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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Luta o ano inteiro: Aedes aegypti se prolifera até mesmo no inverno

O período chuvoso cessou em boa parte do país e o clima está mais frio

Aedes Aegypti se prolifera até mesmo no inverno

Apesar de este cenário ajudar a diminuir a proliferação do Aedes aegypti, a população não pode descuidar do quintal de casa, do ambiente de trabalho e de todo e qualquer lugar propício para o desenvolvimento do mosquito. Mesmo durante o inverno, as ações de combate por parte do Ministério da Saúde e dos governos estaduais e municipais continuam. E isso tem gerado resultado: antes mesmo de junho, já houve redução no número de casos de dengue. O que é novidade, se levarmos em consideração o histórico de picos da doença.

Durante o outono e o inverno, o surto de dengue não é comum. Entretanto, a doença é uma ameaça o ano inteiro e uma trégua ao Aedes pode significar uma epidemia quando as temperaturas voltarem a subir. Associar a dengue ao verão é um equívoco. O frio diminui sim a proliferação, mas esse período tem que ser visto como uma oportunidade de estar à frente na guerra contra o mosquito.

Infelizmente, além da dengue, doença mais conhecida pelos brasileiros, o mosquito Aedes Aegypti tem preocupado também por transmitir outras três doenças: Zika, Chikungunya e febre amarela. As quatro doenças virais, a depender da gravidade, podem matar quem é infectado. Por isso, o Ministério da Saúde faz campanhas constantes no sentido de alertar as pessoas de que cada um precisa fazer o seu papel na luta contra o vetor. A nova chamada é para que isso ocorra o ano inteiro, independente do clima.

Como funciona o ciclo do Aedes aegypti
Para entender melhor, é preciso conhecer um pouco sobre o ciclo de vida do mosquito transmissor. As fêmeas do Aedes se reproduzem em água parada. Elas depositam os ovos em diferentes criadouros para garantir a dispersão da espécie. Se a fêmea do mosquito já estiver infectado pelo vírus da dengue, zika, chikungunya ou febre amarela, as larvas podem nascer com o vírus.

“O mosquito se adaptou ao ambiente urbano. Então ao longo de todo o ano, independente da época, nós damos condições para que ele se prolifere. A fêmea deposita os ovos e eles podem ficar até mais de um ano viáveis para depois eclodirem em contato com a água. Eles se tornam larvas e depois insetos”, explica a entomologista do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Tatiana Ázara.

Esse alerta é para todo o território brasileiro, mesmo com toda a diversidade climática no país. “Nós temos a permanência do inseto e a transmissão das doenças o ano inteiro e em todo o Brasil. Esse inseto tem como permanecer no ambiente mesmo em condições adversas, como o frio”, destaca Ázara.

ciclodengue

Se todos se conscientizarem dos riscos causados pelo mosquito nos 12 meses do ano e se mobilizarem, eliminar esse inimigo vai ficar bem mais fácil. A palavra é luta, mas a tarefa é mais simples do que se imagina: separar minutos do dia para acabar com qualquer recipiente que possa acumular água parada (limpa ou suja). Os mais comuns são vasos de planta, calhas, garrafas, pneus e brinquedos. E o ponto extra nesse jogo é tentar descobrir locais improváveis usados pelo mosquito para colocar seus ovos, como grades mais espessas dos portões de casa, aquele recipiente que fica atrás da geladeira e até o porta escova de dente. Outra observação é que inseticidas e repelentes continuam sendo aliados. Eles podem e devem ser usados mesmo quando o mosquito não aparece tão facilmente.

Com auxílio da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) do Ministério da Saúde, 1.620 salas municipais e 27 salas estaduais de controle ao Aedes aegypti funcionam o ano todo. Juntas, elas organizam e coordenam estratégias de combate ao mosquito. O exército é grande, mas é preciso conhecer mais o inimigo e aderir à vigilância continuada.

Erika Braz, para o Blog da Saúde

Brasil interrompe circulação endêmica do sarampo

vacina 25.07Após enfrentar um surto de sarampo em 2015 no Ceará, o Brasil completou neste mês um ano sem casos da doença. Com isso, o país interrompe a circulação endêmica dessa enfermidade infecciosa

A constatação foi feita pela presidente do Comitê Internacional de Avaliação e Documentação da Eliminação do Sarampo, Merceline Dalh-Regis. Esse resultado foi alcançado por meio de um esforço conjunto da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde do Estado do Ceará e dos municípios de Fortaleza e Caucaia, de Universidades e da Associação Brasileira de Enfermagem.

A OPAS/OMS contribuiu com a ação investindo R$ 1,2 milhão para apoiar nos custos de ações para o controle do surto e no recrutamento de 165 enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Esses profissionais participaram do mapeamento das regiões com maior transmissão de sarampo. A iniciativa permitiu que a vacinação fosse feita tanto em Unidades Básicas de Saúde quanto nas casas das pessoas que viviam nas áreas de maior circulação do vírus causador da doença.

