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sábado, 4 de julho de 2015

Turma do Hospital Infantil Sabará

 
Final do Módulo de Gestão de Logística Hospitalar
da Pós em Administração Hospitalar realizado no
Hospital Infantil Sabará em SP.
Junho 2015

Ácido úrico: exame de sangue faz diagnóstico de gota

Substância também pode se depositar nos rins e causar cálculos
 
O exame de ácido úrico avalia as quantidades dessa substância no sangue. O ácido úrico é um subproduto das purinas, compostos encontrados nas células do corpo, incluindo o DNA. Quando as células envelhecem e morrem, elas se quebram, liberando purinas para o sangue. Em menor grau, as purinas podem vir a partir da digestão de certos alimentos, como fígado, anchova, feijão e ervilha, ou da ingestão de bebidas alcoólicas, principalmente cerveja. 
 
O ácido úrico é removido do corpo através dos rins e é excretado principalmente na urina, sendo que uma parte também é eliminada nas fezes. Se o corpo está produzindo grandes quantidades de ácido úrico ou ele não está sendo corretamente excretado, ocorre a chamada hiperuricemia. Altos níveis de ácido úrico no sangue podem causar gota ou se depositar nos rins, causando a formação de cálculos ou insuficiência renal.
 
Sinônimos
Dosagem de ácido úrico no sangue
 
Indicações
A dosagem de ácido úrico no sangue pode ser feita para:                                               
  • Diagnostica gota
  • Checar se o cálculo renal está ocorrendo devido ao acúmulo de ácido úrico
  • Avaliar o sucesso de medicamentos que reduzem o ácido úrico sanguíneo
  • Acompanhar pacientes que estão fazendo quimioterapia ou radioterapia. Esses tratamentos destroem as células cancerígenas, que podem liberar purinas e ácido úrico no sangue.
 
Contraindicações
Por ser um exame de sangue comum, não há contraindicações expressas para a dosagem de ácido úrico. No entanto, o médico ou médica irá dizer se você pode ou não fazer o exame.
 
Grávida pode fazer?
Mulheres durante a gravidez estão autorizadas a fazer o exame conforme orientação médica, não havendo contraindicações. Inclusive, o teste pode ser feito para diagnosticar toxemia gravídica, uma doença que só ocorre durante a gestação.
 
Preparo para o exame
Para o exame de ácido úrico é necessário um jejum mínimo de três horas antes da coleta de sangue. Também é importante dizer ao médico ou médica quais medicamentos você toma regularmente, incluindo suplementos alimentares. Em alguns casos, pode ser necessário interromper o uso da medicação. Entretanto, não pare de ingerir qualquer medicamento sem autorização profissional.
 
Como é feito
Em um hospital ou laboratório, o exame de ácido úrico é realizado por um profissional de saúde da seguinte forma:
  • Com o paciente sentado, é amarrado um elástico em volta do seu braço para interromper o fluxo de sangue. Isso faz com que as veias fiquem mais largas, ajudando o profissional a acertar uma delas
  • O profissional faz a limpeza com álcool da área do braço a ser penetrada pela agulha
  • A agulha é inserida na veia. Esse procedimento pode ser feito mais de uma vez, até que o profissional de saúde acerte a veia e consiga retirar o sangue
  • O sangue coletado na seringa e colocado em um tubo
  • O elástico é removido e uma gaze é colocada no local em que o profissional de saúde inseriu a agulha, para impedir qualquer sangramento. Ele ou ela pode fazer pressão sobre a bandagem para estancar o sangue
  • Uma bandagem é colocada no local

Tempo de duração do exame
Um exame de ácido úrico leva poucos minutos para ser realizado, podendo demorar mais nos casos em que o profissional de saúde tem dificuldade para acertar a veia coletar o sangue.
 
Recomendações pós-exame
Não há nenhuma recomendação especial após o exame. O paciente pode fazer suas atividades normalmente. Como o teste pede jejum, o paciente poderá se alimentar após a coleta.
 
