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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Cientistas acreditam na tecnologia promissora da impressão em 3D

Tecnologia já permite construir próteses de membros e de tecidos celulares
 
A impressão em três dimensões está em pleno desenvolvimento no campo da cirurgia e já permite reconstruir uma traqueia ou até mesmo partes do crânio. No entanto, a criação de um órgão vivo inteiro como o coração ainda não é possível.

Recentemente, um menino francês de seis anos recebeu a prótese de uma das mãos feita com a tecnologia tridimensional, sem intervenção cirúrgica. O modelo básico é fixado com uma tira de velcro e usado como uma luva. O artefato permite pegar uma bola mas não amarrar os cadarços dos sapatos, por exemplo.
 
Em 2014, também na França, um homem já havia fabricado uma prótese tridimensional simples para seu pai, que perdeu a mão na altura do pulso. Entretanto, pesquisadores dizem que essas mãos ainda estão longe das sofisticadas próteses de braços biônicos, que incluem a tecnologia 3D e têm capacidade motriz e uso sensorial.
 
Os Estados Unidos investiram cerca de 150 milhhões de dólares para implantar próteses em todos os soldados mutilados no Afeganistão e no Iraque. Mas elas ainda estão na etapa de experimentação e pesquisa, segundo Charles Msika, da Sociedade Francesa de Cirurgia Ortopédica e Traumatológica (SOFCOT).
 
Os cirurgiões já implantaram dispositivos stents fabricados através de impressão 3D para mater uma artéria aberta, assim como partes do crânio em titânio, material biocompatível. Mesmo assim, ainda não é possível implantar de maneira corrente articulações completas impressas em 3D.
 
— Primeiro seria preciso comparar a qualidade e a solidez das próteses tridimensionais com as já existentes e esterilizar. Isso poderia diminuir a vantagem do menor custo de produção que se presume na tecnologia 3D — explica Msika.
 
Apesar disso, há elementos da prótese de quadril que vêm dessa nova indústria.

A impressão em 3D também já ajudou a salvar três bebês que sofriam com problemas nas vias respiratórias, com um risco permanente de morrer asfixiados, problema explicado detalhadamente na edição de abril da revista Science Transnational Medicine.
 
— Pela primeira vez conseguimos utilizar a impressão em 3D para conceber e fabricar sob medida uma prótese costurada ao redor da traqueia com problemas e isso permitiu restaurar a respiração normal dos pacientes — explicou o médico Glenn Green, professor de pediatria do hospital infantil da Universidade de Michigan.
 
Outras alternativas artificiais
A reconstrução facial pode recorrer também à impressão tridimensional para segmentos da face com ossos fraturados. Há quatro anos, uma holandesa recebeu uma mandíbula artificial de titânio sob medida, por exemplo.
 
São possíveis até mesmo orelhas artificiais, como as feitas por uma equipe médica da Universidade Cornell, em Nova York, Estados Unidos, que trabalhou com um gel muito denso e células vivas para gerar a cartilagem.
 
A bioimpressão de tecidos ou partes de tecido celulares como pele e córnea é o que mais está no alcance da medicina. As maquetes 3D podem permitir também uma preparação melhor para uma cirurgia delicada, reproduzindo o local da operação e propiciando o treinamento de estudantes.
 
AFP / Zero Hora

Mulheres baixas tendem a ter uma gestação mais curta, diz estudo

Mulheres baixas tendem a ter uma gestação mais curta, diz estudo Marcel Ávila/EspecialPesquisadores também associaram a altura da mãe a bebês menores e maior risco de parto prematuro
 
Levantamentos anteriores já haviam relacionado parto prematuro ao estresse e à alimentação. Mas, de acordo com cientistas americanos, até mesmo a altura da mãe pode influenciar no tempo de gestação. Segundo eles, mulheres de estatura baixa têm maior risco de terem o bebê antes da hora.

