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terça-feira, 19 de maio de 2015

Venenos que podem ser encontrados em sua cozinha e você nem imagina

Venenos-que-podem-estar-na-sua-cozinha2Alguém que deseja ter uma vida pautada nos hábitos saudáveis deve ter em mente que até mesmo os alimentos mais tradicionais da cozinha podem esconder alguns venenos, capazes inclusive de prejudicar a saúde a longo prazo

Os danos obviamente podem ser amenizados e até evitados quando os alimentos que contêm substâncias nocivas são consumidos em pequenas quantidades e de maneira esporádica, mas pra isso é importante saber quais são esses itens que demandam cuidado. Com isso em mente apresentamos a seguir então alguns dos que se encaixam nesse contexto.

Maionese
O grande problema da maionese é que na maioria das vezes ela é feita com óleo de soja transgênica. E embora ainda não exista um estudo conclusivo sobre os alimentos transgênicos, as expectativas sobre eles não são das melhores.

Além disso, a maionese tem também uma forte ligação com a celulite. Dito isso, pra quem deseja consumir algum tipo de molho, o ideal é o de mostarda orgânica.

Catchup
A fórmula do catchup geralmente inclui xarope de milho, frutose e conservantes. E apesar de a frutose ser bem aceita pelo organismo quando presente nas frutas, ela não costuma ser bem assimilada da maneira que é colocada no catchup.
 
Dito isso, o consumo frequente do catchup pode aumentar o acúmulo de gordura no fígado, causando ainda tumulto no organismo e podendo fazer a pessoa comer bem mais que o normal.
 
Margarina ou manteiga
Tanto a manteiga quanto a margarina possui gordura saturada em sua fórmula, portanto, se esses alimentos não forem consumidos com moderação eles podem resultar no ganho de peso e até problemas cardiovasculares.
 
Embutidos e carnes processadas
Mesmo os presuntos e defumados que possuem pouca ou quase nenhuma gordura, podem acarretar em riscos à saúde.
 
O grande problema é que muitas vezes seus fabricantes acrescentam sal ou açúcar em excesso na composição para deixar o sabor agradável ao paladar, acrescentando ainda um fixador de cor e conservantes. Não obstante, um estudo americano apontou que as carnes processadas podem aumentar a chances de desenvolver um câncer pancreático em mais de 50%.
 
Ovos não orgânicos
Os ovos comuns muitas vezes ficam por dias nas prateleiras de supermercados sem estragar, mas o que pouca gente sabe é que isso só é possível por causa da grande quantidade de hormônios, pesticidas e antibióticos presentes no mesmo. Não obstante, eles podem conter ainda salmonela e outros tipos de bactérias.
 
Sucos artificiais/concentrados
O suco artificial é rico em açúcar, assim como os concentrados. Além desse tipo de bebida aumentar e muito as calorias no corpo, ainda faz com que o indivíduo coma mais que o necessário.
 
Refrigerantes
É quase impossível falar algo bom sobre qualquer tipo de refrigerante, que é uma bebida que causa na melhor das hipóteses uma acidez metabólica no organismo. Não obstante, os refrigerantes são ricos em substâncias químicas como conservantes e outros.
 
E sem contar que os refrigerantes do tipo diet possuem ainda uma enorme quantidade de adoçantes artificiais. O melhor mesmo é trocar esse tipo de bebida por água ou suco natural de fruta.
 
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O que é o Transtorno da Aversão Sexual?

Reprodução/ BBC
Falta de apetite sexual não está ligada ao transtorno
Transtorno é caracterizado por rejeição a todo tipo de contato genital com outra pessoa
 
Após uma tentativa de suicídio, William, com pouco mais de 40 anos, recebeu indicação médica para fazer terapia. Ele nunca havia tido qualquer tipo de contato sexual. Semanas após o início do tratamento, o paciente obteve um diagnóstico. Ele tinha o chamado "Transtorno de Aversão Sexual", caracterizado por rejeição extrema e persistente a todo tipo de contato genital com outra pessoa.
 
O psiquiatra Martin Baggaley, diretor do Centro de Saúde Mental do hospital South London and Maudsley, em Londres, Reino Unido, explica que a mera ideia de um ato sexual gera asco, repulsa e ansiedade na pessoa.
 
— Ela se sente ameaçada e passa a sentir um medo muito intenso, por isso faz o possível para evitar todo tipo de contato.
 
O transtorno é descrito no Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, em tradução livre), conhecido como a "bíblia da psiquiatria", e na CID (Classificação Internacional de Doenças) da OMS (Organização Mundial de Saúde). As duas publicações são referência no mundo da saúde para o diagnóstico de doenças.
 
Carmita Abdo, psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), afirma que a doença não está ligada ao desejo sexual.
 
