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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Antidepressivo na gravidez é possível ameaça para o desenvolvimento saudável do filho

Segundo estudo, medicamento pode gerar pessoas mais vulneráveis a depressão e ansiedade


Os impactos da ingestão de antidepressivos durante a gravidez não são consenso na área médica, com pesquisas científicas indicando resultados opostos. Estudo divulgado por uma equipe da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, na publicação especializada British Medical Journal indica que a ingestão do medicamento prejudica a saúde mental dos filhos a longo prazo, os tornando mais vulneráveis a males como depressão, ansiedade e transtorno do deficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

A equipe liderada por Xiaoqin Liu chegou à conclusão após a análise de dados de 905.383 crianças nascidas entre 1998 e 2012. Dessas, 32.400 desenvolveram um transtorno psiquiátrico, sendo que algumas nasceram de mães que estavam tomando antidepressivos durante a gravidez e outras não haviam sido expostas à medicação. “Mas quando olhamos para as crianças nascidas de mulheres que seguiram ou interromperam o tratamento com antidepressivo durante a gestação, podemos ver um risco aumentado de desenvolver um distúrbio psiquiátrico”, diz Xiaoqin Liu.

As crianças foram divididas em quatro grupos. No primeiro, ficaram aquelas não expostas a antidepressivos no útero. No segundo, as cujas mães estava tomando o remédio até descobrirem a gravidez e interromperam o tratamento. O grupo 3 foi composto pelos filhos das mães que estavam ingerindo antidepressivos antes e durante a gestação. E o quarto, por meninos e meninas cuja mãe iniciou o tratamento com o remédio já grávida.

A análise dos dados mostrou um número crescente de crianças com transtornos psiquiátricos no grupo em que as mães estavam usando antidepressivos durante a gravidez. Aproximadamente duas vezes mais crianças foram diagnosticadas com o problema no grupo 4 (14,5%), quando comparadas com as do grupo 1 (8%). Nos grupos 2 e 3, 11,5% e 13,6% dos participantes foram diagnosticados com transtorno psiquiátrico aos 16 anos de idade, respectivamente.

Prudência
Trine Munk-Olsen, integrante do estudo, ressalta que a equipe considerou o papel da herança genética ao analisar os dados. “Nossa pesquisa mostra que a medicação parece aumentar o risco, mas essa herdabilidade também faz parte”, diz. “Escolhemos realizar o estudo com o pressuposto de que os transtornos psiquiátricos são altamente hereditários. Por essa razão, queríamos mostrar que é muito estreito se você apenas olha o autismo, o que muitos estudos anteriores fizeram. Se a herdabilidade faz parte, outros distúrbios psiquiátricos, como depressão, ansiedade e sintomas semelhantes ao TDAH, também aparecerão nos dados “, completa.

A equipe ressalta ainda que os resultados do estudo não devem ser levados à risca. A intenção é ajudar médicos e pacientes na definição de como conduzir o tratamento ao longo da gestação, considerando que há casos em que a ingestão do antidepressivo pode ser interrompida e há outros que não. “Nesse caso, as mulheres não devem se sentir culpadas. Mesmo que haja um risco aumentado de que a criança desenvolva um transtorno psiquiátrico mais tarde na vida, nossa pesquisa mostra que não podemos culpar apenas a medicação. A herdabilidade também desempenha um papel”, diz Trine Munk- Olsen. Segundo os autores, a estimativa é de que entre 2% e 8% das grávidas tomem o remédio.

Brasil tem alta de 16% na doação de órgãos, mas quase metade das famílias ainda recusa transplante

Dados são referentes a comparação entre o primeiro semestre de 2017 e o do ano passado. Neste ano, houve queda nos transplantes de pulmão e pâncreas


O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, que o Brasil registrou recorde de doadores de órgãos, com 1.662 doadores no primeiro semestre — aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, segundo a pasta, a recusa das famílias em autorizar os transplantes ainda é alta (43%).

O órgão lançou a campanha “Família, quem você ama pode salvar vidas” para sensibilizar os parentes de pessoas com morte cerebral a doarem os órgãos. Atualmente, 26.507 pessoas aguardam por um rim; 11.413, por córnea; 1.904, por fígado; 389, por coração; 203, por pulmão; e 64, por pâncreas. O ministério estima gastar R$ 966 milhões neste ano com transplante de órgãos. De todos os procedimentos realizados no país, 93% foram feitos pelo SUS. Parte deles só foi possibilitado pelas parcerias com a FAB e empresas de transporte aéreo (667 órgãos).

Números
Os transplantes de fígado, rim, córnea e medula óssea registraram recorde neste ano. Pulmão e pâncreas, porém, tiveram queda, de 21,8% e 40%, respectivamente. Para melhorar os números de transplante de pâncreas, o governo federal anunciou que vai investir R$ 7 milhões ao ano.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, declarou que a parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB) possibilitou aumento de 6.000% nas cirurgias. Durante a apresentação da campanha, um certificado foi entregue à atleta Liége Gautério. Ela passou por transplante de pulmão e ganhou três medalhas em atletismo nas Olimpíadas dos Transplantados.

“Depois de amanhã faço meu sexto aniversário de transplante. Há seis anos eu recebi essa chance de viver em função de uma família que disse ‘sim’ para mim, para a minha família e para a minha equipe transplantadora”, disse Liége.

O Globo

FDA aprova primeiro tratamento dos EUA para a doença de Chagas

O benznidazol foi aprovado pelo U.S. Food and Drug Administration (FDA) para tratar a infecção parasita tropical causadora da doença de Chagas, em crianças de dois a 12 anos


O benznidazol (BNZ) é o fármaco de primeira escolha para o tratamento da doença de Chagas. No Brasil, este fármaco está disponível na forma de comprimidos de liberação imediata de 100 mg (adulto) e 12,5 mg (pediátrico) e é administrado duas ou três vezes ao dia, durante 60 dias.

Nos testes clínicos, de 55% a 60% dos pacientes pediátricos de seis a 12 anos tratados com benznidazol apresentaram teste de anticorpos negativo para Chagas, informou a FDA.

Os efeitos colaterais mais comuns da medicação incluíram dor de estômago, erupção cutânea, perda de peso, dor de cabeça, náuseas e vômitos.

Riscos mais graves podem incluir reações graves da pele, efeitos do sistema nervoso e depressão da medula óssea.

Segundo um comunicado, “o FDA está empenhado em disponibilizar opções terapêuticas seguras e eficazes para o tratamento de doenças tropicais”.

Terra

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Você sabia que existe transplante de ossos?

ossos Os ossos retirados de um doador, após seu falecimento, podem beneficiar aproximadamente 30 pessoas

Você já deve ter ouvido falar em transplante de medula, coração, córnea, rins, fígado. Mas sabia que existe também o transplante de ossos?

O Banco de Tecidos Músculoesqueléticos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Ministério da Saúde, é responsável pela captação, processamento e distribuição de osso, tendões e meniscos para utilização em cirurgias de transplantes na área da ortopedia e odontologia. Localizado no Rio de Janeiro, o Instituto possui equipes preparadas para realizar captações 24 horas por dia, 365 dias do ano.

O desenvolvimento tecnológico e a pesquisa na área de bancos de tecidos fazem parte de suas atividades, com o objetivo de aprimorar constantemente o processamento e a utilização desses tecidos. O Into atua ainda em campanhas de divulgação para chamar a atenção da sociedade para os problemas enfrentados pelos bancos de ossos brasileiros, que necessitam urgentemente de doadores

Saiba mais!

É possível doar osso?
Sim. O Into tem uma fila que atende a pacientes que necessitam de Tecido Ósseo em todo Brasil

Você sabe que o osso pode ser transplantado?
Com certeza você já ouviu falar em transplante de medula, coração, córnea, rins, fígado. Existe também o transplante de ossos. Mas ainda há muita desinformação e preconceito sobre o assunto.

Como funciona o processo de doação?
Familiares de pacientes hospitalizados que venham a falecer devem solicitar ao profissional de saúde que acompanha o caso que comunique à Central de Transplante do Rio de Janeiro. O Into, então, será acionado. Os telefones do programa são: 155 (Estado do Rio de Janeiro) e 08002857557 (outros Estados). Feita a notificação, um funcionário do programa vai até o hospital para fazer uma avaliação sobre a possibilidade da doação, que inclui a realização de um questionário de triagem sobre o possível doador. Após aprovação, o Banco de Tecidos é informado e desloca sua equipe para a unidade de saúde.

Quem pode doar
Pessoas com idade entre 18 e 70 anos, que não tenham sido vítimas de câncer ósseo, osteoporose ou doenças infecciosas transmitidas através do sangue (como hepatite, AIDS, malária). Não é permitida doação de pessoas que, há menos de um ano, possuírem tatuagem, tiverem feito uso prolongado de corticóides, acupuntura ou recebido transfusão sanguínea. É muito importante que os futuros doadores expressem, em vida, sua vontade de doar ossos já que, após confirmação do falecimento, a autorização é dada pela família.

Há risco da retirada de ossos com o paciente ainda vivo?
Não. A doação só pode ser feita depois de confirmada a morte do doador, sendo ela encefálica ou cardíaca, com o consentimento da família.

