Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



terça-feira, 12 de maio de 2015

Anvisa determina apreensão de lotes falsos de anorexígenos

A Anvisa determinou a apreensão e inutilização dos lotes 1200168 e 1100098 do medicamento Desobesi (cloridrato de femproporex) e do lote 0805720 do medicamento Dualid (cloridrato de anfepramona). Os lotes dos produtos são falsos
 
A empresa Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A., que detinha o registro desses medicamentos antes do cancelamento determinado pela Agência, foi informada da falsificação e notificou a Anvisa.
 
A medida está na Resolução nº 1.423, publicada nesta terça-feira (12/5) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Proposta exige que farmácias populares exponham lista de medicamentos

A Câmara dos Deputados analisa projeto que obriga todas as farmácias que participam do Farmácia Popular a afixar em suas dependências a relação de medicamentos contemplados pelo programa. De acordo com o autor da proposta (PL 37/15), deputado Sergio Vidigal (PDT-ES), ainda existe desinformação da população sobre os benefícios
 
“A publicidade é necessária para que o programa atinja de forma otimizada seus objetivos, que são da mais alta relevância”, defendeu o parlamentar.

O Farmácia Popular é um programa do governo federal que facilita o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns, como diabetes e hipertensão, com uma redução de até 90% do valor de mercado. Os remédios são subsidiados pelo governo, que possui uma rede própria de Farmácias Populares e parceria com farmácias e drogarias da rede privada, chamada “Aqui tem Farmácia Popular”.

A proposta de Sergio Vidigal possui o mesmo conteúdo de um projeto da ex-deputada Sueli Vidigal, sua esposa. Como Sueli não se reelegeu, o PL 6748/13 foi arquivado com o fim da legislatura passada.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
 
Íntegra da proposta: PL-37/2015

Agência Câmara de Notícias

Pesquisa demonstra como a falta de sono afeta a tomada de decisões na crise

Privação de sono afeta tomada de decisões de maneira crucial, dizem especialistas
Privação de sono afeta tomada de decisões de maneira crucial,
 dizem especialistas
Estudo é pioneiro em mostrar impacto do cansaço em situações de risco nas quais as circunstâncias mudam constantemente e é preciso decidir o melhor caminho a seguir
 
A diferença entre a vida e a morte na sala de cirurgia, no campo de batalha ou durante um tiroteio policial muitas vezes se resume à capacidade de adaptação ao inesperado. A privação do sono – um dos grandes males da vida moderna – pode prejudicar isso, aponta um estudo da Washington State University publicado este mês na revista científica Sleep.
 
Pela primeira vez, os pesquisadores conseguiram reproduzir, em laboratório, uma simulação de como a falta de sono afeta aspectos críticos da tomada de decisão em situações-limítrofes do mundo real.
 
Os resultados fornecem pistas de como ficar sem dormir por longos períodos pode levar médicos, socorristas, soldados e outros profissionais que lidam com crises a tomarem decisões catastróficas.
 
A história recente está cheia de exemplos das consequências, por vezes devastadoras, de pessoas “funcionando” sem dormir o suficiente. Investigações sobre o colapso na usina nuclear de Chernobyl e a explosão do ônibus espacial Challenger, por exemplo, mostraram que operadores privados de sono tiveram papéis cruciais nesses acidentes.
 
Criar uma situação controlada, em laboratório, que simula suficientemente bem as circunstâncias que levaram a lapsos graves de julgamento do mundo real sempre foi um desafio para os cientistas.
 
Estudos já publicados anteriormente conseguiram mostrar como o sono compromete a atenção, mas os efeitos disso em testes de cognição e na tomada de decisões ainda são raros nesse campo de estudo.
 
Normalmente, a tomada de decisão é um processo dinâmico que exige de cada indivíduo se inteirar do que está ocorrendo em volta dela, como resultado de suas ações e de mudanças nas circunstâncias.
 
Um cirurgião, por exemplo, pode notar uma mudança nos sinais vitais de um paciente no meio de um procedimento. Ele usa essa informação, também chamada de feedback, para decidir qual o melhor caminho a seguir.
 
“Um aspecto inovador deste estudo foi o uso de uma tarefa simples de laboratório que capta o aspecto essencial da tomada de decisões no mundo real, de se adaptar a novas informações em uma situação de mudança”, disse John Hinson, professor de psicologia e um dos autores da pesquisa.
 
“Estudos anteriores sobre perda de sono e tomada de decisões não levaram em conta a importância da adaptação de cada indivíduo à evolução das circunstâncias na hora de determinar se a perda de sono pode ou não levar a falhas em tomadas de decisão.”
 
