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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Você ainda será operado por robô; entenda como funciona a robótica na medicina

Mesmo cirurgiões altamente treinados apresentam pequenos tremores quando operam em campos reduzidos; robôs podem eliminar esse problema
Arquivo Pessoal: Mesmo cirurgiões altamente treinados
apresentam pequenos tremores quando operam em
campos reduzidos; robôs podem eliminar esse problema
Médico que trouxe técnica para o Brasil ressalta importância da tecnologia: “Quando colocamos um cirurgião que não tem tanta perícia, com o auxílio do robô ele consegue fazer”
 
Um dia você ainda vai ser operado por um robô. Essa afirmação é real, diante do avanço da tecnologia médica que busca constantemente fazer cirurgias menos invasivas e que gerem menos dor ou trauma ao paciente. O resultado? Um procedimento mais seguro, preciso e que permite ao paciente sair do hospital com alguns dias de antecedência, diante da recuperação mais rápida.
 
Mas calma: não é aquele robô com pernas e braços que saem andando pelos corredores e te dizem bom dia, como nos filmes. São instrumentos robóticos que obedecem ao comando de um cirurgião experiente e que escalonam movimentos, evitando aquele tremor que todos os humanos têm – por mais experiente que seja – e permitindo acesso a áreas mais delicadas do corpo humano.
 
Já usado na urologia, com alguns tipos de cirurgia cardíaca e abdominal – como a retirada de vesícula -, hoje um dos trunfos da robótica foi ter entrado no campo da neurologia. Se há um local em que a precisão é ainda mais do que fundamental, esse lugar é o cérebro e outras áreas neurológicas. O cirurgião neurológico, Paulo Porto de Melo foi aquele que trouxe essa técnica para o Brasil, direto dos Estados Unidos, em 2011. “O primeiro mito que devemos esclarecer é que o robô não opera sozinho”, diz ele, dirigindo-se aos temerosos da substituição do homem pela máquina.
 
De fato, a robótica é usada como uma extensão da mão do cirurgião. Onde ele não consegue alcançar, muitas vezes o robô consegue e, por meio do escalonamento de movimentos, o cirurgião consegue comandar o aparelho a fazer movimentos milimétricos com pouca chance de erro.
 
“Ele amplifica a potencialidade do cirurgião e filtra o tremor que todos têm. Mesmo os mais renomados, quando operam em campos muito pequenos, tremem um pouco. É inerente. Além de o robô eliminar esse tremor, o punho dele gira em sete eixos diferentes, 360 graus. O punho humano não gira 360 graus em canto nenhum, por isso o robô consegue maior acesso”, explica Melo.
 
Ele conta que, se um cirurgião precisa de um movimento pequeno, ele ajustará o robô para um “movimento fino”, mas poderá fazer um maior, já que o robô conseguirá filtrar e fará menor. “Se faço um movimento de 0,5 centímetro, o robô fará de 0,05 centímetro. Isso acaba deixando a cirurgia mais delicada, mais precisa, mais segura, com acesso a regiões que não se conseguiria facilmente, porque o tamanho da mão do robô é muito menor do que a mão humana”, entusiasma-se.
 
Paulo Porto de Melo trouxe a técnica da cirurgia neurológica robótica ao Brasil
Vieira Press - Paulo Porto de Melo trouxe a técnica da
 cirurgia neurológica robótica ao Brasil
Perícia
O neurocirurgião explica que o robô hoje usado nas cirurgias neurológicas não foi desenvolvido pensando em tal atividade. “Em conjunto com universidades americanas, estamos desenvolvendo uma série de protocolos e técnicas de cirurgia robótica para nos aproveitarmos do robô existente”, diz ele, que também é diretor de neurocirurgia da Sociedade Mundial de Cirurgia Robótica.
 