— O critério para fechar diagnóstico é: não ter desejo incomoda? Sabemos que existem abstêmios, chamados assexuados. Não sofrem, não se preocupam. A libido provavelmente está depositada em outra área, na carreira, num projeto de vida, numa obra social. Então, se não incomoda, não vamos categorizar como uma doença. Mas se a pessoa tem aversão, muito provavelmente vai se incomodar, porque o sexo está em toda a parte.
 
De onde vem?
Este parece ser o caso do paciente William. Durante as sessões de terapia, ele revelou que sua mãe era alcoólatra e promíscua. Ela flertava frequentemente com os amigos do filho e tinha sido infiel ao marido (o pai de William) várias vezes. Quando William tinha 12 anos, seu pai cometeu suicídio. Em algumas ocasiões, contou o paciente, a mãe tinha tentado seduzi-lo.
 
O caso de William foi um entre 144 incluídos em um relatório feito pelo especialista americano Patrick Carnes, autor de vários livros sobre transtornos sexuais. O trabalho identificou, entre pacientes diagnosticados com o Transtorno da Aversão Sexual, alguns pontos em comum. Por exemplo, eles tinham históricos de depressão, além de terem sofrido tipos específicos de abuso.
 
Segundo Modesto Rey, ginecologista da Sociedad Española de Contracepción, a aversão estaria relacionada a "experiências traumáticas na infância, famílias desestruturadas, agressões na vida adulta, exposição a sistemas educacionais e morais restritivos e com visão negativa da sexualidade, o que gera medo e repulsa na pessoa.
 
Além do Sexo
De acordo com os especialistas, os efeitos do transtorno não se limitam ao plano sexual.
 
Para John Dean, ex-presidente da International Society for Sexual Medicine (Sociedade Internacional de Medicina Sexual, ISSM na sigla em inglês), a doença "é um problema para os que sofrem (do transtorno) porque podem querer estabelecer relações sentimentais duradouras com outras pessoas, mas não conseguem".
 
Em alguns pacientes, ele pode dificultar até interações sociais mais básicas. Como no caso da paciente "G", que decidiu, aos 39 anos, procurar terapia no Center for Healthy Sex (Centro para o Sexo Saudável), em Los Angeles, Estados Unidos. Ela nunca havia tido relações sexuais.
 
A fobia sexual que desenvolveu fez com que se isolasse de tal maneira que ela passou a evitar eventos sociais e situações em que homens pudessem estar presentes. Não se preocupava com sua aparência física, não tomava banho e usava roupas velhas e gastas. "G" havia sofrido abuso sexual na infância.
 
Estatísticas e Tratamento
Há poucos estudos científicos sobre esse transtorno, o que dificulta a identificação de um perfil do paciente que tem o problema, segundo especialistas. É provável que o número de pessoas afetadas seja maior do que se pensa, disse o psiquiatra Baggaley.
 
— As pessoas sentem muita vergonha (de falar sobre) esse assunto.
 
A professora da USP Carmita Abdo disse que, uma vez feito o diagnóstico, o tratamento é feito à base de terapia sexual e, quando necessário, medicação.
 
— A linha de terapia sexual é breve, de base cognitivo-comportamental, geralmente. Quanto à medicação, depende da necessidade de cada paciente. Poderiam ser indicados ansiolíticos ou medicamentos que favoreçam o interesse sexual, ou ambos.
 
O ginecologista Modesto Rey, que também indica terapias de base comportamental, explicou o princípio por trás da terapia:
 
— Aborda-se o tema e as situações que provocam medo de forma progressiva e, inicialmente, periférica. Também podem ser usadas terapias cognitivas, para que a pessoa reinterprete a realidade que gera a ansiedade.
 
Outros especialistas sugerem que a solução para o problema envolva tratamentos psicológicos de longo prazo, que levem o paciente a entender as causas do transtorno para depois definir objetivos futuros.
 
BBC Brasil / R7

Em assembleia anual da OMS, chanceler alemã pede ao mundo uma luta contra uso equivocado dos antibióticos

"É um assunto de importância crucial para a humanidade, declarou Angela Merkel
 
A chanceler alemã Angela Merkel pediu nesta segunda-feira (18/05) a todos os países do mundo que ajudem no combate ao uso equivocado dos antibióticos, que está aumentando a resistência aos tratamentos e transformando doenças que não eram letais em enfermidades mortíferas. "É um assunto de importância crucial para a humanidade", declarou Merkel a diplomatas e especialistas reunidos na assembleia anual da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra.

A chanceler anunciou que a Alemanha já aprovou a aplicação do plano global esboçado pela OMS em abril para enfrentar o problema das crescentes resistências aos antibióticos.

Os serviços de saúde de todo o mundo não atuam de maneira suficiente contra o uso equivocado dos antibióticos, o que aumenta a resistência dos micro-organismos aos medicamentos e provoca mortes por doenças que têm tratamento, advertiu a OMS no mês passado, quando anunciou um programa global de ação para maio.

