Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Você sabe a diferença entre light, diet e zero?

São tantas as denominações para os produtos industrializados que muitas pessoas fazem confusão. Nutricionistas dão orientação adequada e desfazem mitos

O ideal é ter uma alimentação o mais natural possível. No entanto, se precisa fazer uma dieta restritiva e não tem como fugir do alimento industrializado, a recomendação de médicos e nutricionistas é ter orientação adequada para saber escolher o melhor produto entre os diet, light, zero e free (parecido com o zero, vai excluir um componente, seja açúcar, gordura ou sódio). Independentemente do que precisa consumir, é fundamental que procure nos rótulos aqueles produtos que não contenham gorduras trans (em 1º de agosto de 2006, entrou em vigor a norma que obriga os fabricantes a especificarem na embalagem a quantidade de gordura trans contida nos alimentos, que eleva o colesterol ruim/LDL) e diminui o bom/HDL). A medida foi determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Por isso, antes de sair comprando, é preciso ler os rótulos mesmos dos alimentos chamados de light, diet, zero e free, e compará-los com o alimento convencional. A nutricionista funcional Junia Bethonico, membro da Sociedade Brasileira de Nutrição Funcional e com atendimento em nutrição clínica e esportiva há 12 anos, diz que o consumidor precisa criar o hábito de ler o rótulo do alimento, principalmente a tabela nutricional. “O mais importante é saber dos ingredientes, da maior quantidade para a menor. Se um produto tem açúcar, farinha e leite, significa que ele tem mais açúcar e menos leite. É essencial saber a composição e se o produto faz bem à saúde.”

Junia alerta que, muitas vezes, quando um nutriente é tirado de um alimento, é colocado outro. “Portanto, alguns produtos podem não ter açúcar, mas têm gordura. Por isso, acho fundamental alertar a população para nunca se preocupar com a rotulagem de produtos, mas com o conteúdo. Um alimento pode não ter açúcar, mas tem aspartame, que deve ser evitado. Sempre insisto na tecla da qualidade e as pessoas precisam ser cuidadosas com o que consomem. Os rótulos que a indústria alimentícia coloca são para deixar os produtos mais sedutores e muitas vezes as pessoas compram gato por lebre.”

O que é

Diet
Apresenta modificações especiais para se adequar a diferentes dietas ou necessidades metabólicas, como diabetes, hipertensão etc. São os produtos que se destinam a pessoas com algum tipo de doença que as obrigam a controlar ou mesmo suprimir a ingestão de algum nutriente normalmente presente na dieta. Tem que estar declarado e ser facilmente legível a que tipo de dieta o alimento se refere e qual a quantidade desse elemento em sua composição. Pode ser diet em açúcares, sódio, gordura etc. Um produto diet em açúcares pode não ser o mais indicado para perda de peso, uma vez que pode ser mais calórico que os produtos convencionais. É importante, nesse caso, ver quantas calorias a porção daquele alimento vai proporcionar e compará-la com o alimento convencional.

Light
O alimento tem redução mínima de 25% das calorias ou de algum nutriente em relação ao original, como gordura, açúcares ou sódio. Seu consumo é indicado para pessoas que precisam reduzir o teor desses elementos na alimentação. Para quem tem como foco o emagrecimento, é importante se atentar aos rótulos, já que a redução calórica pode ser muito pequena em alguns alimentos. Um bom exemplo são alguns pães light, que, apesar de apresentar um teor reduzido de gorduras, são quase tão calóricos quanto os tradicionais.

Zero
Indica o alimento com restrição ou isenção de algum nutriente em comparação com a versão tradicional. Para existir a alegação de, por exemplo, “zero açúcar”, o produto pode apresentar no máximo 0,5 gramas de açúcar em 100 gramas do alimento pronto para o consumo. Os produtos sem adição de açúcar (sacarose) podem conter açúcares normalmente presentes nos outros ingredientes, como a lactose (presente no leite), a frutose (presente nas frutas) e outros mono e dissacarídeos presentes naturalmente nos ingredientes utilizados na fabricação do produto. Para cada nutriente que se declara zero existe o limite máximo legal definido pela Anvisa/Ministério da Saúde. Para os portadores de deficiências metabólicas (diabéticos, hipertensos, intolerantes a determinado nutriente), é fundamental o acompanhamento de um médico ou nutricionista

