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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Quadrilha de falsos enfermeiros que furtava pacientes é presa

Com o grupo foram localizados dinheiro e equipamentos usados por profissionais da saúde (Foto: Claudinei Troiano/TV Fronteira)
Três indiciadas e um homem foram localizados na Vila Cicma, em Adamantina. Com o grupo, havia R$ 15 mil em dinheiro e equipamentos de uso na saúde

A Polícia Militar prendeu quatro pessoas que se passavam por profissionais da saúde para praticar furtos em residências. As três mulheres e um homem foram abordados ontem, quarta-feira (29), na Vila Cicma, em Adamantina, e com eles havia mais de R$ 15 mil em dinheiro.

Segundo o tenente Eder Mazzini Bressan, a PM recebeu a informação de que mulheres estavam se passando por enfermeiras e praticando crimes nas regiões de Dracena, Ribeirão Preto (SP), Araçatuba (SP) e em cidades do Mato Grosso do Sul. "Esse grupo abordava geralmente idosos e, enquanto algumas simulavam atendimento, o restante furtava pertences das vítimas", explicou.

Por volta das 12h, os policiais receberam a informação de que havia três mulheres e um homem, todos de camisetas brancas, em um GM Cruze, com placas de Minas Gerais (MG). A PM fez a abordagem e com o grupo havia R$ 15.380 em dinheiro, equipamentos utilizados por profissionais da saúde e um caderno com dados dos "pacientes". "Eles anotavam o nome, a idade, a pressão arterial e se tinha alguma doença. Era como se fosse um atendimento", disse o tenente.

Em contato com outras unidades da Polícia Militar, os policiais de Adamantina foram informados de que, no município de Três Fronteiras (MS), um idoso teria sido vítima em uma ação semelhante do grupo.

Mulheres se passavam por enfermeiras para praticar furtos (Foto: Claudinei Troiano/TV Fronteira)"Eles teriam subtraído R$ 15 mil desse senhor. Indagados, eles confessaram o crime", afirmou Bressan. Eles foram presos em flagrante e encaminhados para a Delegacia da Polícia Civil, onde a prisão foi ratificada. "Duas das três mulheres já eram procuradas da Justiça. Eles são da região de Ribeirão Preto. Por enquanto, não sabemos se há mais pessoas envolvidas com o grupo, mas já recebemos informações de que existem mais vítimas que foram lesadas com esse mesmo modus operandi", pontuou o tenente.

As mulheres, de 22, 24 e 34 anos, e o homem, de 24, vão responder por associação criminosa e furto qualificado. A mulher mais velha também apresentou documento falsificado e também foi indiciada pelo crime.

Fotos: Claudinei Troiano/TV Fronteira

G1

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Lote de Kaletra é suspenso por validade incorreta

A Anvisa determinou ontem, terça-feira (28/6) a interdição de três lotes do antirretroviral Kaletra, fabricado pela Abbvie Farmacêutica Ltda. A medida é válida para os lotes 1037186, 1042956 e 1055165 do Kaletra 100/25 mg de 60 comprimidos

O motivo da suspensão foi a identificação de um erro na impressão do prazo de validade do produto. O Kaletra tem validade de 24 meses, mas nos lotes suspensos essa validade saiu com 36 meses.

O medicamento composto pelos princípios ativos lopinavir e ritonavir é um antirretroviral utilizado principalmente no tratamento contra o HIV.

A Anvisa também determinou que a empresa faça o recolhimento dos lotes do mercado. A comunicação do erro foi feita pela própria empresa.

A medida está na Resolução RE 1.676/2016, publicada na terça-feira (28/6), no Diário Oficial da União (DOU).

ANVISA

terça-feira, 28 de junho de 2016

EUA identifica segundo paciente com bactéria ultrarresistente

Gene raro foi encontrado em bactéria de paciente em Nova York. Primeiro caso foi registrado em maio, na Pensilvânia

Bactérias como a e.coli têm apresentado aumento de resistência a medicamentos e poderão contribuir para um aumento de mortandade nos próximos anos  (Foto: BBC)
Bactérias como a e.coli têm apresentado aumento de resistência a medicamentos e poderão contribuir para um aumento de mortandade nos próximos anos (Foto: BBC)

Um segundo paciente foi infectado nos Estados Unidos com uma superbactéria que é altamente resistente aos antibióticos usados como último recurso, disseram cientistas ontem, segunda-feira (27).

Virologistas encontraram o gene raro MRC-1, que causa a resistência, em uma variedade da bactéria E. coli em um paciente em Nova York, de acordo com uma publicação no periódico Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia.

"Estamos muito perto de ver o surgimento de enterobactérias que serão impossíveis de tratar com antibióticos", disse o cientista Lance Price, da Universidade George Washington.

O primeiro caso de infecção com a E. coli portadora do gene MRC-1 nos Estados Unidos ocorreu em maio, em uma paciente de 49 anos de idade, internada na Pensilvânia com uma infecção urinária persistente. Ela já se recuperou.

O gene MRC-1 é especialmente temido porque torna as bactérias resistentes à colistina, um antibiótico de 1959 utilizado como último recurso nos casos de polirresistência.

O MCR-1, que se encontra sobre um pequeno fragmento do DNA microbiano, tem a capacidade de passar de uma bactéria para outra através de diversas espécies, potencialmente espalhando a resistência para todos os antibióticos, o que as autoridades veem como um cenário catastrófico.

Os cientistas têm monitorado os movimentos desse gene em todo o mundo desde que ele foi descoberto em humanos, aves e suínos na China em 2015.

No mês passado, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) anunciaram a criação de uma rede de laboratórios dedicada ao tratamento das superbactérias resistentes a antibióticos nos Estados Unidos, que deve começar a funcionar no outono boreal.

G1

Hospital é investigado por cobrar a mais por remédio

A Secretaria-Executiva da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) instaurou processo investigatório contra o Hospital São Francisco de Assis, de Santa Maria (RS) por indícios de superfaturar os preços de medicamentos e insumos utilizados nos procedimentos por paciente na prestação de serviços

A Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, veda aos hospitais o exercício do comércio de medicamentos ou insumos e a Orientação Interpretativa CMED nº 5, de 12 de novembro de 2009, permite aos estabelecimentos de saúde apenas o reembolso do valor despendido com a aquisição de medicamentos, sendo vedada a utilização do Preço Máximo ao Consumidor. Ou seja, nenhum hospital ou clínica pode cobrar a mais pelos medicamentos fornecidos aos pacientes.

A medida da CMED foi tomada após a 3ª Vara Federal de Santa Maria (RS) condenar o Hospital, que já recorreu, ao pagamento de multa, por má-fé processual, fundamentada no superfaturamento de valores na prestação de serviços, inclusive medicamentos, ao cobrar preço superior ao que consta das notas fiscais de aquisição.

De acordo com o juiz federal responsável pelo caso, a conduta praticada pelo hospital desobedece às normas legais. Além do pagamento de multa, o hospital infrator foi intimado a reemitir as notas fiscais, considerando o valor de aquisição dos insumos e medicamentos utilizados pelo paciente.

“A denúncia foi encaminhada à CMED pelo próprio Juiz Federal que decidiu o processo na esfera judicial. É a primeira denúncia que recebemos de suposta infração praticada por hospitais tão bem instruída, por estar acompanhada de cópia dos autos judiciais e toda a documentação que comprova a prática, inclusive as notas fiscais de compra pelo hospital”, declarou Maria Ilca da Silva Moitinho, Secretária-Executiva Substituta da CMED.

Confirmados os indícios de infração em relação aos medicamentos envolvidos no processo, a Secretaria-Executiva da CMED vai instaurar um Processo Administrativo para apurar o descumprimento das normas de regulação econômica, ficando o infrator sujeito também ao pagamento de multa administrativa que pode chegar a R$ 8,8 milhões, com base na Lei nº 10.742, de 6 de outubro de 2003, que adota as mesmas penalidades do CDC.

