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domingo, 30 de abril de 2017

Uso contínuo de antibióticos pode causar diabetes

De acordo com um estudo, pessoas que utilizam antibióticos de forma contínua podem estar correndo maiores riscos de adquirir diabetes do tipo 2

Os pesquisadores perceberam que os participantes do novo estudo que já haviam passado por dois tratamentos com antibióticos possuíam mais chance de ser diagnosticados com diabetes 2, em comparação com os que nunca se trataram com esse tipo de medicamento ou fizeram isso apenas uma vez. Quatro tipos de antibióticos foram utilizados no estudo: penicilinas, cefalosporinas, quinolonas e macrolídeos.

“Esse estudo ‘levanta uma bandeira vermelha’ (lança um alerta) sobre o abuso de antibióticos, e certamente nos deixa mais preocupados quanto a esse abuso”, disse Raphael Kellman, internista de Nova Iorque que não estava envolvido na pesquisa. “Certamente precisamos ser mais cuidadosos e responsáveis quando utilizamos antibióticos”.

Nas pessoas portadoras de diabetes do tipo 2, as células do corpo param de responder ao hormônio insulina, que normalmente faz com que as células absorvam açúcar do sangue. Assim sendo, pessoas com tal condição tendem a apresentar altos níveis de açúcar no sangue.

Uma base de dados do Reino Unido foi analisada pelos pesquisadores nesse novo estudo, onde foi examinado o número de antibióticos prescritos para 200 mil portadores de diabetes até um ano antes de seu diagnóstico. Os resultados foram comparados com o número de antibióticos prescritos para 800 mil pessoas que não apresentaram diabetes, mas estavam na mesma faixa etária dos outros analisados. O estudo apresentava número muito semelhante de mulheres e homens. Como resultado, os pesquisadores encontraram que por quanto mais tratamentos por antibióticos as pessoas passavam, maior era o risco de desenvolver diabetes.

Como exemplo, o risco de diabetes do tipo 2 nas pessoas que haviam passado por 2-5 tratamentos com penicilina cresceu em 8% comparado aos que haviam passado apenas por um tratamento, ou nenhum. Já entre os que haviam passado por mais de cinco tratamentos com o antibiótico, o risco aumentou em 23%. Entre os que passaram por 2-5 tratamentos com quinolonas, a possibilidade de ser diagnosticado com diabetes cresceu em 15%.

O risco foi ainda maior para os que haviam passado por mais de cinco desses tratamentos: crescimento de 37% no risco. Por algum motivo, as pessoas que haviam passado apenas por um tratamento com antibióticos, não houve crescimento no risco de desenvolver diabetes em relação aos que não utilizaram a medicação.

O coautor do estudo, Yo-Xiao Yang, professor assistente de medicina e epidemiologia na Universidade da Pensilvânia, ressalta que os motivos exatos pelo qual os antibióticos causam esse maior risco no desenvolvimento de diabetes são desconhecidos. Entretanto, Yang apresenta uma hipótese.

“Ainda que nosso estudo não mostre causa e efeito, nós acreditamos que a mudança dos níveis e da diversidade das bactérias do nosso organismo pode favorecer o aparecimento de diabetes”, disse Yang.

O estudo foi publicado no dia 24 de março de 2015 no European Journal of Endocrinology. [LiveScience]

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Pesquisa da USP aponta para uma grande concentração de medicamentos anticoncepcionais que chegam na água da Billings pelo esgoto

A poluição fez diminuir a quantidade de peixes na Represa Billings, na Zona Sul de São Paulo. No lugar da vida aquática, atualmente é fácil encontrar carcaças de carros abandonados no manancial

Lambaris vivem na Billings (Foto: Reprodução/TV Globo)
Lambaris vivem na Billings (Foto: Reprodução/TV Globo)

A represa é cercada por invasões tanto do lado de São Paulo quanto dos municípios do ABC, o que significa esgoto indo direto para a água. “Muita gente deixou de viver da pesca e passou a trabalhar fora, para manter a família. Porque o peixe está escasso, cada vez mais escasso”, disse a líder comunitária Anatália Rocha, moradora da Ilha do Bororé, no extremo sul da cidade.

Maria Necy é mulher de um ex-pescador. “Ele pescava para a gente poder viver, comer. Acabou o peixe. Tanto que ele não vem mais. A gente se virou e abriu um comércio.”

E é justamente para entender os efeitos da poluição na vida aquática da represa que um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo vem estudando, há mais de dez anos, algumas espécies encontradas na Billings.

“Em ambientes impactados, como o reservatório Billings, há uma grande tendência de dar uma queda na abundancia dos animais, ou seja, a diversidade cai”, disse o biólogo Carlos Eduardo Tolussi.

Poucas espécies resistem a tanta sujeira. Os lambaris são algumas dessas exceções. “A gente consegue dizer que esses animais têm o que a gente chama de plasticidade”, disse a coordenadora da pesquisa, Renata Guimaraes Moreira Whitton. “Então significa que eles conseguem ajustar o seu organismo de acordo com a condição do meio, alterando o período reprodutivo, alterando concentração de alguns hormônios, número de ovos, então tem algumas estratégias.”

A pesquisa aponta para uma grande concentração de medicamentos anticoncepcionais que chegam na água da Billings pelo esgoto. Isso afeta o equilíbrio ambiental. “Esses animais, a partir do momento que eles passam a produzir hormônios femininos, eles deixam de produzir os hormônios que vão garantir o processo de maturação do espermatozoide. E com isso a reprodução pode vir a falhar”, afirmou a bióloga Aline Dal’Olio Gomes.

G1

Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Consórcio Brasileiro de Acreditação lançam certificação para centros cirúrgicos

Motivados por um cenário onde é alta a taxa de eventos cirúrgicos - conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) -, o Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) desenvolveram um modelo de certificação com o objetivo de assegurar a eficiência nos procedimentos cirúrgicos dos hospitais brasileiros e dar mais assertividade aos procedimentos. O produto está sendo lançado durante o XXXII Congresso Brasileiro de Cirurgia, que acontece de 28 de abril a 1º de maio, em São Paulo

A necessidade da certificação está baseada na Organização Mundial de Saúde (OMS) que estima que, nos países industrializados, a taxa de complicações das internações cirúrgicas chegue a até 22%, e a de mortalidade, seja em torno de 0,4 e 0,8%. A OMS aponta ainda que quase metade desses eventos adversos era evitável. De acordo com o órgão, nos países em desenvolvimento, a taxa de mortalidade, associada a uma grande cirurgia, gira entre 5 a 10%. A organização revela também que, pelo menos, metade dos eventos ocorre durante procedimentos cirúrgicos, chegando-se a quase sete milhões de pacientes vitimados por complicações significativas a cada ano. Desses, cerca de milhão morre durante ou imediatamente após a cirurgia.

