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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Simplesmente fantástico: TU Delft - O Drone Ambulância

A cada ano cerca de um milhão de pessoas na Europa sofrem de uma parada cardíaca. Um mero 8% sobrevive devido ao lento tempo de resposta dos serviços de emergência


A ambulância-robô é capaz de salvar vidas com um desfibrilador integrado. O objetivo é melhorar a infraestrutura existente de emergência com uma rede de drones. Este novo tipo de drone pode ir mais de 100 km / h, e chega ao seu destino dentro de 1 minuto, o que aumenta a chance de sobrevivência de 8% para 80%! Este zangão dobra-se e torna-se uma caixa de ferramentas para todos os tipos de suprimentos de emergência. Implementações futuras também irá servir outros casos de uso, como afogamento, diabetes, problemas respiratórios e traumas.
 
Project Creator: Alec Momont - alecmomont.com

Film Director: Samy Andary - samyandary.com
Cinematographer: Tomas J. Harten - vimeo.com/user12379455
Actress: Rebecca ter Mors - rebeccatermors.com
Actor: Roland van der Velden
Speed test drone clip: SkyHero - sky-hero.com

Project Sponsor: Living Tomorrow - livingtomorrow.com
Project Facilitator: TU Delft - tudelft.nl
Project Chair: Prof.dr.ir. Richard Goossens
Project Mentor: Ir. Kees Nauta
Project Supervisor: Peter de Jonghe
Project Coordinator: Jurgen de Jaeger
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Vilão do câncer de colo de útero, HPV ainda encontra barreiras para sua contenção

Maioria das medidas é voltada para as mulheres, sendo que o homem é um dos maiores vetores do papilomavírus
 
A disseminação do papilomavírus humano (HPV) tem contribuído para o crescimento do número de câncer de colo do útero, que no mundo registra 500 mil novos casos a cada ano. No Brasil, são 15 mil mulheres com o tumor anualmente, e cinco mil mortes decorrentes desse tipo de câncer, de acordo com o Ministério da Saúde. Conforme o Estado de Minas mostrou (clique aqui para ler), casos de câncer de cabeça e pescoço, que antigamente tinham maior correlação com hábitos de ingestão de álcool e fumo, têm sido associados ao HPV, pela prática sexual sem proteção, nesse caso, especificamente o sexo oral. Uma das grandes dificuldades de frear a transmissão do vírus, segundo especialistas, é o fato de os homens serem um dos principais transmissores do HPV e as campanhas de prevenção estarem destinadas quase que totalmente ao público feminino.

A indicação para que mulheres façam visitas rotineiras ao ginecologista para o exame de papanicolau não encontra equidade no caso dos homens: para eles, não há normativa a ser seguida. De acordo com o coordenador geral do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Sylvio Quadros, o exame masculino que poderia detectar a presença do HPV é a genitoscopia, mas só quando há lesão ele é indicado. Segundo ele, é alta a incidência de falso positivo e falso negativo. Por isso, o teste é indicado em casos bem pontuais. “Além disso, é preciso levar em conta que o pênis tem um epitélio resistente, então, mesmo quando o homem tem HPV e a manifestação em forma de verruga, apenas entre 5% e 6% dos casos evoluem para o câncer de pênis. No caso da mulher, não. O colo do útero tem células mais predispostas a transformar o vírus”, diz.

Segundo o médico Krishnansu Tewari, pesquisador-chefe do Grupo de Oncologia Ginecológica nos Estados Unidos, o HPV é o maior agente de risco para mulheres, pois é responsável por 99% dos cânceres no colo do útero. “E um dado interessante é que esse é o único câncer para o qual há vacina. Nenhum outro tem”, alertou Tewari, há 20 dias, num evento para especialistas e jornalistas na Colômbia. A vacinação em vários países, inclusive no Brasil, também é voltada exclusivamente para a mulher. “Apenas em três países (Estados Unidos, Áustria e Austrália) os governos se convenceram de que a vacinação tem que ser ampla, para meninos e meninas”, acrescenta Sylvio.

