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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Ministério da Saúde investe na qualidade da saúde bucal no país

Para melhorar cada vez mais a saúde bucal da população, o Ministério da Saúde destinou R$ 48 milhões anuais para os Centros de Especialidades Odontológicas, localizados em 673 municípios brasileiros
 
O incentivo faz parte das iniciativas de modernização da gestão da saúde que vêm sendo promovidas pelo Governo Federal, com adoção de novos padrões e indicadores de qualidade. Além do investimento, os centros são avaliados pelo Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade dos Centros de Especialidades Odontológicas (PMAQ-CEO).

A avaliação é composta por três módulos. No primeiro, é verificado se a infraestrutura, a manutenção e o uso dos equipamentos, instrumentais e insumos, estão sendo feitos de forma adequada. No segundo, são entrevistados o gerente do CEO e um cirurgião dentista para a obtenção de informações sobre o processo de trabalho, organização do serviço e cuidado aos usuários. No terceiro módulo, é feita uma pesquisa de satisfação com pacientes do Centro, que inclui perguntas sobre o acesso e qualidade do atendimento.

Para o coordenador Nacional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca, esse processo de certificação é um grande avanço, considerando que o país só passou a ter uma política pública de saúde bucal após a criação do programa Brasil Sorridente, em 2004. “Antes, quem precisasse de atendimento especializado tinha que procurar a iniciativa privada. Agora, além de termos saído de zero para 1.037 Centros de Especialidades Odontológicas em onze anos, estamos avaliando a qualidade dos serviços oferecidos à população, premiando com mais recursos os estabelecimentos que se destacam”, afirma Pucca.

Brasil Sorridente
Criado há onze anos, o programa foi implementado para garantir ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal da população brasileira. O Brasil Sorridente reúne uma série de ações para ampliação do acesso ao tratamento odontológico gratuito, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente o SUS emprega cerca de 30% dos dentistas do país. São 64.826 profissionais atuando na rede pública. Em 2002, este número era de 43.205, o que significa um aumento de 50%. As Equipes de Saúde Bucal da Atenção Básica estão em 90% (5.013) dos municípios brasileiros, beneficiando mais 81 milhões de pessoas.
 
O investimento reflete no acesso da população aos dentistas. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, entre 2003 e 2008 houve um acrescimento de 17,5 milhões de pessoas na saúde bucal. A pesquisa Nacional de Saúde Bucal de 2010 acrescenta mais alguns dados relevantes: 44% das crianças aos 12 anos estão livres de cáries (em 2003 eram 32%), 1,6 milhões de dentes deixaram de ser afetados pela cárie, deixando o Brasil entre no grupo de países com baixa incidência de cárie, segundo a OMS. Nos adultos, diminuiu em 45% o número de dentes perdidos por cárie e aumentou em 70% o número de dentes tratados.
 
Fonte: Gabriela Rocha/ Blgo da Saúde

Resolução do Ministério da Saúde sobre parto passa a valer nesta segunda

Foto/Reprodução
Medida exige relatório do trabalho de parto e acesso à cesariana fica mais difícil
 
Rio - A partir desta segunda-feira, as gestantes que quiserem fazer parto cesariana, via plano de saúde, precisarão ter uma justificativa médica por escrito. Com as novas regras do Ministério da Saúde para a realização de partos, os médicos deverão, entre outras medidas, preencher um partograma — documento com registros do trabalho de parto — a fim de justificar a necessidade de uma cesariana. Na prática, a medida inibe a realização de intervenções cirúrgicas desnecessárias no parto.
 
Os hospitais privados serão obrigados a apresentar o partograma e, caso não apresentem, poderão ficar sem receber pelo procedimento, ficando a cargo da operadora do plano cobrar a conduta dos médicos e decidir se acertará ou não o pagamento.
 
A intenção do Ministério da Saúde é reduzir a alta taxa de cesarianas do Brasil, onde cerca de 85% dos nascimentos registrados via plano de saúde são por cesariana, quando a indicação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que somente 15% dos partos sejam por esse método. Na rede pública, a taxa de partos via cesariana chega a 40%.
 
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A resolução também estabelece que as gestantes tenham acesso à taxa de cesáreas realizadas por cada estabelecimento de saúde e cada médico, a fim de orientar a escolha da mãe. Caso as operadoras não prestem esse tipo de informação ficarão sujeitas à multa. As medidas passaram também por consulta pública e recebeu sugestões da sociedade.
 