De acordo com o coordenador de acreditação do CBA – parceiro brasileiro associado à Joint Commission International (JCI), maior agência internacional verificadora da qualidade e segurança em saúde do mundo –, José de Lima Valverde Filho, a Certificação em Segurança e Qualidade em Cirurgia Segura e Procedimentos Invasivos tem como principais objetivos enfatizar a importância da cultura da segurança e do comportamento seguro nos procedimentos cirúrgicos e invasivos, garantindo o cumprimento de processos seguros em todas as etapas que envolvem o escopo de uma cirurgia ou procedimentos invasivos, ou seja, nas etapas pré-cirúrgicas e invasivas e, posteriormente, a esses atos médicos.

O manual tem como base a cartilha sobre os princípios de Cirurgia Segura, lançada há oito anos pela OMS. “No entanto, as avaliações para essa nova certificação abrangem etapas que vão muito além do ato cirúrgico, já descritos nos dez objetivos da cirurgia segura traçados pela OMS. Essa certificação engloba temas como gestão dos serviços de cirurgia e estabelecimento dos privilégios de cada profissional”, exemplifica.

De acordo com Valverde, cirurgia segura tem a ver com protocolos e condutas corretas, profilaxia, uso de antibióticos, alta hospitalar, e com parâmetros avaliados e seguidos na recuperação anestésica. “Como todas essas recomendações vão muito além do ato cirúrgico, elaboramos um manual que se preocupa com essas questões. Um exemplo é o estabelecimento de uma lista ou catálogo de abreviaturas, acrônimos, siglas que possam ser usados e aqueles que não podem ser usados no prontuário ou em outros documentos ligados aos cuidados dos pacientes cirúrgicos e de procedimentos invasivos”, explica.

Segundo ele, é preciso ainda avaliar outros aspectos que interferem na segurança da cirurgia como, se o hospital está preparado para fazer o procedimento, se tem recursos tecnológicos suficientes para a realização da cirurgia e de apoio, em caso de complicações cirúrgicas. Outra questão a ser analisada é com relação à qualificação dos profissionais que vão fazer o procedimento e a qualidade do cuidado recebido pelo paciente durante sua estada no hospital. “Esses padrões são uns dos diferenciais dessa certificação”, complementa Valverde.

CBC e CBA, unidos pela cirurgia segura
Responsável pelo desenvolvimento desse novo produto junto ao CBA, o ex-presidente (2014-2015) e atual membro do Conselho Superior do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Heládio Feitosa de Castro Filho, assegura que a certificação significa uma garantia de que a instituição está, realmente, cumprindo as determinações relativas à cirurgia segura da OMS e indo além do que preconiza o organismo internacional, já que o manual elaborado pelo CBC-CBA é mais abrangente. “A OMS já tinha definido alguns critérios mínimos. Então, não se trata simplesmente de repeti-los, estamos indo além e introduzindo outros elementos, estabelecidos na forma de padrões divididos em três grupos, para que haja maior profundidade nessa avaliação e, consequentemente, maior segurança nesta certificação”, considera.

De acordo com Professor Feitosa, uma instituição poderá se submeter à avaliação de um determinado serviço de cirurgia ou determinado procedimento invasivo até a avaliação todo o departamento de cirurgia de um hospital, incluindo todos os serviços cirúrgicos.

Conforme Maria Manuela Alves dos Santos, superintendente do Consórcio Brasileiro de Acreditação, “o que percebemos durante o processo de acreditação é que o centro cirúrgico é uma área de muito risco. Por isso, ter uma certificação específica torna esse processo mais seguro para o paciente”, explica.

Para receber a certificação, a instituição de saúde deverá solicitar ao CBA uma avaliação de suas práticas, a fim de averiguar se as mesmas estão condizentes com a cirurgia segura. É o próprio CBA que vai aferir se os padrões e critérios analisados atendem as exigências determinadas. “Se a organização cumpre todos esses requisitos, então o CBC, junto com o CBA, emite essa certificação, que garante condição de ambiente de cirurgia segura naquele hospital”, afirma o conselheiro do CBC. Caso os padrões não sejam cumpridos nessa primeira avaliação, o hospital tem um prazo para entrar em conformidade com os critérios exigidos.

“Qualquer departamento ou serviço que realize cirurgias ou procedimentos invasivos pode solicitar ao CBA sua participação no processo de certificação. Para isso, é preciso estar inserido em uma instituição de saúde que precisa estar em boas condições de funcionamento e totalmente legalizada para trabalhar e obediente a todas as regras, leis e regulamentos exigidos pelas autoridades federais, estaduais e locais”, afirma Valverde.

Para saber mais sobre o produto Certificação da Segurança e Qualidade em Cirurgia e Procedimentos Invasivos acesse o site http://www.cbacred.org.br/certificacao/seguranca-qualidade.asp.

Nathália Vincentis
Jornalismo
www.sbcomunicacao.com.br

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Paciente tem ataque de fúria e destrói pronto-socorro em Auriflama

Paciente tem ataque de fúria e destrói pronto-socorro em AuriflamaHomem chegou ao local pedindo atendimento e, segundo enfermeiras, estava muito alterado. Ao ser atendido, ele começou a destruir uma das salas

Um homem teve um ataque de fúria durante a madrugada desta quarta-feira (26) e destruiu móveis e aparelhos do pronto-socorro de Auriflama (SP). Por causa disso, apenas os atendimentos de urgência e emergência estão sendo realizados. Os atendimentos leves estão sendo encaminhados para as unidades básicas de saúde.

De acordo com informações da polícia, o suspeito chegou ao local pedindo atendimento e falando que estava machucado. Ao chegar ao pronto-socorro, as enfermeiras disseram para a polícia que já tinham notado o homem alterado e, possivelmente, sob efeito de drogas.

Móveis foram arrancados das salas do pronto-socorro de Auriflama (Foto: Arquivo Pessoal)

Segundo o relato das enfermeiras para a polícia, ao fazer o atendimento no homem, ele ficou alterado e começou a derrubar os móveis e os aparelhos e medicamentos do local. As salas reservadas para a emergência e a triagem de pacientes ficaram destruídas.

Quando a Polícia Militar foi chamada, o homem já tinha fugido e a suspeita da polícia é que ele tenha agredido outra mulher que estava em uma praça próxima ao pronto-socorro. Ela foi atendida e teve ferimentos leves. A polícia procura pelo suspeito.

Foto: Arquivo Pessoal

G1

Suplementos Orient Mix são recolhidos do mercado

Empresa tem vários produtos suspensos pela Anvisa, por propagandas que atribuem propriedades terapêuticas


Foram identificadas várias propagandas e publicidades do site Orient Mix, que atribuem propriedades terapêuticas, de saúde ou funcionais não autorizadas aos alimentos.

Assim, a Anvisa suspendeu, nesta terça-feira (25/04), a venda e uso de diferentes produtos fabricados pela empresa Orient Mix Fitoterápicos do Brasil Ltda.

Suplemento de vitamina A à base de café verde e chá verde.

        EM CÁPSULAS      
Suplemento de vitaminas e minerais à base de chá verde.
Suplemento de vitamina C à base de hibiscos e acerola.
Suplemento de vitaminas e minerais à base de goji berry e acerola.
Suplemento de vitaminas E minerais. Marca: Detox.
Suplemento de vitamina C à base de maca peruana.
Suplemento de vitaminas E minerais à base de cranberry e acerola.