O contágio com o papilomavírus humano não se dá apenas pela relação sexual homem/mulher. Pode ocorrer sem penetração em casos de relações sexuais entre mulheres, contato pele/pele onde há lesão ou quando há uso de acessórios entre os parceiros. De acordo com o professor Sérgio Augusto Triginelli, doutor em ginecologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), há cerca de 150 tipos de papilomavírus, dos quais dois estão relacionados ao câncer de colo do útero (16 e o 18) e dois à manifestação do HPV na área externa da vagina e no pênis (6 e 11). “A transmissão pode se dar por meio do contato do pênis com a vagina, com a vulva e o ânus, vagina-vagina, com o uso de acessórios entre os parceiros e pelo sexo oral. A transmissão gestacional, da mãe contaminada pelo HPV para o bebê, existe, mas é muito raro”, explica Triginelli. Segundo ele, a maioria dos contágios se curam espontaneamente, pelo sistema imunológico de cada um.
 
Camisinha
Apesar de a camisinha ainda ser uma das melhores opções para se evitar o HPV e tantas outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), a percepção de diminuição no seu uso é relatada pelos médicos. “Notamos nos consultórios uma redução no uso do preservativo, principalmente pelos jovens. São pessoas que não viveram o boom da Aids; cresceram ouvindo sobre a diminuição de soropostivos e a melhora da doença com os antirretrovirais. Então, eles acham que a Aids tem cura. A camisinha não previne 100% do HPV, pois uma área lesionada, com o vírus, pode transmiti-lo. Registrar 15 mil novos casos de câncer no colo do útero por ano é um absurdo, pois essa é uma doença 100% evitável, desde que a mulher faça os exames preventivos. Um dos graves problemas é que não temos educação para a saúde no país. Com isso, muitas mulheres não se dispõem a ir ao posto de saúde fazer o papanicolau, sentem vergonha de tirar a roupa e constrangidas com o exame”, diz o ginecologista Délzio Bicalho, diretor da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig).

Levantamento feito pelo Ministério da Saúde com 12 mil pessoas, de 15 a 64 anos, dá o tom do comportamento do brasileiro: 94% dos entrevistados sabem que a camisinha é a melhor forma de prevenir doenças sexualmente transmissíveis, entre elas HPV e HIV, que causa a Aids, mas, ainda assim, quase metade da população sexualmente ativa (45%) não usou preservativo nas relações sexuais casuais durante um ano. Todos os postos de saúde do país distribuem preservativos de forma gratuita, segundo o MS. Em 2014, foram distribuídos 443,8 milhões de preservativos masculinos em todo o país. Entre janeiro e junho de 2015, 283,4 milhões. Numa farmácia, a unidade custa, em média, R$ 1.

DNA para rastrear gravidades
O exame mundialmente mais comum para detectar o HPV ou alterações nas células do colo do útero é o papanicolau, desenvolvido por George Nicolas Papanicolau (1833-1962), mas novas técnicas, como o teste de DNA para HPV, já estão disponíveis. “O papanicolau é a técnica de citologia que permite ver a mal formação das células nessa região do corpo e um dos mais usados no mundo. Para se ter ideia, um tumor nessa região pode levar até 15 anos para se desenvolver, mas com a medicina que temos hoje, o ideal é toda mulher ter acesso ao exame regularmente, para se prevenir”, comenta Tewari.

O teste de DNA para HPV é indicado, segundo ele, para mulheres com idade entre 21 e 65 anos, que mantêm relações sexuais frequentes. “Esse teste pode ser feito a cada três anos, associado à citologia. Indicamos que o DNA seja feito antes pois pode, de cara, indicar a severidade do problema, se houver.”

No Brasil, o teste está no rol da Agência Nacional de Saúde, mas não é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Custa entre R$ 300 e R$ 500, no serviço privado. Ele é feito de forma semelhante e concomitantemente ao papanicolau: com uma espátula, o médico colhe amostra do colo do útero e um aparelho analisa o DNA do tecido.