Periodicidade do exame
Não há uma periodicidade para se realizar um exame de ácido úrico. Tudo dependerá das orientações do médico e da presença ou ausência de doenças que devem ser acompanhadas pelo exame.    
 
Os riscos envolvidos na realização do exame de ácido úrico são extremamente raros. No máximo, pode haver um hematoma no local em que o sangue foi retirado. Em alguns casos, a veia pode ficar inchada após a amostra de sangue ser recolhida (flebite), mas isso pode ser revertido fazendo uma compressa várias vezes ao dia.
 
Pessoas que utilizam medicamentos anticoagulantes ou tem problemas de coagulação podem sofrer com um sangramento contínuo após a coleta. Nesses casos, é importante informar o profissional de saúde do problema antes da coleta.    
 
Os resultados do exame costumam ficar disponíveis em até um dia útil. A interpretação do exame ácido úrico depende da razão pelo qual foi requerido. Por isso é importante conversar com o médico ou médica para tirar qualquer dúvida.
 
Resultados normais
Os níveis de ácido úrico são medidos em miligramas (mg) por decilitro de sangue (dL). Os valores de referência variam conforme o sexo:
  • Sexo feminino: 2,4 a 5,7 mg/dL
  • Sexo masculino: 3,4 a 7,0 mg/dL

Os valores de referência mostrados aqui são apenas um guia, uma vez que podem mudar de laboratório para laboratório. Além disso, o médico ou médica irá avaliar os resultados de acordo com o paciente e suas características, como idade e doenças relacionadas.
 
Resultados anormais
Níveis maiores do que o normal de ácido úrico (hiperuricemia) pode ser devido a:
  • Acidose
  • Alcoolismo
  • Efeitos secundários relacionados com quimioterapia
  • Diabetes
  • Excesso de exercício
  • Gota
  • Hipoparatireoidismo
  • Intoxicação por chumbo
  • Leucemia
  • Doença renal quística medular
  • Nefrolitíase
  • Policitemia vera
  • Dieta rica em purinas
  • Insuficiência renal
  • Toxemia gravídica

Níveis mais baixos do que o normal de ácido úrico podem ocorrer devido a:
  • Síndrome de Fanconi
  • Dieta pobre em purinas
  • Síndrome do hormônio antidiurético inadequado (SIADH)
  • Doença de Wilson

Outras razões que justificam a dosagem de ácido úrico são:
  • Artrite gotosa crônica
  • Doença renal crônica
  • Lesão do rim e do ureter
 
MedlinePlus - enciclopédia médica do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, com base na Biblioteca Nacional de Medicina. Traz informações sobre doenças, condições e questões de bem-estar.
                                              
LabTestsOnline - site projetado para ajudar pacientes e cuidadores a entender os muitos testes de laboratório que podem ser pedidos pelos médicos. O site é produzido pela AACC, uma organização profissional científica e médica global dedicada a ciência de laboratório clínico e sua aplicação aos cuidados de saúde.
 
Minha Vida

Relatório aponta que médico retirou olho errado de bebê em cirurgia no México

Reprodução/Facebook
Pai disse que o médico deu versões diferentes sobre situação
Criança, que tem câncer, perdeu a visão e pais apresentaram denúncia contra o oftalmologista
 
Um relatório divulgado nesta sexta-feira (3) aponta que o médico responsável pelo caso de um bebê de 14 meses com câncer no México retirou o olho errado da criança durante uma intervenção cirúrgica para extirpar um tumor, assinalaram fontes oficiais. "Os estudos indicam que o olho retirado estava são", disse à emissora "Imagen Radio" o chefe das Unidades Médicas de Alta Especialidade do Instituto Mexicano do Seguro Social (IMSS), Jaime Zaldívar.
 
As declarações contradizem a versão divulgada inicialmente pelo IMSS do estado de Sonora, no norte do México, onde a cirurgia ocorreu. Segundo a investigação preliminar, a criança teria "câncer congênito avançado que afetava ambos os olhos". No início da semana, Fernando Valdés, pai do menino Fernando Jonathan Valdés, explicou que os médicos detectaram um tumor no olho esquerdo de seu filho quando ele tinha oito meses.
 