O que é a CMED? 
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos – CMED foi criada pela Lei nº 10.742, de 6 de outubro de 2003, com os objetivos de adotar, implementar e coordenar atividades relativas à regulação econômica do mercado de medicamentos e sua composição foi estabelecida pelo Decreto nº 4.766, de 26 de junho de 2003, que determina que sua Secretaria-Executiva seja exercida pela Anvisa. Na prática as competências da CMED compreendem o controle e monitoramento dos preços de medicamentos, a fiscalização e a punição dos laboratórios, distribuidores, farmácias e drogarias que não obedecem o limite do preço fábrica – PF e do preço máximo ao consumidor – PMC. Cabe ainda destacar que a CMED regulamenta o Coeficiente de Adequação dos Preços – CAP, desconto mínimo aplicável em compras públicas de determinados medicamentos listados em Comunicados ou adquiridos por força de demandas judiciais.

A Câmara é composta pelos seguintes Ministros de Estado, que, em conjunto, formam o Conselho de Ministros: da Saúde, que o preside; Chefe da Casa Civil da Presidência da República; da Justiça; da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A Secretaria–Executiva, que exerce a primeira instância decisória do órgão, compete à Anvisa. Secretários dos citados Ministérios formam o Comitê Técnico-Executivo, a segunda e última instância decisória do órgão em processos administrativos de infração.

ANVISA

Laboratório Teuto tem lote de medicamento para hipertensão suspenso

A venda e o uso do lote 9067069 do medicamento Furosemida 10 mg, genérico, solução injetável, com validade até março de 2017 estão suspensas pela Anvisa

O medicamento fabricado pelo Laboratório Teuto Brasileiro S.A. apresentou ampolas com número de lote e validade ilegíveis, além disso, as ampolas também apresentaram estilhaços ao serem abertas, conforme o laudo de análise fiscal emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-SP).

Veja a resolução 1.648 publicada na última sexta-feira (24/6) no Diário Oficial da União (DOU).

ANVISA

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Alerta: medicamento Flogo-Rosa® não deve ser ingerido

A Anvisa publicou um alerta sanitário sobre os riscos de ingestão do medicamento Flogo-Rosa® (cloridrato de benzidamina), especialmente em crianças

A ingestão acidental de doses elevadas do Flogo-Rosa® pode causar agitação, ansiedade, alucinações e convulsões. Além disso, essa ingestão pode levar à doenças como gastrite, úlcera, falência renal, entre outras.

O Flogo-Rosa® destina-se ao uso de lavagens vaginais e não deve ser ingerido. Este é um medicamento anti-inflamatório destinado ao tratamento da vulvovaginite aguda (inflamação dos tecidos da vulva e vagina), associada aos sintomas de dor, ardor, coceira e corrimento e doença inflamatória do colo do útero de qualquer tipo ou origem. O Flogo-Rosa também pode ser indicado como auxiliar no tratamento de micose e de doença sexualmente transmissível causada por um parasita, como preventivo no pré e pós-operatório de cirurgia vaginal, e na higiene íntima do pós-parto.

De acordo com a Gerência de Farmacovigilancia da Anvisa, o alerta pretende chamar a atenção para um problema de uso indevido do produto que tem sido relatado para a Agência. Algumas pessoas ingeriram o medicamento ou deram à crianças por via oral, ao invés de usá-lo apenas no local conforme está no modo de uso da bula. A própria embalagem do medicamento adverte que o Flogo-Rosa não deve ser ingerido. O problema pode ter origem na automedicação e na orientação médica insuficiente do médico ao prescrever ou do farmacêutico ao dispensar o medicamento, enfatiza Márcia Gonçalves, Gerente de Farmacovigilância.

Ao realizar o monitoramento de risco de uso dos medicamentos foram observados diversos casos de ingestão acidental do medicamento Flogo-Rosa®, por crianças e adultos pelo Centro de Vigilância de São Paulo (CVS-SP) e o Centro de Assistência Toxicológica de São Paulo (CEATOX-SP).

Na ocasião, a Anvisa determinou à empresa Aché a elaboração de um Plano de Minimização de Risco, que previu a mudança na embalagem com a inserção de figuras e frases com os dizeres “proibido ingerir”. A efetividade desse plano vem sendo, desde então, monitorada pela Anvisa e pela detentora do registro do produto.

O que a Anvisa recomenda?
Seguem abaixo algumas orientações importantes aos pacientes em tratamento com o Flogo-Rosa®:

* O uso do medicamento só deve ser realizado SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

* Pergunte ao seu médico a forma de utilização do produto antes do início do tratamento;

*Em caso de ingestão acidental, procure imediatamente orientação médica ou um pronto-socorro, informando a quantidade ingerida, o horário da ingestão e os sintomas. Se possível leve a embalagem ou bula do medicamento.

*Caso necessite de mais orientações sobre como proceder em situações de intoxicação, ligue para o Centro de Assistência Toxicológica mais próximo. O link a seguir informa o contato dos centros brasileiros: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/procura_det.asp?procura_id=6

*Adote em sua casa medidas para prevenir a ingestão acidental de medicamentos e a ocorrência de intoxicações. Mantenha o medicamento longe do alcance das crianças. Para isso, recomenda-se guardar o produto em locais altos. Caso outra pessoa cuide de seus filhos durante algum período do dia, repasse essas orientações ao cuidador.

*A Anvisa solicita aos cidadãos que comuniquem casos relacionados ao modo indevido do uso do Flogo-Rosa®.
Essa notificação pode ser realizada por meio do Formulário de Notificação de Eventos Adversos para o Cidadão, no portal da Anvisa: (http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/formularios.htm). A notificação de pacientes também pode ser realizada gratuitamente por meio do Anvisa Atende - 0800-642-9782 ou pela Ouvidoria.

*Para o profissional de saúde, a Anvisa disponibiliza o sistema Notivisa para a realização das notificações de eventos adversos: (http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/formularios.htm).

Veja aqui a íntegra do Alerta Sanitário.

ANVISA

Qual é o limite de contaminantes em alimentos infantis?

Bebê dormindoPara estabelecer os limites máximos tolerados de contaminantes (arsênio, cádmio, chumbo e estanho) em alimentos infantis, a Anvisa publicou na terça-feria (21/6), a Consulta Pública (CP 209/2016), sobre contaminantes inorgânicos em alimentos infantis, no Diário Oficial da Uniã


As contribuições poderão ser enviadas entre 26 de junho a 26 de agosto de 2016.

A Resolução RDC n 42, de 29 de agosto de 2013, que estabelece os limites máximos de contaminantes inorgânicos em alimentos, está harmonizada no Mercosul, mas não se aplica de forma específica aos alimentos infantis.

É essencial manter a quantidade de contaminantes em alimentos dentro de limites aceitáveis do ponto de vista toxicológico, a fim de proteger a saúde pública, especialmente no caso dos alimentos destinados a lactentes e crianças de primeira infância.

A preocupação sanitária com os limites de alguns contaminantes, em alimentos infantis, é ainda mais relevante devido à vulnerabilidade desta população aos efeitos nocivos dessas substâncias, cujo impacto poderão afetar o seu desenvolvimento físico e cognitivo.

As categorias de alimentos envolvidas são:
• fórmulas infantis para lactentes e crianças de primeira infância;
• fórmula pediátrica para nutrição enteral;
• alimentos à base de cereais voltados ao público infantil;
• alimentos de transição para lactentes e crianças de primeira infância;
• outros alimentos especialmente formulados para lactentes e crianças de primeira infância.

Como contribuir?
A proposta está disponível na íntegra no portal da Anvisa e as sugestões deverão ser enviadas eletronicamente por meio do preenchimento de formulário específico, disponível na página da consulta pública.

Em caso de limitação de acesso do cidadão a recursos informatizados, será permitido o envio e recebimento de sugestões por escrito, em meio físico, durante o prazo de consulta, para o seguinte endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Gerência-Geral de Alimentos, SIA trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71.205-050.