“Estudo usando o equipamento cobas 4800 de teste de DNA para HPV, realizado com mais de 47 mil mulheres nos EUA, constatou que uma em cada 10 pacientes que apresentaram resultado positivo para o teste de HPV 16/18 tinham pré-câncer de colo de útero, embora seu exame de papanicolau estivesse dentro da normalidade”, diz Lenio Alvarenga, diretor médico da Divisão Farmacêutica da Roche Brasil. “O exame pode substituir o papanicolau com segurança, além de ter maior sensibilidade para detectar as lesões”, acrescenta.

Segundo o professor Sérgio Triginelli, “o papanicolau pode realmente ter até 25% de falsos negativos devido a vários fatores, entre eles a forma como é colhido, maneira de conservação até chegar ao laboratório etc.”, mas como rastreamento geral da população ainda é o mais viável. “O teste de DNA é muito bom para tipificar o HPV que está acometendo as mulheres, mas seu custo ainda é elevado para ser adotado na população em geral, pelo menos aqui no Brasil”, avalia.

Prevenção é a chave
Para Krishnansu Tewari, a prevenção deve nortear as políticas de governo, principalmente nas localidades mais carentes, como países da América Latina. “Por isso, temos insistido na temática da educação sexual e da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) para meninas que ainda não tiveram sua primeira relação sexual. A eficácia da vacina chega a 100%, quando ministrada corretamente.”

Para Triginelli, é fundamental que haja campanhas para melhorar a vacinação no Brasil, educação sexual nas escolas e também orientação das famílias com seus filhos. “A vacina é de grande importância, inclusive nas mulheres que já tiveram contato com o vírus, pois ela pode ser infectada com outros subtipos. O assunto é um alerta e precisamos trazer outras questões que envolvem o HPV, inclusive os exames de rotina e a vacinação em homens.”

O HPV não tem cura. O tratamento, em homens e mulheres, cuida das lesões ou verrugas que surgem nos órgãos sexuais. No caso das mulheres, há uso de pomadas ou a cirurgia de alta frequência (CAF), nos casos moderados a acentuados. Nos casos leves, é feito acompanhamento. “Grande parte dos casos leves tem regressão espontânea da manifestação clínica do vírus HPV”, acrescenta Triginelli.

Brasil imuniza meninas
No Brasil, a vacinação foi introduzida no calendário e 5 milhões de meninas de 11 a 13 anos tomaram a primeira dose em 2014. Dessas, 3,1 milhões já receberam a segunda. Este ano, 2,37 milhões de garotas, de 9 a 11 anos vacinaram, 48% do público-alvo. O esquema é composto por duas doses, com intervalo de seis meses, e um reforço, cinco anos após a primeira dose. Os meninos não são convocados. Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo dessa estratégia é reduzir casos e mortes de câncer de colo do útero. “Estudos comprovam que os meninos passam a ser protegidos indiretamente com a vacinação no grupo feminino (imunidade coletiva), havendo drástica redução na transmissão de verrugas genitais entre homens após a implantação da vacina contra o HPV como estratégia de saúde pública.” pasta. Sylvio Quadros, da Sociedade Brasileira de Urologia, critica a medida. “O ideal é que haja um sistema de vacinação para todo mundo, mas é caro. Então, é uma questão de decisão política mesmo”, diz.

Estado de Minas

Gestores têm até 28 de agosto para apresentar boas práticas de saúde do idoso

Foto: ChaiyonS021
Começam na próxima segunda-feira (3) as inscrições para a 3ª Edição do Mapeamento de Experiências Municipais e Estaduais no Campo do Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa
 
O levantamento tem por objetivo conhecer e dar visibilidade às boas práticas de municípios e Estados no campo da saúde da pessoa idosa. A proposta é incentivar os gestores a promoverem estratégias e ações que contribuam para qualificar o cuidado à pessoa idosa no SUS (Sistema Único de Saúde). O prazo para efetuar a inscrição termina no dia 28 de agosto.
 
O edital 2015 está disponível no site http://saudedapessoaidosa.fiocruz.br/. As inscrições poderão ser realizadas por meio de formulário eletrônico no mesmo endereço eletrônico. A iniciativa integra a agenda anual da Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa (Cosapi/Dapes/SAS), do Ministério da Saúde (MS), em parceria com o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz).
 
