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terça-feira, 19 de julho de 2016

Falta de médico faz enfermeira dar receita em SP

Pacientes atendidos pelo Programa Saúde da Família da Vila Piauí estão sem generalista

UBS Vila Piauí / Almeida Rocha/DiárioSP

Por falta de um médico generalista na equipe azul do PSF (Programa Saúde da Família) da UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila Piauí, no bairro de mesmo nome, na Zona Oeste da capital, pacientes têm de passar em uma consulta com enfermeira. Só em casos de necessidade de acompanhamento constante por doenças crônicas graves é que médicos das outras três equipes do posto os atendem de imediato.

Quem precisa de uma primeira consulta na equipe azul também tem de passar pela enfermeira. E também só será encaminhado para médico se o problema for grave.

“Em casos ‘simples’ (não foi explicado quais tipos), a enfermeira faz a consulta e diz quais remédios o paciente precisa tomar”, disse um atendente na recepção. Ele não explicou de que forma os medicamentos seriam prescritos. 

A dona de casa Ângela Maria Cunha Miranda, de 57 anos, foi na última segunda-feira (18) à unidade e, como pertence à equipe azul, acabou informada de que só conseguiria marcar consulta com a enfermeira. Por isso, desistiu do agendamento.

“Tenho diabetes e preciso de acompanhamento com o médico para saber se continuo tomando insulina na quantidade indicada na última consulta, que foi há aproxidamente seis meses, ou se preciso mudar alguma coisa”, reclamou Ângela. “Afinal, o objetivo de um posto de saúde não é fazer consultas de rotina para a gente não precisar usar o serviço de emergência?”, questionou.

Ângela arriscou marcar a consulta, mas contou que, como não tem amparo da UBS Vila Piauí, ela e a família só vão ao prédio da unidade quando passam mal, pois no local também há uma AMA (Assistência Médica Ambulatorial), que oferece pronto-atendimento. “Mas só vou ao médico quando um problema aparece.”

Segundo o presidente do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), Eder Gatti, uma equipe de PSF sem médico generalista mostra que a estratégia da rede básica de saúde da Prefeitura está falha. “Uma equipe de saúde da família demanda um médico. E assim como todos os outros profissionais da equipe, o generalista faz falta. A lógica do PSF é o médico se fixar em uma região e criar uma referência para desenvolver um trabalho de longo prazo. Mas na rede básica de saúde da capital isso parece estar longe de ocorrer”, afirmou Gatti.

Por Felipe Sansone

Operação da PF descobre fraude em compras no Hospital das Clínicas

Marca-passos para mal de Parkinson eram superfaturados. Pacientes eram orientados entrar com ação para autorizar compra


Operação da PF descobre fraude em compras no Hospital das Clínicas Marca-passos para mal de Parkinson eram superfaturados. Pacientes eram orientados entrar com ação para autorizar compra.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal fizeram uma operação contra fraudes na compra de equipamentos para cirurgias indicadas no tratamento do mal de Parkinson no maior hospital do Brasil.

Foi dentro do Hospital das Clínicas que a Polícia Federal descobriu a fraude. De acordo com a investigação, o neurocirurgião Erich Fonoff e o diretor-técnico Waldomiro Pazin orientavam pacientes a ingressarem com ações na Justiça para conseguir liminares em caráter de urgência para implante de um marca-passo cerebral.

Ele ajuda a diminuir os efeitos do mal de Parkinson, uma doença degenerativa que limita os movimentos voluntários do corpo por falta de um neurotransmissor chamado dopamina, daí veio o nome da operação da PF.

“Na prática, quem não entrava com a ação, não tinha cirurgia. Então, pacientes que estavam há dois anos em espera, tinham a sua fila furada, vamos dizer assim, por pacientes que entravam com ação judicial e conseguiam aquisição do material superfaturado”, explicou o delegado de Polícia Federal Milton Fornazari Júnior.

A Polícia Federal afirma que, assim que a liminar era concedida, o equipamento era comprado sem licitação de uma única empresa, a Dabasons, do empresário Vcitor Dabbah, que, segundo a investigação, em troca pagava propina a funcionários do hospital.

O marca-passo, que pela licitação oficial custava R$ 27 mil ao SUS, na verdade era comprado por R$ 114 mil.

Os policiais afirmam que o esquema funcionou entre 2009 e 2014, quando foram realizadas 154 cirurgias de implante do marca-passo. E que o prejuízo foi de R$ 13,5 milhões aos cofres públicos.

“É muito significativo. Deixaram de adquirir 400 aparelhos para fazer tratamento de 400 pacientes por conta dos desvios”, diz a procuradora da República Thaméa Danelon.

Os suspeitos foram levados para prestar depoimento e depois liberados.

“O Hospital das Clínicas, que é ligado à Secretaria de estado, vai apurar com todo rigor, vai ter os seus diagnósticos e tomar as providências punitivas adequadas. Isso, nem como secretário, mas como médico, me causa uma profunda dor, imaginar que colegas cheguem a esse ponto de desviar dinheiro em cima de algo fundamental que é a vida das pessoas”, afirmou o secretário estadual da Saúde de São Paulo, David Uip.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, essa é mais uma suspeita de fraude no que ele chama de judicialização da saúde.David Uip disse que o estado de São Paulo gasta, por ano, só com determinações judiciais R$ 1,2 bilhão, e que, desse total, pelo menos R$ 240 milhões são resultado de golpes aplicados por quadrilhas.

A defesa de Vcitor Dabbah declarou que a empresa Dabasons nunca vendeu equipamentos superfaturados para implantes e que praticava preços de mercado.

O neurocirurgião Erich Fonoff disse que mantém relacionamento técnico com diversas empresas, mas que nunca teve poder para influenciar compras feitas pelo Hospital das Clínicas.

A defesa de Waldomiro Pazin declarou que ele respondeu a todas as perguntas dos investigadores e que está tentando uma cópia do procedimento que deu origem à ordem para levá-lo para depor.

G1

Suspensos selante capilar e álcool em gel sem registro

Selante Térmico – Fine Hair da Keros Indústria e Álcool em Gel 70% da empresa Pilares Indústria não possuem registro, notificação ou cadastro na Anvisa

Após a comprovação de que a empresa Keros Indústria de Cosméticos Ltda. fabricava o selante térmico – Fine Hair sem registro, todos os lotes do produto foram suspensos.

O álcool em gel 70% Pilares da empresa Pilares Indústria, Comércio e Distribuição de Produtos de Limpeza Cosméticos Ltda. também teve a distribuição, a divulgação, a venda o e o uso suspensos, por não possuir registro, notificação ou cadastro na Agência.

Com a determinação da Agência, as empresas devem promover o recolhimento do estoque existente no mercado.

Propaganda Irregular
A Anvisa determinou a suspensão de todas as publicidades dos produtos fabricados pela empresa Anderson Barbosa 29511375830, cujo nome fantasia é Flora Verde Cosméticos Naturais.

As propagandas atribuem alegações de propriedades funcionais, de saúde ou terapêuticas não comprovadas, e não permitidas pela Agência.

ANVISA