Para uma mulher hemofílica pode haver algumas complicações com a menstruação e a gravidez. “No caso da mulher hemofílica, depende da gravidade do caso. Algumas pacientes conseguem menstruar normalmente e outras precisam interromper a menstruação com o uso de anticoncepcionais. Caso a mulher tenha o desejo de engravidar, é necessário fazer uma avaliação e um acompanhamento especial com o ginecologista. A hemofilia não interfere no funcionamento do aparelho reprodutor e o fator coagulante pode ser usado durante a gravidez e no parto, sem prejudicar o desenvolvimento do bebê”, finaliza.
 
Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde

Cientistas revelam o que acontece ao estalar os dedos

Estalar de dedos
Getty Images: Estudo revela que estalar os dedos pode indicar
a saúde das articulações
Ao descobrir o que provoca o som das juntas estalando, pesquisadores canadenses sugerem que, provavelmente, o ato não causa nenhum mal às articulações
 
Pode estalar os dedos sossegado. Provavelmente nenhum dano será feito às articulações e o som pode até indicar a saúde das juntas. A descoberta é de uma equipe de pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, que revelou pela primeira vez com método científico o que acontece quando estalamos as juntas. Passando os dedos de um participante do estudo por uma máquina de resssonância magnética, o grupo descobriu que é a criação de uma "bolha" na substância que lubrifica as articulações que causa o barulho - e não o atrito entre os ossos. O estudo foi publicado nesta quarta-feira na revista Plos One.
 
"É como a criação de um vácuo", explica Greg Kawchuk, professor do departamento de fisioterapia da Universidade e líder do estudo. "Uma vez que as superfícies das articulações se separam rapidamente, não há mais fluido disponível para preencher o volume crescente do conjunto, uma cavidade é criada, e esse evento é o que está associado ao som."
 
Vácuo
Para saber como as juntas estalam, os cientistas inseriram os dedos - um de cada vez - em um tubo conectado a um cabo e o puxaram devagar até a junta estalar. Foram feitas imagens de todas as etapas e de todos os dedos. "Ao fazer isso, foi possível ver claramente o que realmente acontece dentro das juntas" explica Kawchuk.
 
As ressonâncias mostraram que a separação das articulações causou a rápida criação de uma cavidade de gás dentro do fluido sinovial - uma substancia que lubrifica as juntas. É a criação desse espaço vazio que provoca o barulho.
 
Não faz mal
"As pessoas não gostam do barulho do dedo sendo estalado porque acham que há algum dano sendo feito" comenta Richard Thompson, outro cientista envolvido no estudo. No entanto, de acordo com os pesquisadores, não há evidências de que o barulho signifique que algum mal está sendo feito ao corpo.
 
Essa pesquisa dá suporte científico a uma teoria dos anos 1940 que usou radiografias para afirmar que era a criação de uma "bolha" que fazia as juntas estalar. No entanto, um estudo dos anos 1970, também com raios X, questionou o achado, propondo que era o estouro da bolha na articulação que criava o barulho.
 
"Por que podemos estalar algumas articulações e outras não? Ainda está em aberto a questão se a habilidade de estalar os dedos pode estar relacionada à saúde das juntas e a incapacidade de fazer isso pode ser um sinal de problemas", comenta Kawchuck.
 
Os autores acreditam também que o experimento pode ajudar a descobrir problemas nas juntas antes de os sintomas aparecerem. Além disso, pode ajudar a revelar por que as articulações desenvolvem a artrite ou se machucam.
 
Veja

Seis maneiras de evitar a rinite alérgica

Alergia: tempo seco e poluição pioram as alergias respiratórias
Thinkstock/Veja: Rinite alérgica é a alergia mais comum
no mundo e já afeta 400 milhões de pessoas
Cerca de 40 milhões de brasileiros sofrem de rinite alérgica. Crises aumentam no outono e no inverno
 
A queda das temperaturas e o tempo seco, característicos do outono na maior parte do território brasileiro, são um convite às crises de rinite. Nessa estação, sai de casa com um lencinho no bolso um contingente de 40 milhões de brasileiros, o número de pessoas que sofrem de rinite alérgica, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai).
 
