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terça-feira, 14 de julho de 2015

Adolescente de 15 anos desenvolve teste para o mal de Alzheimer

 Reprodução/ Instagram
Krtin Nithiyanandam: na expectativa pela final do Prêmio
 de Ciências da Google
Anticorpo entra pelo sangue e se liga a proteínas presentes nos primeiros estágios da doença, antecipando o diagnóstico em 10 anos
 
Rio - Um adolescente de 15 anos desenvolveu um potencial teste para o mal de Alzheimer que dá o diagnóstico 10 anos antes do aparecimento dos primeiros sintomas.
 
Atualmente a detecção da doença só pode ser confirmada após uma série de testes cognitivos ou por biópsia do cérebro após a morte do paciente. Mas Krtin Nithiyanandam, de Epsom, Surrey, na Inglaterra, desenvolveu um anticorpo “cavalo de troia” que penetra no cérebro e se liga a proteínas neurotóxicas presentes nos primeiros estágios da doença.
 
Os anticorpos, que são injetados pela corrente sanguínea, também são ligados a partículas florescentes, facilmente captadas em exames de imagem do cérebro.
 
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Krtin inscreveu seu teste no Prêmio de Ciências da Google e foi aceito semana passada. Até o início de agosto ele saberá se está entre os finalistas para concorrer a bolsa de estudos de US$ 50 mil para levar seu projeto adiante.
 
— O principal benefício do teste é diagnosticar o Alzheimer anos antes dos sinais da doença aparecerem, o que permite que as famílias se preparem para o futuro — disse Krtin ao “The Daily Telegraph”. — Eu escolhi o Alzheimer porque sou fascinado por neurociência e pelo funcionamento do cérebro.
 
Krtin sofreu de problemas auditivos quando criança e quer estudar medicina no futuro.
 
— Eu sei a diferença que a medicina pode fazer na vida das pessoas e eu quero fazer a diferença na vida de outras pessoas — afirmou.
 
O Globo

Cuidados paliativos ajudam pacientes terminais

Momento em que muitos pensam que não há mais nada a ser feito, ainda sim pode haver algo a ser realizado em benefício do paciente
 
Diante do diagnóstico de uma doença grave, muitas dúvidas surgem em relação à possibilidade de cura. Alguns tipos de câncer, doenças neurológicas e degenerativas progressivas e doenças infecciosas, como a Aids, são exemplos de patologias que podem colocar uma vida em risco. Com a evolução da doença e a confirmação de um prognóstico ruim, a pergunta mais frequente é “Quanto tempo eu tenho?”. Momento em que muitos pensam que não há mais nada a ser feito, ainda sim pode haver algo a ser realizado em benefício do paciente: os cuidados paliativos.
 
“Na experiência mundial quando os cuidados paliativos são oferecidos precocemente e realizados de forma adequada, observa-se o prolongamento da vida”, explica a diretora da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) e diretora do Instituto Paliar (SP) – Instituição especializada em cuidados paliativos, Dalva Yukie Matsumoto. Cuidados paliativos consistem em um conjunto de ações que buscam melhorar a qualidade de vida e a dignidade do paciente em tratamento e no processo de terminalidade da vida. Esses cuidados podem ser aplicados ao doente e à sua família por uma equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, odontólogos, farmacêuticos, assistentes sociais, assistentes espirituais, educadores físicos, por meio de trabalhos físicos, emocionais, sociais e espirituais que visam proporcionar o conforto nesses momentos difíceis. “As técnicas são aquelas específicas de cada área de atuação dos profissionais envolvidos na assistência”, completa Dalva.
 
Os cuidados devem ser proporcionais às necessidades do doente e ao momento da evolução da doença, sendo que é de extrema importância oferecer ajuda para que esses pacientes possam viver o mais ativamente possível até o fim da vida. No que diz respeito aos pacientes terminais, a especialista alerta sobre procedimentos invasivos desnecessários, mantendo artificialmente a vida, como no caso, por exemplo, de um doente terminal com doença pulmonar crônica ser submetido a uma entubação orotraqueal. Também deve ser descartada a chamada “futilidade terapêutica”, que é a indicação de medicamentos que não trazem benefício real, podendo algumas vezes causar mais danos ao paciente.
 