O Globo

Dieta rica em açúcar é associada à depressão

Saiba o que as últimas pesquisas apontam sobre esta relação e veja outros alimentos

Por Dr. Roberto Navarro Sousa Nilo Nutrólogo - CRM 78392/SP
 
Quem já não se sentiu feliz durante a degustação de um delicioso pedaço de chocolate ou ao término de um pudim de leite condensado? Pois é, estas "emoções" surgem após a elevação de substâncias no cérebro chamadas de neurotransmissores. São estas substâncias, especialmente a serotonina e a dopamina, que vão às alturas quando você recebe a notícia que ganhou na Mega-Sena, bateu a meta nos seus projetos e até mesmo durante um orgasmo. A sensação de alegria, humor, prazer e felicidade dependem destes neurotransmissores para serem percebidos pelo cérebro. Aliás, muitas pessoas se tornam dependentes químicos de algumas drogas pois muitas delas também são capazes de estimular a dopamina, viciando o cérebro em querer constantemente esta sensação de êxtase. 
 
Ao longo dos últimos anos os estudos de neurofisiologia vêm mostrando que determinados alimentos têm a capacidade de estimular diretamente a serotonina e a dopamina, podendo também viciar nosso cérebro na busca constante por eles. Tanto o açúcar como os alimentos "gordurosos" estimulam a serotonina e a dopamina, respectivamente. 
 
Vamos entender isto melhor? A serotonina, neurotransmissor que atua no humor, sono, apetite, relaxamento e bem-estar, não surge do além no nosso cérebro sendo necessário fabricá-la. Entra aí uma matéria-prima fundamental para a produção da serotonina, um nutriente (aminoácido) chamado triptofano, provindo de fontes alimentares, mas que para conseguir entrar dentro do cérebro e servir como matéria-prima para formar a serotonina necessita da ?carona? da glicose, que é outro nutriente gerado pela ingestão dos carboidratos, como os cereais, legumes e verduras, frutas e entrando aí também os açucares e doces como exemplos.

Uma dieta isenta de carboidratos, como muitos fazem para perder peso, leva muitos seguidores à um tremendo mau humor e irritabilidade, possivelmente por queda de serotonina cerebral. Aliás, é a queda da serotonina e da dopamina no cérebro que desencadeia os quadros de depressão, não à toa os medicamentos prescritos pelos psiquiatras para o tratamento da mesma têm como objetivo equilibrar os níveis destes neurotransmissores. Mas por quais motivos há a queda de serotonina no cérebro? Além da predisposição genética, fatores hormonais podem influenciar como a alteração de determinados hormônios antes da menstruação, levando a mulher à ficar ávida por doces.                
 
A triptamina, substância encontrada no chocolate, estimula diretamente a produção da serotonina, justificando então esta necessidade de abocanhar uma caixa inteira de chocolate que muitas mulheres têm antes de menstruar. Fatores como estresse contínuo (emocional, físico, etc) também são capazes de levar a queda de serotonina no cérebro, desencadeando também quadros de depressão.   
 
Estudos publicados nos últimos anos associam dieta rica em açúcares com maior tendência à depressão, embora muitos deles tenham número baixo de participantes, não podendo extrapolar para a população geral, já que existem fatores genéticos (individuais) que tornam determinadas pessoas à serem mais susceptíveis à depressão, não correlacionada diretamente com o consumo de açúcares. Um estudo publicado em abril de 2014 no Journal Plos One (Journal.Pone) concluiu que uma dieta rica em bebidas açucaradas pode aumentar o risco de depressão em idosos, ao passo que o consumo de cafeína em níveis adequados poderia diminuir o risco neste mesmo grupo.  
 
De qualquer forma, toda vez que há um estímulo intenso na produção de um neurotransmissor, como a dopamina e a serotonina, por exemplo após o uso recreativo de uma droga, passado o efeito estimulatório em seguida certamente virá uma sensação desagradável de depressão, justamente pela queda súbita destes neurotransmissores após o hiper estímulo. Pessoas que utilizam cocaína de maneira recreativa referem uma sensação de depressão quando termina o efeito da droga. É possível então que pacientes com tendência à depressão ou mesmo já deprimidos, após consumirem açúcar e terem sua serotonina estimulada queiram repetir seu consumo constantemente após algum tempo de sua ingesta, à fim de manter a sensação de prazer desencadeada pelo açúcar, tornando-se então um ciclo vicioso.  
 
