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terça-feira, 8 de agosto de 2017

Laboratório recolhe Buscopan composto em gotas das farmácias

Segundo a Boehringer Ingelheim do Brasil, que produz o medicamento, o mesmo não apresentou resultado esperado e empresa optou pela medida

A Boehringer Ingelheim do Brasil, indústria farmacêutica responsável pelos medicamentos da marca Buscopan, informou nesta segunda-feira (7) a retirada do Buscopan composto em gotas do mercado. A empresa informou que a recolhimento dos mesmos ocorreu de forma voluntária e preventiva.

Segundo a farmacêutica, o Buscopan composto em gotas não representa risco à saúde das pessoas que utilizam o medicamento, e que o mesmo começou a ser retirado de circulação temporariamente em junho deste ano. A Boehringer afirmou que não há previsão para retorno do produto as prateleiras das farmácias.

A decisão de parar a produção e retirar os produtos do mercado veio após testes internos feito com o remédio – que tem em sua composição butilbrometo de escopolamina e dipirona sódica monoidratada e é indicado para cólicas intestinais, menstruais e urinárias – apresentar resultados “fora de especificação identificado durante estudo de estabilidade”.

Além do Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Venezuela e Paraguai também interromperam a produção do remédio . A descontinuação do medicamento, que era vendido sem prescrição médica, já foi informada a agência reguladora do setor que é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ).

Os outros medicamentos da linha Buscopan continuam a venda e assim como o composto em gotas não trazem riscos à saúde de quem os consomem, ressaltou a farmacêutica. “A Boehringer Ingelheim reforça seu compromisso irrestrito com a garantia de qualidade de seus produtos e com a saúde de seus pacientes”, ressaltou a empresa em comunicado oficial.

Outros casos
Esse não é o primeiro medicamento que tem sua fórmula descontinuada. Os consumidores que quiser se informar sobre quais produtos não podem mais ser comercializados, seja por problemas encontrados pela Anvisa, seja por vontade da farmacêutica em descontinuar a venda e fabricação, pode ser consultado neste link .

Segundo o site do Governo Federal é de responsabilidade da indústria farmacêutica e importadora informar aos consumidores sobre a descontinuidade dos produtos. “A agência não pode obrigar os fabricantes a continuar oferecendo o produto. No entanto, as empresas precisam alertar os consumidores com pelo menos seis meses de antecedência que vai encerrar a produção”, segundo informações do site oficial.

Assim como a Boehringer Ingelheim do Brasil esclareceu a decisão referente ao Buscopan composto em gotas, as demais devem seguir o mesmo padrão.

iG

SUS inclui medicamento de alto custo para pacientes em metástase do câncer de mama

De acordo com mastologista, trastuzumabe dobra sobrevida de pacientes; dose do remédio custa cerca de R$ 10 mil

Em circulação há mais de 15 anos, o medicamento trastuzumabe é usado para o tratamento de um tipo específico de câncer de mama e pode dobrar a sobrevida de pessoas em metástase -- quando a doença já atinge outras áreas do corpo. O Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Ministério da Saúde, passou a abranger este público e irá fornecer a droga num prazo de 180 dias.

A decisão foi publicada pelo Diário Oficial da União na última quinta-feira (3). Em 2012, o governo havia liberado o uso para pacientes com o câncer, mas excluía os metastáticos. Hoje, mais de 3 mil pessoas com câncer de mama inicial e localmente avançado fazem o uso do trastuzumabe pelo SUS. Organizações como a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) reivindicavam a ampliação para acesso do medicamento a todos os tipos de pacientes.

No mercado, a droga custa cerca de R$ 10 mil a dose. Ela é usada no tratamento do câncer de mama do subtipo HER2+, o mais agressivo e que atinge um quinto das mulheres com tumor no seio. A célula cancerígena expressa o gene que leva o mesmo nome da doença, e o remédio bloqueia a ação desse gene, o que evita a proliferação.

"Estamos muito atrasados com essa aprovação. É uma droga fundamental para o tratamento deste tipo de câncer em qualquer fase e pode dobrar a sobrevida. O tratamento era feito com quimioterapia e sem ter alvo específico para o tipo da doença. Agora, vamos conseguir controlar melhor e por mais tempo", avaliou a mastologista e presidente da Femama, Maira Caleffi.

De acordo com a Femama, a droga "mudou a forma como o câncer é tratado no mundo". O trastuzumabe consta na lista básica para combater o câncer, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para guiar governos nas escolhas de oferta em suas políticas de saúde.

G1

Humor: Caos na Saúde Pública

21% acham que exame de toque “não é coisa de homem”, diz pesquisa

Câncer de próstata é o 2º tipo mais prevalente na população masculina

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido da Sociedade Brasileira de Urologia, o Instituto Oncoguia e a Bayer, revelou que 76% dos torcedores brasileiros identificam o exame de toque retal importante para o diagnóstico de câncer de próstata. Porém, 21% deles acham que o exame “não é coisa de homem”.

O estudo, feito em estádios de futebol, queria saber a preocupação dos torcedores brasileiros com relação à saúde, na tentativa de identificar os motivos que impedem os brasileiros de se cuidar de forma adequada.A pesquisa aponta que os eles temem mais o câncer em geral (29%) e as doenças cardiovasculares (20%), mas pouco se atentam ao câncer de próstata (10%), mesmo sendo o segundo tipo de câncer mais prevalente na população masculina – atrás apenas do câncer de pele não-melanoma – e que, até o final deste ano, atingirá mais de 60 mil homens, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer).

A pesquisa ainda mostra que cerca de 48% dos entrevistados afirmam acreditar que o machismo é o principal motivo pelo qual os homens não fazem o exame de toque. Já outros 12% apontam a vergonha e o constrangimento como impeditivos, destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Archimedes Nardozza.

— Tais dados confirmam a necessidade de trabalhar a conscientização da população a fim de promover a prevenção e o cuidado com a saúde. O brasileiro precisa entender que o exame de toque é um procedimento simples, indolor e rápido, e que acima de tudo é essencial para o diagnóstico de qualquer alteração da próstata.

Cuidados primários, como consultas e check-ups periódicos, são medidas responsáveis por prevenir e identificar doenças comuns ao envelhecimento da população masculina. Os resultados mostram que, embora 62% dos entrevistados afirmem já ter ido ao urologista, 34% não fazem o acompanhamento recomendado pelos médicos, pois se consideram saudáveis. E um dado que preocupa: entre os entrevistados com mais de 60 anos, cerca de 27% nunca fizeram o exame de toque.

A falta de periodicidade nas visitas ao urologista contribui para uma detecção tardia do câncer de próstata, já que muitas vezes a doença é silenciosa não apresentando sinais ou sintomas, ressalta o médico. Apesar de reconhecerem a importância do exame, apenas 51% daqueles que se consultaram com o especialista de fato fizeram o exame de toque retal, afirma Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia que presta suporte e auxílio aos pacientes com câncer.

— O câncer de próstata é um dos tipos mais prevalentes e, assim como em outros tipos de neoplasias, pode ser combatido mais facilmente quando detectado precocemente. Por isso, fazer a prevenção é essencial. A pesquisa foi realizada nas sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Recife) com maior incidência da doença segundo o INCA, e entrevistou 1.062 homens acima dos 40 anos.

R7