Segundo o médico, em aneurismas cerebrais completos, à mão livre, muitas vezes, não é possível fazer reparos diretamente. “Para fazer um determinado procedimento, precisamos dar pontos na parede da artéria com um fio que tem um décimo da espessura de um fio de cabelo. Eu faço isso, mas são poucos os médicos que conseguem. “Quando colocamos um cirurgião que não tem tanta perícia, com o auxílio do robô ele consegue fazer”, conta.
 
Melo comenta que isso permite que essa medicina tão minuciosa não dependa apenas da mão de poucos peritos, abrindo assim um caminho para um maior acesso a cirurgias.
 
Ele conta, no entanto, que se algo der errado no meio da cirurgia, o procedimento pode ser convertido para uma cirurgia convencional. “Se possível, usamos o robô. Se não for possível, podemos converter. Antigamente se operava a vesícula por via aberta, eram dois palmos de incisão. Depois, surgiu a videolaparoscopia. Quando dava errado, convertia-se para vídeo em convencional. À medida que a experiência por vídeo aumentou, a taxa de convencionais foram caindo”.
 
Telemedicina
Não só cirurgias presenciais podem ser feitas com robô, mas também aquelas à distância. Segundo Melo, isso beneficiaria populações remotas que não têm acesso a um cirurgião experiente na área em que precisa.
 
“Se um paciente estiver no meio da Amazônia e tiver um robô lá, pode-se operar a quatro mãos”, diz o neurocirurgião. Mesmo que o médico no local não tenha tanta experiência, com a telemedicina é possível conseguir um sistema de tutoria com alguém mais habilitado. Logo, o cirurgião local acompanha a cirurgia e pode intervir em qualquer situação, enquanto o especialista na área opera remotamente.
 
Melo conta que o maior trunfo da neurocirurgia será quando um instrumento chamado neuronavegador for aprimorado. Esse instrumento funciona como uma espécie de GPS, em que o médico o alimenta com uma ressonância de alguém que tem um tumor e, em tempo real, o neuronavegador vai mostrando na tela onde está o instrumento do cirurgião.
 
“Quero a integração do neuronavegador com o robô. Quero que o neuronavegador desenhe para o robô os corredores de trabalho seguros. Se o indivíduo, inadvertidamente quiser ir para um lado não seguro, o robô travaria”, conta ele. “Às vezes, acontece de o médico ir para um lado errado, pois uma artéria está 3 milímetros para um lado em que não deveria estar. O robô simplesmente travaria nesses casos”, conta, esperançoso.

iG

IFF inaugura parque infantil

Foto/Reprodução
Com a criação do parque, as visitas ao Instituto serão transformadas em momentos de fantasia e diversão
 
O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), por meio do Núcleo de Apoio a Projetos Educacionais e Culturais (Napec), contempla mais uma iniciativa voltada à criação de um espaço lúdico. No próximo dia 2/7, às 10 horas, acontecerá a inauguração do Parque Infantil Fernandes Figueira. A ideia do parque dentro do Instituto pediátrico é torná-lo um espaço leve e divertido, propiciando novas e diferentes experiências entre as crianças e adolescentes atendidos, seus familiares e os profissionais de saúde.
 
Para Magdalena Oliveira, coordenadora do Napec, ao entrar no IFF, as crianças reconhecerão, de imediato, um ambiente que diga respeito à infância, com brinquedos, música, leitura e atividades de livre criação. A proposta é contribuir para um tratamento que ultrapasse os limites físicos do adoecimento, fazendo com que o paciente modifique suas percepções acerca das experiências vivenciadas dentro do hospital.
 
“Uma criança percebe, constrói, vive e organiza o mundo e os espaços de forma particularizada e diferente dos adultos. A organização de um ambiente que seja mais favorável à situação da infância, oferece uma condição promotora da saúde. O parque reinventa o ambiente hospitalar, introduzindo novas estratégias no que diz respeito ao planejamento na área de saúde da criança. Para os profissionais de saúde, o parque é uma ferramenta facilitadora na recepção e no contato com a criança e sua família”, enfatizou Magdalena.
 
