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terça-feira, 28 de abril de 2015

O que acontece se você beber 10 latas de Coca-Cola por dia durante um mês?

1111Quantas latas de refrigerante você bebe por dia? Um homem resolveu descobrir o que aconteceria com sua saúde ingerindo 10 latas de Coca-Cola diariamente durante um mês

George Prior resolveu demonstrar as mudanças aparentes e ocultas por conta da ingestão elevada de açúcar presente na bebida e em outros refrigerantes.

Ele pesava saudáveis 76 quilos antes de iniciar o experimento. Seu peso logo chegou à casa dos 80 quilos, enquanto ele continuava seu experimento.

No fim do processo, ele havia engordado nada menos que 10 quilos em um mês.

A experiência foi realizada para chamar atenção das pessoas sobre o efeito do acúmulo de refrigerantes no corpo humano.
 
Gadoo

Número de mortes causadas por dengue sobe 560% este ano em São Paulo

Agentes de saúde visitam casas para combate o mosquito da dengue no bairro Novo Horizonte em Mogi das Cruzes (SP), no sábado (25). A cidade sofre com o surto da doença
Jonny Ueda/Futura Press/Agência Estado: Agentes de saúde
visitam casas para combate o mosquito da dengue no bairro
 Novo Horizonte em Mogi das Cruzes (SP), no sábado (25).
A cidade sofre com o surto da doença
O número de mortes causadas pela dengue no estado de São Paulo, em 2015, já é de 99 e representa um aumento de 560%, na comparação de com 2014, quando, no mesmo período, morreram 15 pessoas, segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, que leva em conta os óbitos ocorridos até 28 de março

Em todo o país, a quantidade de mortos pela dengue em 2015 (132), até 28 de março, é 29% superior ao registrado no mesmo período de 2014 (102 mortes).

O Ministério da Saúde registrou, até 28 de março, 460,5 mil casos de dengue no país. O aumento é de 240,1%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 135,3 mil casos da doença.

No estado de São Paulo, o número de casos chega a 257.809, 633% superior ao registrado em 2014 até a mesma data (28 de março). Segundo a Secretaria da Saúde paulista, cerca de dois terços de todos os casos de dengue neste ano estão concentrados em apenas 30 municípios paulistas, entre eles a capital do estado. Dos 645 no estado, 280 apresentaram quadro de epidemia neste ano, quando há índice de incidência maior do que 300 casos para cada 100 mil habitantes.
 
UOL

Obesidade materna e genética aumentam risco de diabetes 1 em crianças

A diabetes tipo 1 é mais comum em filhos de mães obesas, mas é ainda mais frequente em pessoas com pais diabéticos - mostrou um estudo sueco que será publicado na terça-feira (28)
 
A diabetes tipo 1 ocorre mais frequentemente em crianças e jovens, enquanto a diabetes tipo 2, que é responsável por quase 90% dos casos, ocorre mais frequentemente em adultos, geralmente acima do peso.
 
Publicado na revista Diabetologia, da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes, o estudo envolveu 1,2 milhões de crianças suecas nascidas entre 1992 e 2004 que foram acompanhadas até 2009, quando 5.771 tinham desenvolvido diabetes tipo 1.
 
Liderado pelo professor Tahereh Moradi, do Instituto Karolinska, em Estocolmo, o estudo mostrou que crianças nascidas de mulheres obesas (definida pelo índice de massa corporal - IMC - superior a 30) durante o primeiro trimestre de gravidez tiveram um risco aumentado de 33% de ter diabetes tipo 1 em comparação aos filhos de mulheres com peso normal (IMC entre 18,5 e 25).
 
Mas o risco de diabetes quintuplicou quando o pai era diabético e por três se a mãe era diabética, mas não obesa.
 
"Os riscos mais significativos foram observados em crianças cujos próprios pais tinham diabetes tipo 1", observam os autores do estudo, que também alertou para a obesidade ou excesso de peso materno, que aumentam o risco de diabetes em famílias não-diabéticas.
 