Quais pacientes podem precisar de um transplante ósseo?
Aqueles que apresentem perdas ósseas decorrentes de tumores, trocas de próteses e traumatismo, além de pacientes portadores de deformidades congênitas e de coluna, problemas odontológicos, etc

Você sabe quantas pessoas podem ser beneficiadas em uma doação de ossos?
Os ossos retirados de um doador, após seu falecimento, podem beneficiar aproximadamente 30 pessoas.

Autorizada a doação, o cadáver ficará mutilado ou deformado?
Não. O cadáver do doador passa por uma cuidadosa reconstrução. Retiram-se os ossos dos braços e das pernas e, em substituição, colocam-se outros de material sintético. Sendo assim, a aparência do doador permanece preservada.

Em quanto tempo pós-morte, com o coração parado, é possível a retirada dos ossos?
A equipe tem até 12 horas pós-morte para captar o tecido e armazená-lo no Banco de Tecidos.

Após a retirada dos ossos, como é realizada sua preparação para o transplante?
Os ossos são encaminhados para o Banco de Tecidos do Into, onde são processados em uma área especial, com ar totalmente puro para evitar contaminação por bactérias e vírus. Depois disso, são armazenados em temperatura de -80ºC, podendo ser guardados por até cinco anos. O Banco de Tecidos do Into possui capacidade de armazenar ossos de mais de 50 doadores - com nível de segurança semelhante ao dos principais bancos de ossos do mundo - e controle de qualidade em todos os estágios do processo.

Como os ossos são disponibilizados para os pacientes que precisam de transplante?
Quando um paciente precisa de transplante ósseo, seu médico preenche uma solicitação para que o Banco de Tecidos o inclua em sua fila. A disponibilização dos ossos para transplante segue a ordem cronológica dessa fila. Portanto, a doação não pode ser feita para um paciente específico, a menos que esse seja o próximo da fila a receber o transplante.

Existe algum custo para o doador ou para o receptor?
Não. Todo o processo realizado pelo Banco de Tecidos do Into é gratuito, incluindo a captação, o processamento e a distribuição dos ossos. Não há custo para as famílias do doador e do receptor.

Fonte: Into/ CIHDOT - Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante Edição: Comunicação Interna/ASCOM/GM/MS

Sua toalha é (muito) mais suja do que você imagina

Foto: Reprodução
Onde você costuma deixar sua toalha de banho? E com que frequência você a lava?

Um novo estudo acaba de mostrar que ela pode estar mais suja do que você imagina e cheia de bactérias prejudiciais à saúde. De acordo com informações da versão on-line da revista americana Time, as toalhas são um local propício para o crescimento de microrganismos.

Cada vez que você usa a tolha, você transfere bactérias naturalmente presentes na sua pele e qualquer outro germe que você esteja carregando. Além disso, elas são úmidas, quentes, absorventes e costumam ficar penduradas em banheiros escuros. Ou seja, a combinação perfeita.

Bactérias coliformes
Embora a maioria desses germes não vá ter nenhum efeito negativo à sua saúde, já que fazem parte de você, outros, como a Escherichia coli ou a Salmonella, bactérias coliformes presentes nos banheiros podem ser prejudiciais à saúde. Em um estudo que ainda não foi publicado, Charles Gerba, microbiologista da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, descobriu que cerca de 90% das toalhas estavam contaminadas com bactérias coliformes e cerca de 14% com E. coli.

Outra pesquisa, também realizada por ele, encontrou essas mesmas bactérias em panos de prato na cozinha. A quantidade de bactérias E. coli presentes nessas toalhas estava associadas a quantidade de vezes que elas eram lavadas.

Compartilhamento
Compartilhar toalhas também pode não ser uma boa ideia. Após um surto de MRSA, infecção causada pela superbactéria Staphylococcus aureus, em jogadores universitários de futebol americano de Los Angeles, um estudo descobriu que o compartilhamento de toalhas entre os atletas propiciou a transmissão da doença. Isso acontece porque algumas pessoas podem carregar o microbio sem desenvolver a infecção, no entanto, ao passa-las para outra pessoa, ela pode desenvolver a infecção.

A boa notícia é que a menos que você tenha cortes, machicados ou pele seca, condições que facilitam a entrada dos micróbios em seu organismo, é improvável que você fique doente só de entrar em contato com uma toalha usada por outra pessoa. É impossível manter sua tolha completamente livre de germes, mas é possível evitar os riscos associados à proliferação desses micro-organismos ao lava-las com mais frequência.

Segundo Gerba, a maioria das pessoas não lava bem as mãos, então, ao enxuga-las em uma toalha, acabam esfregando bactérias em um local propício pra seu crescimento. “Após cerca de dois dias, se você secar seu rosto em uma toalha de mão, você provavelmente vai ter mais bactérias E. coli no seu rosto do que se você colocasse sua cabeça dentro de um vaso sanitário e desse descarga”, disse.

Higiene é o segredo para a prevenção
Existe uma forma de prevenir a contaminação? Sim: manter suas mãos e toalhas limpas frequentemente. Gerba recomenda que as toalhas que ficam no banheiro sejam lavadas a cada dois dias de uso, princialmente se tiver crianças em casa. Mas se as toalhas forem mantidas secas entre os usos, é possível postergar a lavagem para uma semana após o uso.

O modo de lavagem também é importante
Bactérias conseguem sobreviver a detergentes comuns, então o ideal é usar água quente e um produto com alvejante de oxigênio ativado. Em resumo: se você mantiver suas mãos e suas toalhas limpas, é improvável que você fique doente por isso.

Veja

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Anvisa determina recolhimento de carne com conservante proibido

Produto da marca Grã Filé, do Frisa-Frigorífico Rio Doce S.A, foi reprovado por conter sulfito, substância proibida pelo Ministério da Agricultura

A Anvisa determinou, nesta terça-feira (26/9), o recolhimento, no mercado nacional, do produto carne moída congelada de bovino marca Grã Filé, SIF/Dipoa 0049/206, de lote fabricado em 22/3/2017 e com validade 22/3/2018, na embalagem plástica contendo 500g. Esta carne moída é produzida pelo Frisa-Frigorífico Rio Doce S.A.

A carne deste lote e com estas características foi reprovada em testes feitos no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio de Janeiro (Lacen-RJ) por apresentar sulfito, um conservante proibido pelo Ministério da Agricultura (Mapa) em carne moída, de acordo com duas instruções normativas daquele Ministério: IN 83/2003, e IN 51/2006.

A Agência determinou ainda que o recolhimento da carne deve ser feito pelo fabricante, a Frisa-Frigorífico Rio Doce, empresa com sede em Colatina (ES). A decisão está publicada na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União (DOU).

ANVISA

Cientistas criam teste rápido que detecta uso de cocaína na impressão digital

Estudo é o primeiro em grande escala de usuários da droga

Cientistas da Universidade de Surrey, no Reino Unido, desenvolveram um teste rápido, usando a impressão digital, que pode, em alguns minutos, confirmar se uma pessoa fez uso de cocaína. A pesquisa, publicada no jornal científico “Clinical Chemistry”, é o resultado do primeiro estudo em grande escala de usuários da droga. A pesquisa foi considerada um avanço para um alcance maior na detecção de usuários de outras substâncias da mesma categoria.

O estudo, realizado em parceria com o Netherlands Forensic Institute and Intelligent Fingerprinting (Instituto Forense e de Inteligência em Impressão Digital), foi liderado por Catia Costa e Melanie Bailey, da Universidade de Surrey. A equipe desenvolveu uma nova técnica para analisar os níveis de cocaína detectados nas impressões digitais: eles usaram papel cromatográfico para retirar as amostras como parte de uma técnica conhecida como “Espectrometria de massas por paper spray”.

Foram analisadas impressões digitais de pacientes que faziam tratamento em centros de reabilitação, assim como de um grande grupo não usuário de drogas. Todos os participantes lavaram suas mãos de formas variadas antes do teste, para, depois, as amostras serem coletadas em um “paper spray”.

Espectrometria de massas por paper spray é uma técnica recente que têm mostrado boa sensibilidade analítica para detecção de drogas pelo sangue. O grande avanço relativo ao estudo é comprovar as impressões digitais como uma alternativa de matriz não invasiva e de simples rastreamento.

Na impressão digital analisada foram utilizados produtos químicos para que os cumes delas (e, por consequência, a identidade do doador) pudessem ser estabelecidas antes da análise. Quando se faz uso de cocaína, os traços dos indicadores quimícos benzoylecgonina e metilecgonina, enquanto metabolizam a droga, ficam presentes em resíduos das impressões digitais. Tais traços podem ser detectados mesmo após a higiene das mãos.

Segundo Catia Costa, “Espectrometria de massas por paper spray está ganhando crescente popularidade porque é incrivelmente sensitivo e muito fácil de configurar um sistema de teste. Vai salvar tempo de laboratório”. “Essa é a primeira vez em que a técnica foi usada para detectar a presença de drogas em impressões digitais. Nossos resultados mostram que a técnica foi 99% efetiva ma detecção do uso de cocaína nos pacientes”, completou ela.

Melanie Bailey completa a colega: “É um grande avanço trazer um método não invasivo de teste de drogas para o mercado, que irá trazer um resultado definitivo em uma questão de minutos. Já estamos trabalhando em um método de 30 segundos”. Jerry Walker, CEO da “Intelligent Fingerprinting”, afirmou que “Essa pesquisa mostra claramente o importante papel que as impressões digitais podem ter na simplificação do rastreio de drogas”.