As contribuições internacionais deverão ser direcionadas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Assessoria de Assuntos Internacionais (Ainte), no mesmo endereço.

ANVISA

Verificação de credenciais médicas: é realmente necessária?

* Por Regina Müller

Foi com surpresa e certa preocupação, que as instituições acreditadas no Brasil e em todo o mundo perceberam as novas exigências do Capítulo SQE – Educação e Qualificação de Profissionais – da 5ª edição e atual versão do Manual de Acreditação para Hospitais da Joint Commission International (JCI) – representada no Brasil pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA)


De acordo com os novos padrões do Capítulo (SQE.9), não basta a instituição solicitar aos profissionais médicos a apresentação de suas credenciais, como diploma, e certificados de conclusão de cursos de especialização, como residência médica, pós-graduação e especialização, mas também é necessário que todos esses documentos sejam validados junto às instituições formadoras, processo denominado “validação na fonte primária”.

Como duvidar da palavra, ou ainda mais, de um documento apresentado por um médico brasileiro? Isso não faz parte da nossa cultura, e muitas vezes apenas a solicitação da apresentação do diploma médico e demais certificados é compreendido como razão de constrangimento para um profissional médico. Se falsidade ideológica existe, deve ocorrer em países distantes, como o caso de mais de 500 falsos médicos indianos divulgado há alguns anos, e não em nosso meio.

No entanto, cada vez mais e com maior frequência, a mídia brasileira nos apresenta notícias do mundo real, que nos faz compreender que essa é também uma realidade presente entre nós.

Recentemente, o jornalista Ancelmo Gois publicou em seu blog sobre um falso médico preso ao chegar na Clínica da Família em Barros Filho (Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro), onde trabalhava regularmente. De acordo com a Polícia Civil, informa o blog, ele conseguia atender aos pacientes graças a informações pesquisadas na internet.

A importância do assunto foi ressaltada pela publicação esse ano pela JCI de um documento (White Paper on Primary Source Verification) que orienta e enfatiza a importância da verificação das credenciais na fonte primária como estratégia para a redução de risco para os pacientes e seus familiares.

Outra matéria publicada no site G1, das Organizações Globo, relata a morte de mais uma mulher jovem submetida à lipoaspiração em Goiânia, operada por um médico que dizia ter especialização em cirurgia plástica, mas só comprovou especialização em Medicina do Trabalho. Nesse sentido, também a 5ª edição do Manual de Acreditação para Hospitais da JCI, no Padrão SQE.10, deixa claro a necessidade da atribuição de ‘privilégios clínicos’ ao corpo médico pelas lideranças médicas da instituição, garantindo que o paciente receba o cuidado adequado por parte de um profissional com competência e treinamento específico para o procedimento, ou procedimentos, em questão.

É necessário que as instituições de saúde compreendam a sua responsabilidade e comprometimento com a qualidade e a segurança no cuidado prestado pelos profissionais médicos por ela autorizados a atuarem junto aos pacientes e familiares. Basta verificar!

* Regina Müller é médica com especialização em cardiologia pediátrica pela Universidade Ludwig Maximiliams (Alemanha), por onde também concluiu seu doutorado em Medicina. Possui ainda mestrado e doutorado em Ciências da Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). É avaliadora do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), associado no Brasil da Joint Commission International (JCI).

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Nathália Vincentis
Jornalismo
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quarta-feira, 22 de junho de 2016

Fratura de quadril é tema de curso gratuito para profissionais e estudantes de Medicina

Reprodução
Nesta quinta-feira (23), às 19h, o Hospital São Vicente de Paulo, na Tijuca, oferece curso gratuito para médicos e estudantes de Medicina sobre Fratura de Colo de Fêmur

No Brasil, estima-se que 100 mil casos de fratura de quadril aconteçam por ano. A lesão já é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um problema de saúde pública devido à grande incidência dos casos.

Ministrada pelo ortopedista Marcelo Monteiro, especialista em Cirurgia de Quadril, a palestra terá foco no tratamento dos pacientes. “Com o envelhecimento da população, a presença de pacientes que apresentam fraturas de fêmur proximal é cada vez mais comum nas Emergências. Sendo assim, vamos mostrar como prestar o melhor atendimento a eles”, explica o especialista.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas, antecipadamente, pelo telefone (21) 2563-2147 ou pelo e-mail comunicacao@hsvp.org.br. O evento será realizado no Centro de Convenções Irmã Mathilde, na sede do Hospital São Vicente de Paulo, que está localizado na rua Dr. Satamini, 333, Tijuca, Rio de Janeiro. Vagas limitadas!

ASSESSORIA DE IMPRENSA
SB Comunicação, (21)3798-4357

Metodologia reduz desperdícios, aumenta produção e causa impacto nos custos e lucros das instituições de saúde

Ela surgiu, no Japão, na década de 40 na indústria automotiva e só chegou à área hospitalar sessenta anos depois


Estamos falando de uma metodologia capaz de produzir serviços de alta qualidade, com processos otimizados e seguros, o que implica na redução do desperdício, de erros de processos e eliminação do retrabalho, impactando diretamente nos custos relacionados. É a metodologia Lean, já implementada com sucesso em hospitais norte-americanos e que, aos poucos, vem despertando interesse de profissionais e instituições de saúde brasileiras.

Educadora para acreditação de instituições de saúde e docente do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), Ana Luiza Demarchi Geloneze, especialista com formação Black Belt na metodologia Lean Six Sigma, lembra que o Virginia Mason Medical Center (EUA), um dos pioneiros da adoção da metodologia, era até então um hospital deficitário que enfrentava grave crise institucional devido a um erro na assistência. “Após um árduo trabalho aplicando Lean, figurou entre os melhores hospitais dos Estados Unidos por seis anos consecutivos, de 2006 e 2011, sendo inclusive eleito pelo Leap Frog Group (organização sem fins lucrativos que avalia a segurança dos hospitais) como o melhor hospital norte-americano”, salienta.

Segundo ela, outra instituição daquele país a adotar a metodologia foi o ThedaCare. Com sete hospitais e mais de 6.800 funcionários, a aplicação da ferramenta gerou uma economia superior a U$ 27 milhões. “O modelo de cuidado colaborativo desenvolvido e orientado pela metodologia Lean, resultou em uma redução de 25% dos custos globais da assistência. Entre 2008 e 2011, o ThedaCare aumentou em quase 20% a margem bruta de seu fluxo de caixa”, enfatiza Ana Geloneze, dizendo que, no Brasil, já existem diversas instituições hospitalares que iniciaram sua jornada Lean, revelando resultados expressivos. Segundo a especialista, a metodologia, que tem como princípio priorizar as necessidades dos clientes, está intimamente ligada à melhoria da qualidade e redução de custos.

“Podemos aumentar expressivamente o Giro de Leito dos hospitais, aumentar a rotatividade e produção das salas cirúrgicas, diminuir estoques de almoxarifado e farmácia, diminuir tempo de permanência, reduzir filas de espera para pacientes ambulatoriais aumentando a capacidade de atendimento, sem a necessidade de aumento de quadro de funcionários, apenas identificando e eliminando desperdícios e aproveitando os recursos já existentes”, garante. Ana Geloneze afirma que quando a ferramenta é utilizada para o Mapeamento de Fluxo de Valor são identificados desperdícios antes não reconhecidos que acabavam sendo incorporados aos processos e atividades de trabalho.

A educadora e docente do CBA é categórica ao afirmar: “A metodologia Lean não só trabalha focada na redução de desperdícios e aumento da produção, com impacto direto nos custos e lucros das instituições, como também promove mudanças que irão continuamente favorecer e melhorar a qualidade e segurança nestes ambientes”.