Ele foi submetido então à quimioterapia no IMSS de Sonora. Por não ter havido avanços com o tratamento, o bebê passou em 26 de junho a uma intervenção cirúrgica, na qual o médico retirou seu olho direito, onde teria detectado um "tumor mais perigoso" do que o que tinha no esquerdo. Valdés detalhou que o médico chamou sua esposa três vezes à sala de cirurgia para dar versões diferentes sobre a situação de seu filho.
 
Na terceira vez, avisou que tinha retirado o olho direito, o que provocou os questionamentos da mãe da criança por causa do equívoco. "O médico deverá enfrentar um processo penal", disse Zaldívar, acrescentando que a criança ainda precisará retirar o outro olho, algo que "não só compromete a visão, mas a vida do menino".
 
No entanto, a mãe do bebê, Marlene Ayala, disse hoje à "Imagen Radio" que a família está considerando mais opções de tratamento. Além disso, revelou que o IMSS não tinha entregado os resultados do relatório que confirmava a negligência médica. "O IMSS ofereceu uma desculpa, mas com uma desculpa não vão conseguir devolver a visão ao meu filho", desabafou.
 
Os pais de Fernando já apresentaram uma denúncia contra o oftalmologista que o operou. O médico foi suspenso. A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do México anunciou na última quarta-feira a abertura de uma investigação sobre o caso e enviou uma equipe a Sonora para "entrar em contato com os pais" e ouvidor de Saúde estadual, que iniciou um expediente de queixa.

R7

Brasil terá primeira fábrica de equipamentos para radioterapia

Ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou que a fábrica será em Jundiaí

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, assinou contrato nesta quinta feira (2) com a empresa Varian Medical Systems para construção da primeira fábrica de equipamentos para radioterapia da América Latina. A indústria ficará em Jundiaí, São Paulo, e tem previsão de entrar em funcionamento no final de 2018. As máquinas são usadas no tratamento de câncer.
 
O acordo prevê que o governo brasileiro compre 80 aceleradores lineares da empresa, que serão distribuídos para hospitais que não têm o aparelho e para hospitais cujas máquinas precisam ser renovadas. Cada equipamento chega a custar R$ 2,1 milhões, mas, pela negociação, deve ficar em R$1,6 milhão. Atualmente a rede pública de saúde conta com 261 aceleradores lineares.
 
A iniciativa conta com investimento de R$ 500 milhões para a compra dos aceleradores, as obras de ampliação e a criação de serviços em estados e regiões que não disponibilizam os equipamentos. A previsão é que os aparelhos sejam entregues até de 2018, porque são necessárias obras para a instalação e treinamento de pessoal.
 
Para firmar parceria, a Varian ganhou licitação em 2013.

— Nós fazemos a compra dos equipamentos e, em contrapartida, a empresa vencedora instala a fábrica no Brasil.
 
Segundo ele, o acordo assegura a produção dos equipamentos e a manutenção das máquinas, além de transferência de tecnologia para os institutos tecnológicos brasileiros.
 
A parceria prevê também a instalação de um centro de treinamento da Varian, para profissionais de toda a América Latina que lidam com esse tipo de equipamento. Segundo o presidente da Varian, Humberto Isidoro, atualmente estes profissionais são treinados em Las Vegas, nos Estados Unidos.

R7

Como dormir poucas horas por dia e sentir-se muito bem

sono polifasicoNão precisamos nem dizer que ficar sem dormir causa problemas, não é mesmo? O sono é essencial para muitas funções, como memória e cognição
 
Mas por que dormimos e quais os efeitos exatos que a privação do sono podem ter na nossa saúde permanecem pouco compreendidos pela ciência
 
Essa falta de conhecimento, no entanto, não impediu que as pessoas experimentassem padrões diferentes de sono, conhecidos como “sono polifásico”. A ideia é reduzir o tempo total gasto de olhos fechados – afinal de contas, todo mundo já se viu reclamando do tanto de coisa que tem para fazer e do tanto de tempo que precisa passar da vida sem realmente viver, só dormindo.
 