O Globo

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

#Fibromialgia: Saiba o que é a doença e como é o tratamento!

A fibromialgia é uma doença é silenciosa, não detectável em exames laboratoriais e, às vezes, não causa qualquer transformação externa na pessoa

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) calcula que a doença afeta cerca de 3% da população, sendo que acomete mais as mulheres na faixa etária de 30 a 55 anos, mas existem alguns casos em pessoas mais velhas, crianças e adolescentes.

Assunto em pauta no Brasil nos últimos dias, a Fibromialgia, doença que tirou a Lady Gaga do Rock in Rio 2017, é caracteriza por dores intensas em várias partes do corpo que provocam fadiga, distúrbios do sono e episódios depressivos. A doença é silenciosa, não detectável em exames laboratoriais e, às vezes, não causa qualquer transformação externa na pessoa.

Quais são os sintomas?
Para os pacientes é difícil definir se a dor é nos músculos ou nas articulações e costumam dizer que não há nenhum lugar do corpo que não doa.

Além da dor, surgem sintomas como fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada, com a sensação de que não dormiu) e outras alterações como problemas de memória e concentração, ansiedade, formigamentos/dormências, depressão, dores de cabeça, tontura e alterações intestinais.

E as causas?
A doença pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que depois progride para todo o corpo.

A fibromialgia acomete mais as mulheres na faixa etária de 30 a 55 anos, mas existem alguns casos em pessoas mais velhas, crianças e adolescentes. Por isso, é importante os pais observarem sintomas como dor desproporcional a lesões ou excesso de fadiga em seus filhos, e em casos de dúvidas procurar um profissional de saúde.

Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico. O profissional irá realizar um exame no qual deve se manifestar dor em ao menos 11 dos 18 locais esperados de pontos musculares dolorosos. Antes de dar o diagnóstico de fibromialgia, o médico irá excluir outras condições clínicas, como doenças reumáticas e distúrbios primários do sono.

Doença crônica
A Fibromialgia é uma condição médica crônica, significando que dura por muito tempo, possivelmente por toda a vida. Mas, a Fibromialgia não é uma doença progressiva.

Ela não causa danos às articulações, aos músculos, ou órgãos internos.

Tratamento
Em relação a medicamentos, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Dor Crônica indica o uso de relaxantes musculares apenas por curtos períodos de tempo. Em geral, a doença é tratada com o uso de antidepressivos. A prática de atividades físicas é outra aliada no tratamento da fibromialgia.

Além disso, com a publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, foram institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) a homeopatia, as plantas medicinais e os fitoterápicos, a medicina tradicional chinesa/acupuntura, a medicina antroposófica e o termalismo social-crenoterapia. Essas terapias, associadas aos tratamentos convencionais, ajudam a minimizar os efeitos colaterais, trazendo mais qualidade de vida ao paciente durante o tratamento e ajudando-o a apresentar resultados positivos.

A estratégia para o tratamento ideal da dor crônica é uma abordagem multidisciplinar com a combinação de modalidades de tratamentos não farmacológico e farmacológico. O tratamento deve ser elaborado, em discussão com o paciente, de acordo com a intensidade da sua dor, funcionalidade e suas características, sendo importante também levar em consideração as questões biopsicossociais e culturais.

Quer saber mais?
A Sociedade Brasileira de Reumatologia publicou uma cartilha sobre Fibromialgia, onde você pode esclarecer suas dúvidas com relação à doença (para acessar clique aqui) E não se esqueça! Procure uma Unidade Básica de Saúde sempre que necessário.

Sepse causa mais de 200 mil mortes por ano no Brasil

Hospital Evangélico adota na rotina de atendimentos o protocolo de sepse quando necessário

Febre alta, calafrios, dificuldades para respirar, fraqueza, pressão baixa, taquicardia, diminuição da quantidade de urina, sonolência e até confusão mental são sintomas característicos de várias doenças, inclusive sepse. Mais conhecida como infecção generalizada, a sepse pode ocorrer também em apenas um dos órgãos e despertar graves reações inflamatórias por todo o organismo.

A detecção da doença nas primeiras horas após o início dos sintomas e o atendimento adequado poderiam evitar mais de 200 mil mortes por ano no Brasil. No entanto, a redução nos óbitos esbarra na superlotação dos hospitais, na falta de equipamentos, medicamentos e laboratórios e na escassez de profissionais da saúde para os atendimentos de urgência.

Segundo o Ilas (Instituto Latino-americano de Sepse), 25% dos leitos de UTIs no Brasil são ocupados por pacientes que desenvolveram a doença, considerada a principal responsável pelas mortes identificadas na unidade. A infecção pode atingir crianças, adultos e idosos de forma grave, mas ainda é pouco conhecida entre a população e, às vezes, negligenciada pela equipe médica. Conforme o instituto, a sepse mata mais que infarto do miocárdio.

“Quase ninguém sabe o que é sepse ou já ouviu falar sobre a doença. É importante que a população saiba o que é para reconhecer os sinais e sintomas iniciais e procurar ajuda o mais rápido possível. Às vezes, o paciente chega ao pronto-socorro tardiamente e, por mais que a equipe adote todos os procedimentos, é difícil controlar a infecção”, explica a coordenadora do Ilas, Mariana Barbosa Monteiro. A enfermeira esteve em Londrina para participar de um evento de capacitação promovido pelo HE (Hospital Evangélico).

Estudo publicado pelo instituto mostrou que em média, dos casos de sepse identificados nos hospitais brasileiros, 55% resultam em óbito. Já nos países desenvolvidos, a mortalidade varia de 20% a 25%. Estima-se que mais de 400 mil casos por ano ocorram no Brasil. No entanto, o cálculo é feito de acordo com os números norte-americanos e já que há subnotificação das ocorrências nos hospitais brasileiros. Neste ano, a OMS (Organização Mundial de Saúde) incluiu a sepse como uma das prioridades no setor da saúde.

“Para melhorar esses índices, precisamos de campanhas públicas, de políticas de saúde e da implementação do protocolo de atendimento nos hospitais. É importante que a enfermagem tenha bastante conhecimento para fazer o encaminhamento precoce, que a equipe médica também esteja bem treinada e toda a equipe multidisciplinar, como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, esteja ciente das implicações da sepse”, ressalta Monteiro.

O Hospital Evangélico adota na rotina de atendimentos o protocolo de sepse quando necessário. Na campanha de conscientização “Tempo é vida”, a equipe dissemina as informações entre os próprios profissionais. Em linhas gerais, o protocolo prevê a administração de antibiótico e a coleta de exames já na primeira hora de atendimento. Também é necessário identificar o foco da infecção e encaminhar o paciente o mais rápido possível para um leito de UTI, mas nem sempre há vagas disponíveis.

“Nas primeiras seis horas, há uma sequência de medidas a serem adotadas pelos profissionais. De imediato, a coisa mais importante é iniciar o tratamento com antimicrobiano para eliminar a bactéria. É preciso interromper o crescimento logo no começo porque se permitirmos que a bactéria se multiplique a situação foge do controle”, frisou a médica coordenadora da UTI 2 do HE, Cintia Grion.

A chance de sobrevivência do paciente com sepse diminui 8% a cada hora quando não é administrada a medicação adequada. Ao mesmo tempo em que o combate à doença exige rapidez, também é necessário ter cautela na utilização do antibiótico, conforme lembrou a infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do HE, Fernanda Barros, durante palestra à equipe de profissionais.

“Uma pesquisa americana apontou que cerca de 70% dos antibióticos são usados de forma adequada. Então temos 30% utilizados incorretamente. Nesses 70%, mesmo quando há a indicação para o uso do antibiótico, ainda é preciso corrigir a dose, o intervalo e o tempo de duração do tratamento. Então, temos essa mortalidade que aumenta a cada hora, mas também existe um uso abusivo. É preciso haver equilíbrio para o uso racional”, alertou. O uso excessivo pode contribuir para o aparecimento de bactérias cada vez mais resistentes.

Na pediatria
Na última semana, o Hospital Universitário de Londrina passou a adotar um protocolo de sepse também para os atendimentos na pediatria. A médica da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HU e professora de infectologia pediátrica da UEL, Jaqueline Capobiango, destacou que o hospital é um dos pioneiros no programa voltado às crianças. “Para a infância, nós não temos ainda como temos para os adultos um programa sistematizado de abordagem rápida. Agora fizemos a abertura do nosso protocolo no Hospital Universitário baseado no Instituto Latino-americano de Sepse para tentar fazer esse diagnóstico e abordagem o mais rápido possível para a pediatria. Toda a equipe do hospital está recebendo treinamento. Há poucas publicações específicas de sepse em crianças. São muitas vidas que podem ser salvas com intervenções simples, mas em tempo adequado”, comenta.

Para reduzir a mortalidade em todas as faixas etárias, a médica defende que são necessários “recursos humanos, logística de trabalho adequada e equipamentos”. “O que adianta estar em um pronto-socorro que não tem oxímetro? Como fechar o diagnóstico? É preciso ter o mínimo para atendimento rápido, além de treinamento e educação continuada. O paciente que já está internado tem um médico responsável e uma enfermeira que está de olho nele. O problema é a porta de entrada. É aquele paciente que está no pronto-socorro, no corredor do hospital porque não tem leito. Aí é que está fazendo a diferença para diminuir essa mortalidade por sepse no País”, lamentou.