Por isso, a prevenção do excesso de peso e obesidade em mulheres em idade fértil - fenômeno que aumenta em todos os países - podem, segundo os pesquisadores, "ajudar a reduzir a incidência de diabetes tipo 1".

UOL

Conheça mais sobre os métodos contraceptivos distribuídos gratuitamente no SUS - Parte II

Crédito: Victor Brave
Nesta matéria mostraremos mais algumas alternativas que estão disponíveis no SUS
 
Pílula anticoncepcional de emergência
É um método utilizado para evitar uma gravidez indesejada após uma relação sexual desprotegida. A pílula anticoncepcional de emergência também é conhecida como pílula do dia seguinte. Pode ser usada em situações como: relações sexuais desprotegidas, rompimento do preservativo, em caso de deslocamento do diafragma, deslocamento e expulsão do DIU, uso incorreto da pílula anticoncepcionals ou em situações de violência sexual.
 
A pílula anticoncepcional de emergência ajuda a diminuir o número de abortos provocados, na medida em que evita a gravidez não desejada impedindo ou retardando a ovulação e diminuindo a capacidade dos espermatozoides de fecundarem o óvulo. Deve ser utilizada até cinco dias após a relação sexual desprotegida.
 
A pílula anticoncepcional de emergência não é abortiva, porque ela não interrompe uma gravidez já estabelecida. A pílula anticoncepcional de emergência não deve ser usada como método anticoncepcional de rotina, ou seja, substituindo um outro método anticoncepcional. Deve ser usada apenas em casos de emergência, porque a dose de hormônios é maior em relação às outras. A pílula de emergência pode ser utilizada por qualquer mulher em idade fértil, independente da idade. Não há restrição do uso por adolescentes.
 
Métodos Cirúrgicos
São métodos contraceptivos de caráter definitivo. Deve-se levar em consideração a possibilidade de arrependimento da mulher ou do homem e o pouco acesso das pessoas às técnicas de reversão da cirurgia.
 
A Lei do Planejamento Familiar, Lei n° 9.263/96 só permite realizar a ligadura de trompas/laqueadura e a vasectomia nas seguintes condições:
 
1. Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade, ou pelo menos com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico.
 
2. Nos casos em que há risco de vida para mulher ou riscos para a saúde da mulher ou do futuro bebê.

A Lei do Planejamento Familiar proíbe a realização da ligadura de trompas/ laqueadura durante o período de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade. Esses momentos não são os mais adequados para a realização dessa cirurgia.

Ligadura de trompas ou laqueadura
É uma cirurgia simples realizada na mulher para evitar a gravidez. É um método anticoncepcional considerado permanente ou irreversível, porque, depois de feita a cirurgia, é muito difícil recuperar a condição de ter filhos. É um método cirúrgico que bloqueia as trompas uterinas para evitar que os espermatozoides cheguem ao óvulo.

Vasectomia
É uma cirurgia simples, segura e rápida, que pode ser feita em ambulatório, com anestesia local e o homem não precisa ficar internado. Nessa cirurgia, os canais deferentes são bloqueado impedindo que os espermatozoides se misturem ao esperma durante a ejaculação.

O efeito não é imediato. Nas primeiras ejaculações depois do procedimento, ainda existem espermatozoides no esperma ejaculado, ou seja, ainda existe o risco de o homem engravidar a mulher.

A vasectomia só será considerada segura quando o exame realizado no esperma, o espermograma, mostrar que não existem mais espermatozoides no esperma ejaculado. Até que o espermograma seja negativo, o homem ou a mulher devem usar algum outro método para evitar a gravidez. O procedimento não causa nenhum problema de saúde para o homem e não altera sua vida sexual. O desejo e a potência sexual continuam iguais ao que eram antes da cirurgia.

Preservativo masculino e feminino
O preservativo masculino ou feminino deve ser utilizado em todas as relações sexuais pois eles são, indiscutivelmente, os únicos métodos contraceptivos que podem proteger simultaneamente da gravidez indesejada e das DST/HIV.