Para o experimento, foram usados 26 voluntários saudáveis, dos quais, 13 foram selecionados aleatoriamente para passar 62 horas sem dormir, enquanto a outra metade do grupo pôde descansar.  Durante seis dias e noites, os participantes viviam em um laboratório que lembrava um hotel, onde realizaram uma tarefa de aprendizagem reversa concebida para testar a capacidade deles de usar feedback para orientar decisões futuras.
 
Na tarefa, os indivíduos foram apresentados a uma série de números que, desconhecidos para eles, foram pré-definidos como “vá” (resposta) e “não vá” (não-resposta). Eles tinham menos de um segundo para decidir se respondiam ou não a cada número mostrado. Toda vez que eles identificaram corretamente um número com um valor de “vá”, recebiam uma recompensa monetária fictícia. Erros resultavam em perda.
 
Depois de algum tempo, tanto o grupo privado de sono quanto os que puderam descansar começaram a entender a tarefa e a selecionar os números certos. Em seguida veio a parte difícil. Os pesquisadores inverteram as contingências, de modo que os participantes tiveram que recusar uma resposta aos números que significavam “vá” e responder aos números que indicavam “não vá”.
 
Isso mostra, defendem os pesquisadores, que não importa o quanto uma pessoa quer fazer a escolha certa, a perda de sono faz algo com o cérebro que simplesmente impede o uso do feedback de forma eficaz. Para eles, a pesquisa fornece uma nova ferramenta para investigar como a privação do sono produz erros de decisão em situações da vida real onde a informação muda ao longo do tempo.
 
“Nossos resultados nos dizem que colocar as pessoas privadas de sono em ambientes de potencialmente perigosos é um negócio inerentemente arriscado e levanta uma série de implicações médicas, jurídicas e financeiras”, disse Hans Van Dongen, diretor do Centro de Pesquisas do Sono e da Washington State University, outro autor do estudo.
 
iG

Saiba o que é e como evitar o glaucoma


Foto: ARZTSAMUI / Shutterstock
Doença não costuma apresentar sintomas
 
Enquanto algumas doenças manifestam os sintomas a tempo de o paciente iniciar um tratamento, outras se desenvolvem de maneira sorrateira, causando danos irreversíveis antes mesmo de o paciente identificar algum sintoma. O glaucoma, por exemplo, faz parte desse grupo.
 
De acordo com a oftalmologista Camila Ray, do Hospital do Coração, a doença é a principal causa de cegueira irreversível no país - com mais de um milhão de casos registrados - justamente por ser progressiva e silenciosa.
 
Doença que já atinge cerca de 2% dos brasileiros acima do 40 anos de idade, o glaucoma se manifesta por meio de lesões do nervo ótico, principalmente em função de um aumento da pressão intraocular. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), existem aproximadamente 65 milhões de glaucomatosos em todo o mundo, e a cada ano surgem mais 2,4 milhões de novos portadores da doença.
 
— Em geral a doença costuma aparecer a partir dos 40 anos, mas pode ocorrer mais cedo, caso a pessoa sofra, por exemplo, algum dano capaz de provocar essa mesma elevação de pressão na parte interna dos olhos — afirma Camila.
 
No início muitas pessoas só conseguem notar a doença quando o problema atinge estado crítico, com a perda da visão periférica. Depois disso, o paciente pode ficar cego, caso não conte com nenhum tipo de tratamento. A oftalmologista do Hospital do Coração diz que em casos de glaucoma agudo - outro tipo da doença - o paciente costuma sentir fortes dores de cabeça, fotofobia, enjoo e dor ocular intensa.

O diagnóstico precoce da doença só pode ser obtido por meio de exames oftalmológicos de rotina. Por isso, o recomendado é que pessoas a partir dos 35 anos já procurem um oftalmologista para fazer check-ups regulares. Diabéticos, pessoas negras com mais de 30 anos de idade, usuários de corticoides, míopes, pacientes que já sofreram alguma lesão ocular e indivíduos com pressão intraocular elevada também fazem parte deste grupo de risco.

— O histórico familiar também é muito importante para o diagnóstico da doença. Afinal, cerca de 6% das pessoas com glaucoma têm ou já tiveram algum outro caso na família — alerta Camila.

Em um primeiro momento, o tratamento da doença é clínico, à base de colírios, ou com medicamentos de via oral. Para pacientes em casos mais sérios a recomendação é tratamento cirúrgico.