Equilíbrio
Para a nutricionista, a educação nutricional deveria ser ensinada desde a infância, em casa e nas escolas. Ela lembra que as pessoas que tentam “equilibrar” o famoso lanche coxinha mais refrigerante zero estão desinformadas e mostram falta de conhecimento. “As pessoas não devem consumir refrigerante. A ideia de escolher entre o comum e o light é como se estivesse optando entre o crack e a cocaína. A escolha certa é um suco de maracujá, uma limonada e assim trabalhar o paladar.” Aliás, Junia ensina que todos poderiam incluir o limão na alimentação, já que “ele é alcalino e ajuda a alcalinizar o nosso sangue, e tudo que é nocivo não sobrevive num corpo alcalino (pH)”. Representante autorizada do teste de intolerância Food Detective em Minas Gerais, Junia alerta que as pessoas precisam se interessar pela melhoria da saúde, e o ideal é ter a orientação de um profissional. “É preciso atenção, porque há pessoas com alergia a níquel, por exemplo, e não podem consumir nada que é integral. E há aquelas que são alérgicas a brócolis. Portanto, há alimentos que curam e adoecem.”

Junia enfatiza que o brasileiro está se alimentando mal. A saudável combinação arroz com feijão some cada vez mais da mesa, e “as pessoas estão entrando no caminho dos americanos. O Brasil está virando um país de obesos e pessoas com sobrepeso. Para reverter o quadro, um dos passos é colocar na rotina a ida ao sacolão e ao hortifrúti. Coma comida de verdade, e não a industrializada”.

Foto: Reprodução

Estado de Minas

Qual a importância da gestão de pacientes?

O cuidado com a saúde é um tema que sempre está em alta, devido ao fato de que todas pessoas um dia serão, são ou já foram pacientes

Por isso, ser bem acompanhado e assistido, neste momento, é essencial não apenas para o bem-estar do indivíduo, mas também para que ele se sinta seguro e acredite que de fato está recebendo um serviço de qualidade e com uma equipe de profissionais responsáveis.

Independentemente do nível da gravidade do problema, o emocional desses pacientes é muitas vezes afetado e, na grande maioria das ocorrências, também é compartilhado com seus familiares. Quando tratamos de portadores de doenças crônicas ou com câncer, por exemplo, sabemos que a situação é mais delicada. O tratamento exige um alto grau de importância e uma atenção especial, já que são muitos os casos registrados de desistência dos processos e no consumo dos medicamentos. Assim, o incentivo e acompanhamento destes enfermos passa a ser não apenas um benefício a ser conquistado, mas sim, algo essencial nesta fase de suas vidas.

Hoje em dia, existem serviços que realizam um árduo e delicado trabalho neste processo, oferecendo acompanhamento completo e garantindo o controle do uso adequado de seus medicamentos. Neste caso, o que mais chama atenção é que este controle vai desde o momento de entrega em domicílio, até por meio do esclarecimento de dúvidas e orientações sobre a medicação via telefone e, se necessário for, podem ser realizadas visitas para aplicação do produto em todo o território nacional. Ou seja, apesar de todo o avanço da medicina, são medidas simples, como essa, que oferecem os melhores resultados nos tratamentos. Elas também ajudam na redução de custos em toda a cadeia de serviços de saúde, além de garantir um estreito relacionamento com seus consumidores.

Assim, a fidelização dos procedimentos traz um elevado número de pessoas que conseguiram curar sua doença, ou que passaram a ter uma vida muito mais saudável, realizando todos os cuidados necessários, mas sem pensar em abandoná-los por conta de efeitos colaterais, dificuldade de locomoção ou até mesmo por depressão. Ou seja, muito mais que operacional, existe um amplo trabalho psicológico de entender as necessidades dos pacientes, para que estes possam ser atendidos da melhor forma possível. Vale ressaltar que este cuidado é fundamental, uma vez que a satisfação dos beneficiários é a peça chave para o sucesso deste negócio.