A organização internacional também distribuiu para todos os municípios brasileiros 10 mil exemplares de uma ferramenta em forma de disco elaborada para facilitar a investigação de casos suspeitos de sarampo, rubéola e síndrome de rubéola congênita. Foi entregue uma unidade para cada município e para os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Além disso, nas localidades onde foram notificados casos importados de sarampo de 2013 a 2015, foi entregue um para cada unidade de saúde.

Sarampo
O sarampo é normalmente transmitido por meio do ar e de contato direto. O agente infeccioso é um vírus da família paramixovírus que infecta as membranas mucosas e, em seguida, se espalha por todo o corpo, causando uma doença grave e altamente contagiosa.

Atualmente, o sarampo é uma das principais causas de morte entre as crianças no mundo. Aproximadamente 114.900 pessoas morreram em consequência dessa doença em 2014 – principalmente as menores de 5 anos de idade –, o que corresponde a 314 óbitos por dia ou 13 por hora.

De 2000 a 2014, estima-se que 17,1 milhões de óbitos foram evitados pela vacinação contra o sarampo – o que faz dessa iniciativa um dos melhores investimentos em saúde pública do mundo. No mesmo período, a quantidade de mortes globais por essa enfermidade caiu 79%, passando de uma estimativa de 546.800 em 2000 para 114.900 em 2014.

Olimpíadas
A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) lembra a importância de os turistas e atletas que planejam ir aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 se vacinarem contra sarampo e rubéola pelo menos duas semanas antes de viajar. As Olimpíadas acontecerão entre os dias 5 e 21 de agosto no Brasil, seguidas das Paralimpíadas, marcadas para ocorrer entre 7 e 18 de setembro deste ano.

Blog da Saúde

Laboratório carioca leva 24 trabalhos científicos ao maior congresso de análises clínicas do mundo

De 31 de julho a 4 de agosto, especialistas do mundo inteiro estarão reunidos na Pensilvânia, Estados Unidos, para a 68ª edição do maior congresso anual de análises clínicas do mundo, o AACC Annual Meeting 2016, promovido pla American Association for Clinical Chemistry

Divulgação: Parque Tecnológico Sérgio Franco

E o Brasil estará representado pelo laboratório carioca Sérgio Franco, que está entre as instituições do país com o maior número de trabalhos aprovados no evento. Seu corpo clínico levará para o encontro 24 pesquisas científicas, o que representa 26% do total de estudos sobre o assunto do Brasil.

“Estar no maior congresso de análises clínicas do mundo, com tantos trabalhos inscritos, significa um reconhecimento à contribuição do Sérgio Franco para a produção de conhecimento e inovação na área de análises clínicas. Este é o resultado dos investimentos e de todas as atividades desempenhadas na empresa nos últimos anos”, diz a Dra. Mônica Freire, diretora médica do Sérgio Franco,

Em 2016, o laboratório destacou-se com as pesquisas relacionadas às áreas de biologia molecular e endocrinologia. A diretora da instituição aponta os estudos mais relevantes: “Destaco os trabalhos aprovados que abordam o sequenciamento dos marcadores genéticos de câncer de mama BRCA1 e BRCA2 e sua prevalência na população feminina em nosso país, além do estudo desenvolvido sobre o zika vírus, que comparou resultados obtidos com amostras de sangue e urina.” Mônica ressalta ainda outros estudos sobre a relação do hormônio TSH com medicamentos em pacientes diabéticos, a análise da variação do hormônio TSH na população e a otimização do uso de cortisol para o diagnóstico de hipocortisolismo em crianças.

O AACC Annual Meeting 2016 oferece aos participantes mais de 200 sessões educacionais sobre o desenvolvimento da medicina laboratorial. Entre as atividades estão simpósios, workshops, mesas-redondas e palestras, além de um espaço em que foram expostos os pôsteres com os estudos científicos. Tudo isso reunido em um único evento, cujo objetivo é agregar informação e conhecimento, por meio de encontros com experts e da apresentação de trabalhos científicos originais que apontarão tendências e novas descobertas da área.

A exemplo dos anos anteriores, o encontro anual trará palestrantes especialistas e referências globais em todas as áreas da medicina e da patologia clínica e reunirá aproximadamente 20 mil profissionais. Simultaneamente, acontece a Lab Expo, a maior feira do mundo nesse campo, na qual mais de 700 empresas da indústria de diagnóstico colocarão em exposição mais de 200 novos produtos e testes disponíveis no mercado.

Ano passado, o AACC reuniu 17.500 participantes e apresentou avanços revolucionários na tecnologia de testes clínicos e de pesquisa que melhoram a capacidade dos profissionais de saúde para tratar pacientes de forma eficaz.