Conasems
As experiências premiadas na edição de 2014 serão apresentadas durante o 31º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, entre os dias 6 a 8 de agosto, em Brasília (DF).
 
No dia 6 de agosto acontece o seminário “Equidade no acesso de populações vulneráveis: ainda um discurso ou uma prática reparadora?”. Um das experiências em destaque é o Programa de Qualidade em Saúde em Instituições de Longa Permanência para Idosos, em Campo Grande (MS).
 
No dia 7 de agosto será realizado o painel Saúde da Pessoa Idosa: Municípios que Apostam no Viver Mais e Melhor. A atividade será aberta com o debate “Estratégias para a Qualificação do Cuidado à Pessoa Idosa nos Territórios”, com a participação da coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa, do Ministério da Saúde, Cristina Hoffmann, e da pesquisadora do Laboratório de Informação em Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Lis/Icict), Dalia Romero. A troca de ideias terá sequência com a mesa “Como os municípios estão se organizando para responder às demandas de saúde da população idosa?”, seguida das apresentações das experiências “Tecendo Redes de Cuidados em Saúde do Idoso” (Canoas - RS), “Curso de Cuidador Informal na Área Rural de Manaus” (Manaus - AM), e do “Projeto Carta ao Amigo” (São Paulo - SP).

Por dentro do calendário da 3ª Edição do Mapeamento e Experiências Exitosas de Gestão Estadual e Municipal no campo do Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa.

ETAPAPERÍODO
1ª - Inscrição3 a 28 de agosto de 2015
2ª - Avaliação das experiências inscritas7 a 25 de setembro de 2015
3ª - Divulgação dos resultados1º de outubro de 2015
4ª - Apresentação e premiação das 12 experiências     selecionadas Novembro/Dezembro(data a definir) 

Blog da Saúde

Uso de quimioterapia não beneficia doentes terminais

Câncer
Câncer: quimioterápicos podem não ser indicados para
doentes terminais
Novo estudo publicado pela revista científica JAMA Oncology mostrou que pacientes com câncer não se beneficiam do uso de quimioterápicos quando o prognóstico é ruim
 
O que deve ser feito ao receber o diagnóstico de um câncer em estágio avançado, com um prazo de poucos meses de vida? Após a notícia, os pacientes se questionam se devem largar tudo e viver aventuras que não tiveram coragem antes. Ou se devem se submeter a um tratamento contra a doença, na tentativa de ganhar mais tempo. Atualmente, os protocolos das sociedades de oncologia determinam que a quimioterapia não deve ser utilizada em doentes que estão em estado gravíssimo.
 
O tratamento, contudo, ainda é indicado pelos médicos como uma estratégia para melhorar as condições do doente 'mais forte' até os últimos dias. Agora, uma nova pesquisa, publicada na última edição da revista científica JAMA Oncology, avaliou o impacto da terapia na qualidade de vida dos pacientes com câncer grave.
 
Para o estudo, os pesquisadores do Hospital Presbiteriano de Nova York, nos Estados Unidos, examinaram a associação entre o uso de quimioterapia e a qualidade de vida nos pacientes com prognóstico ruim. Para isso, eles consideraram a rotina dos doentes: se conseguiam fazer acompanhamento ambulatorial, trabalhar, realizar atividades cotidianas e lidar com os cuidados pessoais. No total, 312 pacientes com câncer metastático progressivo foram acompanhados, sendo que metade optou por utilizar quimioterapia no fim da vida. A maioria deles era homem, com idade média de 59 anos.
 
Segundo os resultados, a quimioterapia não foi associada a uma melhor qualidade de vida em pacientes próximos à morte e que tinham habilidades baixa a moderada de cumprir as funções. Os achados mostraram ainda que o medicamento piorou a qualidade de vida de doentes que ainda tinham uma boa capacidade de desempenhar as atividades. Ou seja, além de não beneficiar pacientes independentemente do estado de saúde no fim da vida, a quimioterapia parece ser danosa para pacientes mais 'fortes', com uma boa capacidade de realizar atividades do cotidiano."Os protocolos de oncologia sobre o tratamento de doentes terminais devem ser revisados para reconhecer o potencial danoso que a quimioterapia pode ter em pacientes com câncer progressivo metastático", concluíram os autores.

