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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Alprazolam engorda ou emagrece?

O Alprazolam é um remédio tranquilizante utilizado nos casos de transtornos de ansiedade, com ou sem associação a outras manifestações, como a abstinência alcoólica, e para lidar com o transtorno do pânico, com presença ou ausência de agorafobia (condição em que a pessoa tem medo de multidões e de estar em espaços abertos)
 
Ele é encontrado em embalagens de 20, 30 e 500 (especialmente para hospitais) comprimidos de 0,25; 0,5; 1 e 2 mg e trata-se de um medicamento de uso oral e que pode ser administrado somente em pacientes maiores de 18 anos de idade. A substância está categorizada na classe dos benzodiazepínicos, que atuam como depressores do sistema nervoso central e sua comercialização é autorizada exclusivamente mediante apresentação de receita médica.
 
Alprazolam engorda?
Quando o médico indica determinado medicamento para tratar um problema de ordem física ou emocional, é normal que o paciente fique preocupado em relação aos efeitos colaterais que a substância em questão pode trazer. Se essa pessoa for alguém que se importa com a manutenção da forma e não deseja ganhar quilos a mais, o aumento de peso é algo que gera preocupação.
 
Será, por exemplo, que o Alprazolam engorda? A resposta para essa pergunta é sim, ele pode causar a elevação nos quilos. Isso porque um dos efeitos colaterais mencionados em sua bula é o aumento de peso, categorizado como uma reação comum.
 
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Além disso, outro problema trazido por ele é por conta dos efeitos de fadiga, sedação e sonolência, classificados como muito comuns, que podem fazer com que o paciente se sinta menos disposto a praticar atividades físicas, torne-se menos ativo em seu dia a dia e tenha um gasto calórico menor durante o tratamento com o produto, fator que influencia o acúmulo de calorias e o ganho de peso.
 
Alprazolam emagrece?
Bem, se vimos que o Alprazolam engorda, então certamente ele não emagrece, não é mesmo? Errado. Por mais estranho que isso possa parecer, também é possível experimentar a perda de peso ao tomar esse remédio.
 
É que a diminuição de peso é outra das reações possíveis de ocorrer com a utilização do medicamento, classificada como um efeito comum de ser observado. O Alprazolam emagrece quando provoca a redução no apetite, também apresentada como uma reação comum, o que causa um corte no tamanho das porções nas refeições e no número de calorias consumidas e, por consequência, estimula o emagrecimento.
 
É bem difícil prever se o Alprazolam engorda ou emagrece para você, tendo em visto que cada organismo costuma reagir de uma maneira ao entrar em contato com determinada substância. No entanto, a recomendação é que de qualquer modo os usuários de Alprazolam procurem ter uma alimentação saudável e equilibrada, sem exageros, mas que permita oferecer ao corpo os nutrientes e energia que ele necessita para o seu bom funcionamento.
 
Desse modo, ele estará mais bem preparado para lidar tanto com o estímulo ao ganho ou à perda de peso que pode ser trazido pelo medicamento. Também vale a pena conversar com o médico sobre o efeito em relação à alteração de peso e discutir com ele que medidas podem ser tomadas ao perceber que o uso de Alprazolam engorda ou emagrece para você.
 
Outros efeitos colaterais 
Além do aumento ou diminuição do peso, fadiga e aumento de apetite, esses são alguns dos outros possíveis efeitos colaterais de Alprazolam:
 
Muito comuns – em 10% ou mais dos pacientes:
  • Depressão;
  • Dificuldade na coordenação motora;
  • Comprometimento da memória;
  • Fala empastada;
  • Tontura;
  • Dor de cabeça;
  • Constipação – prisão de ventre;
  • Boca seca;
  • Irritabilidade.
Comuns – entre 1 e 10% dos pacientes:
  • Confusão;
  • Desorientação;
  • Diminuição do desejo sexual;
  • Ansiedade;
  • Insônia;
  • Nervosismo;
  • Sensação de cabeça vazia;
  • Perturbação do equilíbrio;
  • Anormalidade na coordenação;
  • Distúrbios de atenção;
  • Letargia;
  • Tremor;
  • Visão turva;
  • Náusea;
  • Dermatite;
  • Disfunção sexual.
Incomuns – entre 0,1 e 1% dos pacientes:
  • Hiperprolactinemia – aumento do hormônio prolactina no sangue, que é responsável pela produção de leite materno; a condição pode ser observada tanto em homens quanto em mulheres;
  • Hipomania – caracterizada pelo humor anormal e elevado, que pode ser expansivo ou irritado;
  • Estado de euforia;
  • Alucinações;
  • Raiva;
  • Agressividade;
  • Hostilidade;
  • Agitação;
  • Alterações da libido;
  • Pensamento anormal;
  • Pensamentos invasivos;
  • Hiperatividade psicomotora;
  • Contração involuntária, lenta e repetitiva dos músculos;
  • Alterações gastrointestinais;
  • Fraqueza muscular;
  • Hepatite;
  • Problemas no fígado;
  • Icterícia – surgimento de amarelado na pele e mucosas;
  • Incontinência ou retenção urinária;
  • Irregularidade no ciclo menstrual das mulheres;
  • Aumento da pressão intraocular (dentro do olho).
Reações com frequência desconhecida: 
  • Desequilíbrio autonômico do sistema nervoso – caracterizado por sintomas como aumento da frequência cardíaca, pressão baixa ao ficar de pé e dilatação da pupila;
  • Angioedema – inchaço das mucosas
  • Edema periférico – inchaço dos membros do corpo;
  • Fotossensibilidade.
Para os pacientes com transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), a interrupção do tratamento com o remédio pode causar irritabilidade, agressividade e pensamentos invasivos. A parada repentina na ingestão da substância ainda pode gerar depressão crônica e leve, insônia, cãibras musculares, cólicas abdominais, suor excessivo, temor, convulsão e crise de epilepsia.
 
