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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Com falta de seringa, diabéticos estão sendo orientados a ‘reutilizar’ material

Ministério da Saúde prevê possibilidade de reutilização em documento, mas usuários relatam nunca terem recebido essa orientação antes

Há dez anos, a aposentada Adeilda Barbosa utiliza duas seringas por dia para tratar a diabetes com insulina. Nesse mês, no entanto, recebeu apenas 30. “Pensei que teve algum erro”, conta. Mas, ao contrário do que pensou Adeilda, não houve engano algum. Quando voltou ao serviço de saúde na semana seguinte, ela foi orientada a reutilizar o material. “Voltei lá e falaram assim: ‘então, vou te dar mais 10 [seringas], mas agora a senhora tem que usar uma por dia'”, relata. A filha de Adeilda, Fernanda Barbosa, ficou surpresa: “Eu nunca tinha ouvido falar uma coisa dessa. Nunca aconteceu esse tipo de problema.”

O caso de Adeilda não é isolado. Também a doméstica Maria das Graças Conceição está recebendo menos material. Ao invés das 60 seringas usuais, na última vez que usou o serviço de saúde, recebeu apenas 20. “Eu tenho que utilizar, guardar, e utilizar de novo”, diz. “Eu acho um absurdo porque nunca aconteceu isso”, conta. Essa também é provavelmente a realidade de outros usuários. Em junho, a prefeitura de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, entregou menos seringas e orientou os pacientes diabéticos a reutilizarem os produtos, o que contraria o que está escrito na embalagem do produto.

Ministério da Saúde prevê reutilização 
Segundo caderno de educação básica do Ministério da Saúde, apesar dos fabricantes das seringas não recomendarem a reutilização, a bibliografia internacional considera seguro o reúso limitado do conjunto seringa-agulha. Com base nisso, o Ministério considera adequada até oito aplicações de uma mesma seringa pela mesma pessoa. Já uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), inclui agulhas com componentes plásticos não desmontáveis na lista de produtos médicos que não podem ser reutilizados.

Não é a primeira vez que essa discussão vem à tona. Em 2013, o Ministério Público do Pará já tinha entrado nessa história e uma decisão da Justiça Federal determinou a suspensão parcial de um trecho do caderno de atenção básica do Ministério da Saúde, retirando a orientação para reutilização de seringas descartáveis por diabéticos. A união recorreu da sentença e ainda não há uma decisão final sobre o assunto.

Para especialistas, reutilização traz riscos
Segundo Júlia Kenj, consultora da Sociedade Brasileira de Diabetes, o risco do paciente ter um processo infeccioso ou inflamatório com a reutilização existe. “O fabricante diz que é uso único e ele não te dá a garantia que, ao reutilizar, não há risco”. Fadlo Fraige Filho, presidente da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes, e médico endocrinologista diz que a orientação sem dúvida alguma é descartar a seringa. “Primeiro, há risco de infecção do local da aplicação, que fica vermelho e infectado”, diz. “Segundo, pode ocorrer a contaminação do frasco quando se vai retirar a insulina”, detalha.

Bom Dia Brasil

SUS vai oferecer próteses 3D para adultos e crianças amputados

Implantes de pés, braços e pernas poderão ser produzidos e entregues aos pacientes de graça; serviço será realizado pelo Into, no Rio de Janeiro

Próteses de silicone feitas de impressão 3D já são utilizadas em muitos pacientes amputados, na área da ortopedia
Shutterstock/Divulgação
Próteses de silicone feitas de impressão 3D já são utilizadas em muitos pacientes amputados, na área da ortopedia

Desde 2000, quando a impressão 3D passou a ser utilizada pela medicina, a réplica de órgãos se tornou uma grande aliada para diversas áreas, principalmente na ortopedia, onde os avanços em relação a esse tipo de recurso foram mais significativos, resultando na produção de implantes e próteses.

De acordo com o Ministério da Saúde, a tendência também chegou ao Sistema Único de Saúde (SUS). Com o uso da tecnologia de impressão 3D está sendo utilizada para o desenvolvimento de próteses para pacientes amputados pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad.

Até o momento, a técnica já era aplicada na confecção de instrumentos utilizados pelos médicos em pacientes com artrose de ombro do instituto. Entre as vantagens do tratamento, as cirurgias ficavam mais precisas e ágeis, além de colaborarem para diminuir de maneira mais rápida a fila de espera das operações.

Agora, a novidade é a utilização dos implantes para substituir também braços, pernas e pés amputados , inclusive de crianças. “A ideia é realizar essa cirurgia em larga escala e, a partir daí, extrapolar para outras articulações, como coluna e quadril”, conta o cirurgião Marcus Vinicius, que realizou as primeiras cirurgias em 3D no Into.

Como funciona
Para produzir as peças tridimensionais, é preciso da ajuda de um programa especial de computador, que reúne as informações para configurar os instrumentos vindas das imagens geradas por meio de exames de tomografia computadorizada. A partir dos dados de cada paciente, é objeto feito de um plástico apropriado é desenvolvido.

Um dos principais desafios das cirurgias é colocá-las na posição correta. Por isso, a grande vantagem da impressora é gerar peças que elevam a precisão da inserção dos equipamentos no corpo de forma menos agressiva.

Segundo a pasta da Saúde, em cinco anos, o instituto que irá implementar as próteses em 3D em sua gama de serviços oferecidos ampliou a sede no Rio de Janeiro e reduziu a fila cirúrgica de 22 mil para 11.123 pacientes em espera. No primeiro semestre deste ano, foram realizadas 4.323 operações e 108.389 consultas ambulatoriais.

*Com informações do Portal Brasil

iG

Johnson & Johnson é condenada por risco de câncer em talco

Talco genital estaria ligado a casos de câncer de ovário seguidos de mortes


A Johnson & Johnson deve pagar 417 milhões de dólares a uma mulher que afirmou ter desenvolvido câncer de ovário após usar talco da empresa, segundo decisão judicial desta segunda-feira.

O veredito do tribunal superior de Los Angeles, favorável a Eva Echeverria, foi o maior até o momento em ações judiciais alegando que a J&J não informou adequadamente os consumidores sobre os riscos de câncer de produtos com base de talco.

A sentença inclui 70 milhões de dólares em compensações e 347 milhões em multas, disse uma porta-voz dos advogados de Echeverria. A decisão vem após julgamentos que resultaram em mais de 300 milhões de dólares no Missouri contra a J&J.

"Vamos recorrer do veredito de hoje, porque somos guiados pela ciência, que apoia a segurança do Johnson's Baby Powder".

Em julgamento, os advogados de Echeverria acusaram a empresa de encorajar mulheres a usarem seus produtos de talco apesar de anos de estudos que ligam diagnósticos de câncer de ovário e mortes ao uso de talco genital.

Os advogados da J&J argumentaram que vários estudos científicos, bem como agências federais, incluindo a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, não mostraram que os produtos a talco são cancerígenos.

Terra