Para isso, é necessário utilizar uma ferramenta conhecida como DMAIC (definir, medir, analisar, implantar e controlar). “Essa e outras ferramentas, além dos principais conceitos e fundamentos da metodologia Lean, são ensinados aos profissionais que fazem o curso ofertado pelo CBA. Nele, os participantes entram em contato com exercícios práticos, experiências nacionais e internacionais e, aprendem identificar os benefícios da metodologia em prol dos padrões de acreditação internacional da Joint Commission International (JCI), da qual o CBA é associado no Brasil”, dia Ana Geloneze, docente do curso que é oferecido pelo CBA em formato à distância, presencial ou in company.

“Para quem não conhece esta ferramenta indico primeiramente realizar o curso à distância, pois introduz o profissional nos conceitos desta ferramenta, para depois participar do presencial,”, recomenda Rosângela Boigues, coordenadora de Ensino do CBA. Segundo ela, o curso EAD tem formato de vídeo-aula, e pode ser iniciado assim que o interessado comprar o curso, pois já esta disponível em nossa plataforma. “Enviamos o login e a senha. O curso fica aberto por 45 dias, podendo ser acessado pelo aluno no dia e horário que melhor lhe convier. Após a conclusão, emitimos o certificado online”, informa Rosângela. Para saber mais, acesse http://ead.cbacred.org.br/.

Informações do curso Lean, nas modalidades presencial ou in company, podem ser obtidas pelo tel. (21)3299-8241 ou secretaria.ensino@cbacred.org.br.

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Nathália Vincentis
Jornalismo
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terça-feira, 21 de junho de 2016

Consulta: Resíduos da esterilização por óxido de etileno

O controle de resíduos em produtos esterilizados por óxido de etileno é necessário para garantir um risco mínimo para o paciente na utilização do produto


A Anvisa abriu Consulta Pública 208/2016 para inclusão do Capítulo Farmacopeico - Resíduos da esterilização por óxido de etileno na Farmacopeia Brasileira. A CP foi publicada nesta segunda-feira (20/6), no Diário Oficial da União (DOU). O prazo para envio de comentários e sugestões ao texto da proposta de regulamentação será de 30 (trinta) dias, a contar de 7 (sete) dias após a data de publicação

O controle de resíduos em produtos esterilizados por óxido de etileno é necessário para garantir um risco mínimo para o paciente na utilização do produto. Os níveis residuais de óxido de etileno (OE), etilenocloridrina (ECH) e etilenoglicol (EG) devem ser acompanhados para minimizar a exposição de profissionais e pacientes. Nesse sentido, o Comitê Técnico Temático de Correlatos da Farmacopeia Brasileira elaborou o capítulo “Resíduos da esterilização por óxido de etileno” para inclusão na Farmacopeia Brasileira.

Como contribuir?
A participação na Consulta Pública pode ser feita por formulário eletrônico.

Acesse agora o conteúdo da Consulta Pública 208/2016

Em caso de limitação de acesso do cidadão a recursos informatizados será permitido o envio e recebimento de sugestões por escrito, em meio físico, durante o prazo de consulta, para o seguinte endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Coordenação da Farmacopeia, SIA trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71.205-050. As contribuições internacionais deverão ser direcionadas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Assessoria de Assuntos Internacionais (Ainte), no mesmo endereço.

Atualização da Farmacopeia
A Agência possui por competência legal promover a revisão e atualização periódica da Farmacopeia Brasileira, conforme disposto no inciso XIX do artigo 7º da Lei 9.782, de 26 de janeiro 1999. Esta competência compreende ações de regulamentação sanitária e indução ao desenvolvimento científico e tecnológico nacional que se concretizam por meio da revisão e incorporação de novos requisitos de qualidade nos compêndios da Farmacopeia Brasileira.

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ANVISA

Termômetros com mercúrio podem ser proibidos

A Anvisa abriu a Consulta Pública 207/2016 para proibir a fabricação, importação e a comercialização, assim como o uso em serviços de saúde, dos termômetros e esfigmomanômetros com coluna de mercúrio. A consulta foi publicada nesta segunda-feira (20/6), no Diário Oficial da União (DOU)


O prazo para envio de comentários e sugestões ao texto da proposta de regulamentação será de 60 (sessenta) dias, a contar de 7 (sete) dias após a data de publicação.

Os termômetros e esfigmomanômetros com coluna de mercúrio são os produtos que possuem uma coluna transparente, contendo mercúrio no seu interior, com a finalidade de aferir valores de temperatura corporal (no caso do termômetro) e pressão arterial (no caso do esfigmomanômetro).

Como contribuir?
A participação na Consulta Pública pode ser feita por formulário eletrônico.

Acesse agora o conteúdo da Consulta Pública 207/2016

Esses equipamentos já possuem outras alternativas de mercado que não utilizam a coluna de mercúrio. Os termômetros e esfigmomanômetros digitais são produtos para a saúde de uso difundido no Brasil e possuem as mesmas indicações clínicas que os que contém mercúrio. Esses dispositivos também possuem a sua precisão avaliada compulsoriamente pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e são ambientalmente mais sustentáveis.

Os aparelhos retirados de uso deverão seguir a regulamentação vigente para descarte de resíduos sólidos: a política nacional de resíduos sólidos, estabelecida pela Lei 12.305/2010 e a RDC 306/2004, que dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

Convenção de Minatata
A ação na retirada de comercialização do mercúrio dos termômetros e esfigmomanômetros faz parte do compromisso do Governo Brasileiro firmado na Convenção de Minatata. A Anvisa, assim como outros órgãos da administração pública, está comprometida com a Convenção de Minamata, onde 140 países, incluído o Brasil, firmaram compromisso para o controle do uso e redução de emissões e liberações do mercúrio para a natureza. Um dos compromissos é o banimento de produtos que contém mercúrio até 2020. A proibição da substância é uma tendência mundial.

Contribuição em papel
Em caso de limitação de acesso do cidadão a recursos informatizados será permitido o envio e recebimento de sugestões por escrito, em meio físico, durante o prazo de consulta, para o seguinte endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde, SIA trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71.205-050. As contribuições internacionais deverão ser direcionadas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Assessoria de Assuntos Internacionais (Aint), no mesmo endereço.

Foto: Reprodução

ANVISA

Aumenta número de substâncias proibidas em cosméticos

Nova lista de substâncias não autorizadas para cosméticos inclui 1376 itens proibidos

A lista de substâncias que não podem ser utilizadas em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes foi atualizada pela Anvisa. A nova lista traz 1.376 substâncias, contra 423 da lista anterior. Além da lista, a norma prevê que qualquer substância com propriedade cancerígena, mutagênica ou tóxicas para a reprodução são proibidas em cosméticos.

A iniciativa é uma atualização da resolução anterior da Anvisa que tratava do tema, a RDC 48/2006. A nova lista é resultado também da incorporação nacional do Regulamento Técnico Mercosul sobre Lista de Substâncias que não podem ser utilizadas em Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, já que este tipo de regulação é definida de forma conjunta entre os países do Mercosul.

A atualização desta lista está na resolução RDC 83/2016, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (20/6).

ANVISA

Lotes de anticoncepcional Ciclofemme® são suspensos

Após uma análise com resultados insatisfatórios, a Anvisa determinou a suspensão dos lotes 4HC83 e 4HC73, do medicamento Ciclofemme® (levonorgestrel + etinilestradiol), drágeas

O anticoncepcional da empresa Mabra Farmacêutica Ltda apresentou resultados insatisfatórios nos ensaios de descrição da amostra e aspecto, conforme o laudo de análise fiscal emitido pelo Instituto Adolfo Lutz (SP).

A medida está na Resolução nº 1.616/2016, publicada nesta segunda-feira (20/6) no Diário Oficial da União (DOU).

Foto: Reprodução

ANVISA

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Lote de anestésico é suspenso

Após resultado de análise, a Anvisa determinou a suspensão do lote 15060568 do medicamento Cloridrato de bupivacaína + glicose, solução injetável, fabricado por Hypofarma - Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda.