Outra linha de raciocínio também pode ajudar a compreender os estragos do açúcar no cérebro. Sabe-se que a elevação exagerada da glicose (açúcar) no sangue leva à uma oxidação (glicação) de determinas células, incluindo os neurônios cerebrais, fato este capaz de atrapalhar a neurotransmissão, que é a capacidade dos neurônios de se comunicarem adequadamente entre si, influenciando então negativamente no perfeito funcionamento cerebral, incluindo a ação adequada dos neurotransmissores. Com este mecanismo de neurotransmissão prejudicado poderia haver um ação menos eficiente da serotonina. Estudos estão em andamento para confirmar esta hipótese.  
 
Realmente, em termos científicos, é difícil concluir se o consumo excessivo de açúcar desencadeia a depressão ou se o depressivo tem no açúcar um "alimento conforto" que lhe traga sensação de "prazer", ou seja, se é causa ou consequência.  
 
Enfim, o ideal é que devemos fornecer para o cérebro, através da nossa alimentação, nutrientes que sejam importantes para a produção da serotonina, como é o caso do triptofano, encontrado nas oleaginosas como as castanhas, nozes, amêndoas e amendoim, peixes, iogurte, ovo, ervilha, banana, couve-flor, entre outros. O ácido fólico, encontrado também na lentilha, levedo de cerveja, feijão preto, grão de bico, brócolis, espinafre, contribui também para a produção dos neurotransmissores cerebrais envolvidos no humor e bem estar, contribuindo para a diminuição do risco na prevalência da depressão, já que estudos correlacionaram maior número de pessoas depressivas em populações com baixa ingestão de ácido fólico. 
 
No mais também é importante procurar profissionais capacitados para abordar de maneira precisa o diagnóstico e tratamento da depressão que na maioria das vezes leva à uma perda de qualidade de vida comprometendo o dia a dia das pessoas que se encontram nesta condição. Cuide-se e busque uma alimentação saudável sempre que possível. 
 
Minha Vida                           

Abbott constrói centro para desenvolver fármacos no Brasil

A Abbott, empresa global de cuidados para a saúde, investirá R$ 20 milhões para a construção de um Centro de Desenvolvimento Farmacêutico no Brasil. O objetivo do novo Centro é desenvolver produtos farmacêuticos adaptados às necessidades crescentes da população brasileira
 
A nova instalação, que consistirá em um laboratório de desenvolvimento e uma planta-piloto, surge no momento em que o acesso a medicamentos tem sido cada vez mais importante para o Brasil, visto que a população está envelhecendo, e há uma maior incidência no diagnóstico de doenças crônicas (as estimativas de crescimento giram em torno de 7,8% em 2015, e apresentam uma projeção de mercado para atingir os R$ 90 bilhões nos próximos cinco anos1).
 
“A construção do Centro de Desenvolvimento facilitará o acesso da população a importantes medicamentos e reforça nosso compromisso com o país”, afirma Juan Carlos Gaona, Gerente Geral da companhia no Brasil. “Estamos há 78 anos no Brasil. Somos uma das primeiras multinacionais do setor de saúde a ter instalações aqui, e acreditamos que temos profundo conhecimento das necessidades de saúde da população. Com o novo Centro de Desenvolvimento, estaremos aptos a responder mais rapidamente às necessidades dos consumidores, que hoje representam mais de 50% do público final de nossas vendas no Brasil. Nosso objetivo é ampliar o fornecimento de produtos farmacêuticos de alta qualidade para que a população brasileira possa viver cada vez mais e melhor”, destaca o executivo.
 
De acordo com dados do IMS², o Brasil ocupou a sexta posição no ranking farmacêutico mundial em 2014, e a previsão é que ganhe uma posição até 20192, o que faz dele o motor de crescimento entre os países da América Latina1.
 
O novo Centro terá foco em fórmulas sólidas (comprimidos e cápsulas) e será construído com todos os processos e tecnologias necessárias ao desenvolvimento de produtos farmacêuticos. A nova instalação será construída junto à fábrica da Abbott em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com início previsto para o mês de agosto deste ano. Os produtos desenvolvidos na planta-piloto poderaõ ser transferidos para uma produção em larga escala na atual fábrica da Abbott, dependendo da demanda local.
 