Tipos de sono
O sono monofásico todo mundo conhece, por ser um dos comuns na sociedade: a pessoa só dorme uma vez por dia, geralmente à noite.

O sono bifásico também mantém a maior porção do sono à noite, com alguma soneca durante o dia.
Já o sono polifásico é um padrão alternativo no qual o tempo dedicado ao descanso pode ser reduzido (das oito horas comuns até no mínimo duas horas por dia) sem causar danos à saúde. Esse objetivo é normalmente alcançado pela separação do sono em vários momentos, curtos, do dia.
 
Existem vários tipos de sono polifásico, incluindo:
  • Everyman”: é formado por um bloco de sono mais longo, além de três cochilos, por dia. O termo é usado às vezes para descrever um período de sono acidental maior, que eventualmente ocorre para pessoas em fase de adaptação do método Uberman.
  • Dymaxion”: criado por Buckminster Fuller, esse regime consiste em períodos de sono de 30 minutos a cada seis horas.
  • Uberman”: é o mais rígido e mais bem conhecido tipo de sono polifásico. Consiste em seis cochilos de 20 minutos por dia. Segundo o neurologista Claudio Stampi, criador do Chronobiology Research Institute em Boston (EUA), o sono polifásico funciona melhor quando não é feito em horários rígidos – ou seja, a pessoa dorme quando sentir que é o momento certo, mas não deve ultrapassar o limite de 20 minutos, ou entra em um sono mais profundo e torna-se mais difícil acordar.
SONO POLIFASICO
 
Sono polifásico não é incomum
Stampi, que é especialista em sono, explicou em seu livro de 1992 “Why We Nap: Evolution, Chronobiology, and Functions of Polyphasic and Ultrashort Sleep” (em tradução livre, “Por que cochilamos? Evolução, cronobiologia e funções do sono polifásico e ultracurto”) que os seres humanos podem se ajustar facilmente a uma programação polifásica – é preciso força de vontade, mas todos devem conseguir.
 
Muitos animais são polifásicos, e os nossos ancestrais caçadores-coletores podem ter sido também. Aliás, um padrão de sono segmentado era comum tão recentemente quanto no século 18. Naquela época, as pessoas muitas vezes dormiam durante quatro horas e acordavam por uma ou duas horas antes de ir para a cama de novo, por mais quatro horas. No período em que ficavam acordados durante a noite, as pessoas fumavam, faziam sexo e até mesmo visitavam vizinhos.
 
Foi o advento da iluminação noturna que nos permitiu espremer mais tempo acordado fazendo coisas, de forma que as pessoas se adaptaram a ir para a cama de uma só vez, ou seja, o sono monofásico de hoje.
 
O que o sono polifásico faz com a mente
Algumas décadas atrás, Stampi fez um estudo para descobrir o que acontece com o cérebro em tais circunstâncias. Com a ajuda de sondas elétricas ligadas ao crânio de um participante voluntário, Stampi comparou como os ciclos de sono normais se ajustam ao polifásico.
 
O sono monofásico é dividido em três fases. A primeira é o sono leve, consistindo de ondas teta rápidas. A segunda é o sono profundo, caracterizada por ondas delta lentas. A última fase é quando sonhamos, conhecida como sono REM (movimentos oculares rápidos, do inglês “rapid eye movement”).
 
Durante uma noite de sono, esses três estágios se repetem de forma cíclica ao longo de 90 a 200 minutos. O participante do estudo, tirando seis sestas de 30 minutos por dia, parecia ter “cortado” essas fases para encaixá-las em seus cochilos curtos. Em alguns, ele estava na primeira ou na segunda fase do sono e, em outros, experimentou REM.
 