O lote do anestésico apresentou resultados insatisfatórios para os ensaios de Determinação de Endotoxinas Bacterianas, acima do limite máximo permitido.

A medida está na Resolução RE 1.570, publicada nesta sexta-feira (17/6) no Diário Oficial da União (DOU).

ANVISA

Anvisa suspende lote de álcool gel sem registro

Reprodução
A Anvisa determinou a suspensão da fabricação, distribuição e comercialização e uso do produto Álcool Etílico Gel 70 GL

O produto é fabricado pela empresa Verdes Mares Indústria Química Ltda– EPP. O álcool não tem registro na Anvisa.

A Agência determinou que a empresa promova o recolhimento do produto.

A medida está na Resolução nº 1.562/2016, publicada na sexta-feira (17/6) no Diário Oficial da União (DOU).

ANVISA

Polícia indicia equipe médica que fez mutirão da catarata, em São Bernardo

Reprodução
Ação deixou 20 pessoas cegas em janeiro deste ano. Relatório afirma que instrumentos não foram esterilizados entre cirurgias

A polícia indiciou, na última sexta-feira (17), por lesão corporal culposa, quando não há intenção de ferir, o médico e duas enfermeiras responsáveis pelo mutirão da catarata, que deixou 20 pessoas cegas, em São Bernardo do Campo, no ABC. O caso aconteceu em janeiro deste ano.

O delegado que investigou o caso, acusou o médico e as duas enfermeiras 20 vezes por lesão corporal. Cada indiciamento se refere a um paciente que teve complicações.

O relatório feito pela Secretaria Municipal de Saúde, que faz parte do inquérito, afirma que durante as cirurgias, os instrumentos não foram esterilizados entre um paciente e outro, o que contribuiu com a infecção das vítimas. A equipe médica fez 27 cirurgias entre às 8h e 17h do dia 30 de janeiro.

“Cada cirurgia de catarata, entre uma e outra é como se fosse uma nova cirurgia, lava-se a mão, faz a esterilização, então aqui não houve esse tratamento”, afirma o delegado Gilberto Peranovich.

Maria da Glória Almeida, de 71 anos, é uma das pacientes que teve complicações. No dia seguinte à operação, ela perdeu o globo ocular, que já estava comprometido pela infecção. A aposentada ainda tem tremores e toma remédios para depressão. “Eu esperava uma coisa melhor, mas terminou nessa situação triste”, lamenta.

O Conselho Regional de Medicina (Cremesp) e o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) disseram que as investigações correm sob sigilo e que se for comprovada a culpa, o médico as enfermeiras podem receber advertência ou até a perder o registro profissional.

O advogado das enfermeiras disse que elas seguiam a orientação do médico e que espera a decisão da justiça para se manifestar. O advogado do médico não atendeu às ligações do SPTV.

Entenda o caso

Mais de vinte pacientes de um mutirão de catarata realizado no Hospital de Clínicas do Alvarenga, em São Bernarndo do Campo, foram contaminados por uma bactéria. São pacientes idosos, que agora dependem de medicamentos caros e de acompanhamento especial.

O aposentado Expedito Batista é uma das vítimas. Ele decidiu fazer a cirurgia buscando maior qualidade de vida e continuar realizando uma de suas paixões, viajar de carro, como condutor. “Eu tinha 70% da minha visão. Entrei bem pra operar, pra melhorar. E perdi totalmente a visão do lado direito”, conta.

E a perda é definitiva, disseram os médicos que já operaram o aposentado mais duas vezes para combater a infecção por uma bactéria. A mesma que atingiu muitos outros pacientes que participaram do mutirão, no fim de janeiro. Segundo informações recolhidas pelas famílias, pelo menos quinze perderam a visão e dez, o próprio globo ocular. Os parentes se organizam para processar o hospital.

Letícia Meikoga, filha de uma das vítimas, afirma que o grupo pretende entrar com uma ação pedindo indenização por danos morais, materiais e suporta para as famílias, além de medicamentos.

Marialda Alves Sampaio, também filha de vítima, representa uma das famílias que precisarão de ajuda a partir de agora. Ela conta que o pai dela, de 80 anos, era quem cuidava da mulher, também idosa. Mas agora, sem um dos olhos, a família terá de encontrar outra solução. “Nós trabalhamos, não podemos ficar lá o tempo todo. Eles vão precisar de um acompanhante. E quem vai ter que bancar esse acompanhante?”, questiona.

A Secretaria de Saúde de São Bernardo do Campo confirma que de 27 pacientes operados no dia 30 de janeiro, 21 foram contaminados.

G1

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Jovem se esquece de tirar absorvente interno por nove dias e fica entre a vida e a morte

Foto: Reprodução
Emily, de 20 anos, teve síndrome do choque tóxico e ficou com intoxicação no sangue

Uma estudante inglesa de 20 anos vinha se queixando há algum tempo de que sua barriga estava inchada, mas não entendia qual poderia ser a razão do problema. Mal sabia ela que estava sofrendo de síndrome do choque tóxico (SCT), e que estava arriscando a própria vida sem querer depois de esquecer de retirar seu absorvente interno por nove dias.

Quando percebeu o que estava acontece, Emily Pankhurst já estava com os sintomas agravados: sofria desmaios, ficou com a fala enrolada, e sua pele apresentava manchas avermelhadas. Sua mãe chamou a ambulância, e a jovem foi levada às pressas ao pronto-socorro.

Na UTI, os médicos explicaram que Emily estava sofrendo uma intoxicação no sangue, como resultado da SCT, uma infecção muito grave causada pelo absorvente interno.

Emily foi medicada com antibióticos e conseguiu sobreviver — no entanto, ela perdeu seus movimentos temporariamente, e ainda não consegue caminhar por longas distâncias.

— Quando finalmente percebi o que estava acontecendo, retirei o absorvente e ele estava completamente preto. Não daria para identificar o que era aquele objeto se não fosse pela cordinha. Foi horrível. Imediatamente joguei na privada, tive vontade de vomitar.

A jovem, que estuda criminologia na universidade de Canterbury, acredita que deve ter se esquecido de retirar o absorvente porque estava emu ma fase de muito estresse com as provas da faculdade. E, além de não remover o tampão que já havia colocado, ela ainda acabou inserindo outro por cima.

Não demorou até que começasse a ter quedas de pressão e ver sua barriga inchando progressivamente, ter febre e se sentir mal.

A mãe de Emily, Diana, chegou até a levá-la ao um médico, que fez exames, mas não conseguiu identificar nenhum problema.

— Eu já estava me sentindo muito doente naquele ponto. Sentia calor, tonturas, era uma sensação muito estranha. Eu estava sangrando mais. Durante um banho, finalmente encontrei o absorvente. Achei nojento, para ser honesta. Mas acreditava sinceramente que, assim que o removesse, fosse me sentir melhor.

Como sua mãe já tinha ouvido falar da STC, ela recomendou que Emily entrasse em contato com o serviço de emergência. Uma atendente sugeriu que elas monitorassem o quadro da jovem, mas, em poucas horas, a condição dela piorou drasticamente.

Atualmente, ela se recupera do problema, mas relata se sentir cansada com muita frequência.

— Preciso de tempo para que meu corpo se recupere. Quero conseguir, mas acabo dormindo por 13 horas seguidas, durante o dia e durante a noite.

— Espero que minha história ajude outras mulheres a tomarem conta melhor de sua saúde, e não deixem sua vida acabar por causa de algo assim.

dailymail.com/uk/R7

Empresa cria camisinha que garante ser mais resistente a rompimento

Preservativo sueco tem estrutura repleta de pequenos hexágonos. Se um arrebentar, os outros impedem que o produto arrebente

Preservativo sueco que promete ser 'à prova de rompimento' (Foto: Reprodução/Lelo.com)
Preservativo sueco que promete ser 'à prova de rompimento' (Foto: Reprodução/Lelo.com)

Uma empresa sueca criou um preservativo que promete ser mais resistente a rompimentos -- o segredo estaria em uma estrutura formada por 350 alvéolos, resultado de sete anos de pesquisas. O preservativo Hex "é composto por 350 hexágonos diferentes" e, para rompê-lo, seria necessário rompê-los um a um, assegura a fabricante, Lelo, em sua página na internet.