Veja

Separar recém-nascidos das mães pode causar transtornos intestinais

Foto Reprodução
A separação da mãe na infância provoca alterações na microbiota (microorganismos) intestinal do bebê que podem causar o desenvolvimento de transtornos de comportamento que persistem até a idade adulta, segundo um estudo realizado com roedores que foi publicado na revista “Nature Communications”
 
A separação da mãe na infância provoca alterações na microbiota (microorganismos) intestinal do bebê que podem causar o desenvolvimento de transtornos de comportamento que persistem até a idade adulta, segundo um estudo realizado com roedores que foi publicado na revista “Nature Communications”.
 
Os episódios traumáticos durante a infância estão associados com um maior risco de desenvolver doenças psiquiátricas, metabólicas e intestinais na idade adulta, embora os mecanismos pelos quais é produzido este fenômeno em patologias tão diversas são desconhecidos, segundo o espanhol Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC).
 
Yolanda Sanz, do Instituto de Agroquímica e Tecnologia de Alimentos do CSIC, detalhou que o estresse prolongado provocado pela separação da mãe em roedores recém-nascidos provoca uma disfunção no eixo hipotálamo-pituitário-adrenal, um dos principais sistemas de controle neuroendócrino do organismo.
 
“Isto, por sua vez, ocasiona alterações em diversas funções fisiológicas afetando, entre outros, ao sistema nervoso central e às emoções”, disse.
 
Segundo a cientista, neste trabalho ficou demonstrado que a separação da mãe na infância provoca alterações na composição e funções da microbiota intestinal relacionadas com a sínteses de neurotransmissores.
 
Estas alterações, por sua vez, são responsáveis pelo desenvolvimento de transtornos do comportamento como a ansiedade, o que poderia aumentar o risco de desenvolver doenças psiquiátricas como a depressão na idade adulta.
 
Neste estudo foram usados ratos livres de germes e ratos convencionais para poder estabelecer uma relação causal entre o estresse, os transtornos do comportamento e a microbiota intestinal.
 
Assim, ficou constatado que enquanto algumas das alterações neuroendócrinas produzidas pelo estresse crônico são independentes da presença de microbiota, esta é essencial para o desenvolvimento de alterações do comportamento, atuando como fator causal da ansiedade.
 
Os resultados do trabalho, liderado pela Universidade McMaster do Canadá, poderiam ser aplicados em um futuro para melhorar o estado da saúde mental e reduzir o risco de desenvolver patologias psiquiátricas mediante a modulação da microbiota intestinal através da dieta, por exemplo através da administração de bactérias beneficentes conhecidas como probióticos, segundo o CSIC.
 
EFE Saúde

Chocolate amargo faz bem às artérias

Estudo revelou que o chocolate amargo tem um efeito muito favorável às artérias, o que pode abrir a possibilidade do alimento ou algum de seus componentes se tornarem, no futuro, uma opção terapêutica para o tratamento de pessoas com doenças cardíacas
 
O estudo inédito “Efeitos do chocolate na função endotelial de pacientes com síndrome coronariana aguda”, publicado na revista científica Internacional Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS), da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), revelou que o chocolate amargo tem um efeito muito favorável às artérias, o que pode abrir a possibilidade de o chocolate ou algum de seus componentes se tornarem, no futuro, uma opção terapêutica para o tratamento de pessoas com doenças cardíacas.
 
Existem evidências que apontam que os flavonoides, composto químico existente no cacau, possuem efeitos anti-inflamatórios, como a ação antioxidante, além de inibirem a oxidação do LDL (colesterol ruim), promoverem o aumento de HDL (colesterol bom) e parecerem reduzir os níveis de marcadores inflamatórios (substâncias que indicam quando o organismo está sofrendo alguma agressão).
 