“É bastante positivo o fato de termos área útil, infraestrutura e recursos humanos disponíveis para a construção do novo empreendimento”, afirma Ana Paula Antunes, Diretora de Operações da unidade fabril da empresa no Brasil. “Também estamos comprometidos em contribuir com a formação de profissionais altamente especializados, como por exemplo, pesquisadores-talento para trabalhar no desenvolvimento desses produtos”, conclui Antunes.
 
A expectativa é que a primeira molécula seja desenvolvida nesta instalação em 2016 para ser submetida à aprovação de seu registro pelo órgão regulador.
 
Sobre a Abbott
Na Abbott, estamos comprometidos a ajudar você a viver da melhor maneira possível por meio do poder transformador da saúde. Por mais de 125 anos, apresentamos novos produtos e tecnologias para o mundo – em nutrição, diagnósticos, dispositivos médicos e medicamentos de marca –, criando mais possibilidades, para mais pessoas, em todas as fases da vida. Hoje, nossos 73 mil colaboradores trabalham para ajudar as pessoas a viver não apenas mais, mas melhor, nos mais de 150 países que atuamos.
 
Presente no Brasil há 78 anos, a Abbott trabalha para proporcionar às pessoas um melhor acesso a soluções médicas e de saúde inovadoras, contribuindo para o desenvolvimento dos cuidados para a saúde em todo o país. No Brasil, a empresa emprega aproximadamente 1.400 colaboradores em áreas como produção, pesquisa e desenvolvimento, logística, vendas e marketing. As principais unidades da Abbott no país ficam em São Paulo e Rio de Janeiro, cidade onde está o parque fabril da empresa.
 
Acesse www.abbottbrasil.com.br e fique em contato conosco pelo Facebook/Abbott Brasil.
 
Referências Bibliográficas
1. IMS World Review 2015_Latam e Brasil_Sydney Clark. May, 2015.
2. IMS World Review 2015. Global Pharmaceutical Market Dynamics and Perspectives. Murray Aitken. May, 2015.
 
Contato:
Mariana Aidar, (+55 11) 5536-7411
mariana.aidar@abbott.com
Textual Comunicação
Lígia Leme, (+ 55 11) 5180-6932
ligialeme@textual.com.br
Vanessa Costa, (+ 55 11) 5180-6925
vanessacosta@textual.com.br
 
Saúde Business

4 exemplos em que a judicialização é questionável

Por um lado,  algumas operadoras negam procedimentos adequadamente indicados e cobertos no  rol de procedimento com o objetivo de reduzir os custos, atitude condenada e proibida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar ( ANS), que inclusive  tem aumentado a vigilância e as punições na área. Do outro, o beneficiário, que  muitas vezes processa a operadora em  busca de uma cobertura que ele não tem direito
 
Por Priscila Cruzatti
 
Vale lembrar que o sistema privado não tem cobertura universal e a atenção na saúde suplementar é limitada – inclusive por lei e rol de procedimentos, que desobriga as operadoras de prestarem o que não estiver listado em seus contratos com o beneficiário. Para a diretora de Fiscalização da ANS, Simone Sanches Freire*, o beneficiário precisa entender que ele não comprou um “SUS privado”, o que ele tem é um contrato com a cobertura de alguns procedimentos, aquilo que não é coberto no rol, ele deve pagar.
 
Segundo o superintendente jurídico da Unimed Brasil,  José Claudio Oliveira*,  alguns casos reivindicados pelos beneficiários são questionáveis sob o ponto de vista jurídico e algumas demandas, às vezes, não fazem sentido.
 
Veja quatro  exemplos em que a judicialização é questionável:
 
Risco de morte: o paciente processa a operadora para ter acesso a um tratamento que, caso não inicie imediatamente, poderá morrer. Além de não começar o tratamento por conta própria (já que o tratamento é vital, por que esperar a conclusão do processo judicial?), muitas vezes esse suposto tratamento ainda  é experimental, sem evidências científicas e/ou ainda não regulamentado no Brasil.

Procedimento solicitado pelo médico da operadora: Se o paciente  é  atendido por um médico da rede credenciada de sua  operadora e  prescreveram algo que o  plano não cobre, então  a operadora tem que arcar com o tratamento? Essa também não é uma justificativa válida. Se o tratamento/procedimento não está coberto, não faz nenhuma diferença se o médico é ou não da rede credenciada, nem mesmo se for um cooperado. Cabe ao médico prescrever o que for mais adequado para o paciente, quem pagará pelo procedimento não tem relação  com o vínculo do médico com a operadora.
 