"Não era o material, o látex, que precisava mudar, era a estrutura", explica a empresa. Os hexágonos "são a forma perfeita da natureza para algo que seja leve, mas resistente ao mesmo tempo. Por isso, por exemplo, a estrutura de um grafeno, o material mais fino que existe, o mais sólido conhecido pela ciência, é, como já adivinharam, um hexágono", destacou a Lelo.

A nova tecnologia, porém, se reflete no preço do produto -- mais caro que outros preservativos no mercado. Antes do lançamento comercial, previsto para agosto, os consumidores interessados poderão ter que desembolsar 14 euros (US$ 15,7) por uma caixa com doze unidades.

A empresa recrutou para promover o lançamento do novo preservativo o ator americano Charlie Sheen, que em novembro anunciou ser soropositivo. "Algo que pode ser percebido como cinco segundos de incômodo, de interrupção ou contrariedade pode evitar uma vida repleta de arrependimentos e sofrimento", destacou.

AFP/G1

ANVISA: Ação nacional combate contrabando nas fronteiras

Começou na última segunda-feira (13/6), em toda a extensão da fronteira seca do Brasil, a 11ª edição da Operação Ágata

A Anvisa participa da operação em conjunto com outros órgãos federais no combate à situações de ilegalidade nas fronteiras do país com outros países sul-americanos. A ação é parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), criado em 2011.

A coordenações de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados da Anvisa estão atuando especificamente nos estados de RS, SC, PR, MS, MT, RO, AC, AM, RR e AP. Para a Anvisa, a participação na operação está focada no combate ao contrabando de produtos para saúde e medicamentos que possam afetar a saúde da população brasileira.

A abertura das operações da Anvisa foi feita na coordenação do Mato Grosso do Sul, pelo diretor de Controle e Monitoramento Sanitários, José Carlos Moutinho, que destacou a importância do trabalho da Anvisa na áreas de fronteiras.

A ação é coordenada pelo Ministério da Defesa e envolve os 16.886 quilômetros de fronteira do Brasil com outros países.

ANVISA

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Memento Fitoterápico estimula uso de plantas medicinais

O Memento é um dos Compêndios da Farmacopeia Brasileira e traz as informações que o profissional precisa para avaliar a necessidade de prescrição para o paciente

A Anvisa vai publicar um documento específico para orientar a prescrição de fitoterápicos no Brasil. Nesta terça-feira (14/6), os diretores da Agência aprovaram o Memento Fitoterápico, que reúne informações sobre o uso terapêutico e características botânicas de plantas medicinais. O Memento é um dos Compêndios da Farmacopeia Brasileira e traz as informações que o profissional precisa para avaliar a necessidade de prescrição para o paciente.

O documento contém 28 monografias com informações detalhadas sobre a família, nomenclatura popular e a parte utilizada da planta, além de contraindicações, precauções de uso, efeitos adversos, interações medicamentosas, vias de administração e posologia. Deste total, 17 monografias estão na Lista de Plantas Medicinais de Interesse do SUS (Renisus).

A expectativa do diretor Ivo Bucaresky, relator da matéria, é de que o Memento se torne uma fonte de informação útil para a sociedade e, principalmente, para os profissionais da área de saúde, para orientar a prescrição. “Seu uso ampliará o espaço para os fitoterápicos enquanto alternativa terapêutica, de baixo custo e fácil acesso. Também apresenta importante impacto ambiental e social por promover o uso de recursos não madeireiros da flora brasileira”, explica Bucaresky.

O Brasil é visto em destaque na questão dos fitoterápicos por possuir um terço da flora mundial, além do fato de a Amazônia ser a maior reserva de produtos naturais com ação fitoterapêutica do planeta. Esta intensa presença vegetal favorece as pesquisas e o próprio desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos no país.

Fitoterápicos e desenvolvimento
Dados extraídos do banco IMS Health/PPP mostram que o mercado de fitoterápicos brasileiro é economicamente relevante e apresenta potencial de crescimento. Em 2014, foram vendidas aproximadamente 56 milhões de unidades, faturando um total de R$ 1,1 bilhão de reais. Estes números representam 1,9% em unidades e 2,8% em faturamento da participação dos fitoterápicos no mercado total de medicamentos.

A fitoterapia faz parte da agenda de politicas do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem como uma de suas ações de maior destaque a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Desde 2006 o Ministério da Saúde disponibiliza opções terapêuticas e preventivas aos usuários do SUS, dentre elas o uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos. Um grande número de municípios e estados brasileiros já fazem uso da fitoterapia em suas redes de saúde.

ANVISA

Anvisa proíbe venda de papinha para crianças

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Os produtos da marca PAPINHA FAZ BEM: Papinhas de Frutas, Papazinhos e Papinhas Orgânicas não possuem registro

A Anvisa proibiu a fabricação, distribuição, comercialização e divulgação dos produtos da marca PAPINHA FAZ BEM: Papinhas de Frutas, Papazinhos e Papinhas Orgânicas.

Os produtos são fabricados pela empresa FAZ BEM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA-ME. A proibição ocorreu porque o produto não tem registro.

A Agência determinou, ainda, que a empresa faça o recolhimento do estoque existente no mercado.

A medida está na Resolução RE nº 1.551/2016, publicada ontem, terça-feira (14/6), no Diário Oficial da União (DOU).

ANVISA

Em um ano, 1,6 milhão de brasileiros deixaram de ter plano de saúde, revela ANS

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Somente no último mês, redução foi de 3,1%; número de beneficiários de planos coletivos ficou praticamente estável

No período de um ano, aproximadamente de 1,6 milhão de brasileiros deixaram de ter plano de saúde. Em maio de 2015, havia 50.183.430 beneficiários de planos de assistência médica. No mês passado, esse número caiu para 48.623.463 - redução de 3,1%. Os dados estão disponíveis na Sala de Situação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Em relação a abril de 2016, os planos de saúde permaneceram praticamente estáveis em maio, com perda de 30.783 beneficiários (0,06%). A ANS ressalta que houve aumento de beneficiários nos planos coletivos empresariais - o número passou de 32.269.736, em abril de 2016, para 32.275.710, no mês passado.

Entre abril e maio deste ano, Bradesco Saúde teve variação positiva de 0,37%; Amil, de 0,47%; Hap Vida, de 0,79%; Sul America, de 0,50%; e Notre Dame, de 0,21%. Já a Porto Seguro teve uma retração de 2,19%.

Nesse período, os planos exclusivamente odontológicos tiveram crescimento de 0,82% - passaram de 21.749.012, em abril, para 21.926.664, em maio. O aumento de beneficiários se deu em todos os seguimentos (planos individuais, coletivos empresariais e coletivos por adesão). A Odontoprev, com 6,3 milhões de beneficiários, teve uma queda de 0,27% entre abril e maio. Amil cresceu 2,38%; Hap Vida, 3,9%; Interodonto, 0,35%; Sul América, 5,02%, e Porto Seguro, 2,11%.

Brasil Econômico

Golden Cross fecha parceria com Drogarias Pacheco e São Paulo

A Golden Cross acaba de firmar uma parceria com as Drogarias Pacheco e São Paulo. De acordo com o diretor de Marketing da operadora de saúde Cláudio Brabo, a iniciativa busca oferecer descontos para os associados da empresa em todo o Brasil

O executivo explica que o benefício faz parte do programa de Descontos em Medicamentos da Golden Cross, que, no último ano, possibilitou mais de 200 mil compras com custo reduzido. O acordo começará a valer a partir de hoje, dia 14 de junho.