A rinite é uma reação imunológica causada pelo contato de agentes alérgenos com o revestimento do nariz. Em contato com esses alérgenos, a mucosa do nariz inflama e incha, em um processo acompanhado de sintomas como coceira, espirros, secreção nasal e entupimento do nariz. Há vários tipos de rinite. A vasomotora é uma reação a perfumes e poluição; a irritativa, causada pela poluição e comum em cidades industrais; a medicamentosa, desencadeada pelo mau uso dos medicamentos nasais. No Brasil e no mundo, a forma mais comum é a rinite alérgica, causada pela reação do sistema imunulógico a pó, bolor, pólen, ervas, árvores e animais, principalmente.
 
A rinite e o inverno
Alguns fatores explicam o aumento da incidência de crises de rinite no outono e no inverno. "No tempo frio, as pessoas ficam tempo mais em ambientes fechados, facilitando a contaminação. Além disso, roupas guardadas são tiradas do armário, trazendo cheiros fortes e mofo", diz o presidente da associação, o alergista José Carlos Perini. "As vias respiratórias gostam de ar quente, úmido e limpo. O ar frio e poluído e o tempo seco são uma grande agressão a elas", afirma Olavo Mion, professor de otorrinolaringologia da USP.
 
De acordo com Mion, muitas pessoas têm rinite e não sabem. "Os sintomas são confundidos com os do resfriado. Pessoas que ficam 'resfriadas' sempre geralmente têm rinite alérgica", diz. Crianças e adolescentes são os mais atingidos pelo problema. "Nos grandes centros urbanos do Brasil, de 26% a 30% dos jovens de 10 a 18 anos têm rinite", afirma Perini.
 
Tratamento e prevenção
Cada tipo de rinite tem um tratamento específico, por ser causado por um agente diferente. Soros nasais e remédios antialérgicos são os meios comuns para se livrar da doença. Um método eficaz e de longa duração usado atualmente é a imunoterapia. Trata-se de vacinas antialérgicas, que ajudam a tornar o sistema imune tolerante aos fatores desencadeantes das crises. A prevenção mais eficaz, no entanto, é evitar os agentes que causam a alergia.

Manter a casa ventilada e limpa
O desencadeador mais comum da rinite alérgica é o ácaro, um micro-organismo presente na poeira. Deixar o ar circular pela casa e passar pano úmido todos os dias ajudam a eliminar esse agente alérgico, podendo reduzir a incidência de crises durante todo o ano. O uso das vassouras só espalha a poeira e o micro-organismo pela casa, agravando o problema. Já o aspirador, segundo José Carlos Perini, pode ser utilizado quando conta com o filtro Hepa, um acessório que retém as menores partículas de sujeira, ao invés de espalhá-las pela casa.

Cobrir camas e sofás
Pelos de cachorros e gatos são desencadeadores comuns da rinite alérgica. Não deixar os animais subirem em camas e sofás ajuda a evitar o contato dos pelos com as vias respiratórias. Caso seja impossível manter os bichinhos o tempo todo no chão, cubra os móveis com lençóis ou colchas que possam ser removidas e lavadas. A recomendação vale também para pessoas que não têm animais em casa.
 
Lavar roupa com água quente
Lavar roupas, cortinas, tapetes e edredons com água quente é a forma mais eficiente de se livrar dos fungos e ácaros que estão nas peças. Roupas de frio retiradas do armário devem ser lavadas antes do uso, já que o armazenamento faz com que o ácaro e a poeira se acumulem entre os fios. A recomendação é evitar tapetes.
 
Utilizar climatizador de ar
O uso de climatizadores ajuda a melhorar a qualidade do ar da casa. Esses aparelhos contam com filtros que retiram pólen e ácaros do ar. Além disso, geralmente contam com função umidificadora, que ajuda a umidificar o ar no ambiente durante os tempos secos.
 
