Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Paciente com câncer terminal melhora após tomar remédio para outra doença

Pixabay
Pixabay
Depois que seu câncer no cérebro tornou-se resistente à quimioterapia e, em seguida, para tratamentos específicos, os médicos de Lisa Rosendahl, de 26 anos, a desenganaram e deram apenas mais alguns meses para viver. Mas agora, uma nova combinação de medicamentos estabilizou a doença da jovem e aumentou sua qualidade de vida

O coquetel “milagroso” à base de cloroquina é parte de um conjunto de remédios usados no tratamento da malária. A mistura parou o processo que as células cancerígenas do corpo da jovem usavam para resistir à terapia, recondicionando o câncer para ser combatido com o que já havia sido prescrito antes.

Juntamente com Rosendahl, outros dois pacientes com câncer de cérebro foram tratados com a combinação e ambos mostraram melhora semelhante. “Lisa é uma jovem adulta com uma vontade muito forte de viver. Mas tinha um glioblastoma agressivo de alto risco e quando começamos esse trabalho, ela já havia tentado tudo. Para essa população, as taxas de sobrevivência são sombrias. Milagrosamente, ela teve uma resposta a essa combinação. Quatro semanas mais tarde, ela já conseguia ficar de pé e tinha melhorado o uso de seus braços, pernas e mãos”, afirma Jean Mulcahy-Levy, investigador da Universidade do Colorado Cancer Center.

A ciência por trás do uso inovador da droga, foi construída em grande parte no laboratório de Andrew Thorburn, vice-diretor do CU Cancer Center, onde Mulcahy-Levy trabalhou como um companheiro de pós-doutorado. O laboratório de Thorburn estuda um processo celular chamado autofagia. Do grego “comer a si mesmo”, a autofagia é um processo de reciclagem celular em que organelos celulares chamados autofagosomas encapsulam material extra ou perigoso e o transportam aos lisossomos da célula para eliminação. Em bom português, seria como se desmontássemos um conjunto de bloquinhos de Lego, separando-os em energia e proteína permanecendo assim livre de venenos (remédios). Sacou? E alguns cânceres, como o de Lisa, sobrevivem dessa forma.

Contudo após participar de um teste e tomar a cloroquina, a doença começou a regredir. “Meu câncer ficou menor, o que é incrível para mim”, diz Lisa. Tanto que recentemente a jovem decidiu comprar uma nova cadeira de rodas para que ela pudesse passear pelo shopping mais vezes. Isso a faz sentir saudável de novo, o que é ótimo.

Os estudiosos pretendem ampliar o uso da droga em doentes cujos cânceres sejam autofágicos para inibir essa reação e permitir que os tratamentos recomendados surtam o efeito desejo. “Eu realmente gosto de ser capaz de realmente adaptar a terapia para o paciente”, diz Mulcahy-Levy. Já para a jovem isso tudo tem outro significado. “Espero que (o experimento) ajude pessoas que sofrem com isso.” Vai ajudar, Lisa.

Com informações da Universidade do Colorado

Cientistas encontram anticorpo capaz de neutralizar o HIV em 98% dos casos

HIV-anticorpos_01Ótima notícia para a saúde. Pesquisadores do National Institutes of Health (NIH), dos EUA, disseram ter descoberto um anticorpo produzido por um paciente soropositivo que neutraliza 98% de todas as estirpes de HIV testadas, incluindo a maioria resistente a outros anticorpos de mesma classe.As informações são do Jornal Ciência

Como o vírus é capaz de responder rapidamente às defesas imunitárias do organismo, encontrar um anticorpo que possa bloquear uma vasta gama de estirpes se tornou uma atividade muito difícil. No entanto, com a nova descoberta, cientistas poderão começar a formar a base para uma possível vacina contra o vírus, segundo informações da Science Alert.

O anticorpo, chamado N6, conseguiu manter sua capacidade de reconhecer o HIV até mesmo quando o vírus se transformou e se separou dele. Ele também foi tido como 10 vezes mais potente do que VRC01 – anticorpo de mesma classe que o N6 que havia passado para ensaios clínicos de fase II em pacientes humanos, após proteger macacos contra o HIV por um período de quase seis meses.

Segundo Anthony S. Fauci, do National Institute of Allergy and Infectious Diseases, dos EUA, “a descoberta e caracterização do anticorpo com excepcional amplitude e potência contra o vírus fornece um importante avanço para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento do HIV”.

Um anticorpo, basicamente, é uma proteína produzida pelo sistema imunológico em resposta a agentes patogênicos potencialmente nocivos, como bactérias e vírus. Ele é responsável pela identificação e destruição dos patógenos, e o faz se unindo a eles para neutralizar seus efeitos biológicos por conta própria, ou pela sinalização aos glóbulos brancos – que aparecerão para destruí-los.