A Resolução RE 1096/17 publicada no Diário Oficial da União (DOU) proíbe que a empresa divulgue propagandas irregulares e determina o recolhimento do estoque dos produtos acima existentes no mercado.

ANVISA

Abertas inscrições para seleção de gerente da Anvisa

Seleção para gerente-geral de Regulação e Boas Práticas Regulatórias (GGREG) recebe inscrições de profissionais com ou sem vínculo com a Administração


Estão abertas, até o dia 10 de maio, as inscrições para processo seletivo para gerente-geral de Regulação e Boas Práticas Regulatórias (GGREG).Os interessados devem preencher o formulário eletrônicos disponível no link: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=31315

O processo seletivo está aberto a profissionais com ou sem vínculo com a Administração Pública. O cargo é de livre nomeação e exoneração.

Clique aqui e acesse o edital, que esclarece sobre etapas da seleção e atribuições do cargo.

ANVISA

Como o Google vai engajar 10 mil “pacientes”?

Na última semana o mundo digital se alvoroçou com a notícia de uma nova iniciativa do Google 

Por Istvan Camargo 

É que o gigante do Vale do Silício revelou que durante os próximos anos irá engajar dez mil americanos num estudo inédito sobre saúde.

Não é um desafio pequeno. Muitos estudos clínicos menores que esse costumam dar com os burros na água – quer seja por falta de candidatos para participar do projeto ou devido à alta taxa de abandono que costuma acontecer no meio do caminho.

Para dar cabo dessa missão o Google (na verdade a Verily, braço de saúde do grupo e que antigamente se chamava Google Life Sciences) anunciou que irá contar com ajuda das equipes médicas das Universidades de Standfort e Duke. E também com um bocado de tecnologia. Toda a empreitada irá custar cerca de 100 milhões de dólares.

Mas afinal: para que o Google irá realizar um esforço tão grande num projeto cujo resultado não vai aumentar nosso engajamento em nenhum de seus tradicionais aplicativos – como o Waze, Youtube ou Gmail?

É que nesse caso ele pretende entender melhor nosso comportamento, não dentro, mas fora da internet, e com isso impulsionar – quem sabe – algumas descobertas nos campos da medicina e ciências da vida.

Para isso ele pretende colecionar dados de toda essa multidão de pessoas, durante 24 horas por dia, 365 dias por ano, por nada menos que 4 anos. É dado que não acaba mais. Mas enfim, essa é a especialidade do Google, certo? Para nós esse projeto irá servir adicionalmente como um rico benchmark de ações que podem e deverão ser repetidas por outras indústrias daqui adiante.

Em primeiro lugar, os participantes receberão de graça um relógio de pulso que irá monitorar dados como frequência cardíaca e atividade física diária e um sensor que irá acompanhar especificamente seus dados relativos ao sono. Junto com isso receberão um pequeno hub que irá transmitir as informações para o data center do Google.

Os participantes também deverão preencher a cada 3 meses um formulário online de cerca de 30 minutos que irá fazer perguntas sobre temas como alimentação, exercícios e bem-estar e também serão convidados a responder pequenas enquetes diárias sobre assuntos específicos, como seu estado de humor (se alguém quiser reportar informações adicionais, como medicamentos que está utilizando, também poderá fazê-lo).

Fora isso, a cada 4 meses será necessária uma visita (entre 1 e 2 horas cada) a um centro de pesquisa para uma consulta e uma vez por ano será necessário que sejam realizadas baterias de testes que devem durar entre 1 e 2 dias inteiros.

Trata-se de um modelo híbrido, como se vê. As intervenções presenciais não deixarão de existir, mas a utilização de recursos digitais será onipresente durante todo o projeto.

A fim de manter o engajamento dos participantes ativo durante todo esse processo, o Google irá oferecer a eles algumas vantagens como:
– Resultados de exames e dados;
– Atualização constante sobre o andamento do estudo e sobre quais insights estão sendo gerados a partir dos dados compartilhados;
– Acesso a uma comunidade online formada pelos participantes do projeto, bem como a eventos voltados para esse público;
– Compensação financeira pelo tempo dedicado nas visitas presenciais e benefícios adicionais pelo nível de engajamento.

Não se trata de uma fórmula totalmente nova.

O uso de recursos como comunidades online gamificadas, mobile apps e vestíveis já são amplamente utilizadas em outros cases de engajamento. Mas o interessante é que nesse caso, devido ao tamanho e ambição do projeto, poderemos ter uma amostra bastante representativa das taxas de sucesso que cada tecnologia obtém junto a cada um dos sub-grupos estudados.

Não deixa de ser curioso, mas em cases como esse o setor de saúde talvez aprenda a engajar pacientes com empresas que não são nativas do ramo, como é o caso do Google.

Vamos acompanhar de perto.

*Istvan Camargo é especialista em engajamento de pacientes. Foi membro do Comitê Científico da Health 2.0 Latam e residente digital do Centro de Mídias Sociais da Mayo Clinic / USA. Atuou como Chief Innovation Officer do Grupo Notredame Intermédica. Realizou palestras sobre o tema em conferências como Social Media Week, Campus Party e HIS. Em 2012 fundou a primeira rede social de saúde do país, tendo realizado projetos para ABQV, Virada da Saúde SP, EPM e USP. Atualmente realiza projetos de engajamento para diversas empresas do segmento de saúde, atuando em variadas patologias e classes terapêuticas.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Diagnóstico e tratamento são essenciais para o combate à Malária

18118562 1582693678415909 7479272245765351101 nO dia 25 de abril é lembrado como Dia Mundial da Malária. Por ser uma data importante, que remete a uma doença infecciosa, o Ministério da Saúde lançou campanha para incentivar as pessoas a procurem o diagnóstico o mais rápido possível em uma unidade de saúde e, caso o resultado seja positivo, aderir ao tratamento. A malária quando não é tratada adequadamente, pode se tornar grave

Dados mostram que os casos de malária vêm diminuindo no país a cada ano e o número de notificações em 2016 é o menor dos últimos 37 anos (129.195 casos - dados preliminares). Assim como o número de casos, as mortes por malária no Brasil vêm reduzindo anualmente, onde, ano passado, ocorreram 34 óbitos, uma redução de mais de 67% comparado com os dados de 2006, quando ocorreram 105 óbitos.

Em entrevista ao Blog da Saúde, o Assessor Técnico do Programa Nacional de Prevenção e Controle da malária do Ministério da Saúde (MS), Cássio Peterka, explica qual a importância da adesão ao tratamento, como ele funciona e por que é tão importante obter o diagnóstico o mais rápido possível

Confira:

Blog da Saúde: Como ocorre a transmissão da malária?
Cássio Peterka: A transmissão ocorre através da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles, conhecido como muriçoca, sovela, carapanã, mosquito prego... ATENÇÃO: A malária não é uma doença contagiosa!

Blog: Quais são os principais sintomas da malária?
Cássio: os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, calafrio e sudorese. Ao sentir qualquer um desses sintomas ou mais de um ao mesmo tempo, a pessoa deve procurar uma Unidade de Saúde e fazer o exame de malária.