A oftalmologista afirma que é importante ficar atendo aos sintomas e, caso a doença apareça, é imprescindível consultar um especialista para iniciar um tratamento o mais rápido possível.

Zero Hora

Nozes podem retardar o desenvolvimento de câncer de cólon

Júlio Cordeiro/Agencia RBS
Pesquisa feita com camundongos mostra outros benefícios do alimento
 
Estudo realizado pela Harvard Medical School, dos Estados Unidos, indica que uma dieta rica em nozes pode adiar o desenvolvimento do tumor colorretal por meio de alterações nos genes de câncer.
 
A pesquisa mostra que o consumo do alimento pode provocar mudanças significativas nos ácidos ribonucleicos - que estão envolvidos na alteração do gene. Além disso, compostos presentes no alimento podem incorporar ácidos graxos protetores no tumor de cólon.

— Ainda é necessário investir em mais estudos, mas estamos muito confiantes sobre o papel dos ácidos ribonucleicos como alvo terapêutico para o tratamento do câncer colorretal — afirma Christos Mantzoros, autor do estudo.

A pesquisa foi feita com dois grupos de camundongos. Enquanto o primeiro foi alimentado com duas porções de nozes diariamente, o segundo foi submetido a uma dieta semelhante, porém, sem o fruto.
 
Após 25 dias, os pesquisadores descobriram que nos ratos que ingeriram nozes, os ácidos ribonucleicos estavam positivamente engajados.

De acordo com a pesquisa, a taxa de crescimento do tumor foi significativamente mais lenta no primeiro grupo, em comparação àquele que não consumiu nozes.
 
As nozes também pertencem ao único grupo de frutos ricos em ácido alfa-linolénico, substância essencial para vários processos do corpo, conhecidas por reduzir inflamações. O alimento ainda contém grande variedade de antioxidantes, vitaminas e minerais.

Como este estudo foi realizado em animais, os resultados ainda não podem ser implicados para os seres humanos.​

Zero Hora

Apps expandem serviços de atendimento médico domiciliar e à distância nos EUA

Foto: Reprodução da internet
“Heal” é um aplicativo para smartphone semelhante ao serviço de carros sob demanda Uber, mas, em vez de um carro, é um médico que aparece à sua porta. Os usuários baixam o aplicativo e então digitam alguns detalhes como endereço e o motivo da visita
 
Depois de adicionar um cartão de crédito e um pedido por um clínico geral ou pediatra, o médico chega de 20 a 60 minutos por uma taxa fixa de US$ 99. O “Heal” começou em Los Angeles em fevereiro, recentemente se expandiu para San Francisco e deve ser lançado em outras 15 cidades grandes dos EUA neste ano. Os médicos do “Heal” ficam de plantão das 8h às 20h, sete dias por semana, disse Renee Dua, fundadora e diretora médica do “Heal”.
 
Os médicos do “Heal” chegam com um assistente e um kit contendo os últimos equipamentos de saúde de alta tecnologia, entre eles as ferramentas necessárias para medir os sinais vitais ou gravar um vídeo de alta definição do tímpano do paciente. O “Heal” tem uma lista de médicos filiados a hospitais e programas respeitados como o da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, Columbia e Stanford.
 
“Estamos trazendo de volta métodos antigos com a mais nova tecnologia”, disse Dua.
 
Obviamente, os médicos do “Heal” oferecem serviços limitados a domicílio. Entre outras coisas, eles podem diagnosticar e tratar doenças moderadas como bronquite, dar vacinas contra a gripe, suturar um corte feio ou receitar algum remédio (eles mesmos buscam o remédio por um adicional de US$ 19). Mas o paciente tem de apresentar a documentação do plano de saúde.
 
“A saúde de fato começa em casa”, disse o médico Janani Krishnaswami enquanto conversávamos na mesa de jantar da minha casa em Oakland, Califórnia, depois que eu a chamei usando o aplicativo “Heal” em meu iPhone. “Ao ver uma pessoa onde ela mora, posso ver como é a vida dela, o que está comendo, como está vivendo, o que a está deixando estressada. Posso passar o tempo que precisar com ela, o que é cada vez mais difícil fazer no nosso atual sistema médico.”
 
Um serviço semelhante, chamado “Pager”, está disponível na cidade de Nova York. (O cofundador do “Pager” Oscar Salazar também fez parte da equipe que criou o Uber.) A primeira visita domiciliar custa US$ 50. Visitas regulares custam US$ 200, e um exame clínico sai por U$ 100. O “Go2Nurse” envia uma enfermeira para casas em Chicago e em Milwaukee e oferece cuidados domiciliares na gravidez, ajuda com recém-nascidos, cuidados com idosos e atendimento especializado para pacientes com Alzheimer e Parkinson, entre outros serviços. O “Curbside Care” oferece atendimento domiciliar na região da Filadélfia com profissionais de enfermagem e médicos.
 