As atividades desenvolvidas serão coordenadas por uma equipe formada por profissionais de Pedagogia e Psicologia, juntamente com voluntários capacitados, e serão abertas aos pacientes dos diversos ambulatórios do Instituto.
 
Parcerias que fazem a diferença
Para que a iniciativa se tornasse possível, o Grupo Riwa, empresa que atua no segmento de construção e infraestrutura em diferentes partes do Brasil, não mediu esforços para sua realização, abraçando o projeto e formulando soluções a partir de um proposta apresentada pelo Napec. O trabalho foi pensando com base na observação da rotina do Instituto e seguiu as diretrizes defendidas pela Política Nacional de Humanização (PNH/MS) para o Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto contou com a participação de outras instituições - RIOinclui, Instituto Todos com Felipe, Animason e Super COC, que desenvolvem ações de responsabilidade social, propagando cidadania, cooperação e dignidade.
 
Serviço:
 
Inauguração do Parque Infantil Fernandes Figueira
 
Data: 2 de julho de 2015
 
Horário: 10h
 
Local: Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) / Avenida Rui Barbosa, 716 – Flamengo – RJ
 
Juliana Xavier
Assessoria de Imprensa IFF/Fiocruz
(21) 99627-3790 (21) 2552-8829

“A medicina precisa ir além da visão da máquina”, diz o ativista quântico

Créditos: Físico quântico - Amit Goswami. Foto: Bruno Cavini
Esbanjando tranquilidade e simplicidade a cada passo e a cada gesto, o físico indiano Amit Goswami chegou ao Saúde Business Forum um dia antes de sua apresentação
 
 
Mesmo depois de algumas horas de voo (ele reside no Oregon – EUA), nada parece abalar sua serenidade e gentileza. Há em Amit, já nos primeiros momentos ele pediu para chamá-lo assim, algo visivelmente coerente com seu discurso: a atenção no trato com o próximo, e a consciência de enxergar o outro como parte do todo, ou seja, parte de nós.
 
E foi essa a tônica de sua apresentação, que convidou o público a refletir sobre como as ações estão diretamente ligadas entre si e como este envolvimento pode ser a chave para o relacionamento entre médico e paciente. Amit utiliza a física quântica para explicar sua teoria, na qual a consciência “é a base de todo ser” e não a matéria. Aliás, é a visão materialista, que considera apenas as interações materiais, que é apontada por ele como um problema em várias vertentes, entre elas a medicina.
 
O físico cita o biólogo francês, já falecido, Jacque Monod . “O corpo é uma máquina! A mente é uma máquina! A alma é uma máquina!”. Mesmo sendo esta uma ideia do século passado, a medicina praticada hoje é a mesma de 1950, na qual o foco é tratar o corpo como uma máquina. Porém, ele não é. Da mesma forma que o médico não é apenas um profissional, antes de tudo, é um ser humano, assim como o paciente. Por isso, segundo o físico, é preciso ir além da visão da máquina, seja a máquina de diagnóstico ou mesmo pelo humano visto como tal, para a relação entre o paciente e o médico acontecer.
 
“Os médicos não sabem o que o paciente tem a dizer, por isso temos que treiná-los para sentirem a dimensão de sua saúde física. Assim, eles saberão como o corpo físico interage com o não físico”, explica.
 
Segundo o indiano, 70% das pessoas são tratadas pela medicina farmacêutica, em que o tratamento não atua na causa dessas enfermidades. Esses mesmos 70% dependem da atitude do paciente em prol da cura. “Se [o paciente] acreditar, sentir no coração que pode ser curado, isso tem um poder muito grande no corpo. Quando o coração e o cérebro se juntam, a possibilidade de cura está escolhida. Neste ponto, o paciente escolhe ser curado e a possibilidade aumenta”, acredita o físico.
 
Obviamente, ele alerta que não se deve abrir mão dos tratamen-tos convencionais e que o ideal é conciliar a medicina tradicional com a chamada “intenção de cura”. Amit finaliza sua apresentação dizendo que “ a cooperação entre médico e paciente está em uma única consciência” e que essa parceria tem um poder muito forte.
 