O principal foco é fornecer o alívio à dor e a outros sintomas como astenia, anorexia, dispneia e outras emergências.
 
“Deve-se sempre respeitar o desejo do paciente, a indicação da equipe de cuidados paliativos e a possibilidade da família de realizar os cuidados necessários”, afirma a especialista. A família também deve ser orientada pelo médico sobre os principais eventos que podem ocorrer, como complicações relacionadas à doença de base e a forma que se deve proceder diante desses acontecimentos.
 
“Detalhar a evolução natural da doença, para prever necessidades futuras e deixar a família prevenida evitando sustos e sofrimento desnecessários”, detalha Dalva.
 
Como os cuidados paliativos devem abordar todos os aspectos do sofrimento causado pelo processo do adoecer, sendo um deles o emocional e o psicológico, é fundamental a participação de um psicólogo na equipe para promover esta assistência ao paciente. A especialista em psicologia clínica, autora do livro do Do luto à luta e coordenadora do Curso de Especialização em Cuidados Paliativos da Faculdade Ciências Médicas, Gláucia Tavares, esclarece que toda manifestação física tem conexão com o emocional e vice-versa. “O excesso de medo, de raiva, de tristeza, de preocupação e até de alegria, desconsiderando os limites reais da vida, pode influenciar negativa ou positivamente em qualquer quadro clínico”.
 
Sendo assim, é importante deixar o paciente o mais confortável possível para que o emocional colabore para o quadro. “Em alguns momentos tomar um refrigerante, trocar a roupa de cama, encontrar-se com alguém pode ser significativo. Hoje, considera-se que até a inclusão de animais de estimação pode ser um fator de contribuição, se for um pedido da pessoa. Há a compreensão que a quantidade de vida é limitada e que a qualidade pode ser desenvolvida no dia a dia”, afirma Gláucia.
 
Câncer
“Não é porque você tem uma doença incurável que justifica não viver bem”, explica a oncologista da Oncomed de Belo Horizonte Carolina Patrícia Mendes Rutkowski. O câncer pode ser classificado como curável e incurável. Os tumores malignos têm alto índice de cura mesmo em fases avançadas, porém existem casos diagnosticados tardiamente, com metástases, que não respondem positivamente aos tratamentos disponíveis, não podendo ser erradicados completamente. Sendo assim, nesses casos mais graves, o foco é diminuir e controlar a doença, tratar os sintomas relacionados e tentar aumentar a sobrevida e a qualidade de vida, do paciente. A dor, insônia e angustia são alguns dos sintomas muito comuns que podem ser evitados com uma medicação adequada.
 
“A ciência aponta pesquisas realizadas com pacientes com câncer de pulmão que viveram mais por terem cuidados paliativos do que as pessoas que tiveram o tratamento convencional”, aponta Carolina que também destaca que esses cuidados devem ser oferecidos antes de a pessoa começar a sentir os sintomas e em paralelo ao tratamento da doença. A especialista explica que no momento em que a pessoa é diagnosticada com uma doença incurável, a primeira opção é o tratamento em casa, paralelo com os cuidados paliativos, pois é muito importante a proximidade com a família.
 
“No mundo ocidental a pessoa não está preparada para lidar com morte. Na faculdade de medicina nós aprendemos como lutar pela vida, mas a morte é a única certeza que nós temos”, afirma a oncologista.
 
Estado de Minas

Biometria cresce e Saúde é um dos focos

A biometria vem se consolidando mundialmente nos últimos dois anos. Estudo realizado pela consultoria norte-americana Tractica mostra o quanto essa tecnologia – que reconhece impressões digitais, íris e voz -, está sendo incorporada em vários países e em diferentes segmentos, entre eles, a Saúde
 
A expectativa é que esse mercado salte de US$ 2 bilhões em 2015 para quase US$ 15 bilhões em 2024, com receita acumulada de US$ 67,8 bilhões em dez anos.
 