“Vamos oferecer redução de preço a partir de 30% em genéricos, 20% em medicamentos de marca e 5% em itens de higiene pessoal e perfumaria. Para garantir o benefício, o cliente precisa apresentar a carteirinha da Golden Cross no ato da compra”, afirma Brabo.

Os associados podem ter mais informações sobre a parceria pelo site www.goldencross.com.br.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Pesquisa reforça ideia de que não se deve comer doces à noite

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Corpo tem menor sensibilidade à insulina no período noturno. Hábito pode aumentar o risco de sofrer de diabetes e obesidade

Cientistas da Espanha e dos EUA identificaram pela primeira vez a existência de um "relógio" celular nos tecidos adiposos que afeta diretamente a tolerância à glicose e reforça a tese de que não se deve comer doces no período da noite, quando o corpo tem mínima sensibilidade à insulina.

Esta pesquisa, que acaba de ser publicada na revista "FASEB" (da Sociedade Americana de Biologia Experimental), foi dirigida pela professora de Fisiologia da Universidade de Múrcia, na Espanha, e professora visitante em Harvard, nos Estados Unidos, Marta Garaulet, e pelo diretor da divisão de Medicina do Sono dessa universidade americana, Frank Scheer.

Segundo constatou o estudo, o "relógio" achado no tecido funciona, além disso, muito melhor nas pessoas que se deitam cedo e dormem mais horas do que naquelas com déficit de sono ou horários irregulares.

"Este relógio celular pode contribuir ao ritmo diário da tolerância à glicose", disse à Agência Efe Marta Garaulet, membro da Sociedade Espanhola de Nutrição.

"Nosso estudo demonstra que o tecido adiposo subcutâneo tem um relógio interno que é capaz de regular a sensibilidade à insulina inclusive estando in vitro, fora do corpo", informou o pesquisador americano, que acrescentou que esse ritmo "se adapta muito bem ao observado nos seres humanos em geral quando examinamos como se comportam perante uma comida ou uma carga de açúcar".

Para realizar esta pesquisa, diferentes equipes de cientistas das quatro universidades trabalharam durante todo um ano na análise e observação de amostras de gordura subcutânea e gordura visceral extraídas de 18 pessoas de perfis muito diferentes que se submeteram a cirurgia de "by-pass" gástrico no Hospital Virgen de la Arrixaca de Múrcia.

Com essas amostras, a pesquisadora María Paz Carrasco, também da universidade murciana, e membros de seu grupo criaram mais de mil explantes ou cultivos de tecido adiposo que serviram para identificar as mudanças que ocorriam no funcionamento do hormônio da insulina em função da hora analisada.

Garaulet, uma das impulsoras da cronobiologia e sua relação com a obesidade na Espanha, ressaltou que este trabalho explica por que os açúcares são pior tolerados no período da noite, o que "pode nos levar a picos de insulina que com o tempo nos farão engordar" porque "favorecem a entrada de gordura ao tecido adiposo".

Segundo a especialista, comer doces à noite pode aumentar o risco de sofrer de diabetes e obesidade, embora esse problema poderia ser amenizado com um número suficiente de horas de sono por dia (pelo menos sete em adultos).

Por outra lado, a pesquisadora espanhola ressaltou à Agência Efe a importância da colaboração interdisciplinar.

G1

Farmacopeia Brasileira ganha novos lotes de substâncias de referência

A Anvisa publicou novos lotes de substâncias químicas de referência da Farmacopeia Brasileira, por meio da RDC 80, de 30 de maio de 2016

Essas Substâncias Químicas de Referência (SQR) são materiais utilizados na avaliação da conformidade dos insumos farmacêuticos e dos medicamentos, sendo utilizados como referência de controle de qualidade nacional.

O programa de estabelecimento de Substâncias Químicas de Referência é coordenado pela Anvisa em parceria com a Comissão da Farmacopeia Brasileira e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), contando ainda com a colaboração de algumas universidades federais e indústrias farmacêuticas.

A realização de um grande número de procedimentos analíticos, descritos nas diversas monografias oficiais, solicita o uso destas substâncias possibilitando a identificação, caracterização e atribuição de valores de propriedades e assegurando, assim, a qualidade de matérias primas e de produtos farmacêuticos.

Até pouco tempo, a única opção para adquirir Substâncias Químicas de Referência era o mercado internacional a um alto custo, sem considerar a demora do processo de importação.

Atualmente, essas substâncias já estão disponíveis para atender a demanda nacional e são distribuídas pelo INCQS, que é o único órgão oficial responsável pelo seu fornecimento. O estabelecimento de Substâncias Químicas de Referência produzidas no Brasil confere, portanto, maior agilidade na disponibilização destes produtos, diminuindo custos e facilitando o acesso na aquisição dessas substâncias, consequentemente, gerando menos dependência externa do país.

A utilização das SQRs está respaldada oficialmente por resoluções publicadas pela Anvisa.

Para acessar a relação dos lotes de SQR correntes ou para informações adicionais quanto ao processo de aquisição, acesse o endereço eletrônico: http://www.incqs.fiocruz.br  > Produtos e Serviços > Substâncias Químicas de Referência, ou diretamente o link:


ANVISA

Lotes de antisséptico e anti-inflamatório são suspensos

Após um desvio de qualidade, a Anvisa determinou a suspensão do lote R1503603 do Digliconato de Clorexidina 2%, 100ml, marca Riohex 2% com tensoativo, da empresa Indústria Farmacêutica Rioquímica Ltda.

A solução é indicada como antisséptico tópico de uso pré-operatório e apresentou uma alteração na cor do produto.

Anti-inflamatório
Uma reprovação no teste de aparência também motivou a suspensão do lote 15060517 do anti-inflamatório Ariscorten® (succinato sódico de hidrocortisona) 100 mg, com validade até maio de 2017, da empresa Blau Farmaceutica S/A.

Ao notar os desvios, as empresas enviaram comunicado de recolhimento voluntário e a Agência determinou a suspensão dos medicamentos citados. Diante disso, as fabricantes devem promover o recolhimento do estoque no mercado.

Confira as Resoluções 1.545 e 1.546, publicadas ontem, segunda-feira (13/6) no Diário Oficial da União (DOU).

ANVISA

domingo, 12 de junho de 2016

Turma B São Camilo Taubaté - Gestão de Logística Hospitalar


Encerramento com a turma de Pós Graduação em Administração Hospitalar,
 realizado em Taubaté em 03 e 04 de junho de 2016.
Sucesso à todos!

Curativo que acende com infecções diminui uso de antibióticos

Um curativo "inteligente", que brilha quando detecta infecção no ferimento, promete ajudar a combater o problema global da resistência aos antibióticos através da redução do uso desnecessário desses medicamentos

"Nossos curativos médicos liberam um corante fluorescente de nanocápsulas quebradas pelas toxinas secretadas pelas bactérias causadoras de doenças no interior do ferimento," explicou o Dr. Toby Jenkins, da Universidade de Bath (Reino Unido), que liderou o projeto.

"As nanocápsulas imitam as células, só se quebrando quando as bactérias tóxicas estão presentes, não sendo afetadas por bactérias inofensivas que vivem normalmente na pele saudável," acrescentou ele

Detecção de infecções em ferimentos
Crianças com queimaduras e ferimentos são particularmente susceptíveis a infecções bacterianas devido aos seus sistemas imunológicos ainda imaturos. Essas infecções podem retardar a cicatrização das feridas e, nos casos de queimaduras graves, podem levar à sépsis, uma condição fatal.

Atualmente é difícil diagnosticar infecções bacterianas rapidamente à beira do leito do paciente - os métodos existentes levam até 48 horas e exigem a remoção do curativo, o que é doloroso, pode retardar a cura e deixar cicatrizes.

Devido a essa demora, quando uma criança com queimadura mostra sintomas de uma possível infecção, o médico tem de tratá-la com antibióticos como precaução, antes de a infecção ser confirmada.

No entanto, tratamento com antibióticos quando não há uma infecção pode fazer com que as bactérias tornem-se resistentes aos antibióticos. A resistência aos antibióticos tem-se tornado uma das maiores ameaças à saúde enfrentadas hoje.