Folha de Londrina

Idosos podem se vacinar?

No Dia Mundial do Idoso, especialista tira dúvidas sobre imunização na terceira idade

Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2017 - As vacinas são uma forma eficaz de se proteger contra vírus e bactérias, por isso, é uma medida importante para a saúde da população. Mas o cuidado com as doses a serem tomadas não deve ser só para bebês, crianças ou adultos; os idosos também devem se imunizar. Para comemorar o Dia Mundial do Idoso, celebrado em 1º de outubro, o infectologista Jessé Reis, integrante do corpo clínico do laboratório Lâmina, responde às principais dúvidas sobre a vacinação na terceira idade.

Os idosos podem se vacinar?
Sim, os idosos também têm que tomar certos cuidados. Com o passar dos anos, o sistema imunológico reduz a capacidade de responder a algumas infecções. Doenças simples como a gripe podem levar a complicações respiratórias graves e induzir outras infecções bacterianas, como a doença pneumocócica.

Por que é importante a vacinação na terceira idade?
As imunizações da infância vão perdendo sua eficácia, e podem existir novas vacinas criadas depois da época do nascimento do idoso. Algumas vacinas precisam ser mantidas com doses regulares ao longo do tempo para que preservem sua capacidade protetora, como a vacina contra o tétano e a difteria, que deve ser repetida a cada 10 anos. Outras razões que podem obrigar um idoso a tomar mais vacinas são as doenças de base e aquelas que afetam o sistema imunológico, mais fragilizado nessa idade.

Quais os benefícios das vacinas para os idosos?
Além da prevenção, a imunização está ligada diretamente à redução de hospitalizações por doenças cardíacas e cerebrovasculares, que podem ser agravadas pela pneumonia ou influenza (gripe), levando até à morte. Com o calendário de vacinas para os idosos, observa-se a queda das internações por esses motivos.

Que vacinas os idosos podem tomar?
A vacina contra difteria, tétano e coqueluche deve ser lembrada como opção e deve ser feita em intervalos de 10 anos nos indivíduos que tenham o esquema básico da vacina completo. A tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) pode ser importante, especialmente em situações de viagens internacionais, para locais em que essas doenças ainda não estejam controladas. Para eles também são indicadas a vacina anual da gripe e a pneumocócica. A última protege contra infecções graves causadas por essa bactéria e é indicada, principalmente, para idosos cardiopatas, diabéticos, portadores de doenças pulmonares crônicas e/ou outras doenças crônicas. Mesmo sem doenças de base, é uma vacina importante após os 65 anos.

Outro exemplo de imunização focada na terceira idade é a vacina contra o herpes zoster, uma manifestação do vírus da varicela que acomete principalmente os idosos e pode causar grande desconforto por conta do quadro de dor crônica que gera. Já a necessidade da vacina da febre amarela deve ser avaliada por um médico, que precisa levar em consideração o benefício e os riscos de eventos adversos nessa faixa etária e/ou decorrentes de comorbidades, bem como o histórico vacinal. Atualmente, a vacina é recomendada em dose única, não sendo mais necessários reforços, e é indicada apenas para idosos que morem em áreas endêmicas ou que estejam passando por elas.

Paula Borges
paula@saudeempauta.com.br

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Testosterona: quando o homem precisa repor?

Aos 50 e 60 anos os homens devem se preocupar mais com a saúde, realizar exames periódicos e prestar atenção aos sintomas do corpo que indicam doenças precocemente


Um dos problemas que podem ser detectados é a deficiência de testosterona. Com ela, os homens costumam sentir diminuição da libido, perda de massa muscular, aumento de massa gorda, fraqueza, dificuldade para dormir e disfunção erétil.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 20% a 30% dos homens com mais de 40 anos sofrem com a deficiência do hormônio e suas consequências. De acordo com um dos especialistas mais conceituados do país, o andrologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife, a diminuição da testosterona devido à idade deve ser tratada se o homem apresentar sintomas ou complicações.

Nestes casos, o tratamento é feito através da terapia de reposição hormonal, que, como o próprio nome sugere, é utilizada para suprir a falta do hormônio no corpo. “Para confirmar a deficiência de testosterona, o médico solicita um exame que mede os níveis do hormônio. Se a testosterona estiver baixa, menor que 350 ng/dL, constata-se o problema e então inicia-se o tratamento”.

A reposição pode ser feita através de injeções intramusculares ou com gel de testosterona, que é aplicado na pele diariamente. O médico afirma que a melhora dos sintomas ocorre em 1-2 meses na maioria dos casos, e que, usualmente, a reposição é necessária por toda a vida. “A avaliação com um especialista deve ser rigorosa para identificar se há alguma contraindicação ao tratamento. Além disso, o acompanhamento deve ser criterioso e constante, para avaliar a melhora dos sintomas e dos níveis de testosterona”, ressalta.

As principais contraindicações para o tratamento são o desejo de ter filhos, já que a reposição de testosterona causa infertilidade, e a presença de câncer de próstata ativo.

Filipe Tenório alerta também para um erro que as pessoas costumam cometer ao falar da doença. “Muitos chamam erroneamente a deficiência de testosterona de andropausa, fazendo o paralelo com a menopausa feminina. Mas, ao contrário do que acontece com as mulheres, a redução da testosterona não ocorre em 100% dos homens e não é uma coisa normal. Ela deve ser tratada porque o paciente tende a ter mais complicações e, inclusive, aumenta o risco de morte”, afirma o especialista.

Blog da Saúde

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Especialistas alertam: Propaganda de remédios é alienante e perigosa à saúde

remédiosPerigosa e alienante, a publicidade de medicamentos, na análise de especialistas

Por Luiza Medeiros, no Blog do CEE-Fiocruz

Exposição a medicamentos sem eficácia comprovada, risco de submissão a tratamentos inadequados, suscetibilidade a efeitos colaterais e ao agravamento de quadros clínicos são possibilidades criadas pela preponderância do viés publicitário e mercadológico no cuidado com a saúde.

Conforme aponta o médico e pesquisador da Ensp/Fiocruz, Jorge Bermudez, trata-se de um mercado em ascensão.

“No contexto das restrições econômicas que grassam não apenas no Brasil, mas em âmbito mundial, o faturamento do mercado varejista continua crescendo, mostrando ser uma das indústrias mais poderosas do mundo, impondo seus interesses e seus produtos. Entretanto, precisa lançar mão de estratégias nada ortodoxas para assegurar a fidelidade a suas marcas e assim aumentar o faturamento e o domínio de fatias de mercado”, afirma Bermudez, no artigo Indústria farmacêutica: marketing desenfreado e mercado em ascensão, produzido para o blog do CEE-Fiocruz .

No artigo, Bermudez apresenta dados do IMS Health que mostram que de décimo maior mercado, em 2010, o Brasil passou a sétimo, em 2015, com expectativa de ser o quinto maior mercado farmacêutico em 2020.

Isso representa, hoje, um faturamento anual em torno de R$ 87 bilhões. Os medicamentos genéricos, que vêm aumentando seus aportes, representam cerca de 22% do mercado no país.

“São 65 mil farmácias, 50% delas agrupadas em grandes redes de varejo, que transformam o mercado farmacêutico varejista num grande campo de batalha de interesses e disputas”, observa Bermudez.

Segundo o médico sanitarista e ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, entre os impactos da propaganda de medicamentos na saúde pública, estão a indução ao gasto das famílias com medicamentos sem eficácia comprovada, a exposição a efeitos adversos potencialmente graves e a construção de uma consciência em saúde “negativa e alienada na essência”.

“Trata-se de um componente, que se soma às demais estratégias de ampliação do consumo, como a propaganda ética (dirigida diretamente aos médicos) e outras, de um processo de medicalização que se afasta da dimensão ética, política e sanitária que deve reger a política nacional de assistência farmacêutica”, afirma Temporão.

De acordo com o jornalista e ex-editor do programa Radis/Ensp/Fiocruz, Álvaro Nascimento, autor do livro Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado: isto é regulação?, a produção farmacêutica passou a ocupar o lugar de apenas um produto de consumo entre outros, e tornou-se objeto de monopólios mundiais e de concentração de renda.

“Isso ocorre via mecanismos inaceitáveis como, por exemplo, as famigeradas patentes farmacêuticas, que merecem um debate específico de viés civilizatório”, observa Álvaro no artigo Propaganda de medicamentos faz mal à saúde, também produzido para o blog do CEE-Fiocruz, que caracteriza a propaganda de medicamentos para grande público no Brasil como “abusiva e repleta de irregularidades”.

A produção de medicamentos, aponta, sofre o impacto e mexe com poderosos interesses de pelo menos três grandes setores com enorme poder econômico e político em nosso país: “a indústria farmacêutica, as poucas empresas monopolistas da área de comunicação e o comércio varejista”.

INCA lança cartilha sobre câncer de próstata

O câncer de próstata é o tipo de câncer mais frequente em homens no Brasil, depois do de pele não-melanoma. Somente este ano, são esperados 61.200 casos novos da doença

INCA LOGO

Para informar a população, em linguagem simples, sobre os aspectos gerais da doença, o INCA lança a cartilha Câncer de próstata: vamos falar sobre isso?