Para este estudo, realizado pelo March of Dimes — um centro de pesquisas sobre prematuridade de Ohio, nos Estados Unidos —, foram avaliadas 3.485 mulheres que vivem no norte da Europa e suas crianças. Um dos principais objetivos da instituição é identificar genes que regulam o crescimento do feto e a duração da gravidez. De acordo com Joe Leigh Simpson, vice-presidente de programas de pesquisas globais da entidade, a descoberta de que a altura da mulher interfere na gestação, independentemente dos genes responsáveis pelo tamanho do feto, é uma grande contribuição genética.
 
A conclusão à qual os pesquisadores chegaram diz que a estatura materna, que é determinada por fatores genéticos, ajudou a moldar o ambiente fetal, o que influenciou a duração da gestação e o risco de prematuridade. Em contrapartida, o comprimento e o peso do recém-nascido podem ser influenciados principalmente pela herança genética.

— A explicação para essa dedução ainda não é muito clara, mas já sabemos que esses dados colocam uma peça pequena em um extenso quebra-cabeça que precisa ser resolvido sobre as verdadeiras causas do nascimento prematuro. Também acreditamos que fatores como alimentação e ambiente também podem estar relacionados — explica Louis Muglia, um dos autores da pesquisa.
 
Incidência alta de prematuros
Cerca de 15 milhões de crianças nascem de forma prematura por ano, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Destes, um milhão morrem devido a complicações no parto. Além disso, a prematuridade é a principal causa de morte de crianças com menos de cinco anos de idade. Os bebês que sobrevivem ao nascimento prematuro também apresentam mais riscos de desenvolver, futuramente, doenças pulmonares, cardiovasculares e metabólicas — como diabetes — e problemas cognitivos e comportamentais.
 
No Brasil, cerca de 9% dos bebês nascem prematuros. Uma das causas dessa alta incidência é a gravidez na adolescência, pois o corpo de uma adolescente ainda não está bem formado e ela pode não conseguir levar a gestação até o fim. Gestação tardia e gravidez de gêmeos por causa das fertilizações in vitro também podem resultar no problema.
 
Entretanto, a chance de um prematuro sobreviver também aumentou. Graças à tecnologia e ao avanço das técnicas medicinais, hoje os bebês têm mais chances de se desenvolver saudavelmente, tanto nos hospitais quanto depois que vão para a casa.
 
Zero Hora

Quatro em dez brasileiros têm problemas respiratórios, afirma Ibope

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Em estudo apresentado pelo Ibope esta semana em São Paulo, 44% dos brasileiros apresentam sintomas respiratórios que, geralmente, são percebidos como manifestações de doenças como asma e bronquite
 
O professor de pneumologia da Unifesp, Clystenes Soares, explicou a diferença que existe entre os resultados de acordo com cada região brasileira:
 
“Quando comparamos os dados por região, a maior prevalência de sintomas respiratórios, 65%, se dá nos estados do Sul do Brasil, enquanto apenas 34% da população da Região Norte e Centro-Oeste mencionaram alguma das doenças”, disse Soares.
 
O especialista sugeriu que essa discrepância sobre a presença de sintomas respiratórios entre as regiões do Brasil pode ser devido às diferenças climáticas típicas do país, em que regiões Norte e Centro-Oeste “quase não vivenciam um inverno propriamente dito”.
 
“Afinal, temperaturas mais baixas associadas com baixa umidade relativa do ar são consideradas um risco para o funcionamento adequado das vias aéreas e do aparelho respiratório”, destacou Soares.
 
Homem e mulher
A pesquisa evidenciou que há diferença entre os sintomas respiratórios quando levado em conta os sexos dos entrevistados: 39% dos homens e 46% das mulheres responderam ter tido a saúde afetada por este tipo de doença.
 
“Essa prevalência maior entre mulheres adultas corresponde aos dados publicados em estudos já bem conhecidos pelos médicos. Em um grande estudo da OMS, por exemplo, realizado em nove países em desenvolvimento, estimou-se que 50-60% dos indivíduos que procuraram as UBS (Unidades Básicas de Saúde) eram mulheres. Portanto, é importante que a população feminina esteja atenta às alternativas de controle e tratamento de doenças respiratórias”, explicou o médico.
 