Mas claro, não podemos nos esquecer dos profissionais que ajudam a realizar este serviço. O contentamento jamais seria obtido se não houvessem pessoas capacitadas, que estiveram sempre à disposição, e que acabam até mesmo criando um vínculo com o programa. Assim, é possível notar que este é um meio especial de gestão de pacientes, onde é de extrema importância que todo o processo seja muito bem estabelecido para que não haja falhas, afinal não se pode brincar quando o assunto é tratar de vidas.

*Por André Kina, Presidente da 4BIO Medicamentos Especiais.

Saúde Business

Brasil é o que melhor remunera setor farmacêutico entre emergentes

Mesmo com a crise que vem afetando diferentes setores, o mercado farmacêutico brasileiro é um dos poucos que ainda está apresentando crescimento e pouco sentiu impacto deste momento delicado da economia

Esse momento de bonança reflete positivamente, entre outros aspectos, também no salário dos executivos, que são os melhores remunerados em relação aos países emergentes. É o que aponta o estudo global de healthcare 2015 da Michael Page que avaliou os rendimentos fixos e varáveis dos profissionais nestes países.

A pesquisa, que teve como base as informações de entrevistas realizadas com mais de mil profissionais, nos últimos 12 meses, em 14 países ao redor do mundo. Com características muito distintas entre mercados de países desenvolvidos e emergentes, o estudo buscou traçar comparativo entre o Brasil e outros players em desenvolvimento, como México, Turquia e Índia. Os salários brasileiros chegam a superar em até 60% em posições equivalentes em relação a estes países. Este é o caso do Gerente de Produtos Médicos que, no Brasil, a remuneração anual pode atingir até US$ 83 mil enquanto a mesma posição na Turquia e no México não ultrapassam os US$ 51 mil.

A aceleração da Anvisa na concessão de registros para produtos de cópias (genéricos e similares) e mesmo lançamento de novos medicamentos também tem contribuído para o inflacionamento de alguns salários. Este é o caso do Gerente de Acesso ao Mercado que possui rendimentos de US$ 100 mil/ano, já na Turquia, México e Índia o salário do mesmo profissional fica em torno de US$74 mil, US$67 mil US$ 47 mil, respectivamente. Uma diferença de 35%.

De acordo com Mariana Fonseca em, gerente executiva da Michael Page e coordenadora do levantamento no país, os fatores que explicam essa vantagem na remuneração dos brasileiros vão desde o crescimento consistente do varejo nos últimos anos por meio da política de genéricos, assim como o aperfeiçoamento das regulamentações sanitárias coordenadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que tornaram as operações no país muito mais sofisticadas em termos de controle de qualidade, segurança e marketing. Ela também ressalta que México, Brasil e Turquia possuem mercados muito similares em faturamento.

Sobre a Michael Page
A Michael Page é um player mundial em recrutamento especializado. Fundada na Inglaterra em 1976, é especializada em recrutar candidatos em middle e top management, em todo o mundo, sendo a consultoria de recrutamento líder e pioneira na América Latina. Atualmente possui mais de 5.400 colaboradores em 36 países.

Saúde Business

Governo vai oferecer reabilitação para crianças com microcefalia até os 3 anos de idade

Governo Federal divulga lista de orientações para atendimento de bebês com má-formação

O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (14) um novo protocolo de atendimento às grávidas de bebês com microcefalia, má-formação do cérebro, e mulheres em idade fértil. Um dos objetivos é mobilizar os profissionais de saúde para identificar precocemente casos de microcefalia e os cuidados especializados da gestante e do bebê.

O documento intitulado como “protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus zika”, orienta o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança diagnosticada com a doença.

De acordo com o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Adalberto Beltrame, os nascidos com microcefalia receberão a estimulação precoce em serviços de reabilitação distribuídos em todo o País desde o nascimento até os três anos de idade. O objetivo é maximizar o potencial de cada criança.

— O importante é acolher a criança e estimulá-la do primeiro mês até os três anos de idade, que é quando se completa o ciclo de desenvolvimento neurológico. Com isso, é possível reduzir os danos, que vai depender do grau de sucesso no acompanhamento e da gravidade da má-formação.

As crianças serão atendidas em Centros Especializados de Reabilitação, Núcleos de Apoio à Saúde da Família e Ambulatórios de Seguimento de Recém-nascidos das Materinadades.  