Contraindicações e cuidados
Não utilize, sob hipótese alguma, o produto sem a orientação médica e ao receber a ordem de utilizar Alprazolam, tome o cuidado de respeitar a dosagem e frequência indicadas pelo médico. Não aumente a dose prescrita por ele, visto que o medicamento pode causar dependência, e nem interrompa o tratamento sem a sua autorização. Ao sentir os efeitos colaterais, informe-o a respeito e obedeça as suas recomendações sobre como lidar com os problemas.
 
Pessoas que possuam histórico de reações alérgicas a algum dos componentes da fórmula do produto ou de algum remédio do grupo dos benzodiazepínicos não devem fazer o seu uso. Quem tem miastenia gravis, uma doença que atinge os músculos e nervos e causa fraqueza muscular, ou glaucoma do ângulo estreito agudo, condição que traz o aumento da pressão dentro dos olhos, também não está autorizado a utilizar o produto.
 
Mulheres grávidas representam outro grupo de pacientes ao qual a substância não é indicada, seu uso não pode ser feito ao mesmo tempo que a ingestão de bebida alcoólica e é necessário redobrar o cuidado ao executar atividades que exigem atenção como dirigir ou operar máquinas enquanto estiver sob o efeito de Alprazolam.

Mundo Boa Forma

El Niño mais forte acende alerta para proliferação de dengue

Custódio Coimbra / Custódio Coimbra/15.10.2011 - O Aedes
aegypti é capaz de intensificar a transmissão do vírus quando
a temperatura ambiente está quente
O fenômeno, que aumenta as temperaturas, deve ser o mais forte dos últimos 20 anos
 
Rio - Não bastasse 2015 registrar o recorde no número de mortes causadas pela dengue no país — 693 apenas nos oito primeiros meses do ano —, há evidências de que o próximo verão será o cenário perfeito para a multiplicação dos criadouros de Aedes aegypti. Isso porque a previsão é de que enfrentemos o El Niño mais forte das últimas duas décadas. O fenômeno, que aquece as águas do Pacífico, promete trazer ao continente uma estação mais quente e chuvosa do que o normal. Cenário ideal para o mosquito, que se prolifera com o calor e a umidade. Por conta disso, especialistas e autoridades sanitárias temem uma elevação dos casos de dengue, se não houver prevenção eficaz.
 
A estreita relação entre a doença e o El Niño foi comprovada por uma pesquisa liderada pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, que compara os períodos de epidemias de dengue no sudeste asiático com a incidência do fenômeno climático. Os cientistas analisaram relatórios mensais de vigilância sanitária feitos durante 18 anos, com um total de 3,5 milhões de casos notificados no sudeste da Ásia. Segundo eles, a conclusão de que o El Niño ajuda a acelerar a transmissão da doença pode ser estendida a outras regiões tropicais e subtropicais do mundo.
 
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— Temperaturas elevadas criam a circunstância ideal para epidemias de dengue em grande escala, espalhadas por uma ampla região. A capacidade de prever e de se preparar para isso deve levar a esforços mais eficazes de vigilância e controle — afirma o professor de Epidemiologia Willem van Panhuis, principal autor da pesquisa, publicada esta semana na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Mais de 1,4 milhão de casos
De acordo com o estudo, o vírus da dengue provoca no mundo uma média de 390 milhões de infecções a cada ano. No Brasil, foram registrados, somente até agosto, 1.416.179 casos prováveis de dengue. Esse número quase ultrapassou a quantidade de todo o ano de 2013, quando houve o recorde de 1.452.489 ocorrências.

Já em relação a mortes provocadas pela doença, o maior índice anual foi alcançado agora. Foram 693 até agosto, cerca de 40% a mais do que no ano passado, quando houve 407 mortes. Este é o recorde desde que a doença começou a ser monitorada em detalhes, em 1990.
 
Infectologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ, Celso Ramos destaca a grande influência do clima sobre a taxa de incidência de qualquer doença transmitida por mosquitos. Esse é o caso não só da dengue, mas da febre Chicungunha e do Zika, cujo vírus também é carregado pelo Aedes aegypti. O médico explica que o mosquito não controla a temperatura do próprio corpo, então esta sempre depende da temperatura do ambiente. E, quanto mais quente o inseto fica, mais o vírus se multiplica dentro dele, tornando-o mais apto a fazer a transmissão.
 