Entre as áreas que serão especialmente beneficiadas pela biometria na próxima década estão finanças, dispositivos de consumo, saúde, governo, empresas, defesa, educação, aplicação da lei e organizações não-governamentais.
 
Em pouco tempo, as pessoas estarão totalmente familiarizadas com a autenticação biométrica nos caixas eletrônicos e nos dispositivos móveis. Também vão se acostumar a verificações de autenticidade em ambientes virtuais de sistemas governamentais, transações em pontos de venda, acesso a áreas restritas de distribuição de medicamentos etc.
 
biometria
 
Exemplos de uso da biometria:
 
Na saúde
-Na Oceania, sensores auxiliam um projeto que atende a população de Papua Nova Guiné com médicos ocidentais, enfermeiros, laboratório, farmácia, e exames de raio-X. Com a tecnologia de imagem multiespectral, a missão pode identificar o paciente em tratamento, mesmo que seus dedos estejam desgastados ou machucados – como é comum naquela região. Numa cultura com centenas de tribos indígenas com diferentes idiomas – e onde as pessoas não costumam ter qualquer documento de identidade, já que muitos não sabem ler – a biometria é o recurso mais apropriado para garantir uma identificação precisa e confiável.
 
Outros
-O aeroporto norte-americano de Baltimore-Washington possui leitores de impressão digital que controlam inclusive o acesso à pista através de unidades implantadas ao ar livre.
 
-Parques asiáticos associam o uso da biometria com tecnologia RFID para que as crianças não se percam enquanto brincam e possam ser rapidamente localizadas por seus pais. Em um dos parques, o Chime Long Guagnzhou (China), os sensores biométricos são acionados mais de quatro milhões de vezes ao ano.
 
-No Senegal foi implantado sensores de impressão digital em 66 estações fixadas em embaixadas, consulados e postos de fronteira. Além de assinatura digital, a integração de soluções de biometria, registro biográfico e fotográfico estão também previstas para essas estações, que devem produzir 300 mil vistos por ano naquele país. De acordo com Kerry Reid, vice-presidente global de vendas da HID Biometrics – empresa de tecnologia de impressão digital de imagem multiespectral – além da identificação biométrica, o turista também poderá contar com uma solução de pagamento online.
 
Para Reid, o Brasil é referência para a América Latina no uso da biometria. O sistema financeiro brasileiro é amadurecido sobre a importância de salvaguardar a identidade dos clientes. Apesar de haver cerca de 90 mil caixas eletrônicos que contam com sensores biométricos, ainda há mais de 70 mil que não dispõem dessa tecnologia.
 
*Com informações da Tractica e Kerry Reid, vice-presidente global de vendas da HID Biometrics – divisão da HID Global formada a partir da aquisição da Lumidigm.
 
Saúde Business

GSK lança aplicativo para cálculo de dose de antibióticos

Foto/Reprodução
A GSK lança o aplicativo gratuito Dose Certa, que indica a dose ideal de antibiótico que deve ser prescrita com base no peso do paciente, geralmente infantil
 
Disponível em português para as plataformas IOS e Android, o app possui uma interface dinâmica e de fácil navegação.
 
Após o download via Apple Store ou Google Play, o usuário deverá apresentar um código de ativação disponibilizado em um panfleto entregue pelos representantes comerciais da companhia em suas visitas aos consultórios. O código de ativação pode ser adquirido também pelo e-mail medinfo@gsk.com ou pelo telefone 0800 701 22 33, SAC exclusivo da GSK para médicos. Em seguida, basta realizar o cadastro com nome, especialidade, CRM e senha.
 