Criada a partir das respostas às principais dúvidas apresentadas por homens em grupos de pesquisa, a cartilha trata de aspectos gerais do câncer de próstata, possibilidades e limites para detecção precoce e fatores que podem aumentar o risco da doença.

Fonte: INCA

Sal em excesso aumenta em até 73% o risco de diabetes

Segundo um novo estudo, cada grama de sódio acima do limite diário está associado a um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2 e auto-imune latente

O sal já é velho inimigo dos hipertensos. Agora, de acordo com um novo estudo apresentado durante congresso da Associação Europeia para Estudos do Diabetes, em Portugal, cada grama de sódio (ou cada 2,5 gramas de sal) consumido em excesso pode elevar em até 43% o risco do indivíduo desenvolver diabetes tipo 2 e em 73% o risco de diabetes autoimune latente em adultos (Lada), variação da doença em que anticorpos também afetam a produção de insulina. Segundo orientações da OMS, o consumo diário de sal deve ser limitado a cinco gramas de sal, equivalente a duas gramas de sódio.

Sal e diabetes
Segundo os pesquisadores, do Instituto Karolinska, de Estocolmo, na Suécia, além de levar à hipertensão, o sódio pode impactar a resistência insulínica. Estudos anteriores já haviam sugerido uma associação entre o consumo excessivo de sal e o diabetes tipo 2, mas nenhum observou como o consumo do sal também poderia afetar a forma autoimune da doença. “Dada a característica autoimune do diabetes latente, uma dieta com alto teor de sódio pode acelerar a ação dos anticorpos e desempenhar um papel na patogênese da doença”, disse Bahareh Rasouli, líder da equipe de pesquisa, ao Medical News Today.

Diabetes auto-imune latente
O diagnóstico do diabetes auto-imune latente é frequentemente confundido com o diabetes tipo 2 por causa aos sinais semelhantes. No entanto, nessa variação da doença, o próprio sistema imunológico ataca as células que produzem insulina, de forma muito parecida com o diabetes tipo 1. A diferença é que a latente tem uma progressão muito mais lenta, surgindo apenas na vida adulta. Muitas vezes, um paciente com diabetes latente recebe um tratamento para diabetes tipo 2 e não percebe melhora, pois os anticorpos continuam a atacar.

O estudo
No estudo, os cientistas analisaram dados de uma pesquisa de saúde feita na Suécia, que obteve informações sobre a dieta de indivíduos com as condições – 355 com diabetes autoimune latente e 1136 com diabetes tipo 2 – e compararam com dados de outras 1.379 pessoas saudáveis. Os participantes foram divididos em grupos conforme a quantidade diária de sal que consumiam, consumo baixo (até seis gramas), consumo médio (até 7,9 gramas) e consumo alto (mais de 7,9 gramas).

Consumo excessivo
Além do risco elevado a cada grama ingerida, aqueles que entraram na categoria de consumo alto mostraram 58% de chances de desenvolver o diabetes tipo 2 comparados aos que consumiam até seis gramas de sal por dia. Enquanto isso, as pessoas que já tinham uma predisposição genética para a doença e que também tiveram um alto consumo diário tiveram uma probabilidade quatro vezes maior de desenvolver o diabetes autoimune do que aqueles com o menor nível de ingestão.

Variáveis
Os pesquisadores também levaram em consideração variáveis como idade, sexo, IMC, frequência de atividade física, fumo e consumo alcoólico, que poderiam afetar os resultados gerais. Mesmo assim, o estudo teve uma limitação: por ter sido baseada em questionários, é possível que os participantes tenham ocultado detalhes importantes ou comedido as quantidades consumidas de fato. Dessa forma, a pesquisa pode ter indicado efeitos subestimados do consumo de sal em excesso. Segundo Bahareh, investigações mais aprofundadas sobre a interação entre dieta e fatores genéticos no contexto do diabetes pode ajudar descobrir novos meios de prevenir a doença.

Veja

Vício em opioides vira caso judicial nos EUA

Frascos de vários medicamentos a base de opioides numa farmácia em Ohio; Estado está processando empresas farmacêuticas por onda de mortes por overdose A pilha de corpos continua aumentando no necrotério na cidade americana de Dayton, no Estado de Ohio

“Nosso espaço refrigerado não para de ser expandido”, diz Kent Harshbarger, legista do condado de Montgomery. “Isso está diretamente ligado à epidemia de opioides. Não há dúvidas disso”. Duas vezes neste ano, as instalações a cargo de Harshbarger ficaram tão cheias que ele considerou alugar unidades de refrigeração em outros lugares. No ritmo atual, ele deverá realizar necrópsias em cerca de 1.800 vítimas de overdose em 30 condados do Estado de Ohio em 2017, mais do que o dobro do total no ano passado. Ao se formar como patologista forense em 2001, Harshbarger tinha sido treinado para lidar com acidentes em transportes de massa, desastres naturais e surtos pandêmicos.

“Mas não para algo desse tipo, não para uma epidemia de overdoses de drogas nessa dimensão”, diz. “Todas as outras coisas têm um ponto final, mas isso vai se prolongar por anos”. Para enfrentar a demanda, ele começou a fazer horas extras e contratou mais 12 funcionários, incluindo seis patologistas, o que o obrigou a buscar um aumento nas verbas municipais. O preço de enfrentar a onda de mortes por overdose é apenas uma linha numa lista cada vez mais longa de custos associados à epidemia de opiáceos nos EUA, que no mês passado foi declarada uma emergência nacional pelo presidente Donald Trump. Mais de 183 mil americanos morreram de overdose envolvendo um opioide receitado entre 1999 e 2015, e o número de mortes anuais quadruplicou no mesmo período, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês) dos EUA.

A agência governamental estima que cerca de 2,6 milhões de pessoas no país estão hoje viciadas em drogas e medicamentos derivados do ópio, que é extraído da papoula. As estatísticas subestimam a verdadeira escala da epidemia, porque muitas vítimas morrem não devido a medicamentos receitados, mas por opioides ilegais, como a heroína, que elas tendem a usar depois de se viciarem em opioides legais, receitados como analgésicos. O CDC contabilizou 33 mil mortes no ano passado, que contribuem para transformar as overdoses de drogas na principal causa mortis entre pessoas com menos de 50 anos nos EUA. Dados do governo sugerem que o total do ano passado pode ser ainda maior.

Forças policiais dizem precisar de mais recursos para enfrentar a onda de overdoses e o crime relacionado às drogas; hospitais e centros de saúde estão estocando naloxona, um antídoto caro que pode custar até US$ 470 por injeção; e agências governamentais locais estão gastando mais com tratamento e centros reabilitação. Apenas Ohio diz ter gasto quase US$ 1 bilhão no combate à epidemia. Diante da perspectiva de elevar impostos para financiar os gastos extras, políticos locais decidiram tentar recuperar pelo menos parte do dinheiro daqueles aos quais culpam pelo início dessa crise: as companhias farmacêuticas que produziram e comercializaram as drogas e os atacadistas e farmácias que as distribuíram.

No ano passado, pelo menos 30 Estados, cidades e municípios iniciaram ações judiciais contra farmacêuticas e distribuidoras ou recrutaram formalmente advogados, num processo que tende a funcionar como um prelúdio para ações legais abrangentes, segundo uma análise do “Financial Times” baseada em documentos de tribunais e registros governamentais. Essa tentativa de responsabilizar as empresas tem sido comparada com os processos movidos pelos EUA contra a indústria do fumo, que resultou num acordo envolvendo o pagamento de US$ 200 bilhões em 1998. “[Isso] poderá ser tão grande quanto o [caso do] tabaco”, diz Jodi Avergun, advogada que atua como defensor em casos de crimes de colarinho branco no escritório de advocacia Cadwalader, Wickersham &Taft.

Ela acrescenta que as overdoses matam hoje mais que acidentes de carro e homicídios com armas de fogo somados. Richard Ausness, professor da Faculdade de Direito do Kentucky, prevê que todos os 50 Estados americanos iniciarão ações legais, juntamente com “milhares de entidades menores como condados e cidades”. Os custos legais para as empresas envolvidas serão “muito grandes.” Os escritórios de advocacia estão se oferecendo para trabalhar no modelo de “taxa de sucesso”, ou seja, eles serão remuneradas por uma grande fatia – geralmente cerca de um terço – de quaisquer acordos ou indenizações.

Se perderem os processos, não receberão nada. Joseph Ciaccio, advogado no escritório Napoli Shkolnik, diz que sua empresa está “se reunindo quase diariamente” com “autoridades de condado que pretendem ser reembolsadas pelo que gastaram e, assim, tirar o ônus dos ombros dos contribuintes. “Não encontramos um único lugar que não tenha sido afetado”, diz Ciaccio, cujo escritório representa cinco municípios que iniciaram ações judiciais. Alguns processos são contra fabricantes. Outros se concentram nas distribuidoras. Alguns atacam ambos.