— O clima é um fator importante, embora não seja determinante. É preciso também muita chuva e umidade no ar. Se estiver muito quente, mas a chuva não vier como o esperado, pode ser que os casos de dengue não aumentem. Mas, como há possibilidade de que isso aconteça, devemos nos preparar para esse cenário pior — diz Ramos.
 
Pesquisas indicam que caixas d’água, galões e tonéis são os principais criadouros do Aedes aegypti, mas vasos de plantas, garrafas, pneus e lixo a céu aberto, entre outros também são focos do mosquito — daí a importância da imunização.
 
— A fêmea do Aedes precisa apenas de uma cópula e consegue colocar ovos em vários lugares, que ficam armazenados por até 450 dias. Ou seja, basta uma chuva para a eclosão desses ovos — diz Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi-Pasteur.
 
O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria estadual de Saúde do Rio, Mário Sérgio Ribeiro, afirma que “já trabalha com a perspectiva do El Niño”. Ele, porém, não deu detalhes de quais novas estratégias de prevenção serão adotadas, pois elas serão diferentes em cada cidade. As secretarias municipais de saúde estão elaborando este mês o planejamento da campanha para o próximo verão.
 
— Sabemos que vamos ter temperaturas mais altas, suficientes para alimentar criadouros. Já trabalhamos com essa perspectiva do El Niño. A ideia é lançar uma nova campanha em novembro e contar muito com a participação da população para identificar criadouros — diz ele.
 
Dexreto "Inconstitucional"
Entre janeiro e julho, houve no estado do Rio 48.797 casos de dengue, número seis vezes maior do que em todo 2014, quando ocorreram 7.819. Porém, foi São Paulo o estado que mais sofreu com a doença, com 252.833 pessoas infectadas no mesmo período. Somente a capital paulista registrou 39.841 ocorrências, ocupando o terceiro lugar entre os municípios com mais casos no estado — atrás de Campinas e Sorocaba. Com isso, Secretaria municipal de Saúde de São Paulo também promete intensificar o combate à dengue a partir do mês que vem.
 
“A Secretaria está finalizando os testes para uso de tablets nas ações de campo para coleta de dados, além do uso de testes rápidos”, diz, em nota.
 
Uma medida recém tomada pelo prefeito Fernando Haddad, porém, tem gerado polêmica. Segundo decreto sancionado por ele no último sábado, será permitida a entrada à força de agentes sanitários nas casas de moradores que resistam a colaborar com a fiscalização. No entanto, para o presidente da Comissão de Direito Constitucional da OAB-SP, Marcelo Figueiredo, o decreto é inconstitucional.
 
— Entrar nas casas à força só pode ser feito com autorização judicial. Seria constitucional, isso sim, um decreto que instruísse as pessoas a contribuírem com os agentes, sob ameaça de multa — diz.
 
O Globo

Relação sexual frequente impacta na fertilidade feminina

De acordo com estudo, a probabilidade de uma pessoa relatar um nível alto de felicidade diminui quando ela acredita que faz menos sexo do que as outras pessoas Segundo estudo, fazer sexo com frequência -- mesmo fora do período fértil -- provoca alterações no sistema imune que preparam o corpo da mulher para a gravidez
 
Quanto mais relações sexuais uma mulher tiver, mais frequentemente seu sistema imunológico receberá a mensagem de que é hora de ter um bebê -- o que aumenta as chances de gravidez. É o que sugerem dois estudos publicados recentemente nos periódico cientificos Fertility and Sterility e Physiology and Behavior.
 
Os estudos, liderados por Tierney Lorenz, uma pesquisadora da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, mostram que, mesmo quando uma mulher tem relações sexuais fora do período fértil, são desencadeadas mudanças em seu sistema imunológico que poderiam aumentar a probabilidade de ficar grávida.
 
"O sistema imunológico media tudo: desde a garantia de que o espermatozoide irá encontrar o óvulo sem ser atacado como um invasor até a implantação do óvulo na parede uterina", explicou Tierney, ao site da revista americana Time.
 
Em ambos os estudos, os pesquisadores analisaram dados de 30 mulheres saudáveis e que não estavam tentando engravidar. Metade delas tinha uma vida sexualmente ativa e a outra não. A diferença entre os estudos é que, enquanto um olhou para as células T -- responsáveis por direcionar o sistema imunológico ao alvo certo e por determinar o melhor tipo de resposta -- , o outro focou nos anticorpos -- que classificam os patógenos como invasores e podem "desarmar" alguns deles.
 
As descobertas mostraram que as mulheres sexualmente ativas tinham maiores níveis de células T tipo 2. Essas células ajudam o corpo a aprender que a presença do que poderia ser visto como um invasor, como o esperma, não é de fato uma ameaça. Essas alterações não foram encontradas na metade do grupo que não tinha relações sexuais frequentes. No segundo estudo, os pesquisadores descobriram que durante a fase lútea (espessamento do útero), as participantes sexualmente ativas tinham níveis mais elevados de imunoglobulina G, que lutam contra doenças sem interferir na saúde uterina.
 