“Quando essa cooperação acontece, e os sujeitos têm amor pelo outro e amor próprio, a escolha [pela cura] está feita”.
 
Em sua apresentação, você falou sobre a forte conexão entre o paciente e o médico. Os médicos concordam com você?Há um forte materialismo, no qual toda a avaliação dos problemas dos pacientes é feito por máquinas. Esse é o processo mecânico, mas o processo do humano não é mecânico. Como ter uma experiência interna efetiva em nosso corpo físico? A mente tem efeito, a energia tem efeito, um grande efeito sobre o corpo físico e isso produz doenças. É preciso reconhecer que a tradicional medicina está muito longe ter a causa, exceto as causas muito materiais como bactérias e vírus, mas não para as doenças crônicas, por exemplo.
 
Você mencionou que 70% dos pacientes têm tratamentos com medicamentos, mas 70% da cura depende das ações dos pacientes. O que isso significa?Depende tanto das ações dos pacientes quanto do que eles acreditam. Se os pacientes têm uma boa atitude para cura e se confiam nos médicos. Existem testes em que se usam pílulas de açúcar para o tratamento de depressão e o que acontece? Acontece que a mentalidade conduziu para a cura e os pacientes realmente escolheram a cura ao invés da doença. Os pacientes escolhem automaticamente. Os pacientes mudarem o mindset é o mais importante.
 
Na sua opinião, qual a solução para os sistemas de saúde?Solução é estar dentro do corpo humano. A medicina materialista só trata o corpo humano como se ele fosse uma máquina. Mas o corpo humano tem uma parte que máquina nenhuma tem, a parte interna. E essa parte interna tem forte efeito no corpo físico, no corpo mental e no corpo supramental [segundo ele, onde reside o corpo, a mente e o amor], pois ela está consistentemente em ‘nós mesmos’ e no corpo humano. Algumas dimensões são ignoradas na abordagem material. Quando se inclui o indivíduo na medicina da energia, na medicina tradicional chinesa ou na ayurveda indiana, se descobre a medicina criativa, a medicina espiritual e se trabalha no supramental e consistentemente na área espiritual dos seres humanos.
 
O ativista quântico
Nem todos concordam com as teorias de Amit. Seu discurso não foi unânime durante o encontro em Punta Cana e também recebe críticas do meio científico. Porém, sua trajetória e produção acadêmica tem recebido destaque ao longo dos últimos anos. Indicado ao Prêmio Nobel, o indiano é PhD em Física Quântica pela Universidade de Calcutá (Índia), pesquisador e professor de Física da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos. Também é autor de livros como “O Ativismo Quântico”, “Criatividade para o século 21”, entre outras.
 
Saúde Web

Saiba como evitar acidentes dentro dos quartos

A auxiliar de serviços gerais, Silvana Janaína, caiu recentemente no próprio quarto. Ela conta que o acidente provocou uma fratura no pé
 
“Eu estava deitada e fui me levantar, para fazer Deus sabe lá o que, fui inventar de fazer alguma coisa, aí tinha o raio do tapete e eu tropecei e o meu dedinho ficou aberto. Tive que botar uma tala por uma semana. Prejudicou, porque eu não podia trabalhar, porque eu não podia colocar o pé no chão.”
 
As quedas sofridas dentro dos quartos são muito comuns. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), mais de 55 por cento dos pacientes que foram internados em 2013 tinham caído dentro de casa. Medidas como ajustar a altura da cama e, se preciso, trocar o colchão por um modelo mais firme podem ajudar a evitar esses acidentes.
 
É o que explica o coordenador assistencial do Into, Naasson Cavanellas. “Tem que ter iluminação. Existe uma incidência muito alta de quedas à noite, tapetes, obstáculos como cadeiras, poofs. São coisas que as pessoas não ficam atentas e depois podem sofrer com esses pequenos acidentes. Isso tudo tem que ser retirado para evitar ou diminuir a incidência de quedas.”
 