Assim, é importante que mesmo quando a mulher, o homem ou os parceiros optem por outro método contraceptivo, ainda assim utilizem o preservativo feminino ou masculino, o que garantirá a dupla proteção contra a gravidez (no caso de um método falhar, o outro ainda será eficaz) e a proteção única contra DST/HIV, que só pode ser alcançada por meio do uso do preservativo.

Preservativo masculino/Camisinha masculina
O método mais conhecido é feito de látex, um tipo de borracha, que cobre o pênis durante a relação sexual, para impedir o contato do pênis com a vagina, com o ânus ou com a boca. Ele funciona como uma barreira, poiso esperma ejaculado pelo homem fica retido na camisinha. A camisinha masculina também é eficaz para proteger das DST/HIV/AIDS quando usada em todas as relações sexuais, antes de qualquer contato do pênis com a vagina, com o ânus ou com a boca.

O preservativo é descartável, não devendo ser reutilizado.

Preservativo feminino/Camisinha feminina
É fino, lubrificado, liso e transparente e não deve ser reutilizado. Tal qual a masculina é eficaz para proteger da gravidez indesejada e de DST/HIV/AIDS. Funciona como uma barreira impedindo a passagem dos espermatozoides.

 A camisinha feminina deve ser usada em todas as relações sexuais, mesmo durante a menstruação. Pode ser colocada na vagina imediatamente antes da penetração ou até oito horas antes da relação sexual. A camisinha é prática e não atrapalha o prazer sexual.
 
Lembre-se! Os preservativos feminino e masculino não devem ser usados ao mesmo tempo, porque o atrito entre eles aumenta o risco de rompimento. Para a relação sexual escolha apenas um dos tipos de camisinha.
 

Conheça mais sobre os métodos contraceptivos distribuídos gratuitamente no SUS - Parte I

Crédito: Victor BraveO planejamento sexual e reprodutivo é condição importante para a saúde das mulheres e homens adolescentes, jovens e adultos
 
Todos os indivíduos têm o direito de decidir de forma livre e responsável se querem ou não ter filhos(as), quantos filhos(as) desejam ter e em que momento de suas vidas. Desta forma, todos têm direito à atenção em planejamento reprodutivo, ou seja, acesso aos métodos e técnicas para a concepção e a anticoncepção, mas também a informações e acompanhamento por um profissional de saúde, num contexto de escolha livre e informada. Também têm direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e violência.
 
É fundamental o envolvimento dos homens com relação à paternidade responsável, à prevenção de gestações não desejadas e à prevenção das DST/HIV/Aids. Por isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece várias opções de métodos contraceptivos e ações para auxiliar o planejamento sexual e reprodutivo, tanto para ajudar quem que ter filhos com orientações para a concepção, quanto para prevenir uma gravidez indesejada, fornecendo informações importantes e acesso a recursos para a anticoncepção, e prevenir as doenças sexualmente transmissíveis.
 
Os métodos contraceptivos são recursos que podem ser comportamentais, medicamentosos, ou cirúrgicos, usados pelas pessoas para evitar a gravidez indesejada. Existem métodos femininos e masculinos, reversíveis e irreversíveis.
 
Os métodos reversíveis são aqueles que, como diz o nome, podem ser revertidos. Ou seja, quando a pessoa deixa de utilizá-los, poderá engravidar. Já os métodos irreversíveis, como a ligadura de trompas uterinas/ laqueadura e a vasectomia, são aqueles que, após utilizados, é muito difícil a pessoa recuperar a capacidade de engravidar. Por isso, para optarem por esses métodos as pessoas precisam estar seguras de que não querem mais ter filhos. .

É importante lembrar que dentre todos os métodos contraceptivos, os preservativos feminino e masculino são os únicos que oferecem proteção contra doenças sexualmente transmissíveis, inclusive o HIV/aids e as hepatites virais.
A escolha do método anticoncepcional deve contar com o auxílio e orientação de um profissional de saúde que oriente quais os métodos disponíveis, como utilizá-los, quais as vantagens e desvantagens de cada um e avalie junto com a mulher, o homem ou os dois qual o método mais indicado para cada situação. Estar bem informado é fundamental para se fazer a melhor escolha.
 