Em sua maioria, os demandantes acusam os fabricantes de medicamentos de empregar táticas de venda agressivas para aumentar a emissão de receitas de opioides, minimizando a relevância dos riscos. Acusam ainda distribuidores e farmácias de terem feito pouco para identificar o grande número de pílulas que estavam sendo desviadas para traficantes no mercado negro. Entre os réus mais comumente citados estão fabricantes de medicamentos como a Purdue Pharmaceuticals, de capital fechado, Johnson & Johnson, Allergan, Mallinckrodt, Endo e Teva; distribuidores como a McKesson, AmerisourceBergen e Cardinal Health; e redes de farmácias como Walgreens e CVS. Essas empresas negaram as acusações ou então se recusaram a comentar, embora muitas tenham acrescentado que reconhecem a gravidade da crise e querem desempenhar um papel em sua solução.

O número de mortes por overdose envolvendo um opioide receitado quadruplicou entre 1999 e 2015 nos EUA Num processo movido em maio pelo Estado de Ohio, e que se tornou um modelo para a maior parte das ações legais subsequentes, o procurador-geral do Estado acusou os fabricantes de medicamentos de se valerem de “diversos canais para disseminar declarações falsas e enganosas” sobre quais pacientes eram candidatos apropriados para serem tratados com opioides.

Muitos especialistas em dor dizem que as drogas só devem ser usadas em pessoas com doenças terminais ou que sofrem de episódios agudos de dor, mas os fabricantes de medicamentos tentaram comercializar as pílulas para pacientes com condições crônicas, como dores nas costas ou no pescoço, alegam as ações judiciais. Ele cita a publicidade produzida pela Endo, que inclui imagens de pessoas que trabalham em “empregos fisicamente exigentes”, como empregados na construção civil e chefes de cozinha, insinuando que o medicamento Opana ER, da empresa, era adequado para pessoas com queixas contínuas de dor.

A ação judicial também alega que os fabricantes de produtos farmacêuticos gastaram grandes somas – quase US $ 170 milhões em 2014 – na remuneração de representantes de vendas para convencer médicos a usarem opioides em casos de dores crônicas, ao mesmo tempo em que pagavam honorários a um “grupo diversificado de especialistas aparentemente independentes” que promoviam as drogas em conferências e descartavam os riscos de dependência. Mesmo após o declínio no número de fumantes, o número de mortos devido ao fumo ainda é muito superior ao número de pessoas mortas pela epidemia de dependência de opioides. São cerca de 480 mil mortes por ano relacionadas ao fumo, segundo o CDC.

Porém muitos acreditam que o impacto financeiro da crise de opioides – dado que deverá influenciar o montante de possíveis indenizações ou acordos judiciais – acabará sendo muito maior. Se, por um lado, o custo do tabagismo foi em larga medida limitado às contas médicas, o vício em drogas está pressionando uma série de serviços públicos, do atendimento a crianças a prisões e policiamento. “A natureza do dano é diferente”, diz Ausness. “Ao contrair um câncer de pulmão, você não vive por muito tempo, mas um vício pode ser uma coisa que se mantém por 20 anos ou mais. Em alguns aspectos, é mais permanente”. Os advogados terão pouca dificuldade para comprovar que seus clientes estão gastando enormes somas de dinheiro para enfrentar a crise dos opioides, segundo a advogada Avergun.

“Os custos são astronômicos e estão ameaçando quebrar muitos municípios”, diz ela. Mas será muito mais difícil comprovar que as empresas farmacêuticas e os distribuidores são os culpados. Os advogados que aconselham as empresas dizem acreditar que os queixosos terão dificuldades de provar que as ações dos fabricantes de medicamentos – negligência ou outras – são a principal razão ou “causa imediata” da epidemia. “Há muitos elos na cadeia”, diz um advogado que trabalha para uma das farmacêuticas. “Claro, as empresas farmacêuticas criaram, desenvolveram e comercializaram as drogas – mas os órgãos reguladores as aprovaram, médicos as receitaram e os pacientes as tomaram. Para identificar uma causa imediata, você precisa explicar que nenhum dos outros elos contribui [para o vício].” Avergun concorda.

“Há um fosso causal gigantesco”, diz ela. Por essa razão, uma analogia melhor para o litígio envolvendo os opiaceos pode ser a tentativa, em grande parte malsucedida, de processar fabricantes de armas, segundo Ausness, porque há “vários elementos intervenientes entre o produtor e a vítima”. Além disso, muitas mortes não são causadas por overdose de comprimidos receitados, mas sim por heroína associada ao fentanil, um opioide sintético cem vezes mais potente do que a morfina. Apesar de cerca de quatro em cada cinco viciados em heroína dizerem que se viciaram em analgésicos, as drogas ilegais são uma das principais causas de mortes e de crimes, o que cria alguma distância entre as farmacêuticas e a epidemia de vício.

“Ao contrário dos fabricantes de cigarros, nossos produtos são medicamentos aprovados pela Agência Fiscalizadora de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA), receitados por médicos e distribuídos por farmacêuticos, para uso por pacientes com dores”, diz um porta-voz da Purdue, acrescentando que a empresa nega “vigorosamente” as acusações, mas compartilha das “preocupações das autoridades públicas com a crise dos opioides”.

Na semana passada, a Purdue apresentou formalmente uma resposta ao processo iniciado por Ohio, argumentando que o caso deveria ser arquivado porque a decisão da FDA de aprovar as drogas e as advertências nas bulas implicam que a empresa não pode ser processada com base na legislação estadual. Se os jurados serão ou não convencidos de que os fabricantes de medicamentos são inteiramente culpados pode acabar sendo irrelevante, pois os advogados preveem que o resultado mais provável é uma solução extrajudicial.

“Seria negligente, de nossa parte se não explorássemos maneiras de acabar logo com isso”, diz um advogado que trabalha para um dos grupos farmacêuticos. “Ninguém de nosso lado está insistindo em ‘nada de acordos’”. O principal foco da discórdia é o montante de um acordo. Enquanto os Estados e municípios apontam para o custo incalculavelmente elevado da crise, os advogados das empresas consideram que o setor de opiaceos é pequeno comparada com o do fumo.

As vendas de cigarros nos EUA geraram US$ 94,4 bilhões no ano passado, de acordo com o Euromonitor, empresa especializada na compilação de dados estatísticos, ao passo que o mercado de opioides vendidos sob receita médica movimentou US$ 8,5 bilhões, segundo a Quintiles IMS. Também não há nenhuma certeza de que as empresas farmacêuticas seriam capazes de arcar com um acordo de valor próximo da ordem de grandeza dos montantes pagos pelos fabricantes de cigarros em 1998.

Tentativa de culpar as empresas tem sido comparada aos processos contra a indústria do fumo A J&J, a maior empresa citada no litígio, tem muito dinheiro, mas vendeu suas operações envolvidas com a produção de opioides em 2015 para a Depomed, ao passo que a Purdue não divulga seus resultados financeiros. As empresas de capital aberto que dominam o setor de opiáceos de marca – Endo, Depomed e Mallinckrodt – encerraram o ano passado com dívidas líquidas totais superiores a US$ 14 bilhões e exibem alguns dos mais altos níveis de endividamento no setor farmacêutico. Mesmo que as duas partes possam concordar com um número, os processos teriam de ser agregados numa reivindicação capaz de ser resolvida com um único acordo geral.

Além disso, os demandantes precisariam entrar em acordo sobre uma fórmula para determinar como o dinheiro seria dividido, com base no número de mortes por overdose ou por receitas emitidas. Advogados de ambos os campos dizem ser difícil estimar quanto tempo será necessário para resolver o litígio, embora todos concordem que provavelmente levará anos. Enquanto isso, Harshbarger continuará enviando às autoridades locais as contas de necrópsias das vítimas de overdose. “Minha situação é algo peculiar”, diz ele, ponderando ser uma das poucas pessoas a se beneficiar – financeiramente, ao menos – da crise. “Minha carga de trabalho aumentou, e minha renda também”.

Valor Econômico

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A Síndrome das Pernas Inquietas

Por Dr. André Felício, CRM 109.665, neurologista, doutorado pela UNIFESP/SP, pós-doutorado pela University of British Columbia/Canadá, e médico pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein/SP

A cena é conhecida: a pessoa está se preparando para deitar, depois de um longo dia, e, neste exato momento de descanso, as pernas começam a doer, e há uma intensa vontade de balançar os membros inferiores. Trata-se da síndrome das pernas inquietas, a SPI, um problema neurológico que acomete de 5 a 10% da população, mas é pouco reconhecido.

A denominação “pernas inquietas” se refere ao fato de o indivíduo ter que movimentar as pernas para aliviar os sintomas desconfortáveis, como dor, formigamento e ardor nas pernas, do joelho para baixo, especialmente no final do dia, e que pode piorar em períodos de repouso prolongado.

Outra pista para o diagnóstico de síndrome das pernas inquietas são os movimentos periódicos dos membros, que ocorrem à noite durante o sono, e são involuntários. É bastante percebido no dia seguinte, quando se nota o excesso de bagunça nos lençóis.

Em relação a fatores que podem agravar a síndrome, destaca-se o consumo abusivo de cafeína, um dos vilões de quem sofre desta síndrome. Por outro lado, movimentar-se (caminhar ou correr) e fazer massagem nas pernas são dicas boas para aliviar estes sintomas, e muitos dos que sofrem da síndrome das pernas inquietas, nesta hora, podem contar com os parceiros de cama para auxiliar com massagens ou outras técnicas de relaxamento.