Das três fases, conhecemos melhor o papel do sono REM. Acredita-se que ele é a chave para a aprendizagem e a formação de memórias. Pessoas que aprendem algo e são privadas de sono REM não são capazes de lembrar o que aprenderam mais tarde. Stampi observou que os vários estágios foram experimentados nas mesmas proporções tanto durante o sono monofásico quanto no polifásico, indicando que todas as etapas são importantes.
 
Novas descobertas
Stampi é um importante pesquisador do sono polifásico e parece ter mostrado que ele não causa danos à saúde, mas algumas descobertas recentes sugerem que talvez não seja uma boa ideia permanecer em um padrão de sono tão reduzido por muito tempo.
 
Akshat Rathi foi um voluntário que decidiu experimentar o sono polifásico por conta própria (leia mais sobre suas impressões abaixo). Embora o resultado tenha sido no geral positivo, ele afirma que não faria isso de novo.
 
“Talvez, se eu encontrasse motivação suficiente [faria de novo]. Mas não por mais do que alguns meses, porque há um propósito biológico do sono que só se tornou evidente nos últimos anos”, diz.
 
“Todas as células do nosso corpo requerem nutrientes e produzem resíduos. Os vasos sanguíneos fornecem estes nutrientes para todo o corpo, e os vasos linfáticos recolhem os resíduos de todas as partes do corpo, com exceção do cérebro. Esses resíduos cerebrais, estudos recentes têm mostrado, são limpos pelo fluido cerebrospinal, que age como o sistema linfático, mas faz o trabalho de forma mais eficaz no espaço apertado dentro do crânio. O que é mais importante, no entanto, é que essa limpeza só acontece durante o sono”, explica Rathi. O Hype fez um artigo sobre essa descoberta.
 
Clique aqui para lê-lo.
 
Sono polifásico: experiência própria
Akshat Rathi fazia doutorado no laboratório de química da Universidade de Oxford (Reino Unido) quando resolveu que precisava de mais tempo acordado. Assim, se preparou para testar padrões de sonos polifásicos e ver se eles ajudariam a aumentar sua produtividade.
 
Rathi tomou o cuidado de parar de beber chá, café e álcool, substâncias que afetam o sono. Também procurou lugares para cochilar durante o dia, de forma segura. Ele iniciou o experimento junto com seu amigo Alex, no cronograma Dymaxion (cochilos de 30 minutos a cada seis horas).
 
Os problemas começaram após 36 horas. “Eu estava achando difícil ficar acordado à noite, e Alex não era capaz de acordar após os cochilos. Estávamos cientes das dificuldades, mas não do quão ruim a privação de sono verdadeiramente era. Alex voltou a ser monofásico, mas eu estava determinado a fazer dar certo, então mudei para um horário de sono mais fácil: o Everyman, no qual eu dormia durante 3,5 horas à noite e tirava três sestas de 20 minutos durante o dia”, explica Rathi.
 
Depois de três semanas e mais alguns obstáculos, o doutorando finalmente se ajustou ao novo horário. Com 4,5 horas de sono no total, um pouco mais de metade das horas que ele costumava dormir, Rathi aproveitou muito seu tempo extra: terminou sua tese, a defendeu com sucesso, teve a chance de aproveitar regalias da Universidade de Oxford sem sacrificar tempo de laboratório e até explorou outras opções de carreira, o que eventualmente o levou a se tornar um jornalista.
 
Só vantagens?
Rathi viu muitos benefícios no sono polifásico. Ele acordava totalmente revigorado após os cochilos, de forma que tinha energia renovada quatro vezes por dia, em vez de apenas uma.
 
Também notou que sonhava durante pelo menos uma ou duas de suas sonecas diárias, um sinal de sono REM. Isso significava que estava, provavelmente, entrando diretamente no último estágio do sono monofásico em uma pequena sesta. Às vezes, esses sonhos eram lúcidos (ou seja, ele podia controlá-los).
 
Mas nem tudo foram flores. “A parte mais difícil, depois das três primeiras semanas de adaptação ao cronograma, foi manter a socialização. O mundo é monofásico e estudantes em universidades amam álcool. Às vezes, eu evitava eventos se eles entravam em confronto com meu cronograma, ou muitas vezes ia embora mais cedo para que pudesse continuar vivendo minha vida polifásica”, conta.
 