"O ato sexual envia um sinal para o sistema imunológico feminino priorizar as respostas imunes que promovem a concepção em detrimento de outras ações", disse Tierney à Time. Apesar de os resultados estarem baseados na frequência sexual, a autora afirma que mesmo uma única relação fora do período fértil já pode ser útil para ajudar a aumentar a fertilidade.
 
Veja

Grã-Bretanha é o melhor lugar para 'morrer bem'

Paciente internado
Stockbyte/ Thinksotck/VEJA
De acordo com o Índice de Qualidade de Morte, o Brasil ficou na 38ª posição. Ranking avaliou os cuidados paliativos para doentes em estado terminal em 80 países
 
O Iraque foi considerado o pior local para morrer, enquanto a Grã-Bretanha, o melhor. Já o Brasil ficou na 38ª posição -- entre 80 países -- do Índice de Qualidade de Morte 2015, divulgado recentemente pela consultoria Economist Intelligence Unit.
 
O índice analisou a qualidade e a disponibilidade de cuidados paliativos para pacientes em estado terminal. Entre os fatores considerados estavam a disponibilidade, o custo e a qualidade destes tratamentos ao redor do mundo, como alívio da dor, apoio espiritual e psicológico, ajuda aos pacientes para permanecerem ativos, apoio emocional para as famílias e cuidados destinados a "não apressar e nem adiar a morte".
 
Além da Grã-Bretanha, Austrália e Nova Zelândia aparecem no topo do ranking geral. Nas piores posições ficaram, além do Iraque, Bangladesh e Filipinas. "Não é surpresa encontrar países como Grã-Bretanha, Austrália e Nova Zelândia no topo do ranking, considerando a riqueza, infraestrutura e vasto reconhecimento da importância de desenvolver estratégias nacionais de saúde para o fim da vida", disse o estudo.
 
Embora os primeiros colocados tenham sido países ricos e desenvolvidos, houve reconhecimento e elogios para países mais pobres, como a Mongólia, que ficou em 28º lugar no ranking após investimentos em instalações de cuidados paliativos, e Uganda, que ficou na 35ª posição por seus esforços para melhorar o controle da dor.
 
Sheila Payne, diretora do Observatório Internacional para Tratamento no Fim da Vida, disse à rede BBC que a baixa pontuação de nações em desenvolvimento "se deve à falta de financiamento e reconhecimento nestes países sobre políticas públicas de saúde em tratamento paliativo". O relatório também aponta que razões culturais e questões religiosas também influenciam no tratamento dado a pacientes terminais em países como o Japão, a China e a Índia.
 
Até mesmo os países com a melhor classificação no ranking têm problemas em fornecer serviços de cuidado paliativos para todos os cidadãos que precisam. Diante disso, o estudo afirma que são necessárias mudanças culturais para ajudar a melhorar a qualidade de vida de pacientes terminais e suas famílias. Também é preciso uma melhor formação em cuidados paliativos para os profissionais de saúde.
 
Brasil
De acordo com o relatório, os cuidados paliativos no Brasil ainda têm muito que melhorar.
 
Entre os principais obstáculos, estão o ambiente hospitalar para os cuidados e o acesso limitado a profissionais treinados. O país ficou nas últimas posições no quesito disponibilidade de tratamentos e de conhecimento público sobre tratamentos disponíveis no fim da vida.

Veja

Simples exame de sangue pode identificar quem está tendo um ataque cardíaco

Pesquisadores descobriram o nível ideal da proteína troponina no sangue que identifica se a dor no peito é ou não um ataque cardíaco
 
Um simples exame de sangue pode reduzir internações desnecessárias ao identificar as pessoas que procuram ajuda médica por dor no peito causada por algo diferente de um ataque cardíaco.  Pesquisadores dizem ter identificado o nível ideal de uma proteína chamada troponina no sangue abaixo do qual um ataque cardíaco pode ser descartado como causa de dor no peito. Estudo foi divulgado nesta quinta-feira (08/10).

Em um ensaio com cerca de 6.300 pessoas que foram para a sala de emergência com dor torácica em quatro hospitais na Escócia e nos Estados Unidos, o teste identificou corretamente cerca de dois terços dos que não estavam tendo um ataque cardíaco - todos tinham um nível de troponina abaixo de cinco nanogramas (bilionésimos de grama) por decilitro (um décimo de litro).

Isto significa que todos abaixo deste limiar provavelmente poderiam ter sido mandados de volta para casa em vez de serem internados no hospital, afirma a equipe de pesquisadores na revista médica The Lancet. "A aplicação desta abordagem pode reduzir o número de admissões hospitalares desnecessárias e trazer grandes benefícios tanto para pacientes quanto para os serviços de saúde", escreveram os pesquisadores.