Jurisprudência sobre a matéria: outro problema comum é o judiciário dar uma resposta favorável à demanda do beneficiário baseada em jurisprudência (decisões similares tomadas por outros juizes em situações similares no passado). Isso pode fazer muito sentido em outras áreas do Direito, mas não muito para na Saúde. O mais indicado é ter um consultor apoiando o juíz na análise do caso, levantando informações clínicas e evidências científicas, trabalhando caso a caso.
 
Lei de direito do consumidor: a Lei 8.078/90 é “importantíssima”, segundo Oliveira,  mas não é conflitante com a Lei 9.565/98 que estabelece o rol de procedimentos para operadoras de saúde no Brasil. Se a operadora oferece tudo o que está no rol, cumpre com os prazos e não dificulta o acesso do beneficiário aos serviços contratados, dificilmente estará infringindo o Código de Defesa do Consumidor. A confusão é: ao não oferecer algo que está fora do rol e que, portanto, não é um direito do beneficiário, a operadora está infringindo algum direito do consumidor? A resposta é: não.
 
*Simone Sanches Freire e José Claudio Oliveira participaram do Congresso de Judicialização da Saúde no Brasil, realizado pela Abramge, no mês maio.
 

Metade dos homens esconde da parceira uso de medicamento para disfunção erétil

Pesquisa com 800 homens brasileiros, com idades entre 22 e 65 anos, mostra o perfil do comportamento sexual do brasileiro
 
Um levantamento inédito com 800 homens brasileiros que utilizam medicamento para disfunção erétil, entre 22 e 65 anos, mostrou o perfil desse público quando o assunto é desempenho sexual. A principal constatação é que metade do universo masculino não diz à parceira que faz uso de um medicamento para ter um desempenho sexual satisfatório. A pesquisa da Medley Genéricos com o Instituto Gfk revelou ainda que, entre os que têm relacionamento estável e os solteiros, 66% usam o medicamento em mais da metade das vezes que têm uma relação sexual.

Outro dado interessante também identificou o comportamento masculino, entre 22 e 40 anos, sobre a disfunção erétil. Segundo o estudo, um em cada três indivíduos com essa faixa etária afirma ter dificuldade em conseguir e manter a ereção. Ainda entre esses adultos jovens, 40% optam por esse tipo de medicamento com o objetivo de manter diversas ereções num curto espaço de tempo para prolongar o prazer sexual e satisfazer a parceira.

De acordo com a pesquisa, os homens de meia idade (41 a 50 anos) são os que têm a maior frequência de relações sexuais no mês, ou seja, de cada dez respondentes, quatro afirmaram ter mantido nove relações sexuais no mês. O levantamento também mostrou que os homens (casados ou em relacionamento estável) e divorciados ou fora de um relacionamento sério, independentemente da idade, são igualmente insatisfeitos com a frequência de relações sexuais mensais.

Perfil da amostra
A Pesquisa Medley Saúde Sexual Masculina ouviu homens de três faixas etárias: 22 a 40 anos; 41 a 50 anos e homens com mais de 50 anos. Em relação ao estado civil, 64% dos entrevistados afirmaram estar em um relacionamento estável (casado ou namorando) e outros 36% disseram estar fora de uma relação estável. Foram entrevistados indivíduos das classes A, B e C, de acordo com os parâmetros específicos da população masculina brasileira.

Principais constatações
 
Faixa etária: 22 a 65 anos
* Metade dos homens não diz à parceira que faz uso de medicamento para disfunção erétil;
* 2/3 dos homens que usam medicamentos fazem isso mais da metade das vezes em que têm a relação.

Faixa etária: 22 a 40 anos
* Um em cada cinco homens faz uso do medicamento em todas as relações;
* 40% dos homens usam o medicamento para prolongar o prazer;
* 34% usam o medicamento pelo fato de agir mais rapidamente;
* 38% costumam comprar o medicamento sempre ou mantêm em estoque;
* 43% compram o medicamento quando acham que vão precisar.

Zero Hora

Anvisa determina suspensão do Flexabre Colágeno Tipo II

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da fabricação, distribuição, divulgação e comercialização do produto Flexabre Colágeno Tipo II Não Desnaturado, fabricado pela empresa Idealfarma Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda.
 
