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sábado, 15 de agosto de 2015

Especialistas defendem mostrar sequelas de doenças em imagens para combater movimentos anti-vacinas

A OMS estima que campanhas de imunização evitam
anualmente 2,5 milhões de mortes no mundo
Após experimento com 315 pais, pesquisadores dos EUA acreditam que é preciso mostrar aos incrédulos as consequências de causadas por doenças como sarampo e rubéola
 
Eles não querem nem ouvir falar no assunto. Invocam o direito de escolha, citam casos trágicos dos quais tomaram conhecimento, criticam a indústria farmacêutica e acusam governos de se intrometerem na vida do cidadão. Para milhares de pais, a vacina é uma substância maléfica, associada a doenças e síndromes gravíssimas, como o autismo. Com as redes sociais, teorias conspiratórias contra as imunizações ganharam força — no Brasil, há diversos grupos que já se manifestam contrários à vacinação — e, aparentemente, nada do que se diga é capaz de convencê-los a proteger seus filhos contra males potencialmente incapacitantes e letais.

Embora sempre tenham havido vozes contrárias à imunização, mais recentemente elas ganharam força com a publicação de um artigo fraudulento, no fim da década de 1990, que associava a vacina a um risco aumentado de autismo. Uma investigação conduzida por um repórter da renomada revista The British Medical Journal (BMJ) descobriu, porém, que o autor manipulou os resultados e estava a serviço de um escritório de advocacia que queria ganhar dinheiro com pedidos de indenizações milionárias. Quando a farsa foi comprovada — e admitida —, era tarde. O autor perdeu o diploma de medicina, mas deixou um rastro de desconfiança sobre a importância da imunização em todo o mundo.

Agora, ao se debruçar sobre a recusa de vacinar as crianças, pesquisadores da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, nos Estados Unidos, constataram que dificilmente um cético se convencerá de que não existe qualquer respaldo científico nas campanhas antivacinação. Pelo contrário, essa afirmação só vai reforçar a crença equivocada, garantem, em um artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).

Em vez de apresentar os argumentos científicos, eles sugerem outra estratégia: mostrar, com palavras ou imagens, o motivo de as vacinas existirem. No estudo, os pesquisadores exploraram o ponto de vista de 315 participantes a respeito de diversos assuntos controversos, incluindo as atitudes em relação às vacinas e à intenção de imunizarem seus filhos.

Impacto
Os voluntários foram divididos aleatoriamente em três grupos: o primeiro recebeu material que contradizia os argumentos antivacina; o segundo leu o texto escrito por uma mãe sobre a infecção de sarampo sofrida pela filha, viu fotos de crianças com sarampo, caxumba e rubéola, e leu três curtos alertas sobre a importância de imunizar os pequenos; o terceiro, apenas de controle, recebeu um texto que não tinha qualquer relação com o assunto.

De acordo com o aluno de graduação da Universidade de Illinois que conduziu o estudo, Zachary Horne, a maior parte dos jovens pais que combatem as vacinas jamais havia se defrontado com um paciente real dessas doenças ao longo da vida, provavelmente devido à eficácia das imunizações. Depois de verem as consequências da não imunização, os participantes voltaram a responder a parte do questionário sobre suas atitudes em relação às vacinas, além de serem perguntados sobre o comportamento que tiveram no passado e a intenção de imunizar os filhos no futuro.

“Descobrimos que direcionar a atenção das pessoas para os riscos de não se vacinar, como pegar sarampo, caxumba ou rubéola, e as complicações associadas a essas doenças muda positivamente a atitude das pessoas em relação à vacinação, e isso ocorreu mesmo com os mais céticos participantes do estudo”, observou Horne. O infectologista Guido Carlos Levi, membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde e integrante da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), resume o estudo: “Em vez de falar bem das vacinas, eles falaram mal das doenças”.

Zachary Horne ressaltou que o sucesso da abordagem está associado ao fato de que os pais que não queriam vacinar os filhos não o faziam por motivos religiosos ou filosóficos, mas por preocupação com a saúde das crianças. Ao verem casos reais do que poderia acontecer a elas se não fossem imunizadas, perceberam a necessidade de mudar de lado.