Os adolescentes e as adolescentes também têm direito ao acesso aos métodos contraceptivos, inclusive a pílula de emergência, e à confidencialidade e sigilo sobre sua atividade sexual e prescrição de métodos contraceptivos, não sendo necessário o consentimento ou participação dos pais/responsáveis nas consultas, conforme Estatuto da Criança e do Adolescente.
 
Pílula anticoncepcional combinada
São pílulas que contêm dois hormônios similares produzidos pelos ovários da mulher, o estrogênio e a progesterona. Podem ser usadas por quase todas as mulheres com segurança e eficácia. A pílula deve ser tomada, sem interrupções, durante 21 dias, de preferência no mesmo horário, todos os dias.

As pílulas combinadas podem ser usadas por mulheres de qualquer idade, a partir da primeira menstruação, desde que não apresentem nenhuma contraindicação para o seu uso.

Não deve ser utilizada durante a amamentação, pois interfere na qualidade e na quantidade do leite materno.
 
Minipílula anticoncepcional
É uma pílula que contém apenas um dos hormônios, a progesterona. Mais indicada durante a amamentação, iniciando o seu uso na 6ª semana após o parto.
 
Anticoncepcionais injetáveis
Os anticoncepcionais injetáveis também são feitos de hormônios similares aos das mulheres. Existem dois tipos de injetáveis: injetável mensal e injetável trimestral.Tal qual as pílulas anticoncepcionais, as injeções mensais são compostas de estrogênio e progesterona. Com a interrupção da injeção mensal, a fertilidade da mulher, que é a capacidade de engravidar, logo retorna, já com a trimestral, pode haver um atraso no retorno da fertilidade da mulher. A injeção trimestral pode ser usada durante a amamentação e, nesse caso, seu uso deve ser iniciado seis semanas após o parto. Com o uso da injeção trimestral, é muito frequente a mulher ficar sem menstruar e, em média, o retorno da fertilidade pode demorar quatro meses após o término do efeito da injeção.
 
Diafragma
O diafragma, método anticoncepcional de barreira e não hormonal, é um anel feito de silicone ou látex, tem bordas firmes e flexíveis, praticamente não apresenta efeitos colaterais, nem contra indicações. O método é uma opção importante para mulheres que não se adaptam aos métodos hormonais e pode ser interrompido a qualquer momento. As mulheres são diferentes, por isso existem diversos tamanhos de diafragma, sendo necessária a medição por profissional de saúde. O diafragma deve ser colocado em todas as relações sexuais antes de qualquer contato entre o pênis e a vagina e deve ser retirado oito horas após a última relação sexual.
 
Dispositivo intra-uterino – DIU
O DIU é um pequeno objeto de plástico revestido de cobre, colocado no interior da cavidade uterina com fins contraceptivos, de caráter temporário e reversível. Ele não provoca aborto, porque atua antes da fecundação.

É um método altamente eficaz, que não apresenta os efeitos colaterais do uso de hormônios e pode ser utilizada para prevenir a gravidez por um período de até 10 anos. O DIU pode ser retirado no momento em que a mulher desejar, permitindo que ela volte imediatamente à sua capacidade de engravidar. Não interfere nas relações sexuais nem na qualidade ou quantidade do leite materno. É contraindicado para mulheres que têm mais de um parceiro sexual, ou cujos parceiros têm outros parceiros/parceiras, e não usam preservativo em todas as relações sexuais.
 
Na próxima matéria do Blog da Saúde você conhece mais métodos contraceptivos distribuídos gratuitamente no SUS.
 

Em Porto Alegre associação voluntária distribui remédios sem uso para doenças graves

Milhões de pessoas sofrem com doenças graves, passam por tratamentos severos e, muitas vezes, precisam depender de medicamentos caros para ter qualidade de vida
 
Pensando naqueles que não têm como comprometer uma significativa parcela de sua renda na compra de remédios nem os encontram para distribuição gratuita no SUS (Sistema Único de Saúde), surgiu uma associação que procura auxiliar pacientes em todo o país.
 