Merkel também falou sobre a muito criticada resposta da OMS à epidemia de ebola, que infectou quase 26.800 pessoas e matou mais de 11.000, sobretudo no oeste da África. A chefe de Governo da Alemanha recordou o papel chave da agência de saúde da ONU, que foi acusada de reagir muito lentamente aos casos de ebola que começaram a aumentar na Guiné, Libéria e Serra Leoa no primeiro semestre de 2014. Mas opinou que as estruturas descentralizadas da OMS devem ser "mais eficientes" para assegurar uma reação mais rápida na próxima vez.
 
AFP

Alunos criam aplicativo para agilizar transplante de órgãos

A partir da necessidade de otimizar o tempo de resposta sobre a compatibilidade entre quem vai receber um órgão transplantado e quem vai doar é que surgiu a solução eTransplante
 
O software foi idealizado por alunos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec), da Zona Leste, em parceria com o Hospital das Clínicas.
 
O sistema recebe dados detalhados sobre os doadores e envia em tempo real para os smartphones das equipes médicas dos receptores, por ordem de prioridade, aguardando a resposta de aceite ou recusa do órgão no prazo de uma hora.
 
Atualmente esse processo é feito por telefone e pode demorar muito tempo na localização de um paciente compatível, segundo a professora orientadora do projeto, Cristina Oliveira.

Os alunos idealizadores foram Camila Belo, Caroline Roda, Ingrid Mazoni, Jaqueline Izumi, Lucas Oliveira, Rodrigo Ramos e Rogério Yokomizo.
 
O sistema está sendo homologado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo e deverá ser implantado ainda em 2015.
 
Reconhecido
O eTransplante já está sendo reconhecido pelo mercado: foi um dos destaques na edição de 2014 da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), na qual conquistou o primeiro lugar na categoria Informática e Ciências da Computação; também foi premiado no Congresso Nacional de Iniciação Científica; e será apresentado no Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que será realizado entre 27 e 29 de maio, em Recife.

Além disso, o sistema chamou a atenção internacionalmente e foi aprovado para ser apresentado em julho na 6th International Conference on Applied Human Factors and Ergonomics, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
 
Saúde Web

Saúde padroniza fluxo de órteses e próteses em unidades federais

Com o objetivo de padronizar o fluxo de acesso às órteses e próteses nos Hospitais Federais do Rio de Janeiro e três institutos vinculados ao Ministério da Saúde, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 08 deste mês a portaria nº 403
 
A normativa vai garantir maior transparência e controle aos processos de aquisição, recebimento, utilização e controle dos chamados dispositivos médicos implantáveis (órteses e próteses de alto custo). Esta é uma das ações efetivas do Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI), criado pelo Ministério da Saúde, em resposta às denúncias envolvendo esses insumos no fim do ano passado.
 
Os hospitais e institutos federais terão o prazo de 60 dias, a partir da publicação da portaria, para adotar procedimentos padronizados de controle, com a implantação de fluxos, formulários e documentos. Antes da portaria nº 403, cada uma das unidades tinha seu próprio fluxo de controle de material. Com a normatização de um fluxo padrão por parte do Ministério da Saúde, a responsabilidade do cumprimento da lei passa a ser de cada unidade, ficando a pasta responsável por apurar e punir qualquer irregularidade no cumprimento das regras.
 
Para a secretária de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Lumena Furtado, esta portaria disciplina todo o processo relacionado à aquisição e uso das órteses e próteses dentro das unidades hospitalares, objetivando o uso adequado para o paciente e maior controle do poder público. “A portaria cria regras claras que vão desde a compra, instruindo como o gestor deve preparar o edital de compra, até o armazenamento do material, quem tem a responsabilidade de guarda-lo, e como deve ser a distribuição internamente. Inclusive, para alguns tipos de próteses, a portaria prevê a realização de raio-x para comprovar a sua utilização. Esse exame ficará anexado ao prontuário do paciente”, explica Lumena Furtado.
 
Normatização de fluxos
De acordo com a nova portaria, na fase de planejamento de contratação, a quantidade de órteses, próteses e materiais especiais a ser adquiridos será estabelecida em função do consumo e utilização prováveis, cuja estimativa será obtida, com base nas metas de procedimentos cirúrgicos e ambulatoriais do exercício. As aquisições dos materiais serão precedidas da Apresentação de Requisição e Termo de Referência, que deverão ser elaborados por servidor com qualificação profissional compatível às peculiaridades do objeto, devendo o Termo de Referência ser avaliado e aprovado por comissão especial nomeada pelo diretor da unidade hospitalar.
 