O produto não possui registro na Agência.

Foi determinado também que a empresa promova o recolhimento do estoque existente no mercado.
 
A medida está na Resolução 1.888/2015 publicada na última quinta-feira (02/07) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Anvisa aprova novo medicamento para imunodeficiência primária

Pacientes que nasceram ou perderam a capacidade do sistema imunológico de combater doenças infecciosas melhorarão sua qualidade de vida. Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou a venda da imunoglobulina subcutânea, proteína que exerce a função de anticorpos
 
O único tratamento existente era com injeção intravenosa. Agora pode ser subcutânea, aplicada por meio de uma infusão sob a pele. A nova técnica dispensa horas de aplicação e a necessidade de o paciente ir ao hospital mensalmente para reposição de anticorpos. A substância pode ser aplicada em casa uma vez por semana.
 
A opção representa mais qualidade de vida para a pequena Bárbara Marques da Costa, 6 anos, que sofre com a síndrome de DiGeorge. A mãe de Bárbara, Kátia Marques, explicou que algumas vezes a filha não conseguiu receber a medicação pela dificuldade de mantê-la imóvel por muito tempo e de encontrar a veia.
 
“A aplicação subcutânea é muito mais confortável, menos estressante porque são crianças que têm uma série de questões com que lidar e, pela baixa imunidade, devem evitar sair muito, permanecer em aglomeração que existe no hospital”, comentou ela, que aplica a infusão na própria filha.
 
Bárbara faz uso do medicamento obtido por meio de uma ação judicial que obrigou o estado a pagar a importação do produto. Segundo Kátia, cada frasco custa em média R$2 mil e a maioria usa meia dúzia por mês.
 
Estima-se que haja mais de 19 mil pessoas com imunodeficiência primária, segundo levantamento do Grupo Brasileiro de Imunodeficiências Primárias. São mais de 150 doenças crônicas que atacam o sistema imunológico.
 
Em geral, pacientes adultos levam em média 4 a 5 horas para aplicar o medicamento na veia. Para as crianças, o tempo pode chegar até 40 minutos. A versão subcutânea feita em casa pode ser ministrada enquanto o paciente está concentrado em outra atividade.
 
A pesquisadora e médica responsável pelo Setor de Imunologia Clínica do Departamento de Pediatria da Unifesp-EPM, Beatriz Tavares Costa Carvalho atende a mais de 100 pacientes que fazem uso da imunoglobulina intravenosa.
 
Ela destacou que o medicamento aplicado na pele também oferece menos eventos adversos. “O medicamento via intravenosa causa náusea, dor de cabeça, calafrio. Raramente esses eventos ocorrem com a aplicação subcutânea”, explicou.
 
“Além disso, pela via intravenosa é preciso dar uma quantidade muito grande e a proteína vai se sendo degradada aos poucos. Quando você divide essa quantidade em quatro vezes, o nível de imunoglobulina é muito mais constante e muito mais fisiológico”, ressaltou a mética.
 
Beatriz salientou que a comunidade médica e entidades de pacientes esperavam há mais de nove anos pela versão subcutânea, que é utilizada em mais de 51 países e, em alguns, há mais de 25 anos.
 
Segundo ela, a próxima luta dos movimentos e entidades é incorporar o novo tratamento ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Agora, com a aprovação da Anvisa, é muito provável que o tratamento seja ofertado pelo SUS, pois a nova tecnologia não é mais cara que a imunoglobulina via intravenosa”.
 
Agência Brasil

Estudo mostra que remédio para Parkinson pode mudar índole do paciente

Segundo pesquisa da Universidade de Oxford, medicamento para essa doença altera o julgamento moral de quem o toma

Medicamentos usados para tratar a doença de Parkinson e a depressão são capazes de alterar os julgamentos morais de quem os toma, de acordo com um novo estudo.

A psicóloga da Universidade de Oxford Molly Crockett, e que liderou a pesquisa, afirmou ao jornal britâncio “The Guardian” que, embora as drogas não transformem “uma pessoa saudável em um criminoso”, elas poderiam ter uma mudança comportamental a longo prazo.
 
O estudo constatou que pessoas saudáveis que receberam uma dose da droga indicada para depressão, que reforça a serotonina, tornaram-se mais relutantes em dar choques elétricos em outras pessoas.
 