Os cientistas ressaltaram, contudo, que a abordagem não deve ser aplicada sem consultar o histórico médico dos pacientes.

A dor torácica é uma das causas mais comuns de hospitalização em todo o mundo, com as orientações internacionais recomendando que as pessoas que se queixam de dor no peito sejam admitidas para testes extensivos. A grande maioria não tem um ataque cardíaco. "Até hoje não havia maneiras rápidas de descartar ataques cardíacos dentro do departamento de emergência", afirmou o autor Anoop Shah, da Universidade de Edimburgo, em um comunicado.

Em um comentário também publicado pela revista The Lancet, os especialistas Louise Cullen e William Parsonage, do Royal Brisbane e Hospital da Mulher na Austrália, e Martin Than do Hospital de Christchurch, na Nova Zelândia, pediram um estudo mais aprofundado antes que uma referência de troponina seja determinada para dispensa antecipada de pessoas com dor no peito.

AFP - Agence France-Presse

É preciso cuidado com o uso de analgésicos

analgesicos 08100A venda livre não significa que o uso possa ser feito de forma indiscriminada

A legislação brasileira permite que certos medicamentos possam ser adquiridos em farmácias e drogarias sem prescrição médica. Entre estes estão alguns analgésicos.

Porém, a venda ser livre não significa que o uso possa ser feito de forma indiscriminada.

Os analgésicos são medicamentos utilizados para a redução da febre e o alívio temporário de dores leves a moderadas.
 
Existem no mercado brasileiro diversos tipos de analgésicos de venda livre, para o uso seguro destes produtos é necessário recomendar ao consumidor a utilizá-los na menor dose efetiva e pelo menor tempo adequado de tratamento. Respeitar a quantidade e o intervalo entre as doses recomendados em bula ou conforme orientação médica também é uma orientação necessária.
 
Guia da Pharmacia

Frente parlamentar quer reduzir carga tributária sobre medicamentos

Grupo é formado por 204 deputados e 18 senadores

Os impostos são responsáveis por 38% do preço final dos medicamentos brasileiros, bem acima da média mundial, que é de 6%. Conscientizar a população sobre essa assimetria tributária é o objetivo da Frente Parlamentar Mista de Desoneração dos Medicamentos, reinstalada na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (07/10).

O deputado do Partido Social Democrático (PSD-SP), Walter Ihoshi, foi escolhido para presidir o grupo, formado por 204 deputados e 18 senadores. Ele destacou que, com as medidas de ajuste fiscal, muitos cidadãos perderam recentemente o acesso a medicamentos gratuitos. "Entendemos que é um momento de ajustes no Brasil, mas o governo acaba de anunciar o corte dos recursos que vão para o Farmácia Popular. Grande parte daquelas pessoas que têm feito tratamento contínuo terão seus medicamentos suspensos”, afirmou.
 
Uma das propostas defendidas pela frente é a PEC 491/10 – atualmente em análise em comissão especial na Câmara –, que zera a carga tributária sobre medicamentos e alimentos. O autor do texto, deputado do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Luiz Carlos Hauly, disse que, apesar de reduzir a arrecadação do governo, a iniciativa não significará perda de receita, pois o custo dos medicamentos usados na rede pública tenderá a cair. "Vamos diminuir algo em torno de R$ 20 bilhões no bolso do contribuinte e do próprio Sistema Único de Saúde (SUS), que é o maior consumidor de medicamentos no Brasil. Mesmo que reduza a arrecadação, a medida também é boa para o governo", argumentou.
 
A Frente Parlamentar Mista de Desoneração dos Medicamentos tem o apoio de representantes do comércio varejista de medicamentos.

Agência Câmara / Guia da Pharmacia

Governo zera imposto de medicamento para tratar doenças renais, cirrose e infecção generalizada

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior decidiu zerar a alíquota do imposto de importação sobre a soroalbumina humana, medicamento usado no tratamento de doenças renais, cirrose e septicemia (infecção generalizada)
 
O motivo, de acordo com o ministério, é evitar o desabastecimento da substância no país.
 
A soroalbumina, também utilizada em cirurgias de grande porte e queimaduras graves, é obtida por meio da purificação industrial do plasma humano, subproduto do sangue doado voluntariamente nos hemocentros. A desoneração do medicamento, sobre o qual anteriormente incidia alíquota de 4% do Imposto de Importação, vale por seis meses para uma cota de 240.780 frascos de dez gramas cada.
 
A desoneração está em resolução da Camex publicada ontem (7) no Diário Oficial da União.
 
Agência Brasil

Doenças visuais que levam à cegueira podem ser evitadas com diagnóstico precoce

A imagem de um teste de visão foi projetada ontem à noite no Cristo
Divulgação: A imagem de um teste de visão foi projetada
 ontem à noite no Cristo
Hoje, mais de 6,5 milhões de pessoas sofrem com alguma deficiência visual no País
 
No começo da semana, ele ficou rosa, para lembrar a campanha de prevenção ao câncer de mama. Ontem à noite, o Cristo Redentor recebeu projeções de imagens que lembram a visão, como um olho humano, a íris e até o tradicional teste feito em consultório de oftalmologia.
 
