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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Alimentação equilibrada e prática de exercícios ajudam a controlar colesterol alto

Foto: Reprodução
Criado para conscientizar a população sobre os males que o colesterol alto pode fazer à saúde, o Dia Nacional do Combate ao Colesterol, comemorado em 8 de agosto, traz à tona um desafio para a população brasileira

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 40% da população adulta do país possui taxas elevadas desta gordura produzida naturalmente pelo corpo, causadas, principalmente, por uma alimentação rica em alimentos gordurosos, sedentarismo e tabagismo. Uma vez com acúmulo de colesterol nas paredes arteriais, uma pessoa tem mais chances de sofrer de doenças cardiovasculares, que fazem mais de 17 milhões de vítimas por ano - segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, algumas mudanças simples no estilo de vida podem mudar esse quadro, e a dra. Emanuela Cavalari, endocrinologista e integrante do corpo clínico do Alta Excelência Diagnóstico, compartilha dicas para manter o colesterol controlado.

Evite alimentos processados e adote uma dieta saudável
A obesidade é um dos fatores relacionados à alta do colesterol no sangue, isso porque muitos alimentos ingeridos são ricos em gordura e aumentam ainda mais a quantidade de placas e depósitos nas paredes das artérias. Para reverter esse quadro, é indicado que o paciente consuma o mínimo de gordura trans (como margarinas e gorduras hidrogenadas) pois estão relacionadas ao aumento de doenças cardíacas. Carnes processadas, como presunto, salsicha, mortadela e salames industrializados são ricos em colesterol e seu consumo deve ser evitado, principalmente por estarem associados ao aumento da mortalidade. Queijos, requeijões e leites também devem ser substituídos por suas versões mais magras em quem tem colesterol elevado. Por outro lado, o consumo prolongado de alimentos ricos em gorduras boas, contendo omega-3, reduz o risco de doenças cardiovasculares e uma alimentação rica em fibras, frutas e grãos integrais contribui para o melhor controle do colesterol. Para avaliar a melhor forma de inserir os alimentos ideais na rotina, é importante consultar um nutricionista.

Porém, atenção: uma pessoa considerada magra também pode sofrer com o aumento colesterol. Segundo a dra. Emanuela, as dislipidemias podem ser divididas em primárias - que são de causa genética -, e em secundárias, que decorrem devido a outras doenças ou condições como obesidade, hipotireoidismo, diabetes, alcoolismo bem como pelo uso de certos medicamentos que podem elevar o colesterol. As dislipidemias de causa genética e familiar podem afetar mesmos aqueles pacientes que tenham uma alimentação com pouca ingestão de gorduras e um estilo de vida saudável, devendo ser acompanhadas de perto por um endocrinologista.

Faça exercícios de forma regular
Além de ajudar no bem-estar e na qualidade de vida, combater o sedentarismo com exercícios físicos regulares também é uma maneira eficaz de aumentar a queima de gordura corporal, reduzir os níveis de triglicerídeos e aumentar o colesterol bom (HDL), conhecido como lipoproteína de alta densidade que tem efeito protetor contra doenças cardiovasculares. O condicionamento físico cultivado pelos exercícios fortalece o coração, impedindo que ele venha a sofrer uma sobrecarga diante de pouco esforço. Também ajuda no controle da pressão e, claro, na diminuição de peso do paciente

Abandone o tabagismo
“Muitas pessoas não sabem, mas o fumo também é listado como um dos responsáveis pelo processo de aterosclerose. Isso acontece porque o endotélio, tecido que faz o revestimento interno das artérias, também acaba se deteriorando com a presença do tabaco, favorecendo o acúmulo de placas de gordura. A médio e longo prazo, acabam formando placas ateroscleróticas que começam a obstruir os vasos sanguíneos, impedindo que o sangue chegue aos principais órgãos, como o cérebro e o coração”, explica a dra. Emanuela.

Essa obstrução do fluxo sanguíneo causado pelo acúmulo de colesterol nas artérias pode gerar má circulação e diversas complicações, como infarto e acidente vascular cerebral. Então, abandonar o fumo também contribui para manter um estilo de vida mais saudável e ajudar no controle do colesterol.

Converse com o seu médico sobre quais são os seus níveis ideais de colesterol
A medicina é individualizada e, no tratamento da dislipidemia, isso é cada vez mais notório. Não existe um valor único ideal que pode ser usado para toda a população, cada paciente deve ser avaliado conforme seu histórico de saúde, seus antecedentes familiares, seus níveis atuais de colesterol e o risco individual de desenvolver doenças cardiovasculares no futuro. Por isso, faça exames regulares, tenha conhecimento de como estão seus níveis de colesterol, quais os níveis ideais para você e procure mantê-los dentro da meta. Prevenir ainda é o melhor remédio - reforça a endocrinologista Emanuela Cavalari.