As licitações para compra dos materiais serão realizadas na modalidade pregão, na forma eletrônica. As aquisições serão formalizadas por intermédio de termo de contrato. Já na fase de recebimento e distribuição, todos os materiais destinados à unidade hospitalar deverão ser entregues nos respectivos almoxarifados centrais ou depósitos, acompanhados da nota de empenho da despesa e da nota fiscal ou documento equivalente. Também o almoxarifado satélite do centro cirúrgico deverá ser gerido por servidor do almoxarifado central da unidade hospitalar, que será responsável pelo controle rigoroso e por todos os demais insumos armazenados naquele local.
 
No controle da utilização dos dispositivos médicos implantáveis, todos os procedimentos que utilizem esses materiais serão realizados, obrigatoriamente, em pacientes internados, com Autorização de Internação Hospitalar (AIH) válida emitida e/ou com procedimento ambulatorial agendado, nas hipóteses em que for tecnicamente comprovada sua efetiva necessidade, que deverá ser justificada por escrito no prontuário do paciente.
 
O controle na utilização dos dispositivos é de responsabilidade exclusiva dos profissionais de saúde envolvidos na realização do procedimento, que deverão registrar no relato cirúrgico, na folha de consumo e no prontuário do paciente todas as informações sobre as órteses, próteses e materiais especiais utilizados, tais como: o código, o lote, a especificação do produto, o quantitativo, o nome do fornecedor e a descrição pormenorizada do procedimento realizado.
 
Inicialmente, a portaria é direcionada a nove unidades de saúde, sendo seis hospitais federais (Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Lagoa, Ipanema e Servidores do Estado), além de três institutos vinculados ao Ministério da Saúde: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (INTO) e Instituto Nacional de Cardiologia (INC).
 
Avanços
A criação da portaria é um das ações efetivas desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI), instituído pelo Ministério da Saúde, e que contam também com a participação dos ministérios da Fazenda e da Justiça, além de estados e municípios. O objetivo grupo consiste em propor medidas de reestruturação e ampliação da transparência do processo de produção, importação, aquisição, distribuição, utilização, tributação, avaliação e incorporação tecnológica, regulação de preços, e aprimoramento da regulação clínica e de acesso dos dispositivos médicos em território nacional.
 
Em quatro meses, além da publicação da portaria nº 403, o GTI criou subgrupo com especialistas para discussão e padronização de nomenclatura a ser utilizada de forma universal. Hoje, não há padronização de nomenclatura no que se refere a órteses, próteses e materiais especiais, o que dificulta a comparação dos produtos, seja para uniformização de preços ou padronização de uso. Desta forma, a partir de agora, a forma correta ao se referir a alguns materiais é ‘dispositivos médicos implantáveis’, excluindo deste grupo, por exemplo, bengalas e óculos.
 
Outra ação foi a criação de subgrupo para discussão e elaboração de protocolos e normas de uso de dispositivos médicos implantáveis, iniciando pelas de maior importância em saúde pública, que são cardiologia, traumatologia e ortopedia, e neurologia. O GTI também vem discutindo a regulamentação econômica do setor.

Fonte: Amanda Mendes/ Agência Saúde

Esteatose hepática

A esteatose hepática caracteriza-se por acúmulo de gordura no fígado
 
Chamado também de "fígado gorduroso" a esteatose chamou a atenção dos médicos no final da década de 1980 quando coincidiu com uma epidemia de obesidade nos Estados Unidos.

Nosso fígado possui normalmente pequenas quantidades de gordura, porém, quando esta ultrapassa 10% do peso hepático, estamos diante de um quadro de esteatose.

A esteatose no seu início, chamada de esteatose hepática leve, normalmente não causa sintomas ou complicações. Quanto mais prolongado e maior acúmulo de gordura , maiores sim são os riscos de uma lesão hepática.

 Essa gordura do fígado, em excesso e por muito tempo, pode acarretar em danos nas células do fígado, ficando inflamadas.

Quando o fígado chega nesse estágio, chamamos de esteato-hepatite ou hepatite gordurosa. Nesse caso, se não tratado pode evoluir para cirrose.

A esteatose hepática é um estágio anterior ao desenvolvimento da esteato-hepatite.

As causas desses dois tipos de esteatose são o consumo de bebidas alcoólicas e a obesidade ou sobrepeso. Mais de 70% dos pacientes com esteatose são obesos. Quanto maior o sobrepeso, maior o risco.

Outros fatores de risco para o desenvolvimento de gordura no fígado são a diabetes tipo 2, a resistência a insulina e o colesterol elevado.

A esteatose é mais comum em mulheres e, pode também aparecer em pessoas magras e com baixa ingestão de álcool, em proporções menores.

Tanto a esteatose hepática como a esteato-hepatite não causam sintomas (são assintomáticas) em fases iniciais e normalmente são descobertas acidentalmente em exames de ultrassonografia ou tomografias.

Hepatite.org.br

Mudança no PIS/Cofins pode elevar em 6,18% preço de medicamentos

O texto, que integra o pacote de ajuste fiscal do governo federal, deverá ser votado a partir desta terça-feira

A medida provisória 668, que eleva a alíquota do PIS/Cofins sobre produtos importados, poderá causar um aumento de 6,18% no preço de medicamentos, segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).
 