Blog: Depois que uma pessoa é picada, em quanto tempo os sintomas começam a aparecer
Cássio: Em torno de 15 dias. Pode variar de acordo com o tipo de malária, mas no geral leva esse tempo. Em pessoas que já tiveram outras ocorrências da doença, os sintomas podem diminuir e a pessoa pode praticamente não ter sintomas.

ATENÇÃO: Ao sentir os sintomas, procure uma Unidade de Saúde em até 48h.

Blog: E como é feito o diagnóstico?
Cássio: A gota espessa é o método diagnóstico da malária considerado padrão-ouro. Ela é feita a partir da coleta de uma gota de sangue do dedo da pessoa, colocada em uma lâmina, e esta lâmina é analisada no microscópio. No mesmo dia já é identificado qual espécie de plasmódio está infectando a pessoa, e, a partir deste resultado é atribuído o tratamento adequado. O Ministério da Saúde recomenda que o diagnóstico e o início do tratamento sejam feitos em até 48 horas do aparecimento dos sintomas, para que não se agrave o quadro de saúde do doente e que o ciclo de transmissão possa ser interrompido.

Na região Amazônica (Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) é onde há a maior quantidade de postos de notificação, pois é a região com maior incidência da doença. Na região extra-Amazônica, mesmo com menos casos, existem unidades de atendimento onde o diagnóstico e tratamento são feitos gratuitamente.

Em locais de difícil acesso, onde não há a presença do microscopista, que é quem faz o diagnóstico de gosta espessa, o programa de malária capacita os agentes para realizarem teste rápido. Desta forma, locais de acesso remoto, como áreas indígenas, garimpo e localidades ribeirinhas, esta ferramenta é utilizada. Assim, conseguimos uma cobertura de diagnóstico de grande parte da população da Amazônia brasileira.

ATENÇÃO: Todo diagnóstico da malária é gratuito pelo SUS e o tratamento também.

Blog: Mas como funciona o tratamento?
Cássio: No mundo existem cinco tipos de protozoário que transmitem a malária, mas no Brasil são identificados apenas três. São eles: Plasmodium vivax, P. falciparum e P. malariae. O tratamento e sua duração vão depender da espécie que for identificada e de cada paciente.

Uma orientação do Programa é que onde for possível fazer o tratamento supervisionado, ele seja feito. Nesse caso o profissional de saúde, muitas vezes o agente comunitário de saúde, acompanha o tratamento do paciente todos os dias, nos horários certos, para que ele tome a medicação corretamente e completamente. Nesses casos é possível ver que há maior resultado na adesão do tratamento pelo paciente. Em casos onde este acompanhamento não é possível, o paciente é orientado a tomar o medicamento nos horários e dias, conforme indicado pelo Ministério da Saúde.

ATENÇÃO: Em algumas regiões, o paciente recebe a visita do agente de saúde que ajuda na adesão ao tratamento.

Blog: Se o paciente não procurar o tratamento em até 48h, o que acontece?
Cássio: Quanto mais tempo o paciente demora a buscar o tratamento, mais protozoários surgem na corrente sanguínea, e isso faz com que a carga parasitária aumente, agravando o quadro clínico do paciente. Ainda podem ocorrer anemia, problemas hepáticos, renais, entre outros, tudo isto pelo atraso do tratamento.

Blog: O tratamento cura?
Cássio: Sim. Se o tratamento for adequado ao diagnóstico e for tomado direitinho, a malária tem cura. O tratamento é eficaz.

Blog: A malária mata?
Cássio: Mata. Se o tempo em que a pessoa está apresentando sintomas é prolongado, ou seja, não é feito logo o diagnóstico e dado o tratamento adequado, a malária pode matar. O Ministério da Saúde vem trabalhando em conjunto com os estados e municípios para diminuir o número de casos da doença a cada ano, e um dos nossos principais objetivos é não ter mortes por malária. Geralmente, os casos mais graves acontecem em áreas de baixa transmissão, pois os profissionais de saúde não suspeitam imediatamente de malária. Isso acontece porque outras doenças possuem sintomas muito parecidos. Uma das recomendações é: se a pessoa viajou para áreas, dentro ou fora do Brasil, que têm transmissão de malária, sempre avisar o profissional de saúde que pode ser malária.

Blog: Existe alguma maneira de prevenir?
Cássio: Sim. São medidas de proteção individual para evitar a picada do mosquito, como uso de camisa com manga longa e calça comprida nos horários de maior atividade do mosquito (início da manhã e final da tarde), usar repelente. É importante lembrar que o mosquito pica a noite toda, por esta razão o Ministério da Saúde também recomenda que se utilize mosquiteiros que ficam em cima da cama ou da rede. Outra ação é a borrifação residual intradomiciliar, que é a aplicação de inseticidas nas paredes das casas, mas esta ação somente deve ser realizada pelos agentes de combate as endemias capacitados.

Serviço Se você vai viajar para alguma região com risco de transmissão de malária, o Ministério da Saúde oferece uma série de recomendações que você pode acessar aqui. Já a lista de municípios pertencentes às áreas de risco ou endêmicos para malária você encontra aqui.

Aline Czezacki, para o Blog da Saúde

Controle da hipertensão arterial ainda é negligenciado no País

A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, com a possibilidade de ser “controlado ou modificado”

“Dados do Ministério da Saúde mostram que, no Brasil, a hipertensão arterial é responsável por 50% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e 25% dos casos de insuficiência renal”, destaca o Prof. Dr. Roberto Kalil Filho, diretor do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês.

Em um estudo da American Heart Association, publicado em 2015, sobre o número de mortes causadas por hipertensão arterial, o Brasil ocupa o sexto lugar, entre os 190 países analisados. O tratamento adequado da hipertensão arterial reduz a morbi-mortalidade por doenças cardiovasculares. 

No entanto, embora mais de 35,5 milhões de brasileiros apresentem quadro de hipertensão arterial, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o controle da doença, que varia de acordo com a região, precisa ser aprimorado no País. Estima-se que somente 20% dos pacientes hipertensos em tratamento medicamentoso apresentam valores de pressão arterial dentro das metas estabelecidas.

Como resultado, dados de 2015 apontam que as doenças cardiovasculares corresponderam a cerca de 33% dos óbitos e 13,4% das internações de adultos com idade igual ou superior a 20 anos.

Em países como Canadá e Finlândia, que desenvolveram programas específicos de prevenção e controle da hipertensão arterial, a taxa de controle da doença atingiu 70% e foi associada a significativa redução da mortalidade por doenças cardiovasculares. Nesses programas, além do envolvimento de instituições de saúde, sociedades científicas e entidades governamentais, a participação de cada indivíduo é fundamental.

“A necessidade de alertar a população a respeito da importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado é urgente”, ressalta Kalil.

Além disso, entre 12% e 15% do total dos pacientes hipertensos brasileiros poderão apresentar quadros mais graves, denominados Hipertensão Arterial Resistente (HAR), quando não há resposta ao tratamento, mesmo após o uso de três medicamentos diferentes.