Campanha
O foco nas doenças combatidas pelas vacinas será o destaque de uma campanha educativa da Sbim, lançada durante a 17ª Jornada de Imunizações, em setembro. “Precisamos mostrar à população do que ela está se protegendo. Entendemos que é preciso divulgar o que as vacinas evitam, em vez de só ficar dizendo que são seguras”, observa Isabella Ballalai, presidente da associação médica. A infectologista ressalta que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,5 milhões de mortes por doenças infecciosas são evitadas anualmente graças à imunização. “E não é uma questão só de não morrer e não adoecer, é de não ter sequelas”, lembra.

Para Guido Carlos Levi, autor do livro Recusa de vacinas — causas e consequências, um problema grave é o desconhecimento histórico por parte não só de pais, mas de muitos médicos jovens, contrários à imunização. “Eles não sabem que a varíola matava 400 mil pessoas por ano na Europa, que o sarampo era a segunda doença que mais matava crianças no Brasil. Os médicos mais jovens nunca viram as enfermarias lotadas de crianças que morriam igual passarinho, nunca viram pessoas usando muletas por causa da pólio. E não viram por quê? Graças à vacina”, observa Levi. O infectologista teme, contudo, que essas cenas voltem a assombrar o país em consequência dos grupos anti-imunização.

O médico destaca, por exemplo, que casos de um tipo de encefalite causada pelo vírus do sarampo estão se tornando mais frequentes no Brasil. Em algumas cidades, adultos organizam as “pox parties”: “festinhas” nas quais juntam crianças sadias e com catapora para que todas peguem a doença e, assim, fiquem “naturalmente imunizadas”. Mas, embora essa enfermidade pareça menos grave, pode evoluir para encefalite, inflamação cardíaca, pneumonia e hepatite, entre outras complicações.

Outra preocupação é com o HPV. No ano passado, a televisão divulgou com destaque o caso de adolescentes de Bertioga (SP) que teriam sofrido problemas neurológicos após serem imunizadas. Mesmo constatado que se tratava de “reação psicogênica pós-vacinação”, uma condição caracterizada por estresse e ansiedade coletiva, o estrago estava feito. Na primeira fase de vacinação gratuita, voltada a pré-adolescentes, a adesão foi de 100%; na segunda, caiu para 60%, e, na terceira, apenas 40% do público-alvo foi imunizado. A consequência poderá ser medida em algumas décadas, com as estatísticas de câncer de colo de útero, causado principalmente pelas lesões consequentes do HPV.

Desinformação generalizada
O
médico Moisés Chencinski, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), destaca que a desinformação é o principal motor do movimento antivacinas. “Falta orientação, precisa haver uma divulgação com a participação de todos. Muitas das coisas que se diz não é verdade. Por exemplo, afirmar que homeopatas não recomendam a vacina não é real. A Associação Médica Homeopata Brasileira indica que todas as vacinas do calendário nacional sejam feitas”, ressalta. A falta de conhecimento científico sobre imunização é tão grande que algumas pessoas juram que ficam gripadas após tomar a vacina da gripe, sendo que ela é fabricada com o vírus morto e, portanto, inócuo.

Outro equívoco comum, segundo Chencinski, é acreditar que existem “doenças benignas”. “Se uma criança pegar rubéola, por exemplo, terá poucas reações. Mas, se ela transmitir o vírus para uma criança não vacinada, cuja mãe esteja no primeiro trimestre de gravidez, isso pode levar a deformações graves, cardíacas e mentais no feto. O melhor é não pegar doença”, reforça. “O Brasil tem um dos melhores calendários públicos de vacinação do mundo. Não existe razão para não oferecer a nossas crianças, a nossos filhos e a nossos netos a melhor condição de se protegerem e chegarem aos 100 anos com saúde”, afirma.
 
Saúde Plena

Cientistas dos EUA usam fermento para acelerar produção de analgésicos

Cientistas dos EUA usam fermento para acelerar produção de analgésicosO descobrimento reduzirá o tempo de produção dos analgésicos de um ano para três ou cinco dias
 
Cientistas da Universidade de Stanford descobriram um método para alterar geneticamente o fermento e produzir com mais rapidez os ingredientes ativos dos analgésicos opiáceos, informou nesta quinta-feira a revista “Science”.
 