O texto, que integra o pacote de ajuste fiscal do governo federal, deverá ser votado a partir desta  terça-feira (19/05) pela Câmara dos Deputados.A MP fixa as alíquotas do PIS/Cofins sobre os medicamentos estrangeiros em 15,79% e sobre a matéria-prima do setor em 11,75%. Desde 2008, os tributos não são cobrados pelo governo com base em um decreto que zerou as tarifas de importação dos itens. "Não há garantias de que essa isenção irá permanecer após o reajuste proposto pela medida provisória", afirma o presidente-executivo da associação, Antônio Britto.
 
No caso da importação de insumos para a fabricação de medicamentos, a elevação dos impostos causará reflexos em toda a cadeia, incluindo empresas estrangeiras e nacionais, diz o executivo. "O Brasil compra no exterior 86% da matéria-prima que é utilizada pelo setor”, conclui.
 
Folha de São Paulo / Guia da Pharmacia

Conheça os tipos de repelentes disponíveis no Brasil e a eficácia de cada um

Há três principais tipos de repelentes de insetos à venda no País: à base de Icaridina, DEET e IR3535
 
Em tempos de dengue, a procura por repelentes virou quase uma regra. No entanto, há tantas marcas disponíveis no mercado que pode deixar até o mais atento dos consumidores confuso. Como saber qual é o melhor, para quem são indicados e como aplicar? Especialistas consultados pelo iG explicam a diferença dos produtos e a eficácia de cada um.
 
Há três principais tipos de repelentes de insetos no Brasil. Aqueles à base de Icaridina, DEET e IR3535. Todos, se mal usados, podem provocar efeitos tóxicos. A dermatologista Carolina Marçon, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que, em primeiro lugar, é necessário verificar se o repelente é aprovado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 
Depois, é necessário atentar para a faixa etária de quem vai usar, já que é perigoso não passar repelentes específicos nas crianças. “A criança tem pouca defesa corpórea, uma pele que absorve mais. Isso pode dar uma complicação sistêmica, uma alteração neurológica ou pulmonar”, alerta a médica.
 
Para que o repelente seja eficaz, é necessário aplicar uma boa quantidade nas áreas expostas. E, segundo Carolina, jamais dormir com repelente. “Ele é usado apenas para a exposição, não se pode dormir sem tomar banho para retirá-lo”, preocupa-se a dermatologista.
 
Há quem considere a citronela um bom repelente natural, mas os médicos discordam. “Os repelentes com óleo de citronela, eucalipto ou andiroba não têm segurança para usar em crianças e são muito voláteis, acabam evaporando rapidamente”, completa Carolina.
 
Conheça a eficácia dos três tipos de repelentes:
 
Icaridina
O mais potente repelente disponível no Brasil é aquele à base de Icaridina. O pediatra e neonatologista Jorge Huberman explica que recomenda esse repelente pelo fato de ele durar até 12 horas na pele. Por ter necessidade de menos reaplicações, esse repelente é considerado o melhor. “Quanto menos vezes passar, melhor, pois há um risco menor de reação sistêmica, além de reduzir o risco de alergias na pele”, diz a dermatologista Carolina. Ela conta que há um repelente desses específicos para crianças, que pode ser usado acima dos dois anos.
 
Esse repelente, no entanto, é um dos mais difíceis de encontrar, já que se esgota rapidamente das farmácias. A empresa que fabrica o produto informou que aumentou em oito vezes a produção, mas que mesmo assim nem sempre dá conta da demanda, que aumentou por causa da epidemia de dengue.
Tempo de ação: até 12 horas.
 
DEET
É o repelente comum, presente na grande maioria das marcas. Os repelentes com DEET duram quatro horas na pele, em média. Segundo o infectologista Leonardo Abrucio Neto, do Hospital Beneficência Portuguesa, existe a suspeita de que o DEET não seja tão eficiente para repelir o mosquito da dengue, já que eles poderiam se tornar imunes ao princípio ativo. Para outros insetos, como outros tipos de mosquitos e pulgas, ele afirma que o DEET é eficaz.
 
Carolina explica que o tempo de reaplicação do repelente deve ser respeitado, de acordo com as recomendações do fabricante. No entanto, não é permitido aplicar mais do que três vezes ao dia, por aumentar o risco de absorção e de toxicidade.
 
A dermatologista diz que há repelentes à base de DEET específicos para crianças, com concentração menor do princípio ativo. Os produtos infantis trazem de 6% a 9% do princípio ativo. A razão? As crianças têm uma pele mais permeável, que permite uma absorção maior – e mais nociva – das substâncias tóxicas. Respeitar o rótulo e só aplicar repelentes destinados à idade das crianças protege os pequenos. Para os adultos, a concentração gira em torno dos 14%.