Outro aspecto que tem alertado os especialistas é o crescimento entre a população mais jovem, revelado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, nos Estados Unidos. O estudo mostra que aproximadamente 20% dos indivíduos entre 24 e 32 anos têm hipertensão arterial – e metade deles não sabe disso.

No Brasil, dados iniciais também sugerem haver crescimento da população de hipertensos, quando avaliada a faixa da população com menos de 35 anos. Entre os fatores possivelmente associados a este cenário estão a hereditariedade, hábitos alimentares inadequados, sedentarismo e obesidade.

A hipertensão arterial é mais prevalente e causa mais lesão em órgãos alvo na raça negra. Este fato deve ser considerado como relevante pelas autoridades de saúde no Brasil, visto que os negros representam 54% da população brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por WN&P Comunicação - Gabriela Marinho

terça-feira, 25 de abril de 2017

Novo curso de Vigilância e Controle de Vetores abre inscrições

O curso de Mestrado Profissional Stricto sensu em Vigilância e Controle de Vetores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), aprovado recentemente pela coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), estará com inscrições para a primeira turma de 15 a 26 de maio


Serão oferecidas 20 vagas para graduados em veterinária, biologia, biomedicina e áreas afins interessados em ampliar o leque de conhecimento no controle e vigilância de insetos, moluscos e carrapatos. Credenciado com conceito 3 na categoria de Mestrado Profissional (numa grade de conceitos entre 1 e 5) pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), o curso está alocado na área Saúde Coletiva da Capes. O Programa é voltado para profissionais de nível superior interessados no estudo integrado de vetores de doenças humanas e veterinárias no âmbito da saúde única ('One Health'). O Programa apresenta duas áreas de concentração: Biologia de vetores de doenças e interação parasito-hospedeiro e Epidemiologia e controle de vetores de doenças.

Metodologia de trabalho científico, Taxonomia clássica, Ecologia da transmissão, Biologia de vetores e interação com patógenos, Sistemática molecular, Diagnóstico parasitológico e microbiológico, Vigilância entomológica e malacológica e Controle de vetores I e II são as nove disciplinas que comporão a grade curricular do novo curso. Cada uma terá carga horária de 40h. Com este formato, será possível estabelecer uma boa ponte com agentes e gestores de secretarias estaduais de saúde, e auxiliar na solução de problemas e no desenvolvimento de produtos que contribuam para o controle de vetores locais. 

Assim como nos outros Programas de Pós-graduação do Instituto, as inscrições para o novo curso serão realizadas online, por meio da Plataforma SIGA, no prazo preestabelecido pela Chamada de Seleção Pública.

Clique aqui e confira todas as informações sobre o novo Programa de Pós do IOC/Fiocruz.

Fonte: IOC/Fiocruz

Projeto Paciente Seguro reforça importância das boas práticas em saúde

pacienteseguroPara garantir que os pacientes não sofram eventos indesejados, o Ministério da Saúde publicou, em 1º de Abril de 2013, a Portaria GM/MS nº 529/2013 que é responsável pelo lançamento do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP)

A coordenadora do PNSP, Ana Maria Costa Cândido Lacerda, reforça a importância do Programa para aumentar a segurança da prestação dos cuidados de saúde. “Segurança do paciente são ações promovidas pelas instituições de saúde, profissionais e pacientes com objetivo de evitar que os riscos e perigos inerentes à complexidade dos serviços de saúde atinjam o paciente, cause algum dano ou agrave seu estado de saúde ou doença.

Segurança do Paciente relaciona-se com o bem estar do paciente. Além de evitar que o paciente sofra algum dano, essas ações tem o potencial de reduzir desperdícios e retrabalho, e acima de tudo, proteger pacientes e trabalhadores", explica Ana Maria.

Como uma das estratégias de implantação do Programa Nacional de Segurança do Paciente, o Ministério da Saúde em parceria com hospitais de excelência, por meio do PROADI-SUS desenvolve projetos de melhoria, qualificação e capacitação nos hospitais públicos com objetivo de qualificar a assistência à saúde, com promoção de boas práticas em saúde. O projeto Paciente Seguro, desenvolvido com Hospital Moinhos de Vento propõe processos de trabalhos fundamentados em boas práticas em saúde para a promoção da cultura de segurança do paciente.

De forma prática, o projeto Paciente Seguro assegura que o profissional saiba o que fazer dentro da unidade de saúde para garantir a segurança das pessoas que irão passar por algum tipo de atendimento. Como exemplo, identificar o paciente no momento da internação, na hora de fazer um exame e verificar se a recomendação médica está indo para a pessoa que foi prescrita. Do mesmo modo, verificar a dosagem e via de administração de um medicamento.

Atualmente, 15 hospitais no país receberam treinamento profissional para adotarem mecanismos que melhorem o atendimento ao paciente, dentro do Projeto Paciente Seguro. Da mesma forma, outros projetos são executados em objetivos de promover a segurança do paciente em parceria com Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) e Hospital do Coração(HCOR). Os hospitais são referência em segurança do paciente e no cuidado centrado no paciente. Atualmente temos mais de 45 hospitais com projetos que objetivam a implantação/qualificação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) para melhoria dos processos e desenvolvimento e aperfeiçoamento de ferramentas e estratégias para apoiar este processo.

Todos podem contribuir para a segurança do paciente.

Entenda como você pode contribuir
Quando uma unidade de saúde recebe um paciente, a principal preocupação é que ele não sofra nenhum dano durante o processo de cuidado da instituição, mas o próprio paciente, acompanhante ou familiar também podem adotar medidas simples para reduzir riscos e perigos:

• Faça a higienização das mãos antes e após tocar o paciente. Isso evita infecções e outras complicações.
• Ajude no cuidado para evitar queda do paciente. Manter a grade do leito levantada é uma ação que pode evitar queda.
• Peça que o profissional confirme o nome do paciente toda vez que for fazer algum procedimento.
• Faça uso do álcool gel no ambiente hospitalar sempre para limpar as mãos. Evite tocar nas superfícies e o consumir alimentos neste ambiente.
• Peça, gentilmente, explicações ao profissional sobre a medicação que será administrada. Para que serve? De quanto em quanto tempo será administrado? Quais são os efeitos esperados?
• Sempre tire suas dúvidas com o médico ou outro profissional de saúde e informe o uso de outros medicamentos e alergias a substâncias, como látex e alimentos.
• Comunique ao profissional de saúde se sentir mal com uma medicação.

Cada um fazendo a sua parte, todos ficam mais seguros. A Segurança do Paciente está nas mãos de todos.

Gabi Kopko, para o Blog da saúde

Acromegalia ganha tratamento inédito no país

Doença que provoca crescimento excessivo de partes do corpo teve um tratamento inédito aprovado pela Anvisa nesta segunda-feira

O medicamento Signifor® LP (pamoato de pasireotida) recebeu, nesta segunda-feira (24/4), o registro da Anvisa. O produto é inédito no país e é indicado para o tratamento da acromegalia. A acromegalia é uma doença que provoca o crescimento exagerado de algumas partes do corpo como as mãos e pés. A doença também pode causar mudanças no rosto das pessoas com a projeção da mandíbula, alargamento do nariz e espaçamento exagerado dos dentes.