Ainda não há formas de prevenção para a síndrome das pernas inquietas, até porque uma parte grande dos casos é hereditária. A boa notícia é que há algumas medicações que podem amenizar bastante os sintomas como remédios das seguintes classes: agonistas dopaminérgicos, anticonvulsivante e benzodiazepínico. Como sempre, o ideal é buscar orientação de um médico familiarizado com este problema, que irá sugerir a melhor opção de tratamento ao paciente, após confirmar o diagnóstico.

Blog da Saúde

Cientistas transformam gordura ‘má’ em ‘boa’, aquela que ajuda a queimar calorias

Estudo publicado na 'Cell Reports' mostra que estrutura molecular da gordura branca pode ser transformada para que ela fique bege. Transformação contribuiu para a perda de peso consistente em camundongos

Acima, à esquerda, células brancas de gordura de camundongos utilizados na pesquisa.  Na outra imagem, à direita, células sem a proteína PexRAP transformaram o aspecto da gordura, que ficaram mais fáceis de 'queimar' (Foto: Irfan J. Lodhi/Washington University School of Medicine/Cell Reports)
Acima, à esquerda, células brancas de gordura de camundongos utilizados na pesquisa. Na outra imagem, à direita, células sem a proteína PexRAP transformaram o aspecto da gordura, que ficaram mais fáceis de 'queimar'
(Foto: Irfan J. Lodhi/Washington University School of Medicine/Cell Reports)







O nosso organismo acumula uma gordura boa e outra ruim. A boa gordura (marrom) ajuda a queimar calorias e está associada à habilidade do corpo de produzir calor; já a “ruim” (branca), contribui para o acúmulo de calorias -- o que leva ao ganho de peso, à obesidade e a problemas associados, como o aumento da prevalência de condições como diabetes e hipertensão.

Desde a distinção entre essas duas gorduras, a ciência tenta identificar uma maneira de aumentar a produção de gordura boa. Uma possível contribuição nessas empreitadas é a da Washington University School of Medicine, nos Estados Unidos, que "encontrou" uma maneira de converter a gordura ruim em marrom em camundongos. O método foi publicado nesta terça-feira (19) na “Cell Reports”.

Pesquisadores demonstraram que o bloqueio da atividade de uma proteína específica na gordura branca a transformou em gordura bege, um tipo de gordura entre a branca e a marrom. Nos camundongos em que a proteína 'PexRAP' foi bloqueada, não houve mais sua produção nas células de gordura. Essas cobaias também se tornaram mais magras que as demais, mesmo quando comiam a mesma quantidade de alimento que outros ratos. Ainda, cobaias que tiveram sua gordura modificada queimaram mais calorias.

O processo também fez com que as células de gordura aquecessem e, com isso, queimassem calorias. Segundo os pesquisadores, mesmo que a gordura branca não tivesse se transformado inteiramente em marrom, a bege também contribui para que o corpo queime mais calorias. "Ao visar a gordura branca, podemos converter gorduras ruins em um tipo de gordura que combata o ganho de peso", detalha

Lodhi. Lodhi e equipe esperam que algum tipo de terapia possa ser desenvolvida com base no que foi feito em laboratório: a ideia é que um medicamento seja capaz de bloquear uma proteína da gordura branca em seres humanos com segurança.

Frio influencia produção de gordura boa
Em uma outra etapa da pesquisa, camundongos foram colocados em um ambiente frio e os níveis de proteína bloqueada também diminuíram dentro da gordura branca -- o que permitiu que a gordura tivesse um aspecto que a deixasse mais próxima da gordura marrom.

A gordura branca é encontrada na barriga, quadris e coxas. Já a marrom, está localizada perto do pescoço e dos ombros.

Essas diferenciações entre os diferentes tipos de gordura são relativamente recentes na ciência: a gordura marrom foi descrita primeiramente em artigo do "New England Journal of Medicine" em 2009; já a bege, foi apresentada em 2015.

G1

Exame pode aumentar chances de gravidez natural após ser realizado

Histerossalpingografia é o segundo mais procurado para rastreio de infertilidade

Rio de Janeiro, 19 de setembro de 2017 – O nome pode até assustar, mas o exame de Histerossalpingografia (HSG) é um importante aliado na hora de investigar qualquer suspeita de infertilidade entre as mulheres, ficando em segundo lugar entre os exames do gênero – atrás somente do espermograma. No Brasil, os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram a estimativa de que 300 mil casais – em torno de 15% – não consigam ter uma gestação e filhos de forma natural, precisando recorrer a tratamentos de reprodução assistida. Porém, há estudos que mostram a eficácia do exame de HSG no estímulo da gestação, com até 20% dos casais que se submeteram a ele tendo sucesso na fertilização natural.

Segundo o radiologista Antonio Coutinho Jr., integrante do corpo clínico do Alta Excelência Diagnóstica, o exame é focado na anatomia feminina e consiste em uma radiografia do útero e das trompas que mapeia o caminho da fecundação. Desta forma, o especialista pode identificar, através do contraste, qualquer problema que exista no corpo da paciente e que esteja impedindo a fertilização do óvulo, como trompas alteradas, obstruções tubárias, fibrose nas regiões peritubáricas e outras anormalidades. Pacientes que já tiveram infecções ou cirurgias pélvicas, tumores benignos no útero ou perdas gestacionais também podem faze-lo sem qualquer complicação. Praticamente indolor, sem necessidade de internação e rápido, ele demora cerca de 30 minutos para ser feito.

“Já tivemos relatos de casos de gestações após a realização do exame. Em alguns estudos, cerca de 11 a 20% de casais previamente inférteis cuja mulher fez HSG engravidaram dentro de quatro meses após o exame, e essa taxa sobe para 20 a 30% quando eles também fazem algum tipo de tratamento após a procura do especialista”, conta o dr. Antonio. Isso tende a acontecer provavelmente pelo estímulo provocado pelo exame no aparelho reprodutor feminino com a lavagem mecânica das trompas, o estímulo dos cílios da mucosa tubária e a liberação de aderências peritubárias frouxas, porém ainda sem confirmação.

A HSG deve ser realizado uma semana após o início da menstruação, mas antes do período em que a paciente esteja ovulando, para o especialista ter a certeza de que ela não estará grávida durante o exame. Caso a mulher tenha qualquer infecção ou inflamação ginecológica ainda não completamente curada, é indicado que ela procure um especialista na área para finalizar o tratamento antes de submeter-se à HSG.

“Como não é um exame muito comum, sempre me preocupo em tirar todas as dúvidas que a paciente possa ter antes de iniciá-lo. Para isso, uso um modelo de plástico que recria o útero para que elas possam ver tudo o que será feito durante a HSG. Isso costuma dar mais confiança para a paciente e reduzir a ansiedade”, explica o radiologista.

Para aumentar um pouco mais o conforto das mulheres, o exame no Centro Médico do BarraShopping é feito com o contraste aquecido no aparelho, o que diminui a intensidade das cólicas – comuns de acontecerem durante o procedimento. Outro fator que melhora o desconforto é a injeção do contraste através de um cateter flexível e fino. O exame está disponível para agendamento com antecedência no Alta Excelência Diagnóstica da Barra da Tijuca. Para garantir maior conforto e bem-estar, as pacientes são atendidas no Espaço Mulher, um ambiente exclusivo localizado dentro do laboratório.

Foto: Reprodução

Informações para a imprensa
Saúde em Pauta
Paula Borges – (21) 99789-7643
E-mail: paula@saudeempauta.com.br
Facebook: @saudeempauta

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Você sabe o que é Nomofobia?

A denominação é recente, assim como esse distúrbio dos tempos modernos. Se a tecnologia é solução para muitos, pode ser um problema para outros

Você tem vários celulares, carrega toda noite e, se por acaso acabar a bateria, o sentimento é de angústia e desconforto significativo pela impossibilidade de se comunicar.

Já existe a Nomofobia, derivada de “No mobile”, do inglês, sem celular. Mas, espera, eu fico triste quando esqueço o celular, devo me preocupar?

Quem sofre de nomofobia não larga o celular nem para situações íntimas.

Para ser caracterizada como fobia, a ausência desses tipos de aparelhos deve trazer prejuízo significante, a ponto de atrapalhar a vida pessoal e profissional.

A dependência apresenta vários sinais ao ficar longe deles, como taquicardia, suores frios, dor de cabeça e sensação de nudez.

Há ainda outras características comuns, como abandonar tudo o que faz para atender o celular, carregar o aparelho na mão para que possa atender imediatamente, se esquecer em casa, voltar de onde está para pegá-lo.

A pesquisa feito pelo instituto britânico YouGov, revelou que 53% dos usuários de telefone celular do Reino Unido sofrem de nomofobia.

O estudo concluiu que a síndrome atinge mais os homens que as mulheres.

Do total de entrevistados, 20% afirmaram não desligar o telefone nunca, e cerca de 10% disseram que o próprio trabalho as obriga a estarem sempre acessíveis.

Blog da Saúde

Aspirina pode reverter danos da cárie

Segundo cientistas britânicos, o ácido acetilsalicílico ajuda a regenerar os dentes deteriorados com o estímulo de células-tronco

Um novo tratamento capaz de restaurar os dentes danificados pela cárie pode estar a caminho. De acordo com um novo estudo da Queen’s University de Belfast, na Irlanda do Norte, o ácido acetilsalicílico – princípio ativo da aspirina, analgésico com ação anti-inflamatória – pode estimular a regeneração dos dentes, preenchendo as cavidades danificadas pela cárie.