O descobrimento reduzirá o tempo de produção dos analgésicos de um ano para três ou cinco dias, o que permitirá desenvolver a menor custo uma ampla gama de ingredientes dos remédios produzidos a base de plantas, segundo destaca o estudo divulgado pela publicação científica.
 
Após uma década de trabalho, os cientistas da universidade californiana descobriram como reprogramar a composição genética do fermento de pão para que as células de rápido crescimento desta substância transformem o açúcar em hidrocodona, um opioide derivado da codeína que é utilizado como analgésico.
 
Segundo os pesquisadores de Stanford, a hidrocodona pode demorar mais de um ano para ser cultivada nas fazendas da Austrália, da Europa e em outros lugares que têm licença para obter o ópio, a partir do qual é produzida a substância.
 
Uma vez colhida uma quantidade suficiente para produzir um lote, o material vegetal é enviado a fábricas farmacêuticas nos Estados Unidos, onde as moléculas são extraídas e refinadas para que possam ser utilizadas como remédios.
 
“Quando começamos a trabalhar, há dez anos, muitos especialistas pensaram que seria impossível desenvolver fermentos que substituíssem o processo de produção que começa nessas fazendas e chega às fábricas”, declarou Christina Smolke, professora associada de Bioengenharia em Stanford e autora principal do estudo.
 
Segundo ela, “isso é só o começo, pois as técnicas desenvolvidas para os analgésicos opioides podem ser adaptadas para a produção de muitos compostos derivados de plantas destinados a combater o câncer, doenças infecciosas ou doenças crônicas como a hipertensão arterial e a artrites”.
 
Apesar da descoberta, os cientistas reconhecem que uma aceleração da produção dos analgésicos opioides e um maior acesso da população a esses remédios poderia aumentar os abusos.
 
“Precisamos nos assegurar que a produção de remédios de base biológica seja feita da forma mais responsável possível”, reconheceu a cientista, que considerou essencial um desenvolvimento equilibrado dos analgésicos para evitar abusos e facilitar o acesso aos que precisam.
 
Smolke destacou que nos EUA seria preciso tentar evitar o mal uso dos analgésicos opioides, que estão amplamente disponíveis e que podem chegar a ser fortemente viciantes se tomados de forma descontrolada.
 
No entanto, 5,5 bilhões de pessoas (83% da população mundial) vive em países com um baixo ou inexistente acesso aos remédios destinados a aliviar a dor, segundo dados da Organização Mundial daSaúde (OMS).
 
EFE Saúde

Medicamento reduz em 80% o risco de amputação para pacientes com úlcera do pé diabético

Tratamento com Heberprot-B já foi feito em mais de 43 mil pacientes, com resultados excelentes
 
Mais de 43 mil pacientes já estão sendo medicados com o Heberprot-B, uma nova droga criada em Cuba que promete reduzir em até 80% o risco de amputação dos pés de pacientes diabéticos, segundo as autoridades cubanas de saúde. De acordo com a Fundação Mundial de Diabetes, cerca de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem com a doença. E mais de metade dos pacientes não conseguem manter seus níveis de glicose sob controle, aumentando o risco de complicações, tais como cegueira, insuficiência renal e amputações.
 
A cada ano, entre 15% e 30% dos pacientes que apresentam úlcera do pé diabético (DFU) — uma ferida crônica no pé que ocorre em decorrência a uma complicação da doença — precisam amputar o membro inferior, geralmente afetado por infecção e gangrena.
 
O Heberprot-B é um medicamento injetável, criado no Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), em Havana, que começou a ser aplicado maciçamente no sistema de saúde cubano em 2007, como parte de um programa de assistência primária aos pacientes com úlcera diabética.
 
Durante 2015, o sistema de saúde cubano tem prestado assistência a 6.859 pacientes utilizando a nova droga, que é administrada por injeção intralesional para acelerar a cicatrização de úlceras profundas e complexas, tanto neuropáticas quanto isquêmicas. O tratamento é feito durante dois meses, com três aplicações semanais de injeção diretamente no local da ferida. Desde que o novo medicamento começou a ser utilizado em Cuba, os casos de amputação de pés de pacientes com úlceras diabéticas foram reduzidos em mais de 80%.
 