Normalmente as pessoas preferem receber um choque elétrico do que dar em outra pessoa. Mas esta tendência desapareceu entre os que tomavam levodopa, um medicamento que aumenta a dopamina, indicado para o Parkinson.
 
— No tratamento do Parkinson, alguns pacientes podem desenvolver comportamentos compulsivos para o jogo e para o sexo. As drogas têm consequências além do mundo do paciente — disse o Dr. Crockett. — A mensagem central é que precisamos ter mais pesquisas sobre como essas drogas afetam o comportamento, tanto em pessoas saudáveis, quanto para pessoas que fazem uso contínuo delas. Não estamos transformando uma pessoa saudável em um criminoso ou coisa do tipo. Mas, num geral, tomamos decisões várias vezes ao dia e elas podem moldar nossas vidas.
 
Um artigo sobre a pesquisa na revista “Current Biology” explicou que 175 pessoas receberam medicações (levodopa ou serotonina) ou placebos. Elas foram, então, divididas em pares. E uma delas tinha a chance de ganhar dinheiro dando um choque elétrico na outra.
 
Mas, o dinheiro também poderia ser ganho evitando o choque. Aqueles que receberam o placebo ofereceram pagar uma média de R$ 171 para parar de receber choque e R$ 215 para evitar o choque no outro.
 
Aqueles que tomaram o reforço da serotonina ofereceram pagar R$ 293 para parar de receber o choque e R$ R$ 356,5 para não iniciar o choque no outro. Mas, aqueles que receberam a dose de levodopa (que se transforma em dopamina), base da medicação para o Parkinson, ofereceram uma média de R$ 171 para parar os choques em si ou no outro.
 
— A dopamina fez as pessoas mais egoístas — disse Crockett. — A maioria das pessoas mostrou esse padrão de que é pior prejudicar os outros pessoas do que a sim mesmo. E isso foi abolido pela droga.
 
O Globo

Internet vicia! Excesso pode causar doenças e depressão

Abstinência da rede provoca efeitos similares aos encontrados em dependentes químicos
 
Você não larga o celular, tecla enquanto dirige ou caminha, fica ansioso quando não pode acessar a rede social e bota a mão no bolso achando que o aparelho vibrou, quando na verdade nada aconteceu? Cuidado, você pode estar viciado em internet. Parece brincadeira, mas o uso excessivo da web pode resultar em doenças graves como depressão, cada vez mais comum.
 
O chamado estresse digital indica falta de habilidade em lidar com as pressões do cotidiano atual, como a “obrigatoriedade” em estar sempre conectado e de saber logo sobre tudo que se passa no mundo. “Somos bombardeados de novidades e de pressões para usar a internet o tempo todo. Já chegamos em um nível em que um mundo sem internet parece impossível. Mas o problema é quando a falta da web passa a gerar sofrimento intenso”, afirma o médico Hewdy Lobo, psiquiatra do Hospital Lacan.
 
A cirurgiã-dentista Vanessa Fazzi, 38 anos, admite ficar angustiada quando não pode acessar a internet. “Parece que algo está faltando”. Segundo Vanessa, as redes sociais são irresistíveis. “Vejo o Facebook e o Instagram constantemente, fora o Whatsapp, que não desgrudo. Além disso, tem o Waze, que utilizo para me orientar no carro, sites odontológicos e livros virtuais. Fico conectada pelo celular 24 horas por dia”, admite Vanessa.
 
Sentar à frente de uma tela de computador por cinco horas diárias pode aumentar drasticamente o risco de depressão e insônia, segundo uma nova pesquisa realizada na Chiba Univertsity, no Japão. Estudos anteriores davam conta que o uso excessivo da rede causava sintomas como dor de cabeça, olhos embaralhados e dor nas costas. Mas o novo estudo mostra que há efeitos complicadores para a saúde mental também.
 
Segundo a mostra, que durou três anos com 25 mil trabalhadores, a maioria reclamou de se sentir depressivo, ansioso e relutante em acordar e ir trabalhar de manhã. Eles ainda reclamaram de sono quebrado, pos acordam muitas vezes durante a noite, “O resultado demonstra que é preciso ficar menos tempo conectado à internet”, disse a médica e responsável pela pesquisa, Tetsuya Nakazawa, ao jornal Daily Mail.
 