Asma grave
De acordo com a Iniciativa Global contra a Asma (GINA), os pacientes são sintomáticos se pelo menos uma vez nas últimas quatro semanas apresentarem: sintomas diurnos mais de duas vezes por semana, qualquer despertar noturno, uso de medicamentos de resgate mais de duas vezes por semana ou se a asma estiver limitando as suas atividades cotidianas.
 
“Os sintomas prolongados são indicadores de que a asma não está controlada e podem, assim, comprometer significativamente a vida diária dos pacientes, conforme mostrou a pesquisa”, ressaltou o porta-voz da farmacêutica
 
Mais sobre a Asma no Brasil
 
- A asma é a quarta causa de internações segundo a SBPT
 
- Os gastos com asma grave consomem quase 25% da renda familiar dos pacientes da classe menos favorecida (recomendação da OMS × 5% da renda).
 
- Custo com internações no SUS: R$ 96 milhões.
 
- O custo direto e indireto total dos pacientes com asma grave: R$181.652,94/ano, R$ 2.838,33/ano/paciente.
 
EFE Saúde

Anvisa irá reavaliar glifosato e outros quatro agrotóxicos utilizados no país

A diretoria colegiada da Anvisa aprovou, nesta quinta-feira (20/8), o início da reavaliação toxicológica de cinco ingredientes ativos de agrotóxicos utilizados no Brasil: glifosato, lactofen, abamectina, carbofurano e thiran
 
Por lei, o registro de agrotóxicos não tem data de validade, porém as reavaliações são feitas para rever os limites de segurança do produto diante de novas informações científicas sobre estas substâncias. No processo de registro de agrotóxicos no Brasil, cabe à Anvisa avaliar o impacto destas substâncias sobre a saúde humana, tanto do trabalhador rural como do consumidor.
 
O próximo passo é a publicação de consultas públicas sobre as substâncias analisadas, para que os interessados possam enviar contribuições à Anvisa. Como resultado das avaliações, a Agência pode decidir por manter o registro sem alterações, solicitar alterações na formulação, dose ou método de aplicação, restringir a produção ou uso e até cancelar ou suspender o registro do agrotóxico no país.
 
Saiba mais sobre as substâncias que serão reavaliadas:
 
Glifosato
Herbicida de largo espectro, de classe toxicológica IV (pouco tóxico), na atualidade, possui os maiores volumes de produção dentre todos os herbicidas. É utilizado na agricultura, na silvicultura, em áreas urbanas e domésticas. Seu uso tem aumentado consideravelmente com o desenvolvimento de variedades de culturas geneticamente modificados resistentes a ele.
 
O glifosato foi classificado recentemente pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer(IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS), como provável carcinógeno em humanos .
 
Lactofen
Herbicida de Classe III (medianamente tóxico), é utilizado em aplicações de pós-emergência das plantas infestantes na cultura de soja.
 
Abamectina
Acaricida, inseticida e nematicida de Classe I (extremamente tóxico). É utilizado na aplicação foliar nas culturas de algodão, batata, café, cebola, citros, coco, cravo, crisântemo, ervilha, feijão, feijão-vagem, figo, maçã, mamão, manga, melancia, melão, morango, pepino, pêra, pêssego, pimentão, rosa, soja, tomate, uva e em bulbilhos de alho. Usado também no tratamento industrial de mudas de cana-de-açúcar e em sementes de algodão, cebola, cenoura, melão, milho, tomate e soja, e aplicado em solo na cultura de tomate.
 
Carbofurano
Inseticida, cupinicida, acaricida e nematicida de Classe I (extremamente tóxico). Aplicado no solo nas culturas de algodão, amendoim, arroz, banana, batata, café, cana-de-açúcar, cenoura, feijão, fumo, milho, repolho, tomate e trigo. Utilizado ainda em sementes de algodão, arroz, feijão, milho e trigo.
 
Thiram
Fungicida de Classe II (altamente tóxico). Utilizado no tratamento de sementes de algodão, amendoim, arroz, aveia, cevada, ervilha, feijão, milho, pastagens, soja, sorgo e trigo e no solo na cultura de batata.
 
ANVISA