Informações para a imprensa:
Saúde em Pauta
Paula Borges – (21) 99789-7643
E-mail: paula@saudeempauta.com.br

Inteligência artificial na medicina é tema do próximo evento Visão São Lucas

ai improves medicine
Kirill Makarov | Shutterstock.com
A próxima edição do evento Visão São Lucas – Palestras de Excelência Médica, que acontecerá no dia 11 de agosto, a partir das 7h, durante um café da manhã no Hotel Hilton Rio de Janeiro Copacabana, abordará o tema Inteligência Artificial na Medicina: Onde Estamos? Para Onde Vamos?

Na apresentação, Miguel Aguiar Netto, líder em saúde da IBM Brasil e da Integrated Health Services (IHS), explicará o que é inteligência artificial e computação cognitiva e a fusão de inteligência biológica e artificial e promoverá uma reflexão sobre esse futuro inevitável e as aplicações da IA em saúde.

Segundo o coordenador do evento, o médico Marcos Knibel, o mundo globalizado demanda cada vez mais debates que envolvam o uso da tecnologia. “A inteligência artificial é uma realidade em muitos países e otimiza diversas atividades. O objetivo é apresentar essas inovações aplicadas à saúde”, enfatiza Knibel.

O encontro acontecerá no Hotel Hilton Rio de Janeiro Copacabana (antigo Hotel Windsor Atlântica) – Av. Atlântica, 1.020, Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro – e é voltado para profissionais da área de saúde.

O Visão São Lucas – Palestras de Excelência Médica é um evento de aproximação com os médicos da cidade, com o objetivo central de suscitar debates e reflexões e compartilhar conhecimento sobre temas relevantes da área de saúde, tecnologia, bem-estar e qualidade de vida, entre outras questões pertinentes que permeiam a contemporaneidade.

Rachel Lopes 
Assessoria de Imprensa
rachel@saudeempauta.com.br

Um terço dos casos de demência pode ser evitada com 9 mudanças de hábitos

Fazer mais exercícios físicos, deixar de fumar e ter mais contato social são medidas que devem ser valorizadas para evitar demências Foto: VisualHunt
Foto: VisualHunt
Aumento do contato social e exercícios físicos para pessoas com doenças degenerativas são medidas que podem ajudar na prevenção da demência

Controlar fatores do estilo de vida, como a perda de audição, tabagismo, hipertensão e depressão pode evitar um terço dos casos de demência no mundo, de acordo com um novo estudo publicado na revista científica Lancet.

O estudo fundamenta um relatório da primeira Comissão de Prevenção e Assistência à Demência Lancet, que foi apresentado na Conferência da Associação Internacional de Alzheimer de 2017.

Além de revelar que um a cada três casos de demência é passível de prevenção, o relatório destaca também os efeitos benéficos de intervenções não farmacológicas como contato social e exercícios para pessoas com a doença degenerativa.

Para produzir o relatório, a comissão reuniu 24 especialistas internacionais que fizeram uma revisão sistemática da pesquisa existente sobre o tema, com o objetivo de fornecer recomendações com base em evidências para o tratamento e prevenção da demência.

Cerca de 47 milhões de pessoas têm demência no mundo e estima-se que o número saltará para 66 milhões em 2030 e para 115 milhões em 2050, de acordo com os autores do estudo.

“Há um grande foco no desenvolvimento de medicamentos para evitar a demência, incluindo a doença de Alzheimer. Mas não podemos perder de vista os verdadeiros avanços que já alcançamos no tratamento da demência, incluindo as abordagens preventivas”, disse um dos membros da comissão, Lon Schneider, professor de psiquiatria e ciências comportamentais da Universidade da Carolina do Sul.

A comissão que elaborou o relatório identificou nove fatores de risco, em várias fases da vida, que aumentam a probabilidade de desenvolver demência. Cerca de 35% dos casos de demência – aproximadamente um a cada três – foram atribuídos a esses fatores de risco, segundo o relatório.

Confira os fatores:
1) Aumentar a educação durante a juventude;
2) Cuidar com a perda de audição;
3) Controlar a hipertensão;
4) Controlar a obesidade durante a vida madura
5) Parar de fumar;
6) Tratar da depressão;
7) Aumentar a atividade física;
8) Aprimorar o contato social;
9) Controlar diabetes.