O psquiatra Lobo alerta que a falta da internet pode causar reações e efeitos parecidos com aqueles que são encontrados em dependentes químicos.
 
O efeito em crianças e adultos
Crianças e adolescentes que já nasceram num mundo com internet são um dos mais atingidos por essas enfermidades. “Nessa idade as funções executivas não estão completamente formadas, como tomada de decisões, planejamento e controle dos impulsos. Com isso, os jovens apresentam sintomas de depressão precocemente e se tornam vítimas fáceis”, explica o psiquiatra Lobo.
 
Pressionados a estarem sempre disponíveis e conectados, os adultos que dependem de redes sociais e até de aplicativos de paquera também podem estar vulneráveis. “O mundo real está cada vez mais solitário e árduo. Adultos e idosos buscam na internet uma forma de suprir suas emoções. Isso pode se tornar grave”, diz Lobo.
 
O especialista explica que para caracterizar depressão é preciso apresentar sintomas como humor abalado por semanas. “A pessoa sofre e fica exausta”, explica. Outros sintomas apontados pelo médico são: irritação, ansiedade , desânimo, apatia, falta de energia e vontade de fazer atividades apreciadas, sentimentos de desamparo, de vazio, pessimismo, culpa, inutilidade, fracasso, vontade de sumir, de morrer, entre outros.
 
Ajuda
Todas as doenças ou sintomas provocados pelo uso excessivo da internet estão relacionadas a doenças que já existiam, segundo Lobo. “A dependência da web tem as mesmas características diagnósticadas naqueles que usam substâncias psicoativas, que agem no sistema nervoso central e causa mudança de comportamento”, afirma.
 
Uma vez que se estabelece uma doença relacionada com o uso da internet, é necessário que se busque ajuda com profissional especializado, que poderá fazer o diagnóstico adequado e planejar a melhor intervenção para o caso.
 
“Está na hora de aprendermos os limites do uso destas tecnologias para o nosso bem-estar. No caso das crianças e adolescentes, devemos ensinar estes limites”, afirma o psiquiatra Lobo.
 
Veja abaixo algumas doenças associadas ao uso excessivo da internet:
 
1) Dependência da internet
É a vontade intensa de estar sempre conectado. O internauta fica cada vez mais tempo na internet e, quando fica sem, aparecem sintomas como ansiedade, irritação, impaciência e depressão. A pessoa deixa de fazer outras atividades de lazer e responsabilidades para estar presente no mundo virtual. Essa atitude persiste apesar de prejuízos evidentes como queda da produtividade no trabalho, piora nas relações interpessoais e má alimentação. Muitas vezes a pessoa já tentou ficar menos tempo na internet, mas não consegue. Ocorrem alterações neurais no cérebro que são semelhantes às que ocorrem com dependentes químicos.
 
2) Dependência de Jogo Online
Apresenta os mesmos sintomas da Dependência de Internet, mas em relação ao jogo online. Esta dependência já causou inclusive mortes ao redor do mundo em pessoas que ficaram muitas horas sentadas, quase não indo ao banheiro , sem se alimentar e se hidratar.
 
3) Nomofobia
É uma designação recente que denomina o desconforto ou a angústia causada pela impossibilidade de comunicação através de aparelhos celulares ou computadores. É uma fobia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se expressar virtualmente ou quando o indivíduo se vê incomunicável por estar sem seu aparelho de celular. Surge um medo irracional persistente e excessivo de ficar sem o aparelho a ponto de gerar uma resposta imediata de ansiedade.
 
4) Síndrome do Toque Fantasma
É a percepção de que o celular tocou, sem de fato ter tocado, ou seja, uma percepção sem estímulo. Há outros sintomas como achar que o celular tocou a partir de outros estímulos, como uma coceira ou formigamento, sendo uma má interpretação destes sinais. Esta síndrome ocorre principalmente com pessoas que utilizam muito o celular.
 
5) Hipocondríaco digital
A pessoa pode temer ter uma doença que viu na internet ou alimentar suas atitudes hipocondríacas procurando sobre a doença na internet, chegando a conclusões errôneas, mas que de qualquer forma geram muita ansiedade.
 
6) Náusea digital (Cybersickness)
É a náusea causada a partir de funcionalidades dos aparelhos digitais. por exemplo a aproximação ou afastamento de imagens ao clicar em aplicativos. A pessoa pode sentir que irá vomitar, apresentando um mal estar.
 
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