Para aqueles que querem uma consulta, mas não precisam que o médico ou enfermeiro vá até suas casas, uma série de novos aplicativos cria uma visita domiciliar virtual. A American Telemedicine Association estima que quase 1 milhão de pessoas se consultarão com um médico via webcam em 2015 e, só na semana passada, a maior seguradora do país, a United HealthCare, anunciou planos para cobrir consultas médicas à distância.
 
Um dos aplicativos mais populares é o “Doctor on Demand”, com sede em Chicago, que é apoiado pelo Google e pela celebridade televisiva Phil McGraw. O aplicativo, que oferece acesso a 1.400 médicos certificados, foi baixado alguns milhões de vezes desde que foi lançado no final de 2013. Por US$ 40, um médico ou pediatra atende o paciente via vídeo online. A empresa adicionou recentemente consultas psicológicas via webcam (US$ 50 por 25 minutos; US$ 95 por 50 minutos) e consultoria de lactação (US$ 40 a US$ 70) em sua lista de serviços.
 
“Há um problema enorme de acesso ao atendimento básico de saúde nos EUA”, diz Adam Jackson, fundador e executivo-chefe da “Doctor on Demand”. “O tempo médio de espera para uma consulta médica é de 20 dias. As pessoas realmente querem e precisam de algo mais rápido, e agora temos a tecnologia de ambos os lados para proporcionar isso.”
 
Jackson diz que as consultas do “Doctor on Demand” diagnosticam e tratam 95% das pessoas que chamam o serviço; as outras 5% são encaminhadas para especialistas.
 
O paciente típico é uma mãe que trabalha e tem filhos e busca uma ajuda rápida para doenças comuns. Eu decidi usar o serviço há alguns meses depois que minha filha tinha sido atendida no pronto-socorro por causa de um nariz quebrado (um cavalo assustado bateu em seu rosto). Uma vez que chegamos em casa, eu precisava de mais orientação, então eu arranjei uma consulta de 15 minutos à distância com um pediatra, que respondeu todas as minhas perguntas e me poupou de outra ida ao pronto-socorro.
 
Outros serviços de telemedicina incluem o “Teladoc”, um dos pioneiros no campo, e “MDLIve”, que se juntou ao “Walgreens” para consultas via vídeo ou telefone. A American Well oferece consultas online por US$ 49. O aplicativo “Spruce” se destaca por oferecer consultas de vídeo para problemas dermatológicos, como picadas de insetos e erupções cutâneas. O “HealthTap” permite aos usuários fazerem perguntas médicas em seu site ou conversar em vídeo com os médicos por US$ 99 por mês.
 
Alguns serviços de consulta médica não são oferecidos no Alasca, em Arkansas e na Louisiana, onde os reguladores estatais impõem várias restrições aos serviços de telemedicina. O Conselho Médico do Texas também votou para restringir a prática no Estado.
 
UOL

Desigualdade social põe saúde materna em risco no Brasil, diz ONG

Foto: Reprodução da internet
Um estudo sobre o bem-estar de mães e bebês pelo mundo destaca o abismo entre favela e asfalto quanto à qualidade dos serviços de saúde ofertados, tanto em cidades brasileiras como em metrópoles internacionais
 
O levantamento anual “O Bem-Estar das Mães do Mundo 2015″, feito pela ONG Save the Children, coloca o Brasil em 77º lugar do ranking entre 179 países analisados, abaixo de países latino-americanos como Argentina e México.
 
O relatório compila dados levantados por outras instituições – de saúde materna, mortalidade infantil, educação, renda per capita e até representatividade feminina no governo – e, no caso brasileiro, cita um estudo realizado no Rio que aponta que a taxa de mortalidade de recém-nascidos chega a ser 50% maior em favelas do que em bairros mais ricos.
 
“Há crescentes evidências de que os bairros onde se vive têm muito a ver com o acesso à saúde de qualidade. Hospitais de boa qualidade muitas vezes estão reservados a mães que têm poder econômico”, diz à BBC Brasil Beat Rohr, diretor regional da Save the Children na América Latina.
 