Aumentar a educação durante a juventude e cuidar da perda de audição, da hipertensão e da obesidade durante a vida madura, a incidência de demência poderia ser reduzida pelo menos 20%, dizem os autores. Na velhice, parar de fumar, tratar da depressão, aumentar a atividade física, aprimorar o contato social e controlar a diabete poderia reduzir a incidência da demência em mais 15%.

“A potencial magnitude dos efeitos da redução desses fatores de risco sobre a demência é maior do que poderíamos imaginar com qualquer medicamento experimental que temos à disposição. Mitigar os fatores de risco nos fornece um caminho poderoso para reduzir a demência em nível global”, disse Schneider.

Terapia não farmacológica
A comissão também examinou o efeito de intervenções não farmacológicas para pessoas com demência e concluíram que elas têm um importante papel no tratamento, especialmente quando tentam controlar a agitação e a agressão.

“Drogas antipsicóticas são normalmente usadas para tratar a agitação e a agressão, mas há uma preocupação considerável com essas drogas, porque elas aumentam o risco de morte, de eventos cardiovasculares adversos e infecções, sem falar da sedação excessiva”, afirmou Schneider.

As evidências indicaram que as intervenções psicológicas, sociais e ambientais, como a promoção do contato social e de atividades coletivas tiveram um resultado melhor que os medicamentos antipsicóticos para tratar os sintomas de agitação e agressão associados à demência.

O estudo mostrou ainda que intervenções não farmacológicas como terapia de estímulo cognitivo de grupo e exercícios conferem também algum benefício à saúde mental dos pacientes.

Gazeta do Povo

Novos antidepressivos tem menos efeitos colaterais: não interferir no peso é um deles

Conhecidos como antidepressivos multimodais, essa nova classe de medicamentos para o tratamento da depressão tem chamado a atenção pelos benefícios em relação aos remédios até então disponíveis

Presente nas farmácias do Brasil há pouco mais de um ano, os multimodais não demonstram perda de função sexual, tampouco interferem no peso e não influenciam na parte cognitiva dos pacientes – efeitos comuns dos antidepressivos antigos.

Até mesmo o mecanismo de ação destes medicamentos é diferente. Ao contrário dos antidepressivos tradicionais, que atuavam nos receptores de serotonina, noroadrenalina e dopamina, os multimodais atuam em um número maior de receptores e neurotransmissores, inclusive no glutamato. Com isso, conseguem trazer benefícios diferentes, embora não possam ser considerados como remédios “melhores” do que os anteriores.

“Trata-se de um bom antidepressivo, mas é bom tanto quanto vários outros. Ele não é melhor que os outros até porque, muito provavelmente, ele tem uma deficiência grave, que é não atuar sobre a ansiedade. Ainda não podemos confirmar essa falha, porque não há estudos que associem o uso destes medicamentos com a ansiedade”, explica Ricardo Manzochi Assmé, médico psiquiatra e diretor secretário da Associação Paranaense de Psiquiatria.

Essa deficiência é considerada grave, na visão do médico psiquiatra, porque a maioria das depressões carrega um fator de ansiedade. “Uma pessoa deprimida não está apenas triste, indisposta e sem energia. Ela também está preocupada, com medo de que as coisas deem errado, com medo de que ela falhe. Essa parte é a ansiedade”, reforça Assmé.

Memória e concentração protegidas
Por outro lado, uma qualidade importante dos multimodais é a proteção cognitiva que ele traz, que é defendida por Saint Claire Bahls, médico psiquiatra psicoterapeuta, professor dos cursos de Medicina e Psicologia da Universidade Positivo. A cognição diz respeitos aos processos do pensamento, da concentração e da memória dos pacientes.

“Do ponto de vista mercadológico, é uma mina de ouro, porque um medicamento que melhore um pouco a memória dos pacientes deprimidos vai ser espetacular. Outros antidepressivos tentaram justificar a mesma ação, mas não é um efeito marcante, nem consistente”, explica o professor.

Dos nove sintomas essenciais para diagnosticar a depressão, um deles é o prejuízo à função da memória e da concentração – ao lado de tristeza, perda de prazer, falta de energia, insônia, apetite aumentado ou diminuído, desesperança, culpa e pensamentos de morte. Além disso, o uso contínuo de medicamentos antidepressivos pode também afetar a cognição.

“É importante lembrar que os antidepressivos multimodais devem ser indicados a um nicho de pacientes, com um subtipo de depressão e que sofrem com efeitos colaterais mesmo em uma concentração baixa da substância. Não são todos que sofrem os efeitos dos medicamentos, que são prescritos em doses baixas” – Ricardo Manzochi Assmé, médico psiquiatra e diretor secretário da Associação Paranaense de Psiquiatria.

Gazeta do Povo