“A consulta a essas informações pode ser feita agora de maneira segura de qualquer lugar via celular ou tablet. O objetivo é facilitar o trabalho dos prescritores e diminuir os riscos de qualquer equívoco. Todos os cálculos são feitos com base na bula do medicamento”, comenta Lisa Duarte, Head da diretoria médica da GSK.
 
Sobre a GSK
Uma das indústrias farmacêuticas líderes do mundo, a GSK está empenhada em melhorar a qualidade da vida humana permitindo que pessoas façam mais, vivam melhor e por mais tempo. Para mais informações, visite www.gsk.com.br
 
Informações para a Imprensa
Assessoria de Imprensa GSK – EDELMAN SIGNIFICA
André Luiz Barros – andreluiz.barros@edelmansignifica.com
Priscilla Gonçalves – priscilla.goncalves@edelmansiginifica.com
(21) 2507-7788
 
Saúde Business

Novo gel promete tratar sapinho sem gosto ruim dos remédios

Foto/Reprodução
Pesquisadora da USP está desenvolvendo novo medicamento para facilitar o tratamento da doença
 
A candidíase oral, popularmente conhecida como sapinho, é uma infecção causada por um fungo que causa dor, desconforto e uma mancha branca na boca. Hoje, os remédios vendidos para o sapinho pedem que a pessoa faça bochechos longos para que o produto permaneça o máximo de tempo em contato com a área afetada. “O paciente deve bochechar 5 ml do líquido durante cinco minutos e depois cuspir”, diz Michelle Barão de Aguiar, pesquisadora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.
 
Para dificultar ainda mais o tratamento, a nistatina, substância base desses remédios, é eficaz e segura, mas tem um sabor bem desagradável. “Esse fato pode parecer irrelevante, mas dificulta a adesão dos pacientes ao tratamento. Muitos não seguem as instruções e acabam por não terminar o tratamento”, diz Michelle
 
Outro ponto negativo do uso da nistatina na forma que ela se apresenta hoje é a dificuldade para se misturar com a água. “Caso ela fosse mais solúvel em água, levando em conta que a boca é banhada pela saliva, seu efeito e contato com a área afetada poderiam ser melhores”, diz Michelle.
 
Benefícios do novo gel
Com base nessas informações, Michelle sentiu que podia desenvolver outro tipo de remédio para tornar o tratamento dessa doença algo mais fácil, principalmente porque entre suas vítimas mais comuns estão as grávidas e as crianças, dois perfis que costumam enfrentar resistência a sabores desagradáveis.
 
A ideia do gel elimina esses “bochechos infinitos” e aumenta o contato entra a mucosa oral e o remédio. “O gel será de feito de nistatina, mas em um sistema farmacêutico que melhora a solubilidade em água, ou seja, a substância se dissolverá melhor na saliva aumentando seu poder de alcance e adesão”, diz a pesquisadora.
 
Entenda o problema
Mais comuns em bebês, por ainda não terem um sistema imunológico formado e forte, o sapinho pode ser facilmente confundido com resquício de leite no fundo da boca. “Para sua prevenção é necessária a lavagem frequente das mãos, higienização e fervura adequada de mamadeiras e chupetas após cada uso, além da troca frequente de fraldas, pois essa doença também pode se apresentar nas dobras da pele do bebê”, diz Cristina Rodrigues da Cruz, infectopediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria.
 
Embora o sapinho não seja uma doença fatal, seus sintomas e seus desdobramentos podem ter efeitos graves. “Os pacientes relatam perda de apetite, dor, dificuldade de deglutição e ardência, e, sem o devido tratamento, o paciente pode desenvolver uma infecção no sangue causada pelo próprio fungo. Esse quadro sim é grave, e pode ser fatal”, diz Michelle.
 