Usar forros impermeáveis no colchão e no travesseiro
O uso de forros impermeáveis faz com que o ácaro acumulado no colchão e no travesseiro não consiga entrar em contato direto com o nariz. Por serem de tecido, esses forros não atrapalham o sono, já que não são duros e nem fazem barulho.
 
Evitar cheiros fortes
Perfumes, produtos químicos e fumaça são alguns dos desencadeadores da rinite alérgica. Prefira produtos de limpeza com cheiros suaves, perfumes fracos e shampoos e sabonetes que não irritem tanto o nariz. Fumaça de cigarros, de veículos e de indústrias também causam alergia. Evitá-las ao máximo ajuda na prevenção de crises e, além disso, faz bem para a saúde de todos.

Veja

Teste de reatividade ao estresse ajuda a detectar problemas cardíacos futuros

Embora exista há algum tempo em países desenvolvidos, o teste que mede a resposta do coração a uma situação simulada de estresse ainda não está disponível para a população brasileira como um todo
 
Apenas alguns hospitais, como o Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, dispõem do equipamento para avaliação clínica, informou o cardiologista Antônio Claudio Nóbrega. Para ele, o estresse aumenta o risco de problemas cardiovasculares. O tema abriu ontem (16) o 32º Congresso de Cardiologia, da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro.
 
A abordagem é feita, como instrumento de pesquisa, em laboratórios da Universidade Federal Fluminense (UFF), da qual Nóbrega é professor, e do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo. “É uma forma de estimar como o coração de uma pessoa reage em situações de estresse no dia a dia”, disse Nóbrega à Agência Brasil.
 
Segundo ele, existe ampla literatura médica correlacionando eventos cardíacos, como infarto agudo do miocárdio, arritmias cardíacas ou acidente vascular encefálico, durante situações de estresse mental. Também existe relação entre a resposta exagerada do coração a uma situação de estresse, como indicador de risco futuro de desenvolver problemas cardíacos, como, por exemplo, hipertensão arterial.
 
Nóbrega explicou que o teste permite que o cardiologista tome medidas preventivas mais intensas para a pessoa que apresenta risco aumentado de desenvolver hipertensão no futuro. Para ele, o teste ser divulgado e incorporado aos serviços de saúde brasileiros, incluindo o Sistema Único de Saúde (SUS), de modo a atingir todas as camadas da população.
 
De acordo com o professor, o teste ergométrico ou de esforço, praticado comumente no país, é útil para uma série de indicações, embora tenha menos especificidade quando a queixa do paciente é para um problema que ocorre durante situações de estresse psicológico, mental ou de conflito.
 
"Para uma pessoa que tem algum tipo de problema enquanto caminha, sobe uma escada, faz um esforço físico, o teste ergométrico é ideal para avaliação. Para a pessoa que tem sintomas durante uma situação de conflito psicológico no trabalho ou em família, existe esse teste específico de reatividade ao estresse mental. O teste de esforço tem menos poder de detecção do problema”, explicou o médico.
 
Pesquisa publicada no ano passado, no Journal of the American Heart Association, mostra que, entre indivíduos que têm depressão, os que reagem ao estresse mental de maneira exagerada têm mais risco de desenvolver infarto agudo do miocárdio. “São pessoas que merecem atenção diferenciada”. As doenças cardiovasculares são consideradas, hoje, a principal causa de morte natural no Brasil, com destaque para acidente vascular encefálico e infarto agudo do miocárdio.
 
O 32º Congresso de Cardiologia reunirá cerca de 2,5 mil congressistas e sediará pela primeira vez, no próximo sábado (18), o Simpósio da Sociedade Europeia de Cardiologia, que trará ao Brasil alguns dos principais nomes desta especialidade.
 
Agência Brasil

SUS vai distribuir novo remédio para esquizofrenia

A partir de julho, o Sistema Único de Saúde (SUS) vai distribuir o medicamento ziprasidona, indicado para o tratamento de esquizofrenia
 
A medida que autoriza a compra do remédio pelo Ministério da Saúde foi publicada nesta terça-feira (14) no Diário Oficial da União.
 