As úlceras diabéticas seguidas de amputação são complicações muito temidas pelos pacientes, já que mais de 50% dos doentes que sofrem com esse problema não costuma ter mais de cinco anos de vida. O Heberprot-P tem como ingrediente ativo o fator de crescimento humano recombinante, e a eficácia do produto foi demonstrada em um estudo com mais de 4 mil pacientes.
 
O Globo

Entenda a importância de vacinar seu filho contra a paralisia infantil

Vacinação contra poliomielite começa nesse sábado (15); bebês de dois meses até crianças de cinco anos devem comparecer aos postos de saúde para tomar a dose
 
O Zé Gotinha, figura que representa a vacina da poliomielite, dará as caras novamente neste sábado (15), no início da campanha de vacinação em todo o Brasil. Crianças entre dois meses e cinco anos de idade devem tomar doses da vacina para evitar contrair o vírus que causa paralisia infantil, doença grave que atinge a medula e paralisa o movimento de crianças, podendo mesmo até levar à morte.
 
O médico sanitarista e responsável pelo setor de vacinas do laboratório Delboni Auriemo, Ricardo Cunha, diz que, embora não se tenha relatos de casos no Brasil há anos, é importante que a população esteja vacinada, já que a doença não está erradicada em outros países. Dessa forma, com a vinda de estrangeiros para cá ou brasileiros que fizeram viagens ao exterior, o vírus pode ser reintroduzido e atingir as crianças não vacinadas. “Não podemos parar as campanhas de vacinação enquanto a doença não for efetivamente erradicada no mundo todo”, diz Cunha.
 
A poliomielite é uma doença grave e sem tratamento, apenas a prevenção fornecida pela vacina. Transmitido por alimentos ou água contaminada, o vírus entra pela boca e, no primeiro momento, vai para o intestino. Depois disso, se aloja na raiz da medula espinhal.
 
“Até o vírus se alojar na medula, a pessoa terá uma virose como qualquer outra, com sintomas parecidos aos de uma gripe”, diz o médico sanitarista. “Depois que ele se aloja na medula, começa a gerar um processo inflamatório e, a partir daí, acontecem as manifestações da paralisia. Pode ir até um determinado nível e parar, mas pode evoluir até a morte”, detalha.
 
Deverão ser vacinadas crianças entre dois meses e cinco anos. As duas primeiras doses, tomadas no segundo e quarto mês de vida, devem ser injetáveis. Depois disso, o Zé Gotinha entra em ação. As doses subsequentes deverão acontecer aos seis meses, 15 meses e um reforço aos cinco anos.
 
Tomar mais doses do que essas recomendadas, no entanto, não traz problemas à criança. Há duas campanhas de vacinação anuais, e se os responsáveis levarem a criança para vacinar todo ano, a chance de esquecer um reforço é menor.
 
Vírus enfraquecidos
Há dois tipos de vacinas: a injetável, que é feita com três tipos de vírus mortos e a gotinha, feita com os mesmos três tipos de vírus vivos, mas enfraquecidos. No sistema público, as duas primeiras doses da vacina, obrigatoriamente, deverão ser injetáveis (o Ministério da Saúde não permite que seja a de gota), e as subsequentes são as de gotinha. Quem optar por vacinar o filho no sistema privado, no entanto, receberá todas as doses de forma injetável.
 
iG

Cresce a judicialização da saúde e Senado estuda forma de proibir liminares onerosas

As propostas recém-lançadas pelo Senado para “salvar” o governo federal incluem conter impactos da crescente judicialização da saúde no país
 
Por Felipe Luchete – Consultor Jurídico
 
Os senadores querem “aperfeiçoar o marco jurídico” do setor e “avaliar a proibição de liminares judiciais que determinam o tratamento com procedimentos experimentais onerosos ou não homologados pelo SUS”.
 