“De acordo com o estudo, o consumo de chocolate amargo parece melhorar a vasodilatação em indivíduos saudáveis". Também propõe existir uma relação inversa do consumo de flavonoides e mortalidade cardiovascular”, explica o cardiologista Claudio Tinoco, diretor da Socerj e editor da IJCS.
 
“O estudo não consegue afirmar de modo definitivo que o chocolate amargo previne o infarto, pois precisaríamos de mais pacientes e um prazo maior para esta análise. Mas já foi um grande avanço”, complementa Tinoco.
 
A pesquisa analisou o consumo de chocolate amargo e de chocolate branco por 11 pacientes que estiveram internados no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, em São José (SC), no período de outubro a dezembro de 2013. “Este ensaio clínico demonstrou que tanto o chocolate amargo quanto o chocolate branco promovem um aumento significativo da ‘vasodilatação fluxo-mediada’, sendo este aumento significativamente maior em resposta ao chocolate amargo”, diz o artigo. A vasodilatação fluxo-mediada ocorre quando se aumenta o fluxo de sangue na parede dos vasos.
 
“O benefício do chocolate branco chamou a atenção por ser um chocolate que não tem a mesma quantidade de cacau, o que pode sugerir uma outra substância causando o efeito”, avalia Tinoco.
 
O estudo concluiu que o chocolate amargo é mais benéfico para causar a vasodilatação fluxo-mediada, sendo então melhor para as artérias. “Pacientes com doença cardíaca avançada, inclusive fumantes, tiveram benefício com o tratamento”, aponta o diretor da Socerj.
 
A pesquisa analisou o consumo diário de 100 g de chocolate amargo, com 85% de cacau, e afirma que isso poderia impactar no peso dos pacientes, visto que significa um ganho de 502 calorias na dieta. Foram autores do estudo: Ana Maria Junkes Colombo, Jamil Mattar Valente Filho e Daniel Medeiros Moreira. O estudo completo está em: http://bit.ly/ijcs_chocolate
 
EFE Saúde

Exposição a antibióticos pode aumentar risco de artrite juvenil, aponta estudo

Foto Reprodução
Pesquisadores analisaram dados de mais de 450 mil crianças
 
Estudos anteriores já indicaram que cerca de um quarto dos antibióticos prescritos para as crianças — metade deles para infecções respiratórias — são desnecessários. Recentemente, mais uma razão foi apontada por uma equipe americana para evitar o uso desses medicamentos na saúde dos pequenos: o risco de desenvolver artrite pode aumentar.
 
Conforme estatísticas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, entre 4,3 mil e 9,7 mil crianças com menos de 16 anos são diagnosticadas com a doença por ano. Causas ambientais também podem estar relacionadas a esse índice.
 
Pesquisadores descobriram que crianças prescritas com antibióticos tiveram duas vezes mais risco de desenvolver artrite juvenil — uma doença autoimune, caracterizada por inflamações crônicas que podem levar à dor, deficiência e perda de visão. O estudo, publicado no periódico Pediatrics, foi realizado em parceria das universidades de Rutgers e da Pensilvânia.
 
Incentivados por outros levantamentos que comprovaram a maior incidência de doenças crônicas causadas pelo uso de antibiótico, os americanos iniciaram as análises em cima de dados do THIN (Rede de Melhoria da Saúde, na tradução em português), que recolheu informações de mais de 450 mil crianças. Destas, 152 mil foram diagnosticadas com artrite juvenil. Após os ajustes para outras doenças autoimunes e infecções, as crianças que receberam prescrições de antibióticos tiveram um risco aumentado de desenvolver a doença.
 
Além disso, foi possível concluir que infecções respiratórias foram mais associadas à artrite na infância quando tratadas com antibióticos. Como medicamentos contra vírus e fungos não foram relacionadas ao problema, pesquisadores concluíram que o risco foi específico para antibacterianos.
 
Daniel Horton, um dos autores, explica que o rompimento das comunidades microbianas no organismo desempenham um papel na doença inflamatória e em outras autoimunes. Segundo ele, os antibióticos são um dos mais conhecidos disruptores dessas comunidades.
 