Criado em Porto Alegre, o Banco de Remédios é uma associação independente que disponibiliza todo tipo de medicamento de forma gratuita a pacientes que não têm condições de comprá-los. Atualmente são cerca de 2.000 associados no Brasil que pagam uma contribuição mensal de R$ 30 e recebem remédios que podem custar mais de R$ 1.000 cada caixa.
 
A associação, que já tem nove anos e conta com trabalho de voluntários, nasceu da experiência do administrador Dámaso MacMillan, 62, que viu de perto essa situação. Depois de ser diagnosticado com uma doença incurável, passou por transplante de rins e, agora, é um caso raro que não necessita mais de remédios. “Fiquei oito anos em tratamento antes do transplante. Sou transplantado há 30 anos e sempre tive grande dificuldade para conseguir medicamentos, até porque são extremamente caros”, afirma.
 
Já curado, ele viu sua dispensa cheia de medicamentos sem mais necessidade, ao mesmo tempo em que presenciava de perto amigos do grupo de transplantados — o SOS Rim – do qual fazia parte passarem por dificuldades.
 
“Resolvemos, através da SOS Rim, criar um banco específico para pacientes renais. Mas médicos de diferentes especialidades foram nos indicando pacientes, até que resolvemos abrir o banco a qualquer tipo de doença. Hoje atendemos todas as patologias existentes e buscamos os medicamentos nos mais diversos locais para que possamos ajudar nossos associados”, explica.
 
O Banco de Remédios não compra nada. Ele recebe medicamentos já esquecidos nas prateleiras, seja de ex-pacientes já curados ou que mudaram de tratamento ou ainda de médicos que possuem estoques de amostras grátis. As caixas de remédios são doadas à associação, que faz uma triagem para verificar as que têm condições de serem repassadas e ofertadas aos associados.
 
“Atuamos especialmente com medicamentos de alto custo, como aqueles para pacientes de câncer e transplantados. Também recebemos remédios mais simples, que são distribuídos pelo SUS. Porém, às vezes, as pessoas não conseguem encontrar certos remédios nas farmácias do Estado e vêm até nós”, explica MacMillan.
 
Há, por exemplo, casos como o de um remédio antivirótico geralmente receitado para transplantados, cuja caixa com 42 comprimidos chega a custar cerca de R$ 1.000 — e o paciente precisa tomar até dez caixas do medicamento por mês.
 
O Banco de Remédios é uma alternativa para pessoas como Márcia Ferraz, 49. Desempregada há mais de dois anos, ela gastava R$ 300 por mês em medicamentos controlados. “Descobri o banco pela minha tia, de 87 anos, que toma uma série de remédios caros. É um auxílio muito grande. Antes eu dependia do apoio da família ou de algum amigo. Agora venho aqui buscar remédios para ela e para mim.”
 
Nenhum medicamento sai do Banco de Remédios sem que seja apresentada uma receita médica dentro da validade. Além disso, o paciente necessita comprovar que realmente usa o remédio e que não possui condições de comprá-lo. Já as substâncias invalidadas para a redistribuição, como as mal acondicionadas ou os que já passaram do prazo de validade, são entregues a uma empresa parceira especializada que faz o seu descarte de forma segura.
 
Um das características que difere o Banco de Remédios de uma farmácia popular, segundo Dámaso MacMillan, é a disponibilidade em solicitar por via judicial o fornecimento de um remédio a um associado. “Na falta coletiva de algum medicamento, entramos com uma ação. Um dos exemplos é o de um associado que estava sem remédio porque os dois fabricantes brigavam para ver quem poderia fornecer ao Estado. Entramos na Justiça e ganhamos os remédios para aquele paciente.”
 