A chamada Agenda Brasil foi liderada pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o objetivo de tirar o Planalto da crise econômica e institucional. É uma tentativa de resolver logo uma série de questões pendentes, como regulamentar a terceirização de trabalhadores; ajustar a idade mínima para aposentadoria; reformar alíquotas de PIS e Cofins; revisar a regulamentação de áreas indígenas e enfim mudar o marco jurídico da mineração, por exemplo.
 
No caso da saúde, tem crescido a preocupação do governo com os gastos judiciais. Entre 2012 e 2014, o Ministério da Saúde desembolsou R$ 1,76 bilhão para atender essas demandas, conforme levantamento divulgado neste ano pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa). Cinco medicamentos para tratar doenças genéticas representaram 81,6% dos gastos com judicialização no ano passado, segundo a pesquisa — muitos deles sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 
O contra-ataque do Senado é genérico, sem detalhar como poderia restringir a atividade de juízes. Para especialistas ouvidos pela revista Consultor Jurídico, a proposta em gestação poderia proibir expressamente esse tipo de liminar, obrigar que a Fazenda fosse ouvida antes de qualquer medida ou até mesmo criar um fundo específico para medidas urgentes — nesse caso, as decisões ficariam limitadas ao caixa disponível.
 
Já existem normas infraconstitucionais impedindo ou restringindo liminares, embora juristas nem sempre vejam isso com bons olhos. A Lei 8.437/1992, por exemplo, proíbe medida liminar contra atos do Poder Público toda vez que providência semelhante não puder ser concedida em ações de mandado de segurança. Já a Lei 9.494/1997 disciplina quando aplicar a tutela antecipada contra a Fazenda Pública.
 
O Conselho Nacional de Justiça já publicou resoluções com a intenção de orientar quando o Judiciário deve intervir sem demora na saúde. A instituição inclusive já recomendou que tribunais firmem convênios para contar com auxílio de médicos e farmacêuticos na análise de quadros clínicos das partes.
 
No papel
A reportagem não localizou nenhum projeto de lei já em andamento no Congresso com o objetivo de conter decisões ligadas à área. Sobre o marco jurídico do SUS, a PEC 46/2013 quer criar uma nova pessoa jurídica, envolvendo União, estados e municípios, que se dedicaria à atenção básica, com pessoal próprio. O PLS 383/2015 pretende transformar em crime de responsabilidade quando agentes públicos descumprem transferências de recursos para o setor.
 
De acordo com o Senado, Renan Calheiros anunciou que já vai reunir nesta semana líderes partidários para definir quais temas vão entrar na pauta das próximas votações.
 
Interfarma

ANS suspende 73 planos de saúde de 15 operadoras; veja lista

Medida passa a valer a partir do próximo dia 20; operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multas
 
Por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a partir da próxima quinta-feira (20/08) 73 planos de saúde de 15 operadoras estarão com a comercialização suspensa. Além de interromper a venda, as operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 100 mil.
 
Mais de 3 milhões de beneficiários serão diretamente protegidos, uma vez que as operadoras terão que resolver os problemas assistenciais para que possam receber novos consumidores.

Confira as listas completas:
 
Operadoras e planos suspensos

 
Das 15 operadoras enquadradas na suspensão, 11 são reincidentes. Das quatro que não estavam na última lista, duas terão a comercialização de planos suspensa pela primeira vez.
 
A medida é resultado de programa que avalia as reclamações de consumidores relativas ao não cumprimento dos prazos máximos de atendimento e demais queixas de natureza assistencial, como negativas indevidas de cobertura.
 
“Este acompanhamento junto às operadoras de planos de saúde é permanente e contínuo, e a divulgação dos dados apurados é feita pela ANS a cada três meses”, explica o diretor-presidente da ANS, José Carlos de Souza Abrahão.
 
A ANS recebeu 21.273 reclamações de beneficiários pelos seus canais de relacionamento. Desde o início do Programa de Monitoramento, 1.140 planos de 155 operadoras já tiveram as vendas suspensas e outros 976 planos voltaram ao mercado após comprovar melhorias no atendimento.

Planos saem da suspensão
Apesar da suspensão, outros 52 planos de saúde que estavam com a comercialização interrompida voltaram ser liberados, já que comprovaram melhoria no atendimento ao cidadão.

iG