A ideia foi chamar a atenção para uma realidade que nem todo mundo vê. Hoje, mais de 6,5 milhões de pessoas sofrem com alguma deficiência visual no país. Dessas, 582 mil são cegas e 6 milhões possuem baixa visão. Mas especialistas alertam: 80% dos casos de cegueira podem ser evitados e tratados com algumas soluções de baixo custo.
 
Segundo o Vision Impact Institute, cerca de 40 milhões de brasileiros (20% da população) não têm acesso a tratamento oftalmológico. No mundo, o problema afeta 4,5 bilhões de pessoas, das quais 2,5 bilhões não se beneficiam de soluções corretivas. As doenças da visão vão das mais simples, como miopia e astigmatismo, até as mais graves e raras, como o glaucoma congênito, o cerocotone e a síndrome de Fuchs, que atingem a córnea e necessitam de cirurgia ou transplante.
 
A maioria (75%) das alterações visuais não apresenta sintomas no início, mas 60% da cegueira é evitável e 20% é curável.
 
Coordenador do setor de córnea da Santa Casa, no Rio, e diretor do Instituto Provisão, o oftamologista Paulo Polisuk destaca que é fundamental fazer a avaliação médica.
 
“Muitas doenças podem vir de forma inofensiva e, não sendo tratadas, podem se agravar, levando a um estágio mais avançado”, explica. A primeira consulta pode ser feita já aos dois anos de idade.
 
O comerciante Allan Vendramini, de 30 anos, sempre teve visão boa na adolescência até os 18, quando começou a sentir um desconforto, uma dificuldade para enxergar de longe. Três anos depois, o problema piorou e ele começou a sentir sua vista ‘afinando’.
 
Procurou uma ótica para fazer os óculos, mas não houve melhora. Foi quando resolveu marcar uma consulta no oftalmologista e descobriu que estava com ceratocone, doença que atinge a córnea.
 
O médico sugeriu a cirurgia e ele não pensou duas vezes: se submeteu à operação. Hoje, Allan tem quase 100% da sua visão graças ao tratamento.
 
“Se tivesse desde cedo me interessado um pouco mais no que eu sentia, teria economizado dinheiro e encontrado um jeito mais fácil de reverter a situação. Poderia ter sido menos relaxado com a minha visão”, diz ele. “Hoje estou até sem dor de cabeça. Antes era frequente”.
 
Doença começa na infância
Cerca de 2,2 milhões de crianças de 6 a 14 anos têm alguma dificuldade para enxergar, mas quase metade não relata aos pais por não ter consciência do problema.
 
“Para se ter ideia, no Brasil, 22,9% da evasão escolar está relacionada a algum problema visual. Crianças com baixa visão são três vezes mais propensas a ser reprovadas, se comparadas às que possuem visão normal”, afirma Sandra Abreu, diretora do Instituto Ver & Viver.
 
Hoje, Dia Mundial da Visão, 3.400 alunos de quatro escolas públicas do Rio receberão exames oftalmológicos. Aqueles que precisarem, ganharão óculos de graça. A ação é realizada pelo Ver & Viver, em parceria com o instituto Nissan e as secretarias de Educação e Saúde do município.
 
O Dia

Cães ajudam na terapia de transtornos psiquiátricos

Animais contribuem para o tratamento dos mais diversos transtornos, como o bipolar, a esquizofrenia e o autismo
 
Na porta da Brinquedoteca do Instituto de Psiquiatria (IPq) da USP, o desenho de um cachorro com o alerta “Estamos em terapia” chamava a atenção de quem passava pelos corredores da área infantil.
 
Naquele momento, Madiba acompanhava as atividades de um menino com Transtorno do Espectro Autista, termo que engloba diferentes tipos de transtornos caracterizados por dificuldades de comunicação, comportamento e interação social.
 
O vira-lata Madiba é um dos “doutores” da associação TAC, sigla para Terapias Assistidas por Cães, cuja parceria com o IPq começou na sala de espera. Inicialmente, o objetivo era reduzir a ansiedade das crianças com autismo, desenvolvendo atividades com os cachorros enquanto os pequenos aguardavam as consultas ambulatoriais. Hoje, os cães são parte da terapia.
 
“Muitas vezes, o animal acaba assumindo o papel de intermediário da relação da criança com outro ser humano, é algo que as pesquisas têm evidenciado”, relata a pediatra Marisol Sendin, coordenadora da Brinquedoteca do IPq, espaço lúdico onde as atividades com os cães, entre outras terapias, são desenvolvidas.
 
Com a repercussão dos bons resultados pelo Instituto, a iniciativa acabou se estendendo também às crianças internadas no Hospital-Dia Infantil, onde os diagnósticos são diversos: esquizofrenia, déficit de atenção, depressão, transtorno bipolar, entre outros.
 
“E também estamos na geriatria e na área de cuidados paliativos, dando suporte aos acompanhantes e à equipe”, conta o fisioterapeuta Vinicius Ribeiro, que é um dos fundadores da TAC, além de dono do Madiba.
 