Terra 

Especialistas alertam sobre o uso inadequado de antibióticos

especialistas antibiotico 13077Cuidar do sistema imunológico antes de a doença aparecer é a melhor solução

Nos hospitais, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) deve receber todos os pedidos de antibióticos, para que haja controle e discussão sobre uso e preços do medicamento. “E pensar em cada paciente. Tem de ver se o fígado e o rim estão aptos, se aquele tipo de medicamento tem facilidade de se inserir onde há a infecção”, lembra o médico intensivista Weiber Xavier.

São necessários também cuidados com antibióticos profiláticos, antes de cirurgias.

Para a farmacêutica Lara Soares, cuidar do sistema imunológico antes de a doença aparecer é a melhor solução. Consciente sobre prescrições médicas desnecessárias e uso indiscriminado, ela se diz crítica e resistente ao uso deste tipo de medicação. “Costumo cuidar da minha saúde e da minha família de maneira mais holística, buscando alternativas mais saudáveis e naturais. Sim, tomo antibióticos, quando são necessários”, considera.

O Povo / Guia da Pharmacia

Anvisa aprova registro de medicamento radiofármaco novo pronto para uso

A Anvisa concedeu o registro para o medicamento Xofigo® [cloreto de rádio (223 Ra)], classificado como um radiofármaco novo pronto para o uso, de acordo com a RDC 64/2009
 
A publicação desse registro representa mais um passo no compromisso da Agência para adequação dos radiofármacos às normativas sanitárias vigentes.
 
Xofigo® é um medicamento terapêutico emissor de partículas alfa com efeito antitumoral direcionado à metástase óssea. As partículas alfa são um tipo de radiação ionizante para terapia com Radiofármacos.
 
A parte ativa do produto é o isótopo de rádio-223, que mimetiza o cálcio e se direciona seletivamente aos ossos, especificamente às áreas de metástase óssea. A alta energia linear transferida dos emissores alfa provoca quebras da fita dupla de DNA em células adjacentes, resultando no seu efeito antitumoral.
 
O medicamento Xofigo®possui indicação terapêutica para o tratamento de pacientes com câncer de próstata resistente à castração (CPRC) com metástases ósseas sintomáticas e sem metástases viscerais conhecidas.
 
ANVISA

Milhões têm doença celíaca, mas o diagnóstico é difícil

Muitas pessoas passam mal sem saber que precisam retirar o glúten da dieta
 
Cerca de dois milhões de brasileiros têm a doença celíaca, causada por intolerância ao glúten, mas muitos não sabem. Esta situação acontece porque o diagnóstico do problema é difícil: pode ser confundido com doenças do intestino ou relacionadas à carência de nutrientes. Os sintomas mais frequentes são diarreia, excesso de gases e desconforto abdominal, além de fadiga e dor de cabeça. Nas mulheres, pode haver irregularidades menstruais.
 
“Muitas vezes, os sintomas não são específicos e as queixas digestivas não são muito exuberantes”, avalia o gastroenterologista Luiz João Abrahão Jr. A enfermidade é autoimune, ou seja, causada pelas próprias células de defesa do organismo, que agridem outras e provocam inflamação. O glúten — proteína presente no trigo, no centeio e na cevada, entre outros alimentos — é responsável por este processo. Também existe uma pré-disposição genética.
 
A nutricionista Noádia Lobão explica que o glúten atrapalha a capacidade do intestino em absorver nutrientes, o que acaba gerando outras deficiências.
 
A doença celíaca costuma surgir na infância, mas também pode aparecer na idade adulta. O diagnóstico é feito através de um exame de sangue. “O tratamento principal é a extinção total do glúten”, explica Noádia. Alguns dos alimentos que geralmente contêm glúten são pão, bolo, biscoito e macarrão.
 
Mas os pacientes não devem fazer a dieta por conta própria, sem orientação profissional. “O maior desafio em fazer o diagnóstico ocorre quando os próprios pacientes, na suspeita da doença, retiram o glúten da dieta”, critica o médico. Essa decisão pode atrapalhar o resultado dos exames e, por isso só deve ser tomada com a orientação de especialista.
 