Beltrame disse que todas as orientações de saúde pública não são apenas para o SUS, mas também para as clínicas privadas. O secretário ainda informou que a principal preocupação é o combate ao mosquito Aedes aegypti.

— Se o mosquito pode matar, ele não pode nascer. Essa é a questão central de todo plano de enfrentamento ao aedes que envolve não só o zika, mas a febre chikungunya e a dengue.

O plano traz recomendações sobre planejamento reprodutivo, detecção e notificação de suspeita de microcefalia e a reabilitação das crianças acometidas pela má-formação congênita.

No caso de mulheres com idade fértil, a pasta reforça a importância do acesso aos métodos contraceptivos, ampliação da oferta do teste rápido de gravidez, orientação da prevenção contra o Aedes aegypti, e as visitas domiciliares de agentes de saúde.

Para as gestantes, as recomendações são a realização de ultrassonografia preferencialmente no primeiro trimestre e a aplicação de vacinas de rotina.

No caso de diagnóstico de microcefalia, a orientação é o estímulo ao parto normal, a amamentação na primeira hora de vida e o aleitamento contínuo até os dois anos. O protocolo também estabelece que a medição do perímetro cefálico seja feita entre 24 e 48 horas após o nascimento do bebê.

Beltrame explicou que os únicos pontos do protocolo que fogem do que já é recomendável é a realização da ultrassonografia transfontanela e a tomografia de crânio sem contraste.

— A gente não está criando nenhum serviço novo. Nós estamos utilizando uma rede já estruturada que vai ser orientada pelo protocolo que nós vamos publicar e que é fundamentalmente para orientar equipes de saúde.

Até o dia 5 de dezembro, o ministério contabilizou 1.761 casos suspeitos de microcefalia por infecção pelo zika vírus em 422 municípios de 14 Estados. Foram registradas 19 mortes. Um relatório com os números atualizados deve ser divulgado nesta terça-feira (15).

Foto: Reprodução

 R7

Dieta com muita gordura pode dificultar aprendizado, diz estudo

Alimentação gordurosos pode “destruir” parte dos neurônios

Todo mundo sabe que comer muita gordura faz engordar, mas um novo estudo mostrou que exagerar na alimentação gordurosa deixa as pessoas mais burras, segundo pesquisa da Escola de Medicina da Georgia, nos Estados Unidos.

De acordo com Alexis Stranahan, autor do estudo, a dieta com mais gordura destrói os neurônios do cérebro.

— O que acontece é que algumas células do cérebro param de funcionar, e as sinapses (local de contato entre neurônios, onde ocorre a transmissão de impulsos nervosos de uma célula para outra) não acontecem. E isso causa a dificuldade de aprendizado.

O estudo foi feito com um grupo de ratos de laboratório, que foram induzidos a uma dieta com alto teor de gordura. Depois de três meses, os ratos não estavam somente obesos, mas também apresentavam menos sinais de funcionamento neurológico.

A boa notícia é que, depois que os pesquisadores voltaram à dieta normal no cardápio dos ratos, o trabalho dos neurônios retornou.

Foto: Pinterest

R7

Ministério da Saúde vai distribuir testes rápidos de gravidez

A medida faz parte do protocolo de atenção à saúde para microcefalia

O Ministério da Saúde vai distribuir para estados e municípios 10 milhões de testes rápidos de gravidez. A iniciativa, anunciada nesta segunda-feira (14) pelo governo, tem como objetivo identificar precocemente mulheres com suspeita de gravidez para que elas se protejam contra o zika, vírus associado à epidemia de microcefalia no País. A pasta quer ainda aumentar a busca ativa de mulheres em idade fértil e garantir a oferta de métodos contraceptivos, caso não haja interesse de engravidar.

As medidas fazem parte do protocolo de atenção à saúde para microcefalia, um manual dirigido para profissionais de saúde com orientações para o atendimento adequado à gestante e ao bebê com diagnóstico da doença.

"Quanto antes a mulher souber da sua condição de gestante, melhor. O fundamental é que tomem todos os cuidados necessários para reduzir o risco de contaminação", afirmou o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.