A Associação Americana para Química Clínica (American Association for Clinical Chemistry – AACC) é uma entidade internacional compromissada com os profissionais de saúde que possuem interesse em laboratórios de análises clínicas.

Rachel Lopes
Assessoria de Imprensa
rachel@saudeempauta.com.br

Consórcio Brasileiro de Acreditação lança nova edição da Revista Acreditação em Saúde

Consórcio Brasileiro de Acreditação lança nova edição da Revista Acreditação em Saúde Publicação revela renovação da parceria com a Joint Commission International e lançamento de novos produtos na área da qualidade em saúde

O Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) está lançando a 11ª edição da Revista Acreditação em Saúde, publicação que reúne ações de melhorias da qualidade realizadas por instituições brasileiras acreditadas pela Joint Commission International (JCI), organismo ao qual o CBA é associado no Brasil.

O primeiro volume deste ano traz cases de 16 instituições acreditadas JCI, por meio do CBA. E ainda uma entrevista especial com a superintendente do CBA, Maria Manuela Alves dos Santos, falando sobre a renovação da parceria CBA-JCI. “Essa parceria, celebrada em 1998, é vitoriosa. Juntos, JCI e CBA expandiram a cultura de qualidade, segurança e acreditação no Brasil e, desde então, vêm cumprindo a sua missão, que é a de melhorar continuamente a qualidade e a segurança do cuidado aos pacientes e beneficiários dos sistemas e serviços de saúde. A renovação contratual se deu apenas pelo vencimento do convênio firmado entre as duas instituições e não trará mudanças significativas para os nossos clientes”, garante.

Maria Manuela revela ainda que o CBA está lançando novos produtos na área da qualidade, como o programa Safety Coaching, que consiste na formação e capacitação de profissionais em suas competências comportamentais; o curso de especialização em acreditação com a PUC de Portugal; o programa Fundamentos para a qualidade e segurança do cuidado ao paciente, voltado para instituições hospitalares e ambulatoriais que ainda não têm nenhuma certificação, mas querem iniciar um processo de gestão da qualidade e segurança, buscando atender ao Programa Nacional de Segurança do Paciente; e a acreditação para programas de cirurgia segura e a acreditação de programas de saúde populacional. “Outros produtos ainda estão sendo desenvolvidos para 2018. Para isso, contamos com a preciosa ajuda do Dr. Paul vanOstenberg, consultor sênior ad hoc do CBA”, salienta a superintendente do CBA.

A revista mostra também como o Hospital Moinhos de Vento (RS) incentiva a higienização das mãos para controlar os riscos de infecção; a aposta do Hospital Samaritano (SP) em tecnologia e na multiprofissionalidade para garantir o sucesso em terapia intensiva neonatal; o enfoque dado pelo Total Care (SP) na gestão e na educação para gerar mais qualidade de vida para pacientes com doenças crônicas; o investimento em climatização das áreas comuns para dar mais segurança ao paciente na unidade de Onco-Hematologia do Hospital 9 de Julho (SP); a adoção da 6ª Meta Internacional de Segurança do Paciente pelo Amil Resgate (SP), ampliando a qualidade na remoção; a adoção de processos de qualidade e reforça liderança em saúde suplementar da Bradesco Saúde (RJ); investimento em cirurgia robótica aponta para melhor performance no Hospital Santa Joana Recife (PE); em Portugal, Hospital de Cascais aposta na educação continuada para adoção da cultura de segurança; empoderamento da equipe assistencial dissemina cultura da qualidade e dá mais segurança ao paciente no Hospital Alvorada (SP); já o Hospital Paulistano (SP) adota Programa de Cuidados Paliativos e envolve pacientes e familiares nas decisões do tratamento; o Hospital São José (SP) acredita na especialização de profissionais e na implementação de protocolo de cirurgia para dar mais segurança no tratamento de aneurismas cerebrais; na Acreditar Oncologia (DF), trabalho colaborativo melhora performance no cuidado do paciente oncológico; adoção de planos conjuntos de trabalho entre a equipe multiprofissional e o Serviço de Controle de Infecção (SCIH) trouxe impactos positivos na redução das infecções hospitalares em uma Unidade de Terapia Intensiva oncológica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo; já o Hospital Pró Cardíaco (RJ) adota novos protocolos de segurança em cirurgias de alta complexidade; tratamento de angioplastia reduz tempo de internação e aumenta satisfação do paciente no Hospital TotalCor (SP); e a aposta do Grupo COI para o tratamento integrado do paciente oncológico.

Para ler a revista na íntegra, acesse http://cbacred.org.br/publicacoes/revista-acreditacao-saude/.

Nathália Vincentis
Jornalismo
www.sbcomunicacao.com.br