O Into lançou nesta semana uma campanha para alertar o público em geral sobre o perigo das quedas. A mobilização é resultado da pesquisa que o Instituto realizou com cada um dos pacientes internados por fratura, entre janeiro e setembro de 2013.
 
 

Saiba como evitar acidentes nas ruas

Foto: ConnelDe acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), 65%  das pessoas que são internadas na Unidade estão lá porque caíram em casa ou na rua
 
É o caso da aposentada Carmem Lima. Ela sofreu uma queda em frente à casa dela.  “Eu levantei rapidinho, porque não tinha ninguém para acudir, levantei e daí desci com calma para abrir o portão, porque tem um degrauzinho e tem dois cachorros que quer fugir na rua, e eu então, acho que olhando mais para os cachorros, eu caí, não vi o degrauzinho.”
 
Os degraus e várias situações que  podem ser encontrados nas casas e nas ruas são uma ameaça para quem não anda com atenção. Para evitar quedas , o coordenador assistencial do Into, Naasson Cavanellas, dá dicas para a população.
 
“O calçado da pessoa, também, é importante nas ruas. Os calçados que não sejam muito altos, principalmente as mulheres, calçados com algum tipo de solado antiderrapante, por conta de algum piso molhado na rua, as pessoas ficarem atentas às obras, ficar atento às sinalizações na hora de atravessar a rua. Os ônibus, também, tomar cuidado dentro dos ônibus, que também são locais que acontecem quedas importantes, os motoristas têm que ser conscientizado com o cuidado com o idoso.”
 
O Into lançou nesta semana uma campanha para alertar o público em geral sobre o perigo das quedas. A mobilização é resultado da pesquisa que o Instituto realizou com cada um dos pacientes internados por fratura, entre janeiro e setembro de 2013.
 
 

Eficácia da pílula do dia seguinte para obesas é reduzida

O uso da “pílula do dia seguinte” para contracepção de emergência é uma alternativa bem conhecida por muitas mulheres. Um estudo francês avalia a eficácia deste método em mulheres com sobrepeso e obesas.
 
O uso dos métodos contraceptivos de urgência, mais conhecido na forma da “pílula do dia seguinte”, é um alento para as mulheres, que por razões diversas, se deparam com o risco de gestação não planejada. E as razões incluem desde o esquecimento ou falha no uso do anticoncepcional à relação sexual inesperada.
 
Ainda que sua eficácia não seja de 100%, é uma estratégia de última hora para evitar, legalmente, a gravidez. Mas será que a eficácia da contracepção de emergência depende do peso e do índice de massa corporal (IMC) da mulher?. Para responder esta intrigante questão, pesquisadores franceses agruparam dados de 2 grandes ensaios clínicos randomizados, multicêntricos, que procuraram avaliar a eficácia contraceptiva de emergência com o uso da droga Levonorgestrel.
 
No total foram obtidos dados de 1.731 mulheres, dentre as quais ocorreram 38 gestações foram relatados. Os resultados mais importantes mostram uma diferença de eficácia entre as mulheres acima do peso e com peso normal. O mesmo achado foi observado para aumento do IMC. A taxa de gravidez aumentou significativamente de 1,4% para o grupo de mulheres pesando entre 65 e75 kg a 6,4% nas mulheres pesando entre 75-85 kg. Para aquelas acima dos 85 anos a taxa foi de 5,7%.

Modelagem estatística demonstrou um forte aumento no risco de gravidez, ao redor de 6%, nas mulheres com 80 kg ou mais. Os autores da pesquisa chegam a afirmar que o risco de gravidez nas mulheres co maior peso eram semelhantes ao risco da mulheres que não usaram contracepção. A explicação para a queda de eficácia do método nas mulheres obesas pode estar relacionada as alterações metabólicas associada com a obesidade. No entanto, os reais mecanismos desta redução permanecem obscuros, ainda que este fato já tenha sido observado com outros tipos de contracepção hormonal, incluindo os métodos de longa duração, onde o esquecimento está fora de questão.
 