Segundo Noádia, o grande problema enfrentado pelos portadores da doença celíaca são os resíduos do glúten que podem passar de um alimento para outros, por meio de instrumentos de cozinha, por exemplo. É a chamada ‘contaminação cruzada’. “O ideal é fazer as refeições em casa”, recomenda.
 
A nutricionista ressalta que pessoas sem a doença não devem eliminar o glúten só para emagrecer. Ela também diferencia a doença celíaca da sensibilidade ao glúten. Nesta, que afeta 14 milhões de brasileiros, os efeitos são mais brandos.
 
Sofrimento antes do alívio
Para a assistente administrativa Simone Prates, os sinais apareceram na infância, mas cresceram na fase adulta. “Eu tive os sintomas clássicos. Diarreia, aftas, imunidade baixa, transtorno de menstruação. Mas ninguém prestou atenção nisso”, relata. A situação piorou quando ela teve uma diarreia mais forte que o normal, que durou três meses. Simone procurou ajuda, mas recebeu série de diagnósticos errados.
 
“Falaram em Aids, dengue, estresse... Por fim, me internaram achando que era câncer de pâncreas”, conta. Logo antes de começar o tratamento, no entanto, novos exames indicaram a doença celíaca. A adaptação à nova dieta passou por várias fases. “No começo foi fácil porque eu queria melhorar logo. Mas depois vem a fase da rebeldia”. Ela percebeu o perigo, no entanto, e voltou a seguir as orientações. “Agora sou fiel. Estou consciente dos malefícios”, garante.
 
Hoje Simone participa da Associação do Celíacos do Brasil, onde é segunda secretária da seção do Rio. A entidade faz campanhas para conscientizar sobre a enfermidade e a necessidade de disponibilizar produtos e cardápios exclusivos para quem precisar.
 
O Dia

Brasileiro poderá importar canabidiol e outros remédios sem imposto

Canabidiol, usado no controle da epilepsia, é um dos
remédios beneficiados pela isenção
Receita isenta de tributos federais encomendas de medicamentos transportados por empresas de entrega
 
Medicamentos destinados a pessoas físicas poderão ser importados, por meio de encomenda aérea transportada por empresas de entregas, com isenção de tributos federais. A Receita Federal publicou nesta segunda-feira (13), no Diário Oficial da União, alteração da Portaria MF nº 156, de 1999, que trata das condições para a aplicação do Regime de Tributação Simplificada, incidente sobre a importação de bens integrantes de remessa postal ou encomenda aérea internacional.
 
“A medida estende às encomendas aéreas internacionais o mesmo tratamento tributário então outorgado somente às remessas postais. Na prática, a medida permitirá que o medicamento seja entregue no domicílio do importador pela empresa de courier, isenta do recolhimento dos tributos federais”, informa a Receita Federal.
 
A Receita informa ainda que a medida atende “o anseio de inúmeras pessoas e famílias que necessitam de medicamentos encontrados apenas no exterior, de forma urgente ou continuada, a exemplo do canabidiol, usado no tratamento de epilepsia de difícil controle”.
 
“A nova disposição legal permite aos cidadãos brasileiros mais um canal de acesso a estes medicamentos, de forma célere, previsível, desburocratizada e sem custo em relação aos impostos federais, desde que cumpridas as regras da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, acrescenta a Receita.
 
Agência Brasil

Anvisa aprova vacina sarampo, caxumba, rubéola e varicela (atenuada)

A Anvisa aprovou o registro da vacina sarampo, caxumba, rubéola e varicela (atenuada) em nome da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos)
 
A vacina é fruto de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada entre a Fundação e o parceiro privado GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
 
A vacina sarampo, caxumba, rubéola e varicela (atenuada) é indicada para a imunização ativa de crianças com idade de 12 meses a 12 anos, contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela.
 
A utilização da vacina sarampo, caxumba, rubéola e varicela (atenuada) deve ser baseada nas recomendações oficiais do Ministério da Saúde.
 
ANVISA