A ziprasidona atua em células do cérebro do paciente e é indicada também para o tratamento de transtorno bipolar e agitação aguda.
 
A esquizofrenia é um transtorno mental que se caracteriza pela perda do contato com a realidade.
 
Entre os sintomas estão delírios e alucinações.
 
Agência Brasil

A Anvisa publica perguntas e respostas sobre fitoterápicos e dinamizados

Já está disponível no site da Anvisa um documento com as dúvidas mais recorrentes sobre medicamentos fitoterápicos e medicamentos dinamizados. O material foi elaborado pela Coordenação de Medicamentos Fitoterápicos e Dinamizados (Cofid) com base nos questionamentos mais frequentes do setor regulado
 
A Cofid recebe, por meio dos canais formais de comunicação com a Anvisa (memorandos, ofícios, Ouvidoriatende e SAT), inúmeros questionamentos por parte da sociedade, dos usuários de medicamentos e de outros órgãos da Administração Pública a respeito de fitoterápicos e medicamentos dinamizados (homeopáticos, anti-homotóxicos e antroposóficos).
 
A maior parte desses questionamentos refere-se à regularidade de registro e notificação desses produtos. No entanto, essas informações podem ser obtidas de forma rápida diretamente no site da Anvisa, por qualquer interessado, utilizando-se as ferramentas de consulta disponíveis. Assim, a Cofid elaborou um passo-a-passo para orientar e auxiliar aos interessados na realização desse tipo de pesquisa.
 
A Cofid verificou também que muitos questionamentos apresentam dúvidas gerais e recorrentes sobre fitoterápicos e medicamentos dinamizados e, então, além, do passo-a-passo para a realização da consulta de regularidade de empresas e produtos, este documento conta com uma seção de Perguntas e Respostas, que trata dessas principais dúvidas.
 
O documento pode ser obtido por meio do link.
 
ANVISA 

Lote do medicamento Mentelmin é suspenso temporariamente após análise laboratorial

A Anvisa determinou a interdição cautelar do lote 140916 do medicamento Mentelmin (mebendazol), 20 mg/ml, suspensão oral, fabricado pela empresa Theodoro F. Sobral & Cia Ltda.
 
De acordo com o Laudo de Análise Fiscal emitido pelo Instituto Adolpho Lutz, o medicamento apresentou resultado insatisfatório no ensaio de aspecto por não corresponder com a definição de “forma farmacêutica suspensão” definida na Farmacopeia Brasileira. O produto apresentou forma semi-sólida homogênea de cor laranja com odor alterado, analisado após a agitação.
 
A suspensão vale por noventa (90) dias. A empresa poderá solicitar a realização de contraprova.
 
A medida está na Resolução nº 1150, publicada nesta quinta-feira (16/4) no Diário Oficial da União (DOU).
 
 
ANVISA 

Simpósio em Saúde Quântica em Minas Gerais

Foto: Reprodução da Internet
A importância da alimentação, com o devido balanço dos nutrientes, na prevenção do desenvolvimento de doenças e na promoção da saúde serão alguns dos assuntos abordados na palestra “Os Benefícios da Nutrigenômica e dos Oligoelementos”, ministrada pela nutróloga Alice Amaral, no Simpósio em Saúde Quântica, em Juiz de Fora (MG)
 
O Simpósio que tem como tema central “Biofísica a serviço da Vida. Dinâmica Regenerativa Celular para o Equilíbrio Funcional” é voltado para profissionais de saúde, e acontecerá nos dias 9 de maio, 20 de junho e 19 de setembro das 8h às 18h.
 
A palestra da médica Alice Amaral, especializada em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Associação Brasileira de Nutrologia e, em Nutriendocrinologia Funcional pela Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo (FACIS), começa às 8h30 do primeiro dia do evento, que é organizado pelo Grupo Fisioquântic.
 
Mais informações pelos telefones (32) 9133-8585 ou 8859-6460 ou através do email floralquanticozm@hotmail.com.
 
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