Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 22 de julho de 2016

Cientistas dizem ter encontrado caminho para reverter menopausa

Equipe em Atenas diz ter coletado óvulos de pacientes após terapia
BBC: Equipe em Atenas diz ter coletado óvulos de pacientes após terapia
Técnica poderá ser usada para aumentar a fertilidade em mulheres mais velhas e ajudar pacientes com menopausa precoce a ficarem grávidas

Uma equipe de médicos da Grécia afirma ter conseguido fazer com que os ovários de mulheres que já tinham parado de menstruar voltassem a produzir óvulos, levando à reversão da menopausa.

Segundo os médicos da clínica Genesis, em Atenas, entre as pacientes tratadas está uma que já não menstruava havia cinco anos.

O ginecologista Konstantinos Sfakianoudis e sua equipe se concentraram em mulheres que tiveram menopausa precoce no tratamento, que envolve uma técnica geralmente usada para acelerar a cura de lesões.

O médico deu mais detalhes sobre a pesquisa em entrevista à revista especializada New Scientist.

'Esperança'
Se os resultados da pesquisa grega forem confirmados, a técnica poderá ser usada para aumentar a fertilidade em mulheres mais velhas, ajudar pacientes com menopausa precoce a ficarem grávidas e atuar o combate aos efeitos da menopausa.

"Isso oferece uma janela de esperança para mulheres na menopausa, que serão capazes de engravidar usando seu próprio material genético", afirmou Sfakianoudis à New Scientist.

A equipe grega usou a terapia PRP (Plasma Rico em Plaquetas), que consiste na retirada e centrifugação de sangue da paciente, em um processo que leva ao isolamento das moléculas que desencadeiam o crescimento de tecidos e vasos sanguíneos.

Essa terapia já é muito usada para acelerar a cura de ossos fraturados e músculos lesionados, apesar de ainda não se saber totalmente qual é sua eficácia.

Segundo a equipe de Sfakianoudis, a técnica PRP também parece ajudar a rejuvenescer ovários. Uma das pacientes tinha entrado na menopausa precocemente, aos 40 anos.

Cinco anos depois, a equipe injetou PRP nos ovários dela, o que teria levado à volta da menstruação após um período de seis meses.

A clínica então coletou três óvulos, e dois deles foram fertilizados com sucesso, usando espermatozoides do marido da paciente.

Os embriões produzidos foram armazenados enquanto a equipe espera para coletar e fertilizar um terceiro – são necessários pelo menos três para viabilizar o implante no útero da paciente.

Os resultados foram apresentados na reunião anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, em Helsinque, na Finlândia.

Dúvidas
Os médicos ainda não têm certeza sobre como a técnica funciona ou como esse plasma desencadeou a menstruação. Sfakianoudis afirma que aplicou a técnica em cerca de 30 mulheres com idades entre 46 e 49 anos e que queriam ter filhos.

"Parece funcionar em cerca de dois terços dos casos. Observamos mudanças em padrões bioquímicos, uma restauração da menstruação."

A equipe ainda não implantou os embriões nas mulheres, mas espera fazer isso nos próximos meses.

Segundo o médico, a terapia PRP já havia ajudado pacientes que sofrem de problemas que impedem a fixação dos embriões, dificultando a gravidez.

Mas, após receberem doses de PRP diretamente no útero, três de seis pacientes da clínica que tinham sofrido uma série de abortos e feito tentativas sem sucesso de fertilização in vitro conseguiram ficaram grávidas, relatou ele à New Scientist.

Questionamentos
A equipe ainda não publicou sua pesquisa em nenhuma revista científica.

"Precisamos de estudos maiores antes de sabermos com certeza qual a eficácia do tratamento", afirmou o médico. Mas alguns especialistas já questionam os métodos usados pela Genesis - para eles, o grupo deveria ter testado a técnica primeiro em animais.

"Essa experiência não teria sido permitida na aqui Grã-Bretanha.

Os pesquisadores precisam trabalhar mais para ter certeza de que os óvulos resultantes (da terapia) são bons", afirmou à New Scientist Roger Sturmey, da Faculdade de Medicina Hull York. Sturmey afirmou, entretanto, que a pesquisa da equipe de Sfakianoudis é "potencialmente muito animadora".

"Mas também abre questões éticas a respeito qual deve ser o limite máximo de idade para ser mãe", acrescentou.

"Fiquei acordado pensando nisso. Onde o limite deve ser estabelecido?"

Ele citou questões como os riscos de desenvolver diabetes e hipertensão durante a gravidez e de abortos, casos que são mais comuns entre mulheres mais velhas. Virginia Bolton, embriologista no Hospital Guy's and St Thomas', em Londres, afirmou também à New Scientist ter dúvidas sobre a eficácia do tratamento.

"É perigoso ficarmos animados com algo antes de termos provas suficientes de que funciona."

Testes de fosfoetanolamina em humanos terão início em SP

Pesquisa começa na próxima segunda-feira (25) com 10 pacientes. Nova fase foi aprovada por comissão do Ministério da Saúde

Cápsulas de fosfoetanolamina produzidas desde os anos 90 no Instituto de Química de São Carlos (Foto: Cecília Bastos/USP Imagem)
               Cápsulas de fosfoetanolamina produzidas desde os anos 90 no Instituto de Química de São Carlos                   (Foto: Cecília Bastos/USP Imagem)

Terão início no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), a partir da próxima segunda-feira (25), os testes em humanos com fosfoetanolamina, o composto que ficou conhecido como "pílula do câncer".