Isso ocorre quando a glândula pituitária produz o hormônio do crescimento (GH) de forma irregular e em excesso. Além do crescimento de mãos e pés, outros sintomas da acromegalia são dores de cabeça e alteração da visão, rouquidão, entre outros.

A acromegalia é uma doença rara, séria e debilitante que, em 95% dos pacientes, se origina de um adenoma hipofisário secretor de GH, ou seja, um tumor benigno na glândula pituitária.

A acromegalia é semelhante ao gigantismo. A principal diferença é que o gigantismo ocorre durante a infância e a acromegalia surge em pessoas já adultas.

Funcionamento e indicação do Signifor
O princípio ativo do Signifor é o pamoato de pasireotida. O medicamento foi registrado na forma farmacêutica de pó para suspensão injetável, nas concentrações de 20 mg, 40 mg e 60 mg.

O medicamento é indicado para o tratamento de pacientes adultos com nos casos em que a cirurgia do tumor hipofisário foi ineficaz ou não é uma opção viável. O produto é indicado também para pacientes que não estão adequadamente controlados com outros tratamentos disponíveis, como os análogos da somatostatina.

O SIGNIFOR® LP (pamoato de pasireotida) será fabricado pelas empresas Novartis Pharma AG e Synergy Health Däniken AG localizadas na Suíça, e a dona do registro do medicamento no Brasil é a empresa Novartis Biociencias S.A., localizada em São Paulo-SP.

ANVISA

Proibida a venda de equipamentos para área médica

Na última quarta-feira (19/4), a Anvisa determinou a proibição das propagandas das empresas OKI Data Brasil Informática LTDA, S.V.C Laser Comercial LTDA e Distrifilm comercial LTDA de equipamentos de tecnologia para área médica, que comercializam impressoras de diagnósticos por imagens

As empresas não possuem Autorização de Funcionamento (AFE) e nem cadastro na Anvisa.

Diante do exposto, as empresas OKI Data Brasil Informática LTDA, S.V.C Laser Comercial LTDA e Distrifilm comercial LTDA, estão proibidas de divulgar e comercializar, em todo território nacional, equipamentos para área médica, de acordo com as resoluções RE nº 1.047, 1.048 e 1.049, de 19 de abril de 2017 publicada no Diário Oficial da União (DOU).


ANVISA

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Inscrições abertas para o curso de Atenção à Saúde das Mulheres na Atenção Básica

mulheresunasusProfissionais de saúde interessados em aprofundar os seus conhecimentos sobre a saúde da mulher, já podem se inscrever no mais novo curso Saúde das mulheres na Atenção Básica: protocolo clínico para enfermagem, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), integrante da Rede UNA-SUS

Fruto da parceria com o Departamento de Atenção Básica (DAB) e Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, o curso é composto por três módulos independentes, com carga horária de 15h cada, que trazem diferentes contextos de saúde vividos por uma mulher. As inscrições podem ser realizadas até 17 de maio, pelo site.

Segundo o médico, consultor técnico e editor científico da UNA-SUS, Paulo Biancardi Coury, este modulo de Atenção a Saúde das Mulheres apresenta os protocolos de abordagem sob o ponto de vista da enfermagem. “O curso tem como objetivo consolidar o estado da arte do acolhimento, diagnostico, tratamento e seguimento dos agravos mais comuns que motivam a procura das usuárias do SUS para resolução de seus problemas de saúde”, explica.

O primeiro módulo trata da saúde sexual e reprodutiva e da atenção às mulheres em situação de violência; o segundo aborda a atenção às mulheres no pré-natal de baixo risco, puerpério e promoção do aleitamento materno; e o terceiro e último módulo tem como enfoque atenção ginecológica, climatério e prevenção dos cânceres de colo de útero e mama. Todos os módulos têm como enfoque os protocolos referentes à Atenção Básica.

Para Cury, a uniformização de abordagem de mulheres em situação de risco é um dos temas que merecem destaque. “Hoje sabemos que uma das grandes frustações do setor é a dificuldade de verbalização por parte das mulheres, vítimas dos assédios e violências a que estão submetidas, tanto no lar, como em seus ambientes de trabalho, entre outros. Desta maneira, o curso aborda o acolhimento dessas mulheres, atendendo às suas queixas e fortalecendo a autoestima para ajudá-las a superar suas dificuldades”, analisa.

O médico acredita que o curso vai ainda mais além ao propor uma configuração do trabalho em saúde de forma parceira. “As mulheres passam a ser sujeitos de sua própria saúde e não objeto da atenção como em tempos pretéritos. Os temas abordados pretendem consolidar os conhecimentos técnicos de enfermagem que se completam com as competências dos demais membros das equipes de saúde, mas destaca o exercício da enfermagem com seu protagonismo na Atenção à Saúde, neste caso especifico das mulheres”, destaca.

Com carga total de 45h, a oferta é dividida em três módulos que podem ser realizados separadamente e segundo a ordem escolhida pelo aluno, que poderá obter certificação pela oferta educacional completa, se concluir todos os três módulos, ou por cada módulo concluído individualmente.

Apesar do público alvo do curso serem os enfermeiros, Cury crê que os demais membros da equipe de saúde devem fazer o módulo para conhecerem os procedimentos de enfermagem e para que o diálogo entre os diversos profissionais equipes seja mais transparente e produtivo “Esta é uma grande oportunidade para que os profissionais se apropriem dos conhecimentos oferecidos, que dará a eles a atualização cientifica, instrumentação prática e, principalmente, uniformização de linguagem necessária para abordar de maneira segura aos agravos das mulheres”, incentiva.

Para saber mais sobre esse e outros cursos da rede UNA-SUS, acesse o link www.unasus.gov.br/cursos.

Fonte: UNA-SUS

sábado, 22 de abril de 2017

Consumo diário de refrigerante diet pode triplicar risco de demência ou derrame

Pessoas que consomem refrigerante diet têm três vezes mais chances de sofrer demência ou derrame
shutterstock
Pesquisadores concluem que é necessário um estudo mais aprofundado, mas aconselham a troca de bebidas adoçadas artificialmente pela água

Pessoas que consomem refrigerantes diet todos os dias têm quase três vezes mais chances de sofrer derrame ou demência, segundo uma nova pesquisa, que também mostra que, quando o consumo é diminuído para uma vez por semana, esse risco já diminui.

O estudo é observacional e baseado em questionários alimentares. Por isso, ainda são necessários estudos mais profundos para que se comprove a relação entre as doenças e o consumo do refrigerante diet . Segundo as informações do “The Independent”, a pesquisa foi publicada no jornal “Stroke”, da Associação Americana do Coração. Os dados são baseados na entrevista de 4,3 mil pessoas.

Todos os participantes preencheram questionários sobre sua ingestão de alimentos e bebidas em três pontos separados durante a década de 1990. Os pesquisadores seguiram o grupo por 10 anos, observando 97 casos de AVC durante esse período, e 81 casos de demência (63 casos foram especificamente a doença de Alzheimer).