E para complicar a questão ainda mais, também não se trata de uma possível dose insuficiente do hormônio usado na anticoncepção de emergência. Enquanto o mistério permanece, cabem aos pesquisadores novos desafios e, as mulheres, muita atenção com a atividade sexual desprotegida. Principalmente se elas estiverem acima do peso.
 
(Kapp et al. Effect of body weight and BMI on the efficacy of levonorgestrel emergency contraception . Contraception 91 (2015) 97–104)
 
UOL

Consultórios médicos chegam a receber 40% mais pacientes no inverno

Foto/Reprodução
O inverno começou no dia 21 de junho e, nessa época do ano, o Brasil registra um aumento na incidência de alergias e gripe, além da agudização de doenças crônicas, como asma e bronquite, por processos infecciosos
 
Durante essa temporada, clínicas e hospitais recebem um alto número de pacientes, principalmente crianças, com problemas respiratórios. Para prevenir os sintomas é preciso que a população esteja atenta a alguns cuidados essenciais.
 
Segundo especialistas, o movimento nos consultórios médicos aumenta cerca de 40% nesses meses e os principais fatores para o desencadeamento de doenças respiratórias estão atrelados às baixas temperaturas. Alberto Chebabo, infectologista e integrante do corpo clínico do Laboratório Bronstein Medicina Diagnóstica, alerta que devemos tomar cuidado com o próprio frio – um irritante natural das vias aéreas –, com a redução da umidade relativa do ar e com as inversões térmicas, responsáveis por maior acúmulo de poluentes na atmosfera.
 
Crianças, adultos e idosos com transtornos crônicos devem se proteger, evitando locais fechados e pouco arejados com grande concentração de pessoas e a utilização de casacos de lã e de cobertores que ficaram guardados no armário por longos períodos. “Nossa saúde pode ser influenciada pelas mudanças de temperatura. Portanto, alguns cuidados, como a vacina contra a gripe, são essenciais para evitar o agravamento de doenças crônicas”, comenta Chebabo.
 
Em boa parte dos casos, o principal sintoma é a crise alérgica, provocada pela reação do organismo quando as pessoas sensíveis a determinadas situações entram em contato com agentes desencadeantes chamados alérgenos. “Portanto, alguns cuidados são essenciais para evitar o desencadeamento de doenças alérgicas”, comenta o infectologista.
 
A asma é caracterizada pela presença de inflamação, hiperresponsividade e obstrução reversível das vias aéreas, tendo como manifestações clínicas principais tosse seca, falta de ar, chiado no peito e dor ou aperto no peito. A rinossinusite alérgica, mais conhecida como rinite, é ocasionada pela exposição aos alérgenos e caracterizada por espirros em salva, tosse, olhos lacrimejantes, coriza, prurido e congestão nasal. Tanto a asma quanto a rinite são doenças com determinação genética e influenciadas por fatores ambientais.
 
A bronquite consiste, em termo mais genérico, na inflamação dos brônquios, podendo ser ocasionada por infecções, agentes irritantes e alergia. No nosso país, a população frequentemente chama de bronquite o que, na verdade, é asma. Da mesma forma, sinusite é a inflamação dos seios da face que apresenta diversos agentes infecciosos desencadeantes.
 
Para a maioria das alergias o tratamento deve ser focado no bom controle ambiental e na terapia farmacológica a ser indicada pelo médico, de acordo com o quadro clínico do paciente. Existe uma relação de descongestionantes nasais que são vendidos sem receita e de pessoas que fazem uso abusivo deles. Chebabo lembra que “estes podem ter efeitos adversos se utilizados sem indicação médica, pois tendem a induzir a um quadro de rinite medicamentosa e agravar outras afecções”.
 
O médico também reforça que, apesar de serem doenças sem cura aparente, elas podem ser controladas, permitindo uma grande melhora da qualidade de vida de seus portadores.
 