Ele conta que a interação com o cão pode ajudar no processo de recuperação de memórias e tirar a pessoa do isolamento — houve, inclusive, um caso de alteração do diagnóstico de Alzheimer de um adulto. “A psicóloga observou que aquilo não poderia ser Alzheimer, pois o processo de memória, com o cachorro, de repente mudou”.
 
Interação
No Hospital-Dia Infantil do IPq, o tempo de permanência dos pacientes geralmente é curto, estendendo-se por no máximo três meses. A internação, que acontece em período parcial, é voltada, principalmente, para realização ou reavaliação de diagnóstico, situações de conflito intenso que não se consegue controlar apenas no ambulatório, ou também para ajuste na medicação, situações em que a interação com os cachorros pode ajudar bastante.
 
Em geral, de três a sete crianças participam do grupo de terapia com cães. Segundo a médica Marisol Sendim, que acompanha estes trabalhos, a equipe observa como as crianças interagem com o animal, com os terapeutas e também com as demais crianças do grupo, e fornece as informações para os médicos responsáveis. Há até mesmo casos de pacientes com fobia de animais.
 
“Mesmo que a criança não consiga, de início, se aproximar, ela pode ver outras pessoas interagindo e trocar experiências. A interação com o animal pode ajudar a enfrentar outras situações também, é um grande ganho”, afirma.
 
Uma das características mais importantes dos cães que os qualificam para essa “profissão” é a ausência de expectativas. No caso dos pais ou dos próprios terapeutas, por exemplo, existe a frustração quando o paciente não consegue cumprir uma determinada atividade programada, o que por vezes bloqueia a espontaneidade das crianças.
 
“Além disso, o acesso ao cachorro é mais direto. No caso de uma pessoa, é difícil ter certeza se ela está triste ou alegre, as informações afetivas são mais complicadas”, explica a pediatra. Ao contar uma história para o animal, a criança não sente a cobrança em relação à pronúncia correta, à entonação ou à fluidez de sua leitura, e consegue desenvolver suas habilidades com mais facilidade.
 
Vocações caninas
Segundo Vinicius Ribeiro, da equipe TAC, cada cachorro tem um treinamento específico de acordo com a função que vai desempenhar, o que vai depender da análise do comportamento do animal, não da raça.
 
O golden Lion, por exemplo, muito tranquilo e carinhoso, é um “psicopedagogo” perfeito para atividades como leitura de histórias. Já o vira-lata Madiba foi treinado desde pequeno para atuar como cão terapeuta, considerando seu perfil ativo e brincalhão, mas também muito educado.
 
“E ele foi basicamente treinado pelos pacientes, que ensinaram vários comandos, como rolar, dormir e dar abraço”, conta o especialista. A pediatra Marisol Sendim comenta que este é um processo muito interessante, pois as crianças com problemas de saúde mental são frequentemente apontadas como “erradas” e sofrem muito preconceito.
 
“Então quando ela consegue ensinar algo para o cachorro, é muito positivo. E mesmo quando o cachorro não aprende, é quase uma solidariedade com sua própria dificuldade, acontece uma identificação”, afirma.
 
As terapias assistidas por cães no IPq são realizadas com os animais da TAC, especialmente treinados para as atividades desenvolvidas. A coordenadora da Brinquedoteca lembra que existem também os chamados cães de assistência — nesse caso, o animal é da própria criança, convive com ela.
 
O cão de assistência de uma criança do espectro autista pode ajudá-la a abordar e ser abordada por outras pessoas, além de evitar fugas e autoagressão, ajudar a socialização, tranquilizando os pais.
 
“Essa mediação afetiva pode acontecer naturalmente também, mas o ideal é que o cachorro seja treinado, que os comportamentos sejam ajustados às necessidades da criança. É um grande ganho, algo que tira as crianças e também as famílias do isolamento”, pontua.
 
iG

Unidade móvel vai oferecer teste rápido de HIV para jovens de São Paulo

Uma unidade móvel para testes rápidos e gratuitos do HIV começará a operar no fim de novembro no centro da capital paulista e em alguns bairros da cidade
 
Jovens voluntários estão sendo capacitados para o trabalho e, além de oferecer o teste rápido, eles vão prestar informações sobre prevenção e tratamento das doenças sexualmente transmissíveis. A ação está sendo chamada de Viva Melhor Sabendo Jovem e tem como público-alvo jovens entre 15 e 24 anos.
 
“O profissional da saúde normalmente deixa o jovem intimidado. Esse projeto já vai falar a linguagem deles. Vai ser uma linguagem entre jovens. Por esse meio vai ser bem mais fácil chegar até eles, o acesso vai ser melhor, é jovem falando com jovem” disse Welton Gabriel Lima dos Santos, um dos monitores da Secretaria Municipal de Saúde que treinará os jovens. O Viva Melhor Sabendo Jovem é uma parceria da secretaria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
 
Dados do Ministério da Saúde referentes a 2014 mostram que a epidemia de aids no Brasil atinge principalmente os adolescentes. Entre 2004 e 2013, o número de novos casos em meninos, entre 15 e 19 anos, aumentou em 53%.
 