Regeneração dos dentes
Com base em dados de pesquisas anteriores, os cientistas testaram como a forma líquida da aspirina reagia sobre as células-tronco dos dentes e descobriram que essa combinação produzia a dentina – segunda camada dos dentes, logo abaixo do esmalte, que é deteriorada por uma substância produzida pelo excesso de placa bacteriana, que causa a cárie e, portanto, regenerar mesmo uma grande área danificada.

Naturalmente, os dentes têm habilidade regenerativa limitada. Isso significa que eles conseguem regenerar uma fina camada de dentina danificada, mas se a cavidade for grande, isso não será possível. Atualmente, o tratamento da cárie, para evitar que ela atinja o interior dos dentes (polpa), o que pode comprometê-los por completo, consiste na aplicação de selantes e resinas, que podem durar até 15 anos, dependendo da composição, mas que têm uma vida útil relativamente curta e, portanto, precisam ser trocadas diversas vezes ao longo da vida. Em casos mais graves, pode ser necessário um tratamento de canal, procedimento delicado que consiste na retirada da polpa infeccionada. O estudo também observou que a aspirina tem o potencial de repor minerais dessa estrutura, tornando-a mais resistente.

Novo tratamento
“Esperamos desenvolver uma terapia para que os dentes consigam se regenerar sozinhos.”, disse Ikhlas El Karim, principal autora da pesquisa, à BBC News. “Nosso próximo passo é tentar descobrir como aplicar a aspirina nos dentes, substituindo a necessidade de selantes”. O desafio dos pesquisadores é desenvolver um produto à base de ácido acetilsalicílico que possa ser aplicado no dente, mas que não seja removido com água, por exemplo, e que consiga liberar a substância por um longo período de tempo.

Uso profissional
Portanto, isso não significa que tomar aspirina previne o surgimento de cáries nem que aplicar o medicamento diretamente na cárie vai tratá-la. Além disso, os cientistas ressaltaram que o produto a ser desenvolvido será destinado para uso clínico e profissional. “Pensamos em produzir um produto que possa ser utilizado por um dentista, não por um paciente”, explicou a pesquisadora. Os resultados do estudo foram apresentados na quinta-feira no Congresso da Sociedade Britânica de Pesquisa Oral e Odontológica.

Veja

Alerta! Uso de antidepressivos entre indivíduos com mais de 12 anos de idade

O uso de antidepressivos é comum entre os indivíduos dos EUA com idade igual ou superior a 12 anos, sendo os brancos não hispânicos mais propensos a usar antidepressivos do que outros grupos raciais/étnicos

Isso é o que indica publicação feita pelo U.S. Centers for Disease Control and Prevention’s National Center for Health Statistics (NCHS).

Pesquisadores do NCHS usaram dados do National Health and Nutrition Examination Survey desde 2011 até 2014 para examinar o uso de antidepressivos em pessoas com idade igual ou superior a 12 anos.

Os pesquisadores descobriram que 12,7% dos indivíduos (sendo 8,6% homens e 16,5% mulheres) usaram antidepressivos no mês anterior à pesquisa no período de 2011 a 2014.

Os brancos não-hispânicos eram mais propensos a tomar medicamentos antidepressivos do que qualquer outra raça e grupos de origem hispânica , entre homens e mulheres.

Daqueles que tomaram medicamentos antidepressivos, um quarto tinha usado por 10 anos ou mais.

Houve um aumento no uso de medicamentos antidepressivos de 1999 a 2014. Assim, no período de 2011 a 2014, cerca de um em cada oito americanos com idades entre 12 e mais anos relataram usar antidepressivos no mês anterior.

O uso de antidepressivos aumentou com a idade e foi duas vezes mais comum entre as mulheres do que entre homens.

Terra

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Caroço do abacate pode ser usado na medicina e em soluções industriais

Semente pode ser aplicada na produção de plásticos, anticancerígenos e remédios para tratar problemas cardíacos, indica estudo norte-americano. Outra pesquisa vincula a polpa da fruta a melhoras cognitivas e visuais depois dos 50 anos

A semente do abacate é geralmente jogada fora após o consumo da fruta. Um desperdício, alertam pesquisadores da Sociedade Americana de Química (ACS, pela sigla em inglês). Os caroços e a casca que os envolve podem ser usados na produção de substâncias com aplicações diversas, da medicina a soluções industriais. A descoberta soma-se aos já conhecidos benefícios da fruta para a saúde, como a grande quantidade de potássio e fibras, além da diminuição dos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue, e a uma recente constatação relacionada à melhora cognitiva na meia-idade.

No caso da equipe norte-americana, a proposta é usar as toneladas de sementes desperdiçadas na produção de medicamentos antivirais, suplementos alimentares, plásticos e cosméticos. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, cerca de 5 milhões de toneladas de abacate foram produzidas no mundo em 2014. Na maioria dos casos, apenas a polpa tem aproveitamento. Mesmo para os produtores que usam o caroço para extrair o óleo de abacate, a casca é descartada antes do processamento.

“É possível que as cascas das sementes de abacates sejam, na verdade, uma grande preciosidade, pois os componentes medicinais dentro delas podem eventualmente ser usados para tratar cânceres, doenças cardíacas e outras complicações para a saúde. Nossos resultados também sugerem que as cascas são uma fonte em potencial de substâncias usadas em plásticos e outros produtos industriais”, diz Debasish Bandyopadhyay, da Universidade do Texas no Vale do Rio Grande e participante do estudo, apresentado no Encontro e Exposição Nacional da Sociedade AmAmericana de Química, em Washington.

Para chegar às conclusões, Bandyopadhyay e a equipe moeram 300 cascas secas do fruto, o que rendeu em torno de 595 gramas de pó, transformado no equivalente a três colheres de chá de óleo e 28 gramas de cera. Usando duas técnicas de análise - cromatografia gasosa e espectrometria de massa -, os investigadores detectaram 116 componentes químicos no óleo e 16 na cera. Muitos deles, inclusive, não foram encontrados nas próprias sementes.

Entre os achados do óleo estavam ácido behênico, usado em cosméticos e medicamentos antivirais; heptacosano, com potencial para inibir o crescimento de células tumorais; e ácido dodecanoico, que aumenta o colesterol bom e reduz o risco de aterosclerose. Na cera, foram descobertas substâncias usadas na produção de plásticos, cosméticos e aditivos alimentares. Bandyopadhyay conta que a equipe trabalha, agora, manipulando os componentes descobertos a fim de otimizar o seu uso, como no desenvolvimento de remédios com menos efeitos colaterais.

Cérebro turbinado
Os admiradores da polpa do fruto também têm mais um motivo para apreciá-lo. Pesquisa publicada em agosto, na revista Nutrients, mostrou que o consumo diário de abacate aumentou seus efeitos benéficos para quem chegou aos 50 anos. São os reflexos da ação da luteína, um pigmento encontrado em frutas e vegetais que se acumula no sangue, nos olhos e no cérebro e pode agir como um agente anti-inflamatório e antioxidante.

Segundo estudo da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, os participantes que seguiram a dieta proposta tiveram aumento da concentração da substância nos olhos em 25%, além de melhora significativa na memória de curto prazo e na habilidade de resolver problemas. “Os resultados desse estudo sugerem que as gorduras monoinsaturadas, as fibras, a luteína e outros componentes do abacate tornam a fruta especialmente eficaz em enriquecer os níveis neurais de luteína, o que pode trazer benefícios não só para a saúde dos olhos, mas também para a do cérebro”, enfatiza Elizabeth Johnson, principal pesquisadora do estudo.

A investigadora conta que os experimentos indicam que é melhor comer a fruta. Os níveis de luteína nos olhos mais do que dobraram nos participantes que fizeram isso se comparados aos que ingeriram suplemento. “Logo, uma dieta balanceada que inclui essa fruta pode ser uma estratégia efetiva para a saúde cognitiva”, ressalta. Participaram da pesquisa 40 adultos saudáveis, com média de 50 anos, que comeram um abacate fresco por dia durante seis meses. Os pesquisadores monitoraram o aumento gradual da quantidade de luteína nos olhos dos voluntários e a melhora em testes de memória, velocidade de processamento e nível de atenção.

No lugar do abacate, o grupo de controle comeu uma batata ou um copo de grão-de-bico por dia, que possuem o mesmo nível de calorias, mas não contêm luteína. Esse grupo apresentou melhora mais tímida na capacidade cognitiva. Segundo os autores, como os resultados se baseiam no consumo de um abacate inteiro por dia, são necessárias novas pesquisas a fim de determinar se os benefícios podem ser replicados com o consumo da porção diária recomendada: um terço da fruta, que contém 136 microgramas de luteína.

“Enquanto as conclusões de um único estudo não podem ser generalizadas para todas as populações, o resultado da pesquisa ajuda a reforçar e a avançar o corpo de publicações sobre os benefícios do abacate no dia a dia”, diz Nikki Ford, diretora de nutrição do Conselho do Abacate Hass, grupo que promove o consumo da fruta nos Estados Unidos. “Abacates são nutritivos e sem colesterol, com gorduras naturalmente boas. Por isso, são uma forma fácil e deliciosa de se somar mais frutas ao consumo diário saudável de plantas.”

Saúde Plena