Para a surpresa de muitos, Rathi conseguiu manter esse padrão por mais de um ano. Mas então veio uma conferência onde ele não pode cochilar nenhuma vez durante uma semana, e o estudante precisou dormir monofasicamente de novo. Consequência? Foi impossível voltar ao sono polifásico.
 
“Quando eu tentei voltar para a minha programação anterior, não encontrei motivação. Eu não tinha os mesmos objetivos urgentes, então voltei a dormir como um ser humano médio”, diz.
 
Conclusão
Rathi diz que sua experiência o fez perceber a enorme importância do sono. Também, até que um estudo científico prove que um padrão polifásico de sono não afeta este sistema de limpeza de resíduos no cérebro, ele afirma que não vai voltar a dormir dessa forma. “Mas não me arrependo do experimento que fiz, abastecido com o meu espírito jovem”, conclui.
 
QZ, directory, Hypescience

Cura do herpes: vírus é removido da corrente sanguínea pela primeira vez

Citomegalovírus
O citomegalovírus (CMV) é um tipo muito comum de vírus do herpes
 
Estima-se que cerca de 70% da população carregue o CMV no corpo, e, embora ele geralmente não cause a doença, pode diminuir até 3,7 anos da expectativa de vida. A boa notícia é que pela primeira vez cientistas conseguiram remover esse vírus da corrente sanguínea.
 
Em pessoas com sistema imunitário enfraquecido, o vírus pode causar adoecimento grave e até mesmo cegueira. Se uma pessoa com essas condições precisar de um transplante de medula óssea, há grandes chances de o único doador disponível carregar o CMV, o que é extremamente frequente.
 
Pesquisadores encontraram a solução para este problema com a utilização de uma droga que é usada no tratamento do câncer, a vincristina.
 
Pesquisa
Quando o CMV está dormente, ele expressa um amontoado de genes, entre eles o UL138. Para investigar o que esse gene em específico faz com as células, pesquisadores da Universidade de Cambridge (Reino Unido) o cultivaram junto com células humanas saudáveis na presença de aminoácidos marcados – as matérias-primas usadas para a produção de proteínas. Depois, os pesquisadores usaram espectrometria de massa para identificar como o UL138 alterou a expressão de proteínas nas células.
 
“Sabemos que o vírus remodela a superfície da célula, por isso nos perguntamos: quais são as proteínas na superfície da célula e como o CMV as altera?”, explica Paul Lehner, que coordenou a pesquisa.
 
No estudo, o citomegalovírus diminuiu a produção de uma proteína chamada MRP1, que bombeia elementos químicos tóxicos para fora das células – incluindo a vincristina, um remédio usado contra o câncer.

Tratamento
Os pesquisadores perceberam que, como as células infectadas não poderiam eliminar a vincristina, talvez a droga pudesse matar o vírus. E foi realmente isso que aconteceu, quando a equipe colheu amostras de sangue com CMV de 15 voluntários e as tratou com a droga. O vírus foi drasticamente reduzido e desapareceu, em alguns casos.
 
Pesquisadores apontam que a vincristina pode ter efeitos secundários graves, por isso é improvável que seja usada para acabar com o citomegalovírus em pessoas saudáveis. No entanto, a droga poderá ser usada para tratar o sangue do doador de medula óssea antes de transplantes.
 
NewScientist / Hypescience

100% dos doentes são curados da hepatite C em estudo inovador

A hepatite C não é tão “famosa” como a AIDS, por exemplo, mas também é uma doença que afeta milhões e não tem tratamentos muito eficientes
 
Hoje em dia, pode-se adquirir a condição compartilhando agulhas para injetar drogas e outros comportamentos de risco, mas há 50 anos a higiene era bem diferente e muitas pessoas que nasceram entre 1945 e 1965 pegaram HCV apenas por ir ao dentista, por exemplo.
 