Desperdício
Há um grande descontrole no gerenciamento da distribuição dos remédios no país. No ano passado no Rio Grande do Sul, 8,4 toneladas de medicamentos com os prazos de validade vencidos foram enterradas na região metropolitana de Porto Alegre — um valor estimado em R$ 3,2 milhões.
 
“Hoje a falta de medicamento ocorre no mundo inteiro. Não desperdiçar é um ato tão significativo que pode ajudar a vida de alguém”, afirma MacMillan. “O banco é uma instituição que a cada dia fica mais forte e está se transformando em uma rede social, com a qual podemos ajudar praticamente todo mundo. Essa é a nossa missão”, diz MacMillan.
 
Para o idealizador do Banco de Remédios, a iniciativa pode se multiplicar e interferir na ingerência dos medicamentos em nível internacional. “No Brasil não faltam medicamentos. A gente está botando remédio no lixo Por que não pegar esses medicamentos que sobram e repassar a um outro país, em especial os que são extremamente pobres, como o Haiti? Isso não compete ao governo, mas sim à sociedade”, afirma.
 
O Banco de Remédios está localizado no Centro de Porto Alegre.
 
UOL

Saiba mais sobre a sífilis doença que pode provocar queda de cabelo e até aborto em gestantes

Treponema Pallidum
A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema Pallidum. Ela pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante a relação sexual sem camisinha, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto
 
Os primeiros sintomas são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas, que surgem entre sete e 20 dias após a relação desprotegida com alguém infectado. As feridas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mas, se não forem tratadas podem se desenvolver e provocar manchas em várias partes do corpo e queda de cabelo.
 
De acordo com o diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, a população precisa ficar atenta a alguns cuidados.“É uma doença possível de controlar, é possível erradicar, sobretudo a sífilis congênita.
 
Hoje, é muito importante que a população faça o diagnóstico. É fundamental que todas as mulheres gestantes insistam com o seu médico para fazer o exame de sífilis para poder proteger o bebê. Uma outra medida extremamente importante para a população para se proteger da sífilis é o uso da camisinha. A gente tem este meio que protege não só contra a sífilis, mas também de outras doenças como a aids, a hepatite B e, portanto, é importante que nos relacionamentos sexuais a gente insista no uso da camisinha.”
 
Quando não existem sinais ou sintomas, é necessário fazer um teste laboratorial ou teste rápido, disponibilizado gratuitamente pelo Ministério da Saúde em todo o território brasileiro.
 
A nova tecnologia de testagem permite que os resultados sejam feitos em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade da estrutura de um laboratório. Se você foi diagnosticado com sífilis, procure uma unidade de saúde próxima de casa, para indicar o tratamento mais adequado. Para saber mais acesse a página www.aids.gov.br/sifilis

Fonte: Victor Maciel/ Agência Saúde

Pediatras defendem seringa como melhor forma de dosar remédio

A hora de medicar os filhos pode ser um momento de muita tensão para os pais. Além de as crianças, geralmente, não gostarem de tomar remédio, muitos adultos têm dificuldade para dar a dose adequada
 
Para evitar subdosagem ou superdosagem, pediatras recomendam a troca de medidas caseiras, como colheres, e dos copos medidores, disponíveis em alguns medicamentos, pela seringa, que é a forma mais precisa para administrar as substâncias.
 
Com o aumento de casos de intoxicação por medicamentos nos Estados Unidos, a AAP (Academia Americana de Pediatria) criou uma diretriz sobre o tema que estabelece que os médicos adotem o sistema métrico em mililitros (ml) para a prescrição. A organização defende o uso de seringas que tenham essa graduação.
 
Ainda de acordo com essa orientação da entidade, os médicos devem explicar bem aos pais como a administração deve ser realizada, além de explicitar, na receita, a frequência que o medicamento tem de ser tomado.
 
No Brasil, segundo Tadeu Fernando Fernandes, presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), o órgão responsável por normatizar a presença dos dosadores nos medicamentos vendidos é a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
 
“Por enquanto, não há uma lei, mas a indústria farmacêutica tem colocado a seringa dosadora em remédios em que a precisão da dose é fundamental. A SBP recomendou e orientou a Anvisa para que a seringa passe a vir com todos os remédios, mas isso ainda não foi normatizado”, declara Fernandes.
 