Tempo de ação: até quatro horas.
 
IR 3535
O repelente à base de IR 3535 é indicado para bebês acima de seis meses. Todos os outros repelentes só podem ser usados depois de dois anos de idade por causa da toxicidade. Por ser uma substância com menos risco de alergias e intoxicação, é indicado para tão pouca idade.
 
“Abaixo de seis meses é totalmente contraindicado. O ideal é, abaixo de dois anos, usar mosquiteiros”, recomenda Carolina. Ela diz ainda que é bom lavar as mãos das crianças logo após a aplicação, já que elas podem ter contato direto com a substância e levar à boca.

Tempo de ação: até quatro horas
 
iG

Ato público em SP pede tratamento humanizado para pessoas com transtorno mental

Ato no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na região central da capital, marcou o Dia Nacional Antimanicomial. Fantasiados, embalados pelo samba, os manifestantes levaram faixas e cartazes para defender tratamento humanizado para as pessoas com transtornos mentais
 
A presidenta da Federação Nacional dos Psicólogos, Fernanda Magano, disse que um dos pontos mais preocupantes atualmente em relação ao tema são as comunidades terapêuticas. Os centros, em grande parte mantidos por entidades religiosas, oferecem atendimento a dependentes químicos. “[As comunidades ] não têm uma posição laica sobre o atendimento da saúde mental. Acabam se eximindo de todas as diretrizes do Ministério da Saúde e fazendo [procedimento] de encarceramento dessas pessoas. São novas formas de manicômio com outros nomes”, criticou Fernanda.
 
Segundo ela, além de problemas como doutrinação religiosa, um relatório da federação identificou até mesmo denúncias de trabalho escravo nessas comunidades. “Com essa falácia da epidemia de crack, se abriu um espaço enorme para as chamadas comunidades terapêuticas”, disse. Fernanda acrescentou que essa é uma das razões que explicam a expansão desse tipo de atendimento.
 
Os manifestantes também defenderam o fim definitivo dos hospitais psiquiátricos. “A gente ainda tem uma concentração de leitos psiquiátricos em Sorocaba: são sete grandes hospitais”, disse Fernanda. Essas instituições devem ser substituídas, na visão dos participantes do ato, pelos centros de Atenção Psicossocial (Caps) e, para os casos mais graves, por alas de internação em hospitais gerais.
 
Agência Brasil

Maioria dos acidentes com moto resulta em internação, diz Hospital das Clínicas

Foto: Reprodução da Internet
Mais de 70% dos motociclistas acidentados que são atendidos no Pronto-Socorro (PS) do Instituto de Ortopedia e Traumatologia, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), precisam de internação. O número mostra que os traumas de moto são os mais graves entre os acidentes de trânsito
 
O levantamento aponta que, das 1126 pessoas que sofreram acidentes de trânsito atendidas no pronto socorro de ortopedia em 2014, 54% eram vítimas de acidentes de automóvel, 28,5% de moto, 11,5% atropelamento, e 5,8% de bicicleta.
 
O alerta do médico é, principalmente, para os de acidentes de carro, que tiveram aumento de 33% entre 2013 e 2014 no número de pacientes. Do total dessas vítimas, 43,5% dos casos precisaram de internação. Homens entre 20 e 35 anos correspondem a 80% dos acidentados de moto e carro que dão entrada no pronto-socorro da ortopedia do Hospital das Clínicas.
 
A boa notícia é que o número de motociclistas atendidos pela instituição vem caindo gradativamente nos últimos três anos. Houve queda de 47,5% das vítimas de moto, na comparação com 2011. Porém, os traumas de com o veículo continuam sendo mais graves, afirmou Jorge dos Santos Silva, ortopedista e diretor clínico do instituto. “Em 71,3% dos casos atendidos no pronto socorro de ortopedia há necessidade de internação”, disse.
 
Já as vítimas de atropelamento, recebidas no pronto-socorro, tiveram redução de 47,1% de 2013 para 2014.
 
Agência Brasil

ANS suspende a comercialização de 87 planos de 22 operadoras

34 planos de saúde foram reativados por melhoria no serviço prestado ao consumidor, segundo a Agência
 
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspende, a partir de quarta-feira (20), a comercialização de 87 planos de saúde de 22 operadoras por não cumprimento dos prazos máximos de atendimento e por outras queixas de natureza assistencial, como negativas indevidas de cobertura (veja lista abaixo). Na mesma data, 34 planos de saúde que estavam com a comercialização até então suspensa poderão voltar a ser comercializados, já que houve comprovada melhoria no atendimento ao cidadão.

Segundo a ANS, a medida protege aproximadamente 3,2 milhões de beneficiários que estão vinculados aos planos com comercialização suspensa, tendo em vista que as operadoras terão que resolver os problemas assistenciais para que possam receber novos beneficiários.
 