Atualmente, cerca de 50% das gestantes iniciam o pré-natal depois da 12ª semana de gestação, um início considerado muito tardio. Com acompanhamento precoce, mulheres serão orientadas a adotar medidas de prevenção contra o vírus, a tomar as vacinas adequadas para o período.

O plano prevê ainda aumentar as visitas domiciliares de agentes de saúde e de endemias para identificar gestantes que tenham suspeita de terem tido contato com zika, vírus transmitido pela picada do Aedes aegypti contaminado e que, transmitido durante a gravidez, pode levar o feto a desenvolver microcefalia.

Se a mulher apresentar sintoma de zika — febre, coceiras e manchas vermelhas pelo corpo — os sinais serão anotados na caderneta da gestante. "Isso vai agilizar também no acompanhamento do bebê, caso ele apresente microcefalia", disse o secretário. Assim que o bebê nascer, sangue e líquido amniótico serão coletados para uma futura análise. Também será coletado sangue da mães. O exame do material é considerado importante para estudos científicos que estão em curso no País. A associação do zika com microcefalia foi feita no Brasil, a partir da análise de material coletado em exames de dois fetos e um bebê. O achado, no entanto, é considerado como ponto de partida de uma série de estudos, que começam agora a ser delineados.

A gestação de um bebê com microcefalia não é considerada de risco. O parto pode ser normal. Beltrame afirma que o ultrassom pode ser feito no primeiro trimestre da gestação. O manual recomenda que profissionais de saúde façam a medição do perímetro cefálico logo depois do nascimento. Bebês que apresentarem um perímetro igual ou inferior a 32 centímetros deverão fazer ultrassom. A tomografia somente será feita em casos específicos. "Com a restrição, queremos evitar que o bebê seja exposto desnecessariamente a uma dose maior de radiação e à sedação", disse Beltrame. Bebês com perímetro cefálico entre 32 centímetros e 33 centímetros serão acompanhados.

O secretário disse não ser necessário a ampliação dos serviços para realização dos exames. "Levantamento feito pelo ministério mostra haver aparelhos suficientes", disse. A maior preocupação da pasta é com o atendimento dado para bebês. "Ouvimos que não há o que fazer para recuperação desses bebês. Não é verdade. Há recursos que podem ser usados", completou.

A eficácia do tratamento, no entanto, vai depender de bebê para bebê. "Tudo depende da extensão da doença", contou Beltrame. Os estímulos podem começar a ser feito no primeiro mês e vão até o terceiro ano de vida do bebê. Beltrame afirmou que, se necessário, recursos adicionais poderão ser destinados para garantir o cuidado dos bebês.

O Ministério da Saúde recomenda que bebês com microcefalia sejam alimentados com leite materno até os dois anos ou mais. "Embora boatos tenham surgido, não há nada que indique que o aleitamento seja prejudicial. Não há nenhum motivo para mudar a conduta de recomendação do aleitamento materno", disse o Beltrame.

Foto: Agência Estado

R7

Venda de medicamentos para emagrecer será votada no Senado

Reunião está marcada para esta terça-feira

A venda, produção e consumo de medicamentos para emagrecer e que tem na fórmula os compostos sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol poderão ser autorizados por lei. A liberação desses anorexígenos está prevista no PLC 61/2015, pronto para ser votado na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). A reunião está marcada para a próxima terça-feira (15/12), às 9h30.

O senador do Partido Social Democrático (PSD), Otto Alencar, relator do projeto na comissão, lembrou que em setembro de 2014 o Senado promulgou o Decreto Legislativo 273/2014, cancelando uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibia o uso dessas substâncias. Em resposta, a Agência editou nova norma prevendo que os interessados em comercializar esses medicamentos devem pedir outro registro ao órgão.

Para Otto, é preciso garantir em lei a disponibilidade desses medicamentos para impedir que uma nova norma seja editada para retirá-los do mercado. “Entendemos que os médicos têm o conhecimento e a prerrogativa de decidir se seus pacientes devem ou não continuar a utilizar os medicamentos à base dessas substâncias, que já se encontram a tantos anos no mercado brasileiro”, justificou o senador.