Apesar de inadequado, Lucilia Faria, pediatra do corpo clinico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, afirma que, ainda hoje, há pediatras que prescrevem, na receita, algumas medidas caseiras, “como uma colher de sopa de xarope”.
 
Como cada faqueiro tem proporções diferentes, o risco de dar remédio a mais ou a menos para a criança é grande. “Caso o médico faça uma receita com medidas caseiras, os pais devem solicitar, na mesma hora, que o profissional prescreva a quantidade em mililitro”, fala Lucilia.
 
Os copos medidores também apresentam problemas de precisão da dose, já que as marcas com as graduações são muito pequenas e difíceis de enxergar. “Eles também oferecem riscos de ferimentos na boca da criança e podem ser engolidos”, afirma Fernandes. O pediatra Moises Chenchinski aponta outra desvantagem do acessório: a criança pode derrubar parte do medicamento ou cuspir.
 
Além de mais precisa, a seringa, por sua vez, é mais fácil de ser manejada pelo adulto. “Os pais devem colocá-la na lateral da boca da criança e pressionar o êmbolo aos poucos, pois um volume grande do líquido pode provocar engasgo”, explica a pediatra Lucilia.
 
Caso o medicamento prescrito pelo médico não venha com seringa dosadora, Chencinski orienta que os pais comprem uma. “É importante que seja um produto com selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e aprovado pela Anvisa”, afirma.
 
UOL

Cientistas identificam neurônios responsáveis pela sensação de fome

Descoberta abre caminho para desenvolvimento de droga que pode revolucionar dietas para emagrecer
 
Aquelas dores incontroláveis de fome, capazes de aniquilar qualquer dieta, podem chegar ao fim. Cientistas americanos e britânicos identificaram as células do cérebro responsáveis por controlar a sensação de fome, abrindo caminho para o desenvolvimento de uma droga que regule esse mecanismo. As informações constam de um estudo publicado na revista “Nature Neuroscience” nesta segunda-feira.
 
Livres da sensação desagradável de vazio no estômago, as pessoas podem emagrecer com mais facilidade. Uma droga capaz de proporcionar isso poderia ser uma arma contra a crescente obesidade no mundo, dizem pesquisadores.
 
A nova descoberta gira em torno de um pequeno grupo de células do cérebro conhecidas como neurônios PVH MC4R. Ao desligá-las, a fome aumenta e ao ativá-las, o apetite desaparece. Num experimento feito em camundongos, os animais que tinham ido dormir com o estômago cheio ficaram famintos quando o circuito foi desligado.
 
O pesquisador Alastair Garfield, da Universidade de Edimburgo, relatou que o efeito foi semelhante ao de alguém que tinha terminado o jantar às 21h , acordou à meia-noite e estava com tanta fome que podia tomar café da manhã. Ativar isso que ele chamou de “hub da fome” fez com que os animais perdessem completamente o apetite.
 
Um segundo experimento tentou descobrir que tipo de sentimento os neurônios PVH MC4R geravam quando ligados. Camundongos famintos foram colocados em uma caixa com duas saídas, uma delas equipada com laser para ativar esses neurônios — e os roedores pareciam ser atraídos para esta porta, o que sugere uma reação de prazer em seus cérebros. Em contraste, animais que tinham acabado de comer ficaram divididos igualmente entre as duas saídas.
 
Acredita-se que as células não cortam o apetite criando náusea ou outras sensações desagradáveis, e sim reprimindo a angústia de fome e a irritação que muitas vezes a acompanha.
 
O pesquisador Bradford Lowell, do Centro Médico Beth Israel Deaconess, em Boston, disse que a ativação dos neurônios PVH MC4R teve o mesmo efeito que a dieta.
 
No entanto, qualquer droga que mexa com a química do cérebro precisa ser extremamente segura antes de ser liberada para uso.
 
O Globo