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terça-feira, 14 de março de 2017

Especialistas questionam a eficácia do exame pélvico

O exame pélvico ginecológico pode ser desnecessário para mulheres assintomáticas e para as que não estão grávidas, segundo um painel de especialistas independentes dos Estados Unido

Depois de analisar diversos estudos, eles afirmaram que não há indicação de que os benefícios desse tipo de investigação física são maiores que os riscos e os desconfortos. Isso não se refere, contudo, à realização do teste preventivo de câncer cervical, o Papanicolau, que continua indicado.

Alguns ginecologistas realizam o exame, que consiste em introduzir o dedo no útero da mulher a fimde avaliar diversas condições, como doenças infecciosas, cânceres e tumores benignos. Embora seja um procedimento rotineiro nos consultórios, não está claro se, em mulheres assintomáticas e não gestantes, ele poderia reduzir o risco de doença ou morte. Para avaliar essa questão, os especialistas da Força Tarefa Norte-Americana para Serviços Preventivos (USPSTF, sigla em inglês) fizeram a revisão de artigos que investigaram os benefícios e os riscos em potencial do exame pélvico para mulheres acima de 18 anos.

Os especialistas não encontraram evidências suficientes da acurácia do procedimento para a detecção de uma série de condições ginecológicas. Há poucas indicações de que, sozinho, o teste possa ajudar no diagnóstico precoce do câncer cervical. Segundo o painel, que divulgou os resultados na revista Jama, um número muito pequeno de estudos investigou se outras doenças poderiam ser identificadas apenas com esse exame. Nenhum dos artigos estudados mostrou benefícios do método para a qualidade de vida e para evitar mortalidades por todas as causas ou por doenças específicas. No artigo, a USPSTF também não encontrou evidências suficientes sobre o risco do procedimento. Poucos reportaram falsos- positivos e falsos-negativos para câncer de ovário.

O ginecologista Eduardo Cordioli, integrante da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), diz que não há recomendação oficial, no Brasil, a respeito da necessidade desse procedimento. “Particularmente, acho desnecessário apalpar o útero da paciente. Fora que, ao fazer o Papanicolau, o médico já consegue visualizar o colo do útero. Se fizer o ultrassom e o exame preventivo, não há vantagem nenhuma em fazer a apalpação”, diz.

Foto: Reprodução

Estado de Minas

Médicos registram atividade cerebral “inexplicável” dez minutos após a morte de paciente

Existe vida após a morte? A ciência ainda não consegue responder essa pergunta, mas os médicos de uma Unidade de Tratamento Intensivo no Canadá dizem que um paciente mostrou níveis de atividade cerebral “persistente” após a morte

Foto: Rex

A atividade foi detectada 10 minutos após a hora da morte.

Os médicos confirmaram a morte pela ausência de pulso e falta de reação das pupilas, mas o paciente ainda parecia ter “picos de ondas delta” no cérebro, semelhante ao que ocorre durante o sono.

A equipe da Universidade de Western Ontario disse: “Nesse paciente, as ondas delta persistiram após a cessação do ritmo cardíaco e da pressão arterial”.

Os pesquisadores admitem que não há explicação biológica para a continuidade dessa atividade cerebral vários minutos após o coração ter parado de bater, segundo o Science Alert.

Os pesquisadores disseram que “é difícil, pressupor uma base fisiológica para essa atividade cerebral, dado que ela ocorreu após uma prolongada perda de circulação”.

“Essas atividades também poderiam ser fruto de erro humano, embora uma fonte arte factual não tenha sido identificada”.

Rob Waugh

Yahoo News UK

Não matem os macacos! Eles são aliados da saúde no combate à Febre Amarela

01Esses animais têm papel fundamental na vigilância da doença. Quem é responsável pela transmissão de febre amarela em humanos é um mosquito

“Eles servem como anjos da guarda, como sentinelas da ocorrência da Febre Amarela”, explica Renato Alves, gerente de vigilância das Doenças de Transmissão Vetorial, do Ministério da Saúde. Esse é um alerta para que a população não mate os macacos, principalmente em regiões onde há incidência da Febre Amarela em humanos. Os macacos não são responsáveis pela transmissão, muito pelo contrário: esses animais servem como guias para a elaboração de ações de prevenção. A doença é transmitida por mosquito.

“É importante que a gente mantenha esses animais sadios e dentro do seu ambiente natural, porque a detecção da morte de um macaco, que potencialmente está doente de Febre Amarela, pode nos dar tempo para adotar medidas de controle para evitar doença em seres humanos”, defende o Gerente de vigilância das Doenças de Transmissão Vetorial. A Febre Amarela é uma doença que se mantém no ambiente, em um ciclo silvestre, e é transmitida por mosquitos. O macaco é importante, pois serve como indicador da presença do vírus em determinada região. É o que também defende o pesquisador e presidente da Sociedade Brasileira de Primatologia (SBP), Danilo Simonini Teixeira. “Esses animais estão sendo mortos por conta de medo da população humana em relação à transmissão do vírus, e isso não ocorre. Se você mata os animais, vai haver um prejuízo, pois a vigilância não vai ser feita por conta do óbito daquele animal por uma pessoa”.

Além disso, matar animais é considerado crime ambiental pelo Art. 29 da Lei n° 9.605/98. “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida”, pode gerar pena de seis meses a um ano de detenção, mais multa. No bioma da Mata Atlântica, onde incide a doença, encontram-se primatas ameaçados de extinção, entre eles, o Bugio, o Macaco-prego-de-crista, além do Muriqui do sul e do norte.

“É importante que a população tenha plena consciência de que os macacos não são responsáveis pela existência do vírus e nem por sua transmissão a humanos. Eles precisam ser protegidos. A morte desses animais traz enorme desequilíbrio ambiental, que não pode ser agravado pela ação do homem”, ressalta o diretor de Conservação e Manejo de Espécies do Ministério do Meio Ambiente, Ugo Vercillo. O vírus da febre amarela silvestre é transmitido por mosquitos (gêneros Haemagogus e Sabethes).

Caso a população encontre macacos mortos ou doentes, deve informar o mais rapidamente o Serviço de Saúde do município ou do estado onde vive ou pelo número de telefone 136. Uma vez identificados os eventos, o serviço de saúde avalia se ainda há a possibilidade de coleta de amostra para laboratório, se além desse animal que foi encontrado existem outros, se as populações de primatas da região ainda são visíveis e estão integrados, se foi uma morte isolada, ou se de fato é uma ocorrência que atingiu o maior número de primatas. Então o cidadão que estiver, por exemplo, em uma atividade de lazer ou trabalho na mata, e encontre o indício ou um macaco morto, deve avisar o mais rápido possível o serviço de saúde que vai tomar as medidas necessárias de vigilância de controle.

Além disso, é possível denunciar a matança ou maus tratos de macacos pela Linha verde do Ibama (0800 61 8080). Na denúncia, podem ser encaminhadas fotos e vídeos que auxiliem na identificação do crime e de quem o cometeu, através do e-mail linhaverde.sede@ibama.gov.br.

Infográfico Macacos1

Aline Czezacki, para o Blog da Saúde