Desde então, muitos pesquisadores tentam encontrar uma cura para esse vírus, sem muito sucesso. Isso acabou de mudar, no entanto.
 
Cura, sim
Em 2011, o Dr. Josh Bloom, diretor de Ciências Químicas e Farmacêuticas no Conselho Americano de Ciência e Saúde na cidade de Nova York, previu que a AbbVie, uma empresa biofarmacêutica global que realiza pesquisas, estava prestes a fazer grandes avanços na cura da hepatite C. Um novo estudo mostra que ele estava certo.
 
Num ensaio clínico de fase III, 100% dos pacientes infectados com o genótipo 1b (a estirpe mais difícil de tratar do vírus) atingiram uma resposta virológica sustentada após receberem ViekiraPak, medicamento que é uma combinação de dois inibidores da replicação do HCV diferentes.
 
Uma resposta virológica sustentada significa uma ausência detectável da hepatite C seis meses após o fim do tratamento nos pacientes. Ou seja, uma cura. O vírus não voltou em ninguém. Essa é uma ótima notícia, porque a hepatite C era, até então, uma verdadeira pedra no sapato medicinal.
 
Surpreendente
Talvez uma vez a cada geração, a investigação farmacêutica atinge um grande marco como esse.
 
“Eu nunca vi melhor exemplo de tal grande marco. A infecção por HCV não só é grave – a principal causa de transplante de fígado nos EUA -, como é muito prevalente (3,2 milhões de pessoas no país).
 
No mundo, há cerca de 170 milhões de pessoas infectadas – quatro vezes mais do que as com HIV. Até recentemente, não havia boas opções para essas pessoas. Isso com certeza mudou agora”, diz o Dr. Bloom, especialista em hepatite C.
 
O médico explica que, tecnicamente, existem 11 genótipos de HCV, mas só alguns são de significado clínico. Como o genótipo 1 abrange cerca de 60% de todas as infecções e é o mais difícil de tratar (especialmente a estirpe 1b), a eficácia de ViekiraPak é ainda mais surpreendente.
 
Sciemce20, ACSH , Hypescience

Noz e amendoim reduzem risco de morte por doenças neurodegenerativas e diabetes

Noz e amendoim diminuíram em 30% o risco de morte por diabetes
Noz e amendoim diminuíram em 30% o risco de morte
por diabetes
Além disso, consumo diário de 10 a 15 gramas das oleaginosas reduziu 39% de mortalidade por doenças respiratórias
 
Nozes e amendoins prolongam a vida. O melhor é que basta comer cerca de 10 a 15 gramas por dia para ver reduzir 23% do risco de morte prematura, como verificou um estudo da Universidade de Maastricht, publicado no periódico International Journal of Epidemiology.
 
A pesquisa se concentrou em 120 mil de pessoas de 55 a 69 anos, que em 1986 foram forneceram informações sobre dieta e estilo de vida. Depois disso, foram analisadas as taxas de mortalidade dos participantes da pesquisa nos 10 anos sucessivos. Foi possível observar que o risco de morte prematura, devido a câncer, diabetes, doenças respiratórias e neurodegenerativas eram menores entre os que comiam nozes e amendoins.
 
Observou-se uma queda de mortalidade para todas as doenças, particularmente 45% para as doenças neurodegenerativas, 39% para as respiratórias e 30% para o diabetes.
 
"Uma queda substancial de mortalidade acontece com o consumo de 15 gramas de nozes ou amendoins", disse Piet van den Brandt, coordenador do estudo.
 
As nozes contêm ácidos graxos mono e poliinsaturados, várias vitaminas, fibras, antioxidantes e outros compostos bioativos. A manteiga de amendoim, ao contrário, não traz nenhum benefício pois é rica em sal e gordura trans.
 
Os pesquisadores levaram em consideração também o fator atenuante representado do fato que os consumidores de nozes e amendoins comem mais frutas e verduras, e que as mulheres que se nutrem de fruta seca são mais magras.
 
iG