Nesta fase inicial, a substância será avaliada em 10 pacientes para determinar a segurança da dose. Se a droga não apresentar efeitos colaterais, a pesquisa seguirá em mais 200 pacientes - são 10 tipos de câncer diferentes incluídos nos testes, ou seja, 21 indivíduos com cada tipo da doença receberão três comprimidos da fosfoetanolamina. O anúncio foi feito pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Essa fase onde 210 pacientes participarão da pesquisa deverá durar cerca de seis meses. O início dos testes foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde.

Se pelo menos três pacientes de cada um desses grupos de câncer apresentar uma melhora no quadro de saúde devido à pílula, o governo deverá liberar mais uma fase do estudo com a chamada de mais 80 indivíduos. No total, até 1 mil pessoas poderão participar do processo. Toda a pesquisa deverá ser encerrada em dois anos.

Caso nenhum dos 210 pacientes iniciais apresentar qualquer melhora ou sintoma, o estudo será encerrado no prazo estipulado de até seis meses.

"[Escolhemos] pacientes em tratamento no instituto. Não haverá a inscrição de pacientes de fora [para os testes], pelo menos não neste primeiro momento", disse Paulo Marcelo G. Hoff., vice-presidente do Icesp. "Nós achamos que era mais justo já tratar os pacientes que já são da instituição. Ou seja, não há nenhum favorecimento. A escolha será feita baseada nos critérios de inclusão e exclusão que estão muito bem determinados para cada um dos 10 grupos [de câncer]", completou.

Os pacientes escolhidos buscaram os médicos no Sistema Único de Saúde (SUS) e não estão em estado terminal, segundo Hoff.. Ele diz que os indivíduos escolhidos não têm outra opção de tratamento curativo disponível e estão em condição física pra responder aos testes.

Além disso, os pacientes não deverão receber nenhum tipo de medicamento durante o processo. Por isso, as pessoas selecionadas respeitaram o critério de poder estar dois meses sem o tratamento tradicional sem quaquer impacto na expectativa de sobrevida durante os próximos meses.

A substância foi encaminhada para o Icesp pela Fundação para o Remédio Popular (Furp) - laboratório oficial da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Ainda de acordo com o governo do estado, há cápsulas suficientes para a realização da pesquisa.

A sintetização da fosfoetanolamina que será testada em humanos foi feita pelo laboratório PDT Pharma, do município de Cravinhos, no interior de São Paulo. A Furp apenas encapsulou a substância. Ainda de acordo com o governo, o pesquisador da USP de São Carlos, Gilberto Chierice, que desenvolveu uma forma de sintetizar a substância, está acompanhando os testes.

A "pílula do câncer" já havia sido testada em animais de pequeno porte, mas a etapa de animais de grande porte foi pulada já que outras pessoas já consumiram a fosfoetalonamina não apresentaram sintomas graves.

"Nós fizemos uma opção pragmática aceitando o fato de que nós temos mais de 20 mil humanos que receberam o produto. Isso é diferente de um produto que está surgindo novo e que nunca ninguém o tomou. Então, nós achamos que seria possível neste caso nós acelerarmos o processo", disse.

Os tipos de câncer que serão contemplados nos testes serão: cabeça e pescoço, pulmão, mama, colo e reto, fígado, pâncreas, melanoma, gástrico, colo uterino e próstata.

4 perguntas e respostas sobre o caso da FOSFOETANOLAMINA

1) O que é?
Uma substância que passou a ser produzida em laboratório por um pesquisador da USP, hoje aposentado, que acredita que ela seja capaz de tratar câncer.

2) Qual é a polêmica?
Pessoas com câncer têm entrado na Justiça para obter o produto da USP, mas ele não passou pelos testes legalmente exigidos. A USP atendia à demanda somente porque é obrigada judicialmente. 

3)Mas ela funciona contra o câncer?
Cientificamente, não há como afirmar, porque os testes necessários não foram feitos. Ela foi distribuída para diferentes tipos de câncer, mas sem seguir evidências científicas de que isso seja adequado.

4) Que mal pode fazer usar esse produto?
Como seus efeitos são desconhecidos, não há como excluir efeitos colaterais. O próprio pesquisador que descobriu como sintetizá-la admite que não sabe dizer que dosagem seria adequada para o tratamento de câncer.

G1

Aromatizantes de ambiente e velas são proibidos

Foto: Reprodução da Internet
A Anvisa determinou, ontem, quinta-feira, a proibição dos aromatizantes e velas das marcas Voluspa e Michel Design Works

Os aromatizantes de ambientes e velas aromatizantes das marcas Voluspa e Michel Design Works foram proibidos pela Anvisa.

Os produtos, fabricados pela empresa Anova Trade Importação, não possuem registro, notificação ou cadastro na Agência.

A determinação está descrita na Resolução RE nº 1.917/2016, publicada na quinta-feira (21) no Diário Oficial da União.

ANVISA