Depois de ajustar os fatores que poderiam influenciar os resultados, como idade, sexo, educação, consumo de calorias, exercício e tabagismo, as pessoas que tomavam pelo menos uma bebida dietética por dia apresentavam risco quase três vezes maior de demência ou de acidente vascular cerebral.

Entretanto, pesquisadores não descobriram relação entre as bebidas açucaradas e o aumento do risco de sofrer derrame e demência, embora eles alertem que, ainda assim, estas não poderiam ser consideradas “saudáveis”.

Desse modo, os cientistas disseram que os estudos futuros devem observar o efeito direto desses refrigerantes aos fatores conhecidos no aumento do risco de acidente vascular cerebral e demência, como a pressão arterial elevada, por exemplo.

"Como o consumo de refrigerantes artificialmente adoçados está aumentando, juntamente com a prevalência de AVC e demência, pesquisas futuras são necessárias", acrescentaram. "Recomendamos que as pessoas bebam água regularmente, em vez de bebidas açucaradas ou artificialmente adoçadas”, pontuaram os autores do estudo.

O Chefe de Pesquisa na Sociedade de Alzheimer, Dr. James Pickett, disse que “a pesquisa não mostra que os refrigerantes diet causam demência. Mas revela uma associação preocupante que requer mais investigação".

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Brasil tem 59 mil farmácias que vendem controlados

Comprimidos com tarja pretaAo todo são 59.162 farmácias e drogarias que vendem medicamentos controlados e antibióticos. Números são do SNGPC, sistema que controla a venda desses medicamentos

Os medicamentos controlados são aqueles que só podem ser comprados se você apresentar uma receita especial em duas vias. Essa categoria inclui medicamentos com tarja preta e os de tarja vermelha.

O Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), criado pela Anvisa em 2007, tem hoje o cadastro de 59 mil farmácias e drogarias autorizadas a vender esse tipo de produto. No Brasil, qualquer farmácia ou drogaria que comercialize medicamentos que precisam de prescrição médica têm de enviar relatórios semanais para a Anvisa.

O controle de medicamentos via SNGPC é obrigatório desde 2007 para os medicamentos de tarja preta e desde 2013 para os antibióticos (antimicrobianos) - tarja vermelha. O envio de informações pelo sistema é obrigatório tanto para farmácias que vendem produtos industrializados, como para aquelas que fazem medicamentos manipulados.

Melhor controle de medicamentos
O objetivo do SNGPC é melhorar as ações da vigilância sanitária relacionadas ao monitoramento sanitário e farmacoepidemiológico dos medicamentos envolvidos. Uma das principais vantagens é ter todos os registros em meio eletrônico.

Isso permite que os órgãos municipais e estaduais da vigilância sanitária acompanhem dados de sua região e monitorar as vendas de medicamentos à distância.

Com a adoção dessa prática, os órgãos de vigilância sanitária locais conseguem economizar tempo e recursos financeiros e priorizar o deslocamento até os estabelecimentos farmacêuticos com problemas de escrituração.

O sistema também permite maior acesso às farmácias e drogarias localizadas em lugares remotos onde a distância e o tempo são fatores que dificultam a fiscalização.

Receita para comprar antibióticos
A venda de antibióticos passou a exigir receita especial para conter o uso indevido, especialmente por automedicação e o aumento da resistência microbiana (quando as bactérias se tornam mais fortes por conta do uso incorreto de antibióticos).

Número do SNGPC
Em 2016, o SNGPC recebeu mais de 14 mil arquivos eletrônicos de movimentação de compras e vendas de medicamentos por dia. A taxa de crescimento dos arquivos eletrônicos em 2016 comparada a 2009 foi de 207%. No mesmo período, a taxa de crescimento de farmácias e drogarias cadastradas foi de 69%.

Dados nacionais, de 2016, apontam uma média nacional de 27 estabelecimentos farmacêuticos cadastrados no SNGPC para cada 100 mil habitantes. A menor taxa foi no estado do Amazonas com 7 farmácias para cada 100 mil habitantes, a maior foi no estado de Goiás, com 52 para cada 100 mil.

Nesses 10 anos, a equipe responsável pelo SNGPC promoveu capacitações sobre o uso do sistema para mais de 18 mil profissionais de vigilância sanitária e do setor regulado, com uma média de 1.800 profissionais treinados por ano.

Vantagens do SNGPC
O SNGPC melhorou a eficiência e segurança no processo de escrituração dos registros de movimentação de compras e vendas de medicamentos comercializados em farmácias e drogarias privadas do país e, também, tem promovido:
  • Melhorias no acesso qualificado dos antimicrobianos no país;
  • Facilidade no planejamento de ações de fiscalização das vigilâncias sanitárias locais;
  • Economia de recursos financeiros do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária;
  • Melhorias no controle de medicamentos pelas farmácias e drogarias privadas;
  • Maior segurança contra manipulações fraudulentas;
  • Mais agilidade na elaboração de relatórios sobre consumo de medicamentos;
  • Produção de informações, em tempo oportuno, para os tomadores de decisões;
  • Práticas seguras de armazenamento e backup, em caso de extravio/ perda dos dados.
Conheça o sistema e saiba mais sobre a atuação da Anvisa na área de medicamentos.

Veja o ranking da concentração de farmácias e drogarias por estado:


Estado
Estabelecimento por 100 mil/hab
1
GO
              52
2
RS
              42
3
SC
              42
4
PR
              41
5
MG
              39
6
ES
              39
7
MT
              38
8
RO
              34
9
MS
              33
10
DF
              33
11
SP
              30
12
RN
              29
13
PB
              27
14
TO
              27
15
AC
              24
16
RJ
              24
17
SE
              22
18
AL
              21
19
PI
              20
20
PE
              18
21
BA
              18
22
RR
              17
23
CE
              15
24
AP
              13
25
PA
              12
26
MA
              11
27
AM
                7
- Fonte: SNGPC – 2016
ANVISA

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Sepse: Uma das maiores causas de mortes que você provavelmente não conhece

Sepse mata cerca de 233 mil pessoas por ano em UTIs brasileiras, mas é desconhecida por 93% da população

 Patrick quase morreu de sepse quando bebê  (Foto: Patrick Kane/Divulgação)
Patrick quase morreu de sepse quando bebê (Foto: Patrick Kane/Divulgação) 

Eu praticamente morri sete vezes. Durante muito tempo, era uma incógnita se eu conseguiria sobreviver."

Patrick Kane quase morreu em decorrência de uma doença que mata mais pessoas por ano no Reino Unido do que câncer de intestino, mama e próstata juntos: a sepse.

No Brasil, a síndrome, que é responsável por cerca de 233 mil óbitos em UTIs, é desconhecida por nove em cada dez pessoas. Patrick tinha apenas nove meses quando um dia acordou passando mal, mole e apático.

O médico da família receitou o analgésico paracetamol, mas sua mãe continuou preocupada e decidiu levá-lo ao hospital.

No trajeto, porém, a situação se agravou rapidamente.

"Foi tudo muito rápido... logo na chegada eu tive falência múltipla de órgãos", conta.