“Sabemos que a resposta brasileira ao HIV, aids, é reconhecida globalmente e serve como referência internacional. No entanto, a epidemia no Brasil ainda cresce entre os jovens, sendo que entre os meninos de 13 a 19 anos ela é 30% maior que entre meninas da mesma faixa etária. Informação e conscientização são ferramentas importantes para acabar com a aids entre adolescentes e jovens”, disse Gary Stahl, representante do Unicef no Brasil.
 
Em São Paulo, de acordo com dados da secretaria, nos últimos dez anos, o município conseguiu reduzir a percentagem de infectados com o HIV, sem manifestar a doença, em homens que fazem sexo com homens, na faixa etária de 30 a 60 anos ou mais. Entretanto, esse percentual aumentou entre 13 e 29 anos.
 
“Nós temos uma geração que não viveu o início da luta contra a aids, não teve ídolos, músicos, esportistas, parentes morrendo de aids e, por isso, reduziu a sensibilização dessa geração em relação ao risco da infecção do HIV. O que significa ter de se tratar durante a vida inteira, que aids não tem cura e que os medicamentos são muito complexos”, disse o secretário de Saúde, Alexandre Padilha.
 
Segundo o secretário, a prefeitura pretende, até 2020, tratar 90% dos soropositivos e alcançar o sucesso do tratamento em 90% deles. De acordo com levantamento de 2015, feito pela administração municipal, 59% do público entre 15 e 24 anos tiveram acesso ao preservativo no último ano. A pesquisa mostrou ainda que 20% desse grupo já fizeram o teste para aids alguma vez e 45% dos entrevistados afirmaram ter conhecimento sobre a existência de serviços que ofertam o teste gratuitamente.
 
Agência Brasil

Cremerj apura irregularidades na venda de plantões médicos e contratações online

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) começou a apurar denúncias de venda de plantões médicos e contratações nas redes sociais e em grupos de WhatsApp. Nesses espaços, médicos e gestores de unidades de saúde anunciam vagas de empregos, além de vendas e trocas de plantões
 
Foi aberta sindicância para investigar possíveis irregularidades quanto ao regime de contratação de médicos em hospitais e unidades das redes públicas estadual, municipal e federal.
 
O presidente do Cremerj, Pablo Vazquez Queimadelos, disse que se ficar constatado que houve inadequação ou irregularidade, os administradores dos grupos vão responder ao conselho.
 
“Como saber se aquele médico está adequado para o serviço? Um psiquiatra não estará adequado para o tratamento de emergência clínica. E essa fragilização das contratações tem a ver com o processo de terceirização”, disse.
 
Ele argumentou que, quando o servidor público era estatutário, os integrantes das equipes se conheciam e o controle era maior. Atualmente, o gerenciamento de unidades de saúde estaduais e municipais é feito por Organizações Sociais.
 
“O clínico, hoje, entra no plantão sem saber quem é o cirurgião, o otorrino. Desse jeito não há controle daquela pessoa. Até mesmo um aventureiro pode se passar por médico. Por isso, somos favoráveis ao concurso público e à carreira de Estado”.
 
O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze, defendeu também os concursos públicos para médicos estatutários como estratégia destinada a solucionar o problema.
 
“Isso se assemelha a um balcão de negócios, é uma orgia do dinheiro público. Esse balcão de negócios não afere a competência de quem vai prestar o serviço e a legislação obriga que o profissional tenha prestado concurso público, que é a forma de aferir a excelência de quem vai prestar o serviço”, disse.
 
Para Darze, há negligência da administração pública ao permitir que a prática ocorra nas unidades de saúde. “Cabe ao Ministério Público investigar e oferecer denúncia ao Judiciário de todos esses gestores, pois há uma série de irregularidades que prejudicam a qualidade do atendimento e as unidades estão sendo coniventes”.
 
A Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio de nota, que não permite a venda de plantões a terceiros com repasse de salário ou outra forma de pagamento. Pela legislação, o profissional deve receber seu salário diretamente da instituição empregadora, sem  intermediação.
 
Ainda segundo a secretaria municipal, as trocas de plantões por motivos justificados podem ocorrer, desde que os profissionais envolvidos informem, oficialmente e com antecedência, às direções das unidades e que o substituto tenha vínculo com a instituição. “As direções das unidades são responsáveis pela autorização dessas trocas”, diz a nota e quaisquer situações contrárias às circunstâncias legitimadas poderão ser punidas.
 
A Secretaria de Estado de Saúde informou que não compactua com a troca de plantões entre funcionários que não são da rede estadual de saúde. A secretaria disse ainda que implementou ações de controle do funcionamento das unidades ao longo dos anos, como monitoramento diário das unidade de saúde por uma equipe, ponto biométrico, assinatura de ponto e controle da presença feita pelos chefes de equipe.
 
Agência Brasil