A equipe recebeu um financiamento equivalente a R$5,8 milhões do Conselho de Pesquisas Médicas do Reino Unido para testar os protótipos de curativo sinalizador de infecções em vítimas de queimaduras.

Diário da Saúde

sábado, 11 de junho de 2016

Maioria dos antidepressivos é ineficaz em crianças e adolescentes

Estudo revisou testes em mais de 5 mil crianças e adolescentes. Dra. Ana Escobar comenta, em vídeo sobre sintomas da depressão infantil

Pesquisa concluiu que crianças que não dormem o suficiente podem estar propensas a comer mais  (Foto: John Finn/Divulgação)
Pesquisa concluiu que antidepressivos são ineficazes em crianças com depressão grave (Foto: John Finn/Divulgação)

A maioria dos remédios antidepressivos é ineficaz em crianças e adolescentes que sofrem de depressão grave, podendo ser até perigoso, aponta um amplo estudo publicado na última quinta-feira (9) no periódico médico britânico "The Lancet".

Realizado por um grupo internacional de pesquisadores, o estudo revê 34 testes em mais de 5 mil crianças e adolescentes, com idades entre 9 e 18 anos, envolvendo 14 antidepressivos.

Apenas um desses medicamentos, a fluoxetina - comercializada principalmente como Prozac -, mostrou-se mais eficaz do que um placebo para tratar dos sintomas de uma depressão.

A fluoxetina também é mais bem tolerada do que os demais antidepressivos.

No sentido contrário, a nortriptilina foi considerada a menos eficaz dos 14 antidepressivos estudados, e a imipramina, a menos tolerada. Já a venlafaxina está associada a um risco crescente de pensamentos suicidas.

Os pesquisadores reconhecem, porém, que a verdadeira eficácia e os riscos de efeitos colaterais indesejáveis graves desses medicamentos continuam no campo do desconhecido, devido à fragilidade dos testes clínicos existentes.

É o caso, sobretudo, dos pensamentos e comportamentos suicidas ligados aos antidepressivos. Em um comentário agregado ao estudo, o pesquisador australiano Jon Jureidini destaca que, no que diz respeito à paroxetina, eles atingem 10% em uma nova análise de dados, contra 3% em estudos já publicados.

Dificuldade de diagnóstico
Segundo estimativas citadas pelo estudo, 2,8% das crianças entre 6 e 12 anos e 5,6% dos adolescentes sofrem de problemas depressivos graves nos países desenvolvidos. Esse número pode estar subestimado, levando-se em conta a dificuldade de diagnosticar a patologia.

Esses sintomas são diferentes dos observados nos adultos e incluem, em especial, irritabilidade, não querer ir à escola, ou comportamento agressivo. Em relação aos antidepressivos - que também podem causar, além das ideias suicidas, dor de cabeça, náusea e insônia -, sua prescrição continua a aumentar, ainda que a maioria dos países ocidentais recomende, a partir de agora, que sejam reservados às depressões mais graves e após o fracasso das psicoterapias.

"Os antidepressivos não parecem oferecer um benefício claro nas crianças e nos adolescentes", concluem os autores do estudo, que acrescentam que "a fluoxetina é, provavelmente, a melhor opção quando o tratamento medicamentoso é indicado".

Vários especialistas comemoraram os resultados do estudo, que fortalecem as recomendações de países como a França, ou a Grã-Bretanha, no que diz respeito à prescrição de antidepressivos às crianças e aos adolescentes.

O primeiro tratamento das depressões em ambos os grupos deve continuar sendo "a abordagem psicológica, ou relacional", que é "mais eficaz no longo prazo", disse à AFP o vice-presidente da Sociedade Francesa de Psiquiatria da Criança e do Adolescente, Daniel Marcelli, que participou da elaboração das recomendações francesas.

"Estamos de acordo com as conclusões dos autores, que consideram que os antidepressivos devem ser utilizados de forma sensata e acompanhados de perto", declarou a psiquiatra britânica, Bernadka Dubicka.

G1

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Comprar bem passou a ser mais importante que vender bem

Não é uma afirmação tendenciosa ou leviana – pode ser comprovada com números, em um hospital “normal” pode-se trabalhar com o seguinte perfil de compras:

Materiais Descartáveis 31 

Medicamentos 28

Material de Alto Custo 8

Insumos de Retaguarda (Escritório, Lavanderia e Higiene) 15

Peças e Insumos de Manutenção 8

Insumos do SND 6

Outros (uniformes, utensílios, instrumental, etc.) 4

Nele observamos que 67 % do que se compra pode ser item de venda direta. Houve uma época em que os hospitais “viviam” da venda de insumos, mas como tudo na vida, isso é coisa do passado – hoje os insumos estão cada vez menos “presentes” nas contas.

Não temos necessidade de justificar isso quando falamos de contas do SUS – nelas: Materiais descartáveis nunca existiram; apenas uma “meia dúzia” de medicamentos de alto custo são faturados; somando o faturamento OPME e o que se consegue faturar de medicamentos, não se chega à 9 % do que se compra.

Na saúde suplementar “de antigamente” materiais e medicamentos eram minuciosamente apresentados nas contas. A “margem de comercialização” destes insumos eram, talvez, a mais importante margem de contribuição.

Com a inflação tecnológica da saúde, e o vertiginoso aumento dos serviços, foi tomando corpo o movimento de simplificação das contas (pacote, “diarião”, procedimentos fechados, etc.), e boa parte destes insumos estão “embutidos” no preço de “alguma coisa”.

Antes praticamente 100 % do MAT/MED era apresentado, e representava 60 % do que se comprava. Hoje “trabalhamos” com 45 %, quando assumimos uma “conduta conservadora”.

Antes tinha menos importância comprar bem, porque “a margem de contribuição” compensava uma eventual incompetência na gestão de suprimentos. Hoje, quanto mais o insumo vai sendo incluído no preço de algo, sem margem de comercialização explícita, a única forma de maximizar o lucro é comprando mais barato.

O preço do medicamento e do material descartável sobe constantemente – as Tabelas Brasindice e Simpro são dinâmicas. Quando o insumo está “embarcado” no preço de algo que é reajustado anualmente, esta atualização de preços que antes era favorável ao hospital, passa a ser totalmente desfavorável: você vai pagando mais caro e vendendo pelo mesmo preço, até que um dia consiga reajustar o preço do pacote, diarião, etc.

Cansamos de ver hospitais que não primavam muito pelo rigor em evitar desperdício de insumos. Como tudo era repassado ao cliente, se gastasse mais, cobrava-se mais. Conforme a política de preços vai migrando do varejo (item a item) para o atacado (pacote, diarião, etc.) vamos observando os hospitais se reposicionarem em relação ao desperdício.

Já estamos observando a mudança dos gestores hospitalares, que antes davam mais importância à técnica de apuração de custos, do que em ações para reduzir os custos. Diziam em alto e bom som que tinham controle sobre os custos, mas nunca ouvíamos alguém dizer que sua maior preocupação era a de buscar a redução dos custos.

Hoje vemos a grande preocupação com o controle dos insumos, principalmente nos processos em que ele não posse ser diretamente associado a uma prescrição médica, e seu controle é mais difícil.

Poucas pessoas sabem que dos 67 % do que se compra de MAT/MED, quase 30 % não pode ser diretamente associado a uma prescrição.

Vale a pena terminar comentando que nem tudo nas crises é ruim. A atual crise está lembrando os gestores hospitalares sobre 2 das mais importantes métricas da administração:

O custo começa com o valor da aquisição da matéria-prima. Quanto maior o preço de compra, maior o custo;

A margem de contribuição, que leva ao lucro, é resultado de 2 fatores: valor da venda e custo. Como na área hospitalar não se pode vender pelo preço que se deseja, é mais importante comprar bem do que vender bem!

Enio Salu