Patrick passou três meses e meio internado no Hospital St Mary's, em Londres, onde teve alguns membros amputados: parte do braço esquerdo, os dedos da mão direita e a perna direita, abaixo do joelho.

Hoje, aos 19 anos, Patrick estuda bioquímica na Universidade de Edimburgo, na Escócia.

"Ou você conhece alguém que teve sepse, ou você nunca ouviu falar disso", diz ele à BBC.

A declaração do estudante é respaldada por uma pesquisa do Instituto Datafolha de 2014, encomendada pelo Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS).

De acordo com a pesquisa, realizada em 134 municípios brasileiros, 93,4% dos entrevistados nunca tinham ouvido falar sobre a doença, mais conhecida como infecção generalizada ou septicemia.

O que é sepse?
A sepse é uma resposta sistêmica do organismo a uma infecção, que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários.

Normalmente, o sistema imunológico entra em ação para atacar a infecção e impedi-la de se espalhar. Mas, se ela consegue avançar pelo corpo, a defesa do organismo lança uma resposta inflamatória sistêmica na tentativa de combatê-la.

O ponto é que essa reação também representar um problema, uma vez que pode ter efeitos catastróficos no organismo.

Quando não diagnosticada e tratada rapidamente, ela pode comprometer o funcionamento de um ou vários órgãos do paciente e levar até a morte.

Qualquer processo infeccioso - seja uma pneumonia ou infecção urinária - pode evoluir para um quadro de sepse.

Quais são os sintomas?
O organização britânica UK Sepsis Trust, que se dedica a informar sobre a doença e a ajudar pacientes, lista seis sintomas que devem servir de alerta:
  • Fala arrastada
  • Tremores extremos ou dores musculares
  • Baixa produção de urina (passar um dia sem urinar)
  • Falta de ar grave
  • Sensação de que pode morrer
  • Pele manchada ou pálida
Já os sintomas em crianças pequenas incluem:
  • Aparência manchada, azulada ou pálida
  • Muito letárgico ou difícil de acordar
  • Pele fria fora do normal
  • Respiração muito rápida
  • Erupção cutânea que não desaparece quando você pressiona
  • Convulsão
"Os sintomas não são específicos, é difícil para a população em geral suspeitar que possa estar com sepse. Muita gente demora a procurar atendimento porque acha que os sintomas fazem parte do próprio quadro de infecção", afirma o intensivista Luciano Azevedo, presidente do ILAS.

"Assim, todas as pessoas que estão com uma infecção e apresentam pelo menos um dos sinais de alerta (citados acima) devem procurar imediatamente um serviço de emergência ou seu médico", recomenda.

O especialista lembra que idosos, crianças de até dois anos e pacientes com doença crônica não controlada ou deficiência do sistema imunológico apresentam um risco maior de desenvolver um quadro de sepse

Por que a mortalidade é tão alta?
Estudo realizado em 2014 pelo ILAS mostra que são registrados por ano 419.047 casos de sepse em UTIs brasileiras, sendo que 55,7% (233.409) destas ocorrências resultam em óbito.

De acordo com Azevedo, a alta taxa de mortalidade pode ser explicada por uma série de fatores. Primeiramente, pela falta de conhecimento da população em relação à doença e seus sintomas, o que leva à procura de atendimento médico tardio.

Uma vez no hospital, os pacientes se deparam muitas vezes com o despreparo dos próprios profissionais de saúde em fazer o diagnóstico precoce da doença, considerado fundamental para o sucesso do tratamento.

"Na sepse, à medida que o comprometimento sistêmico avança, aumenta muito a chance de o paciente não sobreviver ao tratamento. Diagnóstico e tratamento precoces salvam vidas", explica trecho da publicação Sepse: um problema de saúde pública, elaborada pelo ILAS, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, com o objetivo de orientar profissionais da saúde em relação à doença.

Além disso, existe a falta de infraestrutura da rede hospitalar - principalmente das emergências.

"Acredita-se que o número inadequado de profissionais para atendimento, ou seja, muito paciente para poucos médicos, e a dificuldade de acesso aos leitos das UTIs também colaboram para a elevada taxa de mortalidade", completa Azevedo.

Tratamento
O tratamento da sepse deve ser realizado idealmente em unidades de terapia intensiva, onde são administrados antibióticos para combater o foco da infecção.

A redução da carga bacteriana é fundamental para o controle da resposta inflamatória - condutas que visam à estabilização do paciente são consideradas prioritárias e devem ser tomadas imediatamente.

Em alguns casos, são necessárias ainda medidas de suporte, como a hemodiálise por causa da insuficiência renal ou a ventilação mecânica para controlar uma possível insuficiência respiratória.

"Esse tratamento de suporte substitui as funções do organismo que estão prejudicadas, enquanto o antibiótico faz efeito. E é fundamental que o paciente esteja sempre monitorado, em decorrência das complicações que pode vir a ter", explica Azevedo.

Regra para ácido fólico em farinhas é atualizada

tábua com pãoAnvisa implantou novas regras para adição de ferro e ácido fólico em farinhas de trigo e milho. Fabricantes tem 24 meses para se adequarem às exigências

Os requisitos para o enriquecimento de farinhas de trigo e de milho com ferro e ácido fólico foram atualizados. A Anvisa publicou, nesta segunda-feira (17/4), a Resolução RDC n° 150 de 2017. A norma atualiza a RDC n° 344, de 2002, que trata deste tema. O ácido fólico auxilia no combate à anemia e má formação de bebês durante a gestação.

O regulamento baseia-se nas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e prevê quantidades mínimas de ferro e ácido fólico para cada uma das farinhas. Pelas novas regras, os fabricantes estão obrigados a enriquecer as farinhas de trigo e de milho com 4 a 9 mg de ferro para cada 100g de produto e com 140 a 220 µg de ácido fólico também para cada 100g de farinha.

Além disso, também foram alteradas as listas de compostos de ferro. Agora são permitidos apenas o sulfato ferroso e fumarato ferroso e de suas formas encapsuladas.

Informações nos rótulos
A medida também modifica as informações da rotulagem obrigatória. O rótulo deve esclarecer ao consumidor o objetivo e características da formulação. A farinhas deverão trazer uma frase que esclarece que o enriquecimento é uma estratégia para combate da má formação de bebês durante a gestação e da anemia, bem como um a informação sobre a faixa de enriquecimento.

A medida excluiu as farinhas de milho fabricadas pelos agricultores familiares, empreendedores familiares rurais, empreendimentos econômicos solidários e microempreendedores individuais, da obrigatoriedade de enriquecimento, tornando a medida proporcional à realidade produtiva desses segmentos, sem impactar negativamente na efetividade do enriquecimento para a população.

Por questões tecnológicas, também foram excluídas da fortificação as farinhas de biju, de milho flocada de trigo integral e de trigo durum, bem como os flocos de milho pré-cozidos. A resolução também não se aplica às farinhas de trigo e de milho contidas em produtos alimentícios importados.

Os fabricantes têm 24 meses para adequação das novas regras, de acordo com a RDC n° 150 de 17 de abril de 2017, publicada no Diário Oficial da União (DOU).

ANVISA