Ele lembra que, historicamente, a saúde mundial tendia a ser melhor nas áreas urbanas do que nas rurais. “Mas hoje vemos que dentro das próprias cidades essa disparidade é muito grande, e isso se reflete em mortalidade materna e infantil. Se algumas gestantes têm acompanhamento regular em bairros ricos, isso nem sempre ocorre em bairros pobres, onde às vezes o médico não está, a consulta não é frequente e etc.”
 
No Brasil, mulheres têm uma chance em 780 de morrer de causas relacionadas à gravidez – nesse indicador específico, o país fica em 82º lugar entre os 179 analisados.
 
Dados de março deste ano apontam que a mortalidade materna vem caindo, mas em ritmo insuficiente para que o país alcance até o fim deste ano o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) no quesito.
 
A altíssima taxa de cesáreas, o excesso de intervenções desnecessárias, a falta de treinamento de equipes especializadas e a proibição do aborto são alguns dos fatores apontados como barreiras para que o risco diminua mais no país.
 
Representatividade política
Mas, entre os indicadores usados pela Save the Children, o Brasil se sai pior em representação política feminina, apesar de ter uma mulher na presidência.
 
“As mulheres têm menos de 10% dos assentos no Congresso, colocando o país em 151º lugar no mundo nesse indicador”, diz o levantamento.
 
Questionado a respeito da influência disso na saúde materna e infantil, Rohr explica que “há indicativos de que, quando têm poder político, as mulheres (no Legislativo) tendem a votar mais em políticas sociais, ainda que isso não seja uma regra”.
 
Problemas observados nos centros urbanos brasileiros são semelhantes aos de outras grandes cidades do mundo, diz o relatório da ONG ao citar “disparidades devastadoras em saúde entre ricos e pobres”.
 
“Para bebês nascidos em muitas das cidades que mais crescem no mundo, (é uma questão de) sobrevivência dos mais ricos”, diz Jasmine Whitbread, executiva-chefe da Save the Children.
 
Em 19 dos 40 países em que há dados de tendências de longo prazo, cresceu o abismo entre áreas prósperas e marginalizadas no que se refere a taxas de sobrevivência infantil.
 
O relatório concluiu também que mulheres dão à luz nos Estados Unidos têm mais chance de morrer no parto do que em qualquer outro país rico.
 
Uma mulher americana tem, em média, probabilidade dez vezes maior de morrer na gravidez ou durante o nascimento da criança do que as gestantes da Áustria, por exemplo.
 
BBC Brasil

Pegar gripe após tomar a vacina é mito

O medo de ficar gripado após a imunização é um dos principais motivos que fazem as pessoas não se vacinarem
 
O Ministério da Saúde realizou campanhas em vários Estados neste sábado, “o dia D” da vacinação contra gripe, em uma tentativa de fazer com que até o fim do programa 80% das pessoas sejam imunizadas – o equivalente a 50 milhões de pessoas. O governo sabe que atingir a meta não é simples. Em 2014, a campanha de vacinação teve de ser prolongada porque apenas 53% das pessoas pertencentes aos grupos alvos haviam tomado a vacina — o equivalente a cerca de 21,3 milhões de brasileiros.
 
Um dos principais motivos para a baixa adesão é a falta de conhecimento sobre a imunização. Muitos temem que, ao receber a vacina, irão contrair o vírus da gripe. O medo existe porque, após a administração da vacina, algumas pessoas apresentam alguns sintomas da gripe, como mal-estar e febre. Isso ocorre com 5% das pessoas imunizadas. Trata-se, no entanto, de uma resposta imunológica sem riscos. É uma ação dos anticorpos do organismo ao vírus. Não é gripe. “A vacina é segura e o medo de ficar doente em decorrência da imunização é uma bobagem”, diz o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. “A vacina simplesmente é composta de vírus morto.”
 
As vacinas são fabricadas a partir do próprio agente da infecção — vírus ou bactéria. Ela pode ser produzida com o microorganismo inativado, atenuado ou morto, como é o caso da vacina da gripe.
 
A vacina contra gripe é indicada principalmente para crianças, adultos com mais de 60 anos e pessoas com problemas de saúde como diabetes, doenças cardíacas e renais e pacientes que estão se submetendo à quimioterapia. “A imunização é importante não apenas para prevenir a gripe como também para evitar complicações associadas à doença, como pneumonia”, diz Artur Timerman. O Ministério da Saúde distribuiu 54 milhões de doses que serão oferecidas pela rede pública ao grupo prioritário até o dia 22 de maio.
 
Para receber a dose, é importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. As pessoas com doenças crônicas, ou com outras condições clínicas especiais, também precisam apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. Pacientes cadastrados em programas de controle no SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.

Veja