Há hoje no país 50,8 milhões de consumidores com planos de assistência médica e 21,4 milhões com planos exclusivamente odontológicos.
 
Desde o início do programa de fiscalização, 1.099 planos de 154 operadoras já tiveram as vendas suspensas. Outros 924 planos voltaram ao mercado após comprovar melhorias no atendimento.

Das 22 operadoras com planos suspensos neste novo ciclo, 8 já tinham planos em suspensão no período anterior, 14 operadoras não constavam na última lista de suspensões. Destas, 11 terão a comercialização de planos suspensa pela primeira vez. A medida é preventiva e perdura até a divulgação do próximo ciclo de fiscalização. 

No período de 19/12/2014 a 18/03/2015, a ANS recebeu 21.294 reclamações de beneficiários de planos de saúde. Todas foram tratadas pela mediação de conflitos, sendo que 6.621 eram relacionadas a temas não assistenciais (contratos e reajuste, por exemplo) e 14.673 referentes a cobertura assistencial. Dessas últimas, 11.007 foram consideradas pelo programa de Monitoramento. Foram excluídas as reclamações sobre planos de operadoras em portabilidade de carências ou em liquidação extrajudicial, que já não podem mais ser comercializados, uma vez que as empresas estão em processo de saída ordenada do mercado. No universo avaliado, 85,17% das queixas foram resolvidas pela mediação feita pela ANS via Notificação de Intermediação Preliminar (NIP).
 
A mediação de conflitos agiliza a solução de problemas do beneficiário de planos de saúde. Com a notificação, as operadoras são comunicadas diretamente pelo portal da ANS, em espaço próprio, onde acompanham as demandas. O prazo máximo para a adoção das medidas necessárias à solução da reclamação é de até 5 dias úteis em casos assistenciais e de até 10 dias úteis para não assistenciais. A contagem do prazo começa no primeiro dia útil seguinte à data da notificação. É importante esclarecer que os prazos da mediação de conflitos não comprometem o tempo máximo de atendimento que deve ser cumprido pela operadora.
 
Além de ter a comercialização suspensa, as operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 100 mil.
 
Veja lista completa dos planos de saúde suspensos:

ALLIANZ SAÚDE S/A
 
ASSOCIAÇÃO AUXILIADORA DAS CLASSES LABORIOSAS

COOPUS - COOPERATIVA DE USUÁRIOS DO SISTEMA DE SAÚDE DE CAMPINAS
 
ECOLE SERVIÇOS MÉDICOS LTDA

GOOD LIFE SAUDE LTDA

IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MAUÁ

ITAGUAÍ SAÚDE LTDA.

MEDISANITAS BRASIL ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE S/A.

MINAS CENTER MED LTDA

ODONTOPREV S/A

OPERADORA UNICENTRAL DE PLANOS DE SAÚDE LTDA.

PLENA SAÚDE LTDA

PROMED ASSISTENCIA MEDICA LTDA

SALUTAR SAÚDE SEGURADORA S/A

SAÚDE SIM LTDA

UNIMED ITABUNA COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

UNIMED PAULISTANA SOCIEDADE COOPERATIVA DE TRABALHOMÉDICO
 
UNIMED RECIFE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

UNIMED UBERLÂNDIA COOPERATIVA REGIONAL TRABALHOMÉDICO LTDA
 
UNIMED-RIO COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO DO RIO DEJANEIRO
 
VITALLIS SAÚDE S/A

W.S. - ADMINISTRADORA DE PLANOS DE SAUDE E ODONTOLOGICO LTDA.
 
Outro lado
Por meio de nota, a Odontoprev questionou a decisão da ANS e informou que tem questionado a metodologia da agência. "Principalmente em relação aos atuais critérios de medição, os quais podem produzir desvios estatísticos relevantes, distorcendo a avaliação de qualidade pretendida, problema já apontado anteriormente pela FENASAÚDE - Federação Nacional de Saúde Suplementar, entidade da qual a Odontoprev faz parte", informou a empresa.

Agência Brasil / iG

Criança transferida para UTI morre após ambulância quebrar em rodovia

Ambulância que transportava Nicole quebrou na rodovia, próximo a Itumbiara, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Foto: Reprodução/TV Anhanguera -Nova ambulância só chegou
 ao local depois de mais de uma hora
Mãe da menina disse que veículo não tinha condições de rodar, em Goiás. Paciente esperou por mais de uma hora até que outro transporte chegasse
 
A família de Nicole Vitória Ramos do Nascimento, de 2 anos, denuncia que a menina morreu após chegar ao Hospital de Urgências de Santa Helena de Goiás (Hurso), no sudoeste goiano, devido à demora na transferência para a unidade de saúde. A ambulância que transportava a criança quebrou durante o percurso de Catalão, onde ela estava hospitalizada, para o Hurso, a 388 km de distância, provocando o agravamento do estado de saúde da paciente, que precisava de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
 
O caso aconteceu na madrugada de domingo (17). Segundo a mãe da garota, Lara Nascimento, a ambulância não tinha condições de circular. "O próprio motorista disse que tinha demorado a chegar no hospital de Catalão para fazer a transferência porque foi buscar a ambulância na oficina. O mecânico disse para ele que a ambulância não tinha condições de rodar porque estava toda remendada”, disse.
 