Horton advertiu que pesquisas adicionais são necessárias para confirmar esses resultados, a fim de compreender melhor os mecanismos da artrite causada por antibióticos.
 
Zero Hora

Quem fica sentado muito tempo pode ter problemas circulatórios, alerta entidade

Pessoas que ficam sentadas durante longos períodos, em especial em viagens de avião, ônibus e carro, e mesmo em escritórios, estão mais propensas a ter problemas circulatórios
 
O alerta é da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, que está lançando campanha nacional de orientação à população. A ação será reforçada em agosto, quando se comemora o Dia do Cirurgião Vascular, no dia 14.
 
“A posição sentada não é anatômica para o ser humano. Anatômico é caminhar ou deitar. O sentar é uma imposição da sociedade e da evolução do ser humano”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Pedro Pablo Komlós. Ele destacou que mesmo quando senta no escritório, no restaurante, em casa para assistir à TV, a pessoa costuma levantar de tempos em tempos, inclusive para ir ao banheiro, e cruza e descruza as pernas. “Existe um movimento. O coração das pernas, que são as panturrilhas [chamadas de barrigas ou batatas das pernas], se movem constantemente no dia a dia”, acrescentou.
 
Porém, quando a pessoa faz uma viagem longa, em espaços apertados, a movimentação se torna difícil. Há imobilidade, “e aí começam a surgir os problemas”, ressalta. Com o movimento reduzido, a tendência é a pessoa se desidratar, em função do ambiente seco, com ar refrigerado permanentemente ligado e ingestão de quantidade pequena de líquidos. Segundo o especialista, todos que ficam muitas horas sentados tendem a inchar e, depois que levantam, sentem desconforto, “as pernas ficam doloridas, pesadas”.
 
“Depois de ficar muito tempo sentado em uma mesma posição, sem movimentar as pernas, com os joelhos dobrados, sem sequer cruzar (as pernas) porque não cabe, desidratando, a pessoa tem dificuldade de retorno do sangue nas veias, dos pés ao coração”, diz o presidente da entidade. A partir disso, pode acontecer trombose, embolia no pulmão, que eventualmente podem ser fatais.
 
Se a pessoa tem uma história familiar de trombofilia, essa é uma característica que tende a se repetir. O mesmo ocorre se há deficiência de algum fator de coagulação. Outro elemento desencadeante de trombose é a presença de varizes volumosas, que precisam ser tratadas, não só por serem feias ou provocarem dores, mas também por serem potencialmente perigosas e favorecerem o aparecimento de trombose.
 
Há ações simples que podem ser feitas para evitar os problemas. O programa de check-up vascular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, que será divulgado para a população leiga de todo o país, pode ser permanentemente atualizado, chamando a atenção dos profissionais da área para a existência de doenças vasculares. As pessoas sadias passarão a fazer também check-ups vasculares, que envolvem exames físicos e de coagulação sanguínea, além de ecografia.
 
Com esses procedimentos avalia-se a condição da pessoa. O tratamento das varizes nesse contexto vai ser um elemento importante na vida do indivíduo, por ser um "tratamento preventivo, que vai evitar que ele tenha outras complicações no futuro”, acrescentou.
 
Para viagens com duração acima de oito horas, ele disse que o uso de meia elástica de média compressão ajuda muito a prevenir inchaço e dores, além de prevenir da trombose. Segundo o especialista, quando existe preocupação ou conhecimento de enfermidade prévia na família, a indicação é que a pessoa procure um angiologista ou cirurgião cardiovascular. Existe também a possibilidade de uso de alguns medicamentos, como flebotônicos (substância para estimular o funcionamento das veias) e até anticoagulante oral simples, de curta duração. Os medicamentos devem, entretanto, ser prescritos por especialistas.
 
Caminhar de tempos em tempos é recomendável. Além disso, estando em um mesmo lugar, a pessoa deve procurar mexer os pés, como se estivesse acionando o pedal de uma máquina de costura. “É um exercício bom, que vai movimentar a panturrilha. Com isso, você está bombeando as veias”, ressaltou.
 
Agência Brasil