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segunda-feira, 14 de março de 2016

Análise de Causa raiz: ferramenta contribui para aumentar a segurança do paciente

Por Liliana Rodrigues do Amaral*

As práticas de gestão atuais mostram que para se resolver um problema deve-se procurar antes sua causa

A experiência trouxe conhecimento que aponta para mais uma questão: não basta compreender a causa simplesmente, mas sim a causa raiz, ou seja, aprofundar até encontrar o fator gerador da questão.

A análise de causa raiz consiste em perguntar cinco vezes o porquê de cada causa identificada em um estudo de causa e efeito, pois a primeira resposta dessa pergunta pode não fornecer informação suficiente para resolver o problema. Deve-se, então, continuar a investigação perguntando novamente o “Por quê?” a cada nova resposta, até que finalmente se chegue à causa raiz. Este exercício pode ser surpreendentemente perspicaz para auxiliar o descobrimento do que está realmente ocorrendo, pois tem como objetivo desvendar porque um fato aconteceu, como aconteceu e, consequentemente, impedir sua recorrência.

Este método de análise permite que não haja confusão entre uma causa e um sintoma do processo, principalmente para os casos de falha crônica com ocorrência contínua. Tal repetição pode evidenciar que, possivelmente, está se identificando sintomas e não causas reais. Além disso, ele auxilia na tomada de decisão para o que deve ser feito nas próximas etapas. O exercício de utilização desta ferramenta conduzirá a equipe a um aprendizado profundo sobre o sistema e também a como implementar mudanças eficazes.

Mas quando se deve praticar este exercício? Para todas as falhas e/ou eventos? Quem deve ser o responsável? Qual o resultado esperado?

O padrão QPS.7 do Manual de Padrões de Acreditação para Hospitais da Joint Commission International (JCI) recomenda que uma análise de causa raiz seja realizada para cada evento sentinela. Isto requer a formação de uma equipe multidisciplinar composta por membros que conheçam todos os processos envolvidos ou relacionados ao fato ocorrido. O estudo deve ser dirigido por um profissional experiente para conduzir a equipe na escolha das melhores alternativas e respostas. As opções encontradas devem ser passíveis de soluções e permitir a implementação de medidas a fim de melhorar a segurança do paciente. Devem ser levados em consideração fatores humanos, fatores ambientais, análise do sistema, fatores culturais e de comunicação, processos e sistemas relacionados e a identificação de riscos e suas contribuições potenciais.

O resultado esperado é a proposição de ações de intervenção, correção para as causas identificadas e planos de ações de melhorias como prevenção da recorrência destes problemas, determinando as estratégias apropriadas para redução de riscos. E por fim, identificar como a eficácia das referidas ações serão medidas.

Embora essa metodologia tenha surgido na indústria automobilística, ela é muito eficiente quando aplicada na área da Saúde, colaborando para a melhoria da segurança do paciente. São vários os exemplos de instituições acreditadas pela Joint Commission International que adotaram a ferramenta e que têm melhorado seus processos e aumentado sua excelência na prestação do serviço. É o caso da Pronep (RJ e SP), que realiza simulações realísticas ou treinamentos on the job quando é evidenciada alguma falha de processo, ou do Hospital Geral de Itapecerica da Serra (SP) que adotou medidas para evitar falhas de comunicação na troca de turnos, na transferência da unidade ou durante a realização de exames em unidades de diagnósticos. Acreditadas pela JCI, essas instituições são exemplos de que a análise de causa raiz é uma ferramenta de auxílio na busca da excelência em saúde.

* Liliana Rodrigues do Amaral é enfermeira, mestre em Avaliação, especialista em Qualidade e Segurança do Paciente, em Administração Hospitalar, e em Gestão do Ambiente Hospitalar. Atualmente é educadora para a melhoria da qualidade e segurança nas instituições de saúde do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) e consultora em gestão de serviços de saúde pela Única – Treinamento para a Qualidade.

Nathália Vincentis
Jornalismo – SB Comunicação
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Nova tecnologia de biópsia de próstata acrescenta dados de ressonância magnética para melhorar o diagnóstico

Saber sobre a malignidade de um nódulo ou algum achado de um exame é sempre um momento tenso para quem o vive, principalmente para os pacientes com suspeita de câncer de próstata, pois o método mais utilizado para rastreio – a biópsia sistemática por sextantes, feita por ultrassom – exibe algumas notórias limitações diagnósticas, como a baixa sensibilidade da ultrassonografia para visualizar lesões suspeitas, o excesso de diagnóstico de lesões insignificantes e a falha em detectar lesões em localizações atípicas na próstata
 
Mas os cariocas acabam de ganhar uma maneira nova e mais avançada para a detecção de tumores dessa origem: a biópsia por fusão de imagens de ultrassom e ressonância magnética. O primeiro procedimento realizado no Rio de Janeiro aconteceu em 26 de fevereiro deste ano, feito pela Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI) e liderado pelo professor e radiologista Leonardo Kayat, integrante do corpo clínico da CDPI.
 