Rachel Lopes
Assessoria de Impresna

Pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA) conquistam manual sobre a doença

Conteúdo traz informações desde diagnóstico até direitos sociais; no mundo, existem 200 mil pessoas com a enfermidade
 
Pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA) — uma doença que provoca o endurecimento dos músculos, levando à perda progressiva dos movimentos — passam a contar com um manual completo sobre a doença. Voltado para pacientes, profissionais, familiares e cuidadores, o material pode ser acessado gratuitamente pela internet.
 
Inédito, o manual reúne informações sobre temas como hereditariedade da doença, diagnóstico, reabilitação motora, direitos sociais e civis dos pacientes, sexualidade e alimentação.
 
– É o único manual completo sobre a ELA. Trabalhamos durante um ano. É uma prestação de serviço, toda informação que está lá dentro é o que o paciente precisa. Não faltou nada. Existe uma carência de informação, não há centro de informação sobre a doença no nosso país. Há locais que atendem, mas não detalham a doença para o paciente e à família. O diagnóstico ainda é algo novo no país – conta Silvia Tortorella, diretora executiva do Instituto Paulo Gontijo (IPG), idealizadora do manual. O projeto envolveu 23 profissionais especializados na doença, todos voluntários.
 
Hoje, no mundo, existem 200 mil pessoas vivendo com ELA, cerca de 5 mil diagnósticos por ano. A forma hereditária corresponde a 10% dos casos da doença e 90% são de causa esporádica. A doença não tem cura. Só existe um único medicamento usado para retardar a progressão da enfermidade, o Rilusol. Porém, não existe cura para ELA. A sobrevida fica entre 2 a 5 anos.
 
Em agosto do ano passado, a doença ganhou visibilidade internacional por causa do Desafio do Gelo, uma campanha de arrecadação de fundos para pesquisa e apoio de pacientes já diagnosticados.
 
– Há dez anos lutamos para que as pessoas estudem, façam mais diagnósticos, para que se tenham mais profissionais de saúde com conhecimentos sobre esta doença. A campanha do Balde do Gelo teve a sua importância porque disseminou a informação – afirma Silvia.
 
Fraquezas musculares – A esclerose lateral amiotrófica começa a se manifestar com fraquezas musculares em mãos, braços e pernas, geralmente em pessoas com cerca de 50 anos. Mas jovens também podem ser acometidos, a partir dos 20 anos. Após surgirem os sinais da doença, a previsão geral de sobrevida é de três a quatro anos. O diagnóstico, em média, demora cerca de um ano para ser alcançado e depois disso o tratamento tenta diminuir a evolução dos sintomas com medicamentos. O acompanhamento de uma equipe multidisciplinar ajuda na melhora da qualidade de vida do paciente, com ajuda da fisioterapia motora e respiratória, fonoaudiologia, nutricionista, assistente social, terapia ocupacional e psicologia.
 
O próximo passo, segundo Silvia Tortorella, é lançar a versão impressa do manual, com distribuição gratuita para hospitais, clínicas, familiares e pacientes.
 
O manual digital pode ser acessado através do site do Instituto Paulo Gontijo: www.ipg.org.br.
 
O Globo

Maconha tem eficácia terapêutica limitada, diz estudo

A eficácia terapêutica da maconha é limitada ou incerta dependendo dos sintomas, revelou a análise dos resultados de 79 testes clínicos – segundo um estudo publicado no último dia 23

A análise dos estudos feitos com 6500 participantes sugeriram que o psicotrópico provoca uma melhoria variável dos sintomas, mas não foi possível provar isso estatisticamente, estimaram os pesquisadores no Journal of American Medical Association (JAMA).

Os autores descobriram que os canabinoides podem ser benéficos para o tratamento de dores neuropáticas crônicas e espasmos causados pela esclerose múltipla.
 
Mas encontraram evidências fracas de que a maconha proporciona uma melhoria para os pacientes com câncer que sofrem de náuseas ou vômitos provocados pela quimioterapia, bem como os que sofrem de insônia ou síndrome de Tourette. Quanto à ansiedade e depressão, não houve melhora.
 