Leia a matéria completa aqui.

Saiba quem deve se vacinar contra a febre amarela

MapafebreA coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da saúde, explica sobre o número de doses necessário, como a vacina deve ser administrada, além da recomendação para viajantes e população em áreas de risco

Nesta entrevista ao Blog da Saúde, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, esclarece que não há mudança no esquema vacinal da febre amarela. A estratégia de duas doses, adotada no Brasil, é segura e garante proteção durante toda a vida. A população que não vive na área de recomendação ou não vai se dirigir a essas áreas não precisa buscar a vacinação neste momento. 

A coordenadora explica que a vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença e apresenta eficácia de aproximadamente 95%, além de ser reconhecidamente eficaz e segura. Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos como febre, dor local, dor de cabeça, dor no corpo, entre outros. Portanto, mesmo em um momento de intensificar as ações de vigilância da febre amarela, é necessário orientar a população quanto à necessidade de se vacinar.

Qual o esquema vacinal recomendado pelo Ministério da Saúde para a febre amarela?
Carla Domingues: O esquema da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para crianças. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é de uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois da primeira. As recomendações são apenas para as pessoas que vivem ou viajam para as áreas de recomendação da vacina. A população que não vive na área de recomendação ou não vai se dirigir a essas áreas não precisa buscar a vacinação neste momento.

No momento, com os casos confirmados no estado de Minas Gerais, há mudança na indicação da vacina contra a febre amarela?
Carla Domingues: Não há mudança no esquema de vacinação. Devem se vacinar contra a febre amarela apenas pessoas que moram nas áreas de recomendação da vacina ou que viajam para essas localidades e que estão com o esquema de vacinação incompleto, ou seja, quem não tomou as duas doses recomendadas pelo Ministério da Saúde. Para adultos que tomaram a primeira dose há menos de dez anos, também não há necessidade de adiantar a dose de reforço.

Confira os lugares que são classificados como áreas de risco:


Mapafebre

Para quem já tomou duas doses da vacina e mora nas áreas de recomendação, uma terceira dose significa mais proteção?
Carla Domingues: As duas doses são o suficiente para proteger durante toda a vida. Uma terceira dose não vai criar nenhuma proteção adicional. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda uma única dose para toda a vida. O Brasil, buscando uma maior segurança, adota o esquema de duas doses. Portanto, quem recebeu duas doses, na infância ou na fase adulta, já está devidamente protegido e não precisa buscar o serviço de saúde.

E para quem perdeu o cartão de vacinação e não tem conhecimento da própria situação vacinal, qual a orientação?
Carla Domingues: Quem perdeu o cartão de vacinação deve procurar o serviço de saúde que costuma frequentar e tentar resgatar o histórico. Caso isso não seja possível, a recomendação é iniciar o esquema normalmente. Portanto, pessoas a partir de cinco anos de idade que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação devem receber a primeira dose da vacina e um reforço, dez anos depois. Essa recomendação é apenas para as áreas de recomendação da vacina. Vale destacar a situação de saúde deve ser informada ao profissional de saúde, para que seja possível avaliar se há contraindicação.

Quais são as contraindicações para a vacina da febre amarela?
Carla Domingues: A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação para estes grupos, levando em conta o risco de eventos adversos. - Qual a orientação para turistas estrangeiros que visitam as áreas de recomendação de vacina no Brasil? Carla Domingues: Para turistas que forem se dirigir a uma área com recomendação de vacina - tanto estrangeiros quanto brasileiros – e que não completaram o esquema de duas doses, a recomendação é que seja vacinado pelo menos dez dias antes da viagem, que é o tempo que a vacina leva para criar anticorpos e a pessoa estar devidamente protegida. Quem tomou a primeira dose há menos de dez anos não precisa adiantar o reforço.

No caso das crianças que vão iniciar o esquema, existe algum risco em receber a febre amarela junto com outras vacinas?
Carla Domingues: A vacina para febre amarela não deve ser aplicada ao mesmo tempo que a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Se a criança tiver alguma dose do Calendário Nacional de Vacinação em atraso, ela pode tomar junto com a febre amarela, com exceção da tríplice viral ou tetra viral. A criança que não recebeu a vacina para febre amarela nem a tríplice viral ou tetra viral e for atualizar a situação vacinal, a orientação é receber a dose de febre amarela e agendar a proteção com a tríplice viral ou tetra viral para 30 dias depois.

Por Camila Bogaz, da Agência Saúde/Ascom-MS