Dentre as vantagens, o novo método possui maior precisão na detecção de lesões suspeitas e significativas – aquelas que necessitam de tratamento imediato – e reduz o diagnóstico excessivo de lesões insignificantes e tratamentos desnecessários. Segundo um estudo da European Urology, a biópsia por fusão de imagens detecta 32% a mais de tumores significativos do que a biópsia comum por ultrassom.
 
Leonardo traça um paralelo entre os dois métodos e explica o porquê do melhor desempenho da fusão: “A ultrassonografia colhe amostras aleatórias de setores da próstata, sendo necessário, por vezes, perfurar toda a extensão da glândula para colher diversas porções, uma vez que as imagens ultrassonográficas não têm a acurácia necessária para detectar as lesões significativas que precisam de tratamento. É como se precisássemos, para acertar um animal, atirar para todos os lados. Em contrapartida, ao utilizar isoladamente a ressonância, conseguimos uma imagem muito mais nítida e de elevada acurácia, mas sem permitir procedimentos que abordem diretamente a lesão. Nesse caso, é como se víssemos o animal em uma jaula, protegido. A fusão dessas duas imagens resulta em um ganho aditivo, pois combina a praticidade e disponibilidade do ultrassom para chegar à lesão com a nitidez e o poder diagnóstico das imagens de RM.”
 
Na prática, o paciente faz antes o exame de ressonância, e as imagens resultantes são exportadas para o equipamento de ultrassom, no qual o radiologista consegue abri-las lado a lado, demarcando a lesão significativa na imagem obtida com a ressonância – mais definida – e guiando a agulha para a biópsia pelo ultrassom. “A navegação nas imagens para encontrar a lesão suspeita de tumor acontece como uma espécie de GPS para posicioná-las de forma corregistrada”, conta Kayat.
 
De acordo com o médico, a biópsia por fusão se tornará, brevemente, o padrão para diagnóstico de câncer de próstata, já com grande aceitação em serviços nos Estados Unidos e na Europa, e o Rio de Janeiro lança mão dessa inovação junto com outros grandes centros de medicina.
 
“A técnica é superior, pois aumenta a precisão na detecção de tumores significativos – aqueles que necessitam de tratamento imediato –, enquanto a biópsia por sextante encontra proporcionalmente mais lesões insignificantes, ou seja, aquelas que não necessitariam de intervenção. Usar a biópsia por fusão significa otimizar o diagnóstico de câncer de próstata, reduzindo falhas diagnósticas de lesões significativas ou tratamentos desnecessários em lesões irrelevantes”, afirma o radiologista.
 
A biópsia de próstata por fusão de imagens de ressonância e ultrassom está acessível aos cariocas na CDPI, pioneira na utilização da técnica no Rio, na unidade BarraShopping – Av. das Américas, 4.666/3º andar. Informações: (21) 2212-2525.

Foto: Reprodução
 
Rachel Lopes
Assessoria de Imprensa

Debate online sobre Qualidade e Segurança do Paciente


O Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), parceiro associado no Brasil da Joint Commission International (JCI), a maior agência certificadora da qualidade e segurança em saúde do mundo, promove na próxima segunda, dia 14, um debate online no live Facebook  sobre Qualidade e Segurança do Paciente, com Heleno Costa Júnior, autor do livro Qualidade e Segurança em Saúde: Os caminhos da melhoria via Acreditação Internacional.
 
Enfermeiro por formação, educador de Acreditação Internacional do CBA e gerente do Instituto de Conhecimento, Ensino e Pesquisa do Hospital Samaritano (SP), Heleno Costa Júnior tem cerca de 20 anos de experiência na área e, nesse bate papo, mostrará como os padrões de qualidade e segurança internacionais podem ser implantados com sucesso em instituições de saúde brasileiras para a melhoria da qualidade e segurança em instituições de saúde.
 
O encontro virtual acontece dia 14 de março, às 19h. Acompanhe no facebook @helenocostajunior  

Foto: Reprodução
 
Joyce Pimentel - SB Comunicação
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