Esta investigação também mostra um aumento do risco de certos efeitos colaterais, alguns dos quais graves. Os mais comuns são tontura, boca seca, náuseas, fadiga, sonolência, euforia, vômitos, desorientação, perda de equilíbrio ou alucinações.
 
Os peritos não encontraram nenhuma diferença clara sobre benefícios ou malefícios dependendo do tipo de canabinoide – existem cerca de 100 tipos na planta de cannabis – e seu modo de administração.
 
Segundo os autores, é necessário “realizar testes clínicos extensos para confirmar os efeitos dos canabinoides, assim como pesquisas adicionais para avaliar a própria planta cannabis, uma vez que há poucos dados científicos para descrever seus efeitos”.
 
Nos Estados Unidos, 23 estados e a capital federal, Washington DC, legalizaram o uso medicinal da cannabis e vários outros países têm leis semelhantes. No Uruguai, a produção e a venda da maconha é regulada pelo estado.
 
“Se o objetivo dos estados com a legalização é apenas de natureza médica e não um meio para descriminalizar a maconha, porque este psicotrópico não sofre o mesmo rigoroso processo de aprovação aplicado aos remédios?”, questionaram os médicos Deepak Cyril D’Souza e Mohini Ranganathan, da faculdade de medicina na Universidade de Yale (Connecticut).
 
Outro estudo publicado no JAMA esta semana mostra que apenas 17% dos 75 produtos vendidos e administrados por via oral aos doentes, em Seattle, San Francisco e Los Angeles, indicam o teor exato de tetraidrocanabinol, principal substância psicoativa da maconha.
 
Terra

Novo navegador para cirurgias de coluna chega ao mercado brasileiro

Foto/Reprodução
O equipamento, importado pela Technicare, é capaz de orientar o profissional durante a cirurgia de implantação de prótese
 
Evitar a colocação de próteses equivocadas e minimizar os riscos de acessar áreas nobres da região da coluna, como a medula vertebral, são algumas das vantagens do novo neuronavegador de coluna da alemã Brainlab. Isso porque durante o procedimento de fixação de parafusos pediculares, o navegador é capaz de orientar o cirurgião, com precisão, quanto ao alinhamento dos parafusos, por meio de registro de imagens da tomografia em conjunto com as imagens captadas pela fluoroscopia no momento da cirurgia.
 
No Rio de Janeiro, a Technicare é a única empresa a oferecer tal equipamento ao mercado de saúde, além de dispor de uma equipe altamente qualificada para assessorar o médico-cirurgião no que diz respeito à aplicabilidade do aparelho. “Em procedimentos de remoção de tumores intravertebrais, o sistema consegue ajudar o cirurgião no controle de sua ressecção, minimizando os riscos de lesionar as funções vitais do paciente”, exemplificou Leonardo Vilhena, gerente do produto na Technicare.
 
Outra vantagem do novo equipamento é que, em todos os casos, tanto o cirurgião quanto o paciente terão grande redução de exposição à radiação. Essa questão é uma grande preocupação da comunidade médica, uma vez que o excesso de radiação pode se tornar, futuramente, potencial desenvolvedor de câncer.
 
“O sistema trabalha com utensílios rastreáveis sem fio e telas de visualização em full HD. Consegue integrar arcos em C de diferentes fabricantes para obter imagens em 2D ou em 3D. Recentemente, houve o lançamento da associação com a Angiografos Robóticos 3D, que possui instrumentais pré-calibrados de alguns parceiros, como a Ulrich Medical, e tem as próprias ferramentas voltadas para cirurgias abertas ou minimamente invasivas”, detalhou Leonardo.
 
Para o paciente, o novo navegador de coluna também permite um tratamento com risco potencialmente menor para aqueles que são submetidos à fixação de parafusos e maiores chances de total ressecção para tumores, nos casos dos pacientes oncológicos.
 
Prisicila Pais
Assessoria de Imprensa