Fonte: IN - Investimentos e Notícias

Prefeito do Rio cobra punição de envolvidos em desvio de verba da saúde

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, pediu ontem (14) punição exemplar aos envolvidos na quadrilha acusada de fraudar mais de R$ 48 milhões em recursos públicos por meio de contratos com o município do Rio. Paes classificou os envolvidos como “bandidos e vagabundos” e afirmou ser necessária uma investigação para descobrir quem são essas pessoas

“O importante é apurar tudo e chegar até o limite dessa questão, para que a quadrilha e eventualmente quem estiver envolvido possa pagar pelos erros cometidos.”

O prefeito disse ainda que a organização sem fins lucrativos envolvida no esquema, a Biotech Humanas, foi questionada, em ofício, sobre interesse na renovação do contrato da administração dos hospitais municipais Pedro II, em Santa Cruz, e Ronaldo Gazolla, em Acari, porque a burocracia exige que seja dessa maneira. Paes ressaltou que não era interesse da Secretaria Municipal de Saúde renovar com a instituição.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a Biotech Humanas foi afastada da gestão das unidades e desqualificada para que seja impedida de participar de qualquer outro chamamento público. Além disso, a secretaria informou que realizou intervenção imediata na gestão dos hospitais Ronaldo Gazolla e Pedro II, de modo que não houvesse interrupção do atendimento à população.

“Os órgãos de controle da SMS já haviam detectado suspeitas de irregularidades nas prestações de contas e a Secretaria vinha exigindo da Biotech esclarecimentos para cada um dos pontos questionados. Diante da falta de respostas, a SMS aplicou três advertências previstas em contrato e iniciou, em maio passado, processos para desqualificação da Biotech e para seleção de outras instituições para substituí-la nos contratos de gestão.”

Segundo a secretaria, em 2014, na época da renovação do contrato do Hospital Municipal Pedro II, e em março de 2015, por ocasião da seleção da organização social para gestão do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, não havia qualquer definição das investigações policiais ou judiciais que desclassificasse ou impedisse a participação da instituição. “A Biotech apresentou toda documentação exigida, inclusive certidões emitidas por órgãos de fiscalização externos, o que a habilitava legalmente a participar do certame.”

A operação denominada “Ilha Fiscal” foi deflagrada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco/IE), em conjunto com o Grupo de Atuação Integrada na Saúde e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, para cumprir nove mandados de prisão e 16 de busca e apreensão.

Na ação, os irmãos Wagner Viveiros Pelegrine e Valter Pelegrine Júnior, sócios da Biotech, foram presos na quarta-feira (9). Além deles, outras seis pessoas foram presas por participação no esquema de fraude. Edson da Cruz Correia é o único do grupo que está foragido da justiça.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram apreendidos sete veículos de luxos na ação, sendo seis carros e uma moto, entre eles um Porsche Cayenne, um Bentley Continental GT e uma Ferrari Califórnia, além de quase R$ 2 milhões, 200 peças de joias e 40 relógios das marcas Rolex, Mont Blanc, Pathek Phillipe..

Procurada pela reportagem da Agência Brasil, a Biotech, responsável pela administração dos dois hospitais, não respondeu até a publicação da matéria.

Foto: Secretaria de Estado de Segurança/Divulgação

Agência Brasil

Anvisa libera lotes de Lactosil da empresa Apsen Farmacêutica Ltda

A Anvisa revogou, parcialmente, a Resolução RE 2.260/2015. Com isso, a Agência liberou os lotes produzidos a partir de novembro de 2015 da preparação enzimática a base de lactase das marcas Lactosil 10.000 e Lactosil 4.000 FCC, em sachês

Os produtos são fabricados por Vida Forte Nutrientes Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda e distribuídos por Apsen Farmacêutica Ltda. Como a revogação foi parcial, a Anvisa manteve a proibição da distribuição e venda da preparação enzimática à base de lactase da marca Lactosil fabricada em datas anteriores a novembro deste ano.

Confira, abaixo, a tabela com os lotes que tiveram a fabricação, distribuição e comercialização liberadas.