Nicole nasceu com paralisia no cérebro e precisava de cuidados especiais. Na última quarta-feira (13), a garota teve convulsões e apresentou sintomas de pneumonia, por isso, ela foi internada na Santa Casa de Misericórdia de Catalão, cidade do sudoeste goiano onde a família mora. Como o estado de saúde dela era delicado, foi solicitado vaga em uma UTI pediátrica. A transferência aconteceu no sábado (16), quando conseguiram um leito em Santa Helena de Goiás.
 
A garota foi transportada por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo a família, o veículo demorou mais de 12 horas para ser liberado para fazer a transferência de Nicole. A ambulância estragou na metade do caminho, próximo a Itumbiara, no sul goiano.
 
De acordo com a mãe de Nicole, foi preciso esperar mais de uma hora na rodovia para que outro veículo chegasse ao local e levasse a paciente até o hospital. “Nesse tempo, eles abriram a ambulância todinha. Estava fazendo muito frio e a gente ficou exposta, com aquele tanto de caminhão passando”, disse.
 
A criança chegou com vida ao hospital, mas morreu na UTI do Hurso depois de duas paradas cardíacas. “Os próprios médicos disseram que a demora foi um dos fatores que complicou o estado dela. Se tivesse chegado antes, a chance teria sido maior”, relatou Lara.
 
A Secretaria Municipal de Saúde de Catalão, responsável pela ambulância, não quis se pronunciar sobre o caso.
 
G1

Fiocruz testa novo medicamento preventivo contra a HIV/AIDS

O Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e AIDS, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), conduzirá o estudo clínico HPTN077 com um medicamento totalmente novo para prevenção da AIDS
 
A droga, conhecida como GSK1265744, já mostrou resultados positivos em testes conduzidos para tratamento da AIDS, e agora terá seu potencial testado como parte da estratégia de prevenção da infecção pelo HIV. A pesquisa será realizada simultaneamente na África do Sul, no Brasil, nos EUA e no Malawi.
 
Seleção de voluntários
Os candidatos a participar da pesquisa serão selecionados na Fundação Oswaldo Cruz. “Este critério tem como objetivo potencializar a adesão, facilitar a administração do medicamento e o acompanhamento clínico”, explica Beatriz Grinsztejn, coordenadora do Laboratório e pesquisadora líder do estudo. A proposta do projeto é avaliar a segurança, tolerância, aceitabilidade e sua farmacocinética (descrevendo o processamento da droga no corpo humano, identificando o caminho percorrido no organismo da administração à excreção).
 
Depois de passar por uma avaliação completa do estado de saúde, serão selecionados 20 voluntários entre os candidatos inscritos, homens e mulheres, de 18 a 65 anos, não infectados e com baixo risco de contrair o HIV. O remédio, que já provou ser seguro em testes anteriores, é injetável, será aplicado a cada três meses e o acompanhamento dos voluntários terá uma duração total de dois anos.

Estado da arte das estratégias de prevenção
Atualmente, estudos como o de Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PrEP) já demonstraram que é possível obter 100% de proteção contra a infecção ao longo do tempo, mas para tal é necessária a ingestão diária de um antirretroviral. “Costumamos fazer uma analogia com os anticoncepcionais. Existem alternativas das mais diversas, desde o comprimido diário, até o DIU, passando por injeções trimestrais, a camisinha, enfim. Queremos que exista essa mesma diversidade nas estratégias de prevenção do HIV/AIDS. Assim cada pessoa escolherá o que melhor se adapta à rotina dela”, pondera Beatriz.
 
A Rede de Testes de Prevenção do HIV (The HIV Prevention Trials Network – HTPN), é uma organização colaborativa mundial que realiza estudos clínicos da segurança e eficácia de estratégias de prevenção do HIV financiada pelo governo americano. “O Brasil participa de pesquisas de ponta no tratamento e prevenção da AIDS da HPTN, mas sempre em fases mais adiantadas. Neste caso, que envolve um estudo em seus primeiros estágios, estamos no momento privilegiado, do estado da arte em que se gera mais conhecimento, se faz ciência. Lutamos que estudos assim sejam feitos com a população brasileira, pois assim teremos resultados que respondam à nossa diversidade genética, à nossa realidade. Desta forma teremos um conhecimento melhor do manuseio do produto, reações adversas, etc., e podemos conduzir melhor as fases posteriores da investigação", conclui a pesquisadora.
 
Fonte: Juana Portugal / Ascom INI