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terça-feira, 5 de julho de 2016

Teste em ratos pode desvendar efeito placebo para alguns pacientes

Estimular artificialmente prazer do cérebro pode aumentar a imunidade. Estudo foi publicado na revista 'Nature' nesta segunda

Estimular artificialmente o centro de prazer do cérebro aumenta a imunidade em ratos, o que pode ajudar a explicar o poder dos placebos, de acordo com um estudo publicado ontem, segunda-feira (4) na revista "Nature".

"Nossas descobertas indicam que a ativação de áreas do cérebro associadas a expectativas positivas pode afetar a forma como o corpo lida com as doenças", disse a autora sênior Asya Rolls, professora assistente na faculdade de Medicina do Instituto Technion-Israel de Tecnologia.

As conclusões publicadas na revista britânica "podem um dia levar ao desenvolvimento de novas drogas que utilizem o potencial de cura do cérebro", disse Rolls.

Os cientistas já sabiam que o sistema de recompensa do cérebro humano, que controla o prazer, pode ser ativado com um placebo se a pessoa que o tomar acreditar que se trata de um medicamento verdadeiro.

"Mas não estava claro se isto poderia interferir no bem-estar físico", disse Rolls à AFP.

Rolls e colegas incubaram células do sistema imunológico de ratos expostos à bactéria mortal E. coli depois de terem seus centros de recompensa estimulados.

Estas células do sistema imunológico eram pelo menos duas vezes mais eficazes para matar as bactérias do que as células normais, de acordo com os cientistas.

Em um segundo teste, os cientistas vacinaram diferentes camundongos com essas mesmas células do sistema imunológico. Trinta dias depois, o novo grupo de ratos também tinha duas vezes mais capacidade de combater a infecção.

Comida e sexo
A parte do cérebro estimulada foi a chamada área tegmental ventral, onde está o sistema de recompensa. Esta área é ativada, por exemplo, quando um rato, ou um ser humano, sabe que uma refeição saborosa ou um encontro sexual estão próximos.

A partir daí, a mensagem é encaminhada através do sistema nervoso simpático, que é responsável por dar respostas em situações de crise, até desencadear uma resposta imune de combate às bactérias, revela o estudo.

Os pesquisadores observaram, ainda, uma relação entre tal associação e a evolução.

"A alimentação e o sexo expõem um indivíduo a bactérias", disse Rolls. "Isso lhe daria uma vantagem evolutiva se, quando o sistema de recompensa é ativado, a imunidade também aumentar", completou.

O próximo passo será realizar experimentos com ratos para encontrar moléculas - potenciais drogas - que possam reproduzir esta relação de causa e efeito.

Foto: Reprodução

G1

Consumo de isotônicos pode causar obesidade e perda de dentes em crianças e adolescentes

Grande número de jovens estão usando socialmente bebidas desenvolvidas para consumo durante ou depois de atividades esportivas

Bebidas podem conter um valor elevado de acidez, o que resulta no desgaste do dente. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Isotônicos com alto teor de açúcar não são adequados para crianças (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Uma pesquisa britânica revelou que um grande número de crianças e adolescentes estão correndo risco de ficar com os dentes enfraquecidos ou desenvolver obesidade por consumir bebidas isotônicas com alto teor de açúcar.

A Universidade de Cardiff entrevistou crianças entre 12 e 14 anos e constatou que 68% disseram usar o produto uma vez por semana.

Os pesquisadores afirmaram que a maioria dos pais e crianças não sabe que esse tipo de bebida não é adequada para crianças.

A associação britânica dos refrigerantes afirmou que essas bebidas foram criadas para serem usadas depois da prática de "atividade física vigorosa".

A Faculdade de Odontologia da Universidade de Cardiff, que publicou a pesquisa, entrevistou 160 crianças de quatro escolas no sul do País de Gales. A entidade concluiu que os estudantes são atraídos pelas bebidas isotônicas por causa de seu sabor adocicado, preço baixo e disponibilidade.

Metade das crianças disseram usar a bebida isotônica mais socialmente do que após praticar esportes. Além disso, só 18% disseram usar o produto por perceber efeitos positivos no desempenho esportivo.

Porém, os pesquisadores disserem ter ficado preocupados ao constatar que um quarto das crianças havia adquirido isotônicos em locais de recreação.

'Água ou leite são suficientes'
"O propósito das bebidas isotônicas está sendo mal compreendido e esse estudo mostra evidências claras de que crianças em idade escolar estão sendo atraídas por essas bebidas de alto teor de açúcar e baixo nível de pH (ácido), que levam a um aumento no risco de cáries, desgaste do esmalte dos dentes e obesidade", afirmou Maria Morgan, pesquisadora de saúde pública focada na questão odontológica.

A FSEM (Faculdade de Esporte e Medicina do Exercício) está propondo uma maior regulação na propaganda de isotônicos para proteger as crianças.

"Bebidas isotônicas são destinadas a atletas que estão participando de eventos esportivos intensos e de resistência. Elas também estão ligados à deterioração dos dentes em atletas e devem ser usados sob a orientação de dentistas e equipes médicas que cuidam desses atletas", disse Paul Jackson, presidente da FSEM.

"Água ou leite são suficientes para hidratar crianças ativas. Bebidas isotônicas para esportes com alto teor de açúcar não são necessárias para crianças nem para a maioria dos adultos".

'Novo compromisso'
Russ Ladwa, da Associação Dental Britânica afirmou: "Bebidas para esportes raramente são uma escolha saudável e fazer propaganda delas para a população em geral, em particular para jovens, é uma grande irresponsabilidade".

"Atletas de elite podem ter motivos para usá-las, mas para a maioria das outras pessoas elas representam um risco para a saúde oral e geral".

Gavin Partington, da associação Britânica de Refrigerantes, disse que bebidas para esportes foram criadas para reidratação durante ou depois de atividades físicas vigorosas e devem "ser usadas com moderação".

"Neste ano, as fabricantes de refrigerantes concordaram em não fazer propaganda de nenhuma bebida com altos índices de açúcar para menores de 16 anos nos canais de mídia, inclusive na internet. O novo compromisso também inclui restrições de anúncios perto de escolas".

G1