Produto
Lote
Data de Fabricação
Data de Validade
Lactosil 10.000 FCC com 30 sachês
15110090, 15110092,
15110093, 15110105, 15110106, 15110094, 15110111, 15110112, 15110190, 15110191, 15110192, 15110193, 15110194, 15110195, 15110201, 15110202



Nov/15



Nov/17
Lactosil 4.0000 FCC com 30 sachês
15110196, 15110197, 15110198, 15110199
15110200, 15110225, 15110226, 15110229

Nov/15

Nov/17
Lactosil 10.000 FCC com 30 sachês
Todos os lotes
A partir de dez/15
Dez/17
Lactosil 4.0000 FCC com 30 sachês
Todos os lotes
A partir de dez/15
Dez/17

A medida está na Resolução 3377 publicada nesta quinta-feira (10/12) no Diário Oficial da União (DOU). 

 ANVISA

Nova terapia genética faz células de câncer cometerem 'suicídio'

Taxas de sobrevivência de pacientes submetidos ao estudo após cinco anos foram de 97% e 94%Técnica desenvolvida nos EUA envolve a modificação genética de células cancerosas, que passam a emitir sinal ao sistema imunológico para atacá-las

Uma nova terapia genética permitiu modificar células de câncer de próstata para que o corpo do paciente possa atacá-las e matá-las.

A técnica descoberta por cientistas americanos induz o tumor a se autodestruir - daí o nome "terapia do gene suicida".

A pesquisa identificou um aumento de 20% no índice de sobrevivência de pacientes com câncer de próstata após cinco anos de tratamento.

Mas um especialista em câncer consultado pela BBC disse que estudos adicionais são necessários para comprovar a eficácia do tratamento.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais frequente entre homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. É também o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens - representa cerca de 10% do total de cânceres.

O estudo, conduzido por pesquisadores do Hospital Metodista de Houston, no Texas, parece mostrar que essa "terapia do gene suicida", combinada com radioterapia, pode ser um tratamento promissor para o câncer de próstata no futuro.

A técnica envolve a modificação genética de células cancerosas, que passam a emitir um "sinal" ao sistema imunológico para atacá-las. Em geral, o corpo não reconhece células cancerosas como inimigas, porque elas se desenvolvem a partir de células saudáveis comuns.

Diferentemente de uma infecção, que motiva reação do corpo, o sistema imunológico não reage para matar células cancerosas.

Usando um vírus para transportar a terapia genética até o tumor, o resultado é que as células se autodestroem, alertando o sistema imunológico do paciente para lançar um ataque em massa.

Sobrevivência
Em dois grupos de 62 pacientes, um recebeu a terapia genética duas vezes e o outro grupo - todos com uma forma agressiva de câncer de próstata - foi tratado três vezes.

Os dois grupos também receberam radioterapia.

As taxas de sobrevivência após cinco anos foram de 97% e 94%, respectivamente. Embora o estudo não tenha empregado grupo de controle, os pesquisadores dizem que os resultados mostram um avanço de 5% a 20% em relação a estudos anteriores sobre tratamentos de câncer de próstata.

Biopsias realizadas dois anos após o estudo deram negativo em 83% e 79% dos pacientes dos dois grupos. Brian Butler, da equipe do Hospital Metodista de Houston, disse que a descoberta poderá mudar a forma como o câncer de próstata é tratado. "Poderemos injetar o agente diretamente no tumor e deixar o corpo matar as células cancerosas. Uma vez que o sistema imunológico tenha conhecimento das células cancerosas, se elas voltarem, o corpo saberá como matá-las."

'Nova geração'
Kevin Harrington, professor de imunoterapia oncológica no Instituto para Pesquisa do Câncer, em Londres, disse que os resultados são "muito interessantes", mas citou a necessidade de mais estudos.

"Podemos precisar de um teste aleatório para mostrar se esse tratamento é melhor do que apenas a radioterapia. Os vírus usados nesse estudo não se reproduzem. A nova geração de terapias virais pode se replicar seletivamente em células cancerosas - algo que pode matar o câncer de forma direta - e também ajudar a espalhar o vírus para células cancerosas vizinhas", afirmou.

Harrington disse ainda que seria "interessante" testar o tratamento com vírus que podem se reproduzir, para verificar se os resultados podem ser ainda mais efetivos